O que são riscos e quais os principais relacionados com a área da saúde?

O gerenciamento de risco consiste em medidas de controle e prevenção para evitar e reduzir a probabilidade de uma situação de perigo ou erro acontecer. Em instituições de saúde, uma falha pode levar a morte do paciente.

Dados de 2016 do Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil, do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), revelaram que, em média, 829 brasileiros morreram por dia em hospitais devido a erros e falhas que poderiam ser evitados. Diante desses dados, esses erros em hospitais, alcançou a marca de 2ª maior causa de morte no país.

Você sabe o que é e quais são os benefícios do gerenciamento de riscos na área da saúde? E qual a importância do gerenciamento de riscos para evitar erros e a judicialização da saúde?

De acordo com a última edição do Relatório Justiça em Números, em 2016 tramitaram 1.346.931 processos judiciais de saúde no Brasil. Geralmente os motivos que levam os pacientes a processar uma instituição de saúde são:

  • Demora e mau no atendimento;
  • Negativa do tratamento pela operadora de plano de saúde;
  • Erro de diagnóstico, de cirurgia, de laudo, de tratamento e outros erros médicos;
  • Alta antecipada;
  • Insatisfação com os resultados;
  • Infecção hospitalar;

O gerenciamento de risco na área da saúde é fundamental para que as situações citadas acima sejam evitadas.

O gerenciamento de riscos na área da saúde tem a finalidade de implantar ações preventivas, corretivas e contingenciais para garantir eficácia e eficiência operacional e oferecer um serviço de saúde com qualidade e segurança ao paciente. E isso, consequentemente, influencia no lucro e na sustentabilidade do negócio.

Legislação

A Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 36, legislação de suma importância para as instituições de saúde, tem por objetivo instituir ações para a promoção da segurança do paciente e a melhoria da qualidade nos serviços de saúde.

No que se refere ao gerenciamento de risco esse documento normativo adota a seguinte definição:

“Gestão de risco: aplicação sistêmica e contínua de políticas, procedimentos, condutas e recursos na identificação, análise, avaliação, comunicação e controle de riscos e eventos adversos que afetam a segurança, a saúde humana, a integridade profissional, o meio ambiente e a imagem institucional.”

Principais resultados do gerenciamento de riscos na área da saúde:

  • Redução e eliminação de erros;
  • Aumento da qualidade;
  • Fortalecimento da marca da instituição no mercado;
  • Prevenção e redução de processos jurídicos e indenizações;
  • Produtividade eficaz e eficiente;
  • Captação e conquista de clientes externos e internos;
  • Gerenciamento efetivo do negócio
  • Redução de custos e recursos;
  • Tomada de decisão mais assertiva;
  • Gestão proativa e preventiva;
  • Sustentabilidade do negócio;
  • Lucro;

Principais ações no gerenciamento de riscos:

  • Identificação;
  • Análise;
  • Implantar processos e procedimentos bem definidos;
  • Acompanhamento;
  • Melhoria contínua dos processos;
  • Documentação rígida;
  • Comunicação;
  • Controle;
  • Avaliação;

Todas as situações de perigo devem ser analisadas a partir de um check-list baseado em legislações, planejamento de ações e boas práticas de gerenciamento de risco da instituição de saúde.

Meios utilizados para fazer o gerenciamento de riscos:

  • Políticas;
  • Procedimentos;
  • Condutas;
  • Recursos;

Desafios do gerenciamento de risco:

A qualidade precisa ser requisito básico do negócio de saúde. O gerenciamento de risco em instituições de saúde deve vir de cima para baixo. A alta gestão precisa acreditar na sua importância, fazer acontecer, ter comprometimento e replicar essa cultura com toda a instituição. É necessário ter o envolvimento de todos para que os processos, procedimentos e ações sejam seguidos à risca.

Cada vez mais as instituições de saúde tem se preocupado com o gerenciamento de riscos e melhoria de qualidade. Por isso, tenha uma constante atenção, analise contextos e pense em ações que você pode fazer para reduzir ou eliminar riscos ao paciente, profissionais e à instituição de saúde.

É muito importante também que você saiba lidar com situações jurídicas relacionadas ao gerenciamento de riscos na área da saúde. Para se preparar e compreender melhor o fenômeno da judicialização da saúde e lidar com ele de forma preventiva e proativa, conheça o curso de pós-graduação Direito Médico & Proteção Jurídica Aplicada à Saúde.

Quais são as ações que você desenvolve no gerenciamento de riscos na instituição de saúde? Conte para nós!

O que são riscos e quais os principais relacionados com a área da saúde?

Os locais de trabalho, pela própria natureza da atividade desenvolvida e pelas características de organização, relações interpessoais, manipulação ou exposição a agentes físicos, químicos, biológicos, situações de deficiência ergonômica ou riscos de acidentes, podem comprometer a saúde e a segurança do trabalhador em curto, médio e longo prazo, provocando lesões imediatas, doenças ou a morte.

Os riscos podem ser classificados como: ambientais, ergonômicos e de acidentes.

Riscos ambientais:
– físicos: são representados por fatores ou agentes existentes no ambiente de trabalho que podem afetar a saúde dos trabalhadores, como: ruídos, vibrações, radiações, frio, calor, pressões anormais e umidade;
– químicos: são identificados pelo grande número de substâncias que podem contaminar o ambiente de trabalho e provocar danos à integridade física e mental dos trabalhadores, a exemplo de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores, substâncias, compostos ou outros produtos químicos;
– biológicos: estão associados ao contato do homem com vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas, bacilos e outras espécies de microrganismos.

Riscos ergonômicos: estão ligados à execução de tarefas, à organização e às relações de trabalho, ao esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, mobiliário inadequado, posturas incorretas, controle rígido de tempo para produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno e noturno, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia, repetitividade e situações causadoras de estresse.

Riscos de acidentes: são muito diversificados e estão presentes no arranjo físico inadequado, pisos pouco resistentes ou irregulares, material ou matéria-prima fora de especificação, utilização de máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas impróprias ou defeituosas, iluminação excessiva ou insuficiente, instalações elétricas defeituosas, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, animais peçonhentos e outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.

Proteção coletiva e individual

Para prevenir os acidentes e as doenças decorrentes do trabalho, a ciência e as tecnologias colocam à nossa disposição uma série de medidas e equipamentos de proteção coletiva e individual, visando, além de proteger muitos trabalhadores ao mesmo tempo, à otimização dos ambientes de trabalho, destacando-se por serem mais rentáveis e duráveis para a empresa.

– Equipamento de proteção coletiva é toda medida ou dispositivo, sinal, imagem, som, instrumento ou equipamento destinado à proteção de uma ou mais pessoas. Ex.: escadas de emergência, extintor de incêndio.
Equipamento de Proteção Individual (EPI): é todo dispositivo de uso individual, destinado à proteção de uma pessoa. Ex.: botas, luvas, capacetes.

Acidente de trabalho: é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade do trabalho.

IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.

Dica elaborada em julho de 2.016.

Fonte:
Ministério da Saúde do Brasil. Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde

Quais são os riscos na área da saúde?

Os trabalhadores da saúde estão submetidos a uma série de riscos: físicos (calor, frio, umidade, radiações ionizantes), químicos (quimioterapia, glutaraldeído, detergentes enzimáticos, cloro), biológicos (bactérias, vírus, fungos, protozoários) e mecânicos e/ou ergonômicos (ligados à natureza biopsicossocial do ...

Qual o maior risco relacionado ao profissional da saúde?

Profissionais da Saúde: o principal risco de trabalhadores dessa área é a exposição a doenças infecto-contagiantes pelo contato de pacientes que eventualmente as possuam.

Quais são os 4 riscos?

O Grau de Risco pode ser dividido em 4 graus Tais riscos podem ser classificados como: físico, químico, biológico, ergonômicos e acidentais.

O que é risco à saúde?

Risco e saúde São referentes a características pessoais, tais como história familiar, hábitos, estilo de vida e outros. O objetivo da intervenção, neste caso, é a redução da mortalidade precoce através do estímulo à mudança de comportamentos tidos como de risco.