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O crit�rio para a participa��o desses jogos � a for�a cultural das etnias, considerando tradi��es, como a l�ngua, a dan�a, os rituais, os cantos, as pinturas corporais, o artesanato e os esportes tradicionais.

A primeira edi��o ocorreu em Goi�nia, em outubro de 1996, com a presen�a de 25 etnias e mais de 400 atletas, e contou com a presen�a de Pel�, que incluiu o evento no calend�rio da Secretaria Nacional do Esporte.

Os II Jogos foram realizados na cidade de Guair�, no Paran�, em outubro de 1999, e teve a participa��o de 31 etnias e mais de 600 atletas.

Modalidades esportivas:

Arco e Flecha
Cabo de Guerra
Canoagem
Atletismo (100 metros)
Corrida com Tora
Xikunahity (Futebol de cabe�a)
Futebol
Arremesso de Lan�a
Luta Corporal
Nata��o
Zarabatana
R�nkr�



Arco e Flecha

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Os povos ind�genas usavam muito esse instrumento como arma de guerra. Atualmente, � usado para a ca�a, pesca e rituais, e tornou-se tamb�m uma pr�tica esportiva, sendo disputada entre aldeias e at� com n�o ind�genas. Na maioria das tribos ind�genas brasileiras, o arco � feito do caule de uma palmeira chamada tucum, de cor escura, muito encontrada pr�xima aos rios. O povo Gavi�o, do Par�, o confecciona com a madeira de cor vermelha, chamada aruerinha. Os povos do Xingu utilizam o pau-ferro, o aratazeiro, o pau d'arco e o ip� amarelo. Os �ndios do alto Amazonas usam muito a pupunha, e as tribos da l�ngua tupi s�o as �nicas que, �s vezes, utilizam a madeira das palmeiras. O padr�o do tamanho do arco obedece � necessidade de seu uso, de acordo com a cultura de cada povo.

A flecha � feita de uma esp�cie de bambu, chamada taquaral ou caninha. A ponta � feita de acordo com a tecnologia de cada etnia. H� aquelas flechas mais longas e as pontas tipo serra, muito usada para a pesca. Outras pontas s�o feitas com a pr�pria madeira da flecha. Alguns povos colocam ossos e mesmo dentes de animais. H� outras flechas praticamente sem ponta, mas com uma esp�cie de esfera (coquinhos), usada na ca�a aos p�ssaros. O objetivo � abater a ave e evitar ferimentos na pele ou danos �s plumas e penas. H� tamb�m um outro armamento semelhante ao arco, em que se arremessa pedra, chamada bodoque.

A pr�tica como esporte

A primeira atividade no �mbito esportivo intertribal que se tem not�cia ocorreu em 1997, no I Jogos dos Povos Ind�genas, realizado em Goi�nia. A iniciativa, idealizada pelo �ndio Carlos Terena, resultou do patroc�nio do Minist�rio dos Esportes e da parceria com o governo do Estado de Goi�s do Comit� Intertribal e do apoio da FUNAI. Nessa primeira edi��o dos Jogos Ind�genas foram usadas as flechas cedidas pela organiza��o dos jogos, n�o havendo um grande aproveitamento na precis�o dos lan�amentos. Nos outros jogos que se seguiram nas cidades de Gua�ra-PR (1999) e Marab�-PR (2000), cada competidor trouxe os seus pr�prios arcos e flechas.

Segundo Terena, "ao trazer seu pr�prio equipamento, o atleta aprimorou sua demonstra��o e possibilitou o uso mais apurado, pois sendo um objeto de uso pessoal, permitiu o exerc�cio da t�cnica de cada guerreiro ao retesar a corda, na calibragem da flecha e na habilidade de seu lan�amento".

Terena explicou que a variedade de arcos e flechas ganha um �nico objetivo que � o alvo. Para associ�-lo �s culturas, os �ndios se reuniram e decidiram que o alvo seria o desenho de uma anta, muito ca�ada tanto no centro-oeste quanto no sul (I Jogos, em Goi�nia, e II, em Guair�, no Paran�). Em Marab�, onde os Jogos foram realizados na beira do Rio Tocantins, praia do Tucunar�, os ind�genas optaram pelo desenho de um peixe, o tucunar�, abundante nos rios da regi�o.

Como modalidade nos jogos

Prova: O Arco e Flecha � uma prova individual masculina Cada delega��o ind�gena dever� inscrever no m�ximo 02 (dois) atletas, sendo essa modalidade uma competi��o individual. Cada atleta ter� o direito a 03 (tr�s) tiros, e dever� trazer o seu pr�prio equipamento (arcos e flechas). Caso haja algum problema no equipamento, o atleta poder� substitu�-lo ou solicitar tempo para reparo. O alvo ser� o desenho de um peixe e a dist�ncia ser� de aproximadamente 30 metros. A contagem de pontos reunir� a soma de acertos em cada �rea do alvo, com pontua��o variadas e previamente definidas pela Comiss�o T�cnica. Haver� uma primeira etapa eliminat�ria, que classificar� para a segunda. Nessa fase, inicia-se uma nova contagem de pontos, que ir� definir o primeiro, o segundo e o terceiro colocados. Somente 12 atletas, com as melhores pontua��es, disputam a final. Outros detalhes ser�o definidos no Congresso T�cnico da modalidade.

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Cabo de Guerra

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Modalidade praticada para medir a for�a f�sica, o cabo de guerra � muito aceito entre as etnias participantes de todas as edi��es dos Jogos, como atrativo emocionante, que arranca manifesta��o da torcida ind�gena e do p�blico em geral. Permite a demonstra��o do conjunto de for�a f�sica e t�cnica que cada equipe possui. � uma das provas mais esperadas pelos atletas, pois muitas equipes treinam intensamente em suas aldeias, puxando grandes troncos de �rvores. Isso porque, para os ind�genas, a for�a f�sica � de suma import�ncia, dando o car�ter de destaque e reconhecimento entre todos. Na prepara��o de seus guerreiros, os �ndios sempre procuraram meios de desenvolver e medir a coragem e os limites de sua capacidade na for�a f�sica.
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� realizada desde o I Jogos por atletas, com a participa��o de homens e mulheres.

Competi��o/Prova: Cada delega��o poder� inscrever, no m�ximo, duas equipes (masculina e feminina), compostas de 10 atletas e dois reservas. Haver� sorteio para compor as chaves de acordo com o n�mero de equipes inscritas. Ser� utilizado o sistema de eliminat�ria simples na primeira e em todas as fases subsequentes, at� se chegar a um ganhador maior. Detalhes ser�o definidos no Congresso T�cnico.

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Canoagem

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Hist�rico: A canoa � utilizada como meio de transporte e para a pesca, sendo essencial na vida dos �ndios. Naturalmente, cada povo tem uma maneira para fabric�-la. Os Bakairis utilizam a casca de jatob�. As canoas dos Karaj� s�o mais estreitas que as outras, por serem feitas de um tronco mais fino, atingindo maior velocidade nas �guas, dif�ceis de serem conduzidas. Os povos do Amazonas, como os Mundurukus, usam o fogo para fazer a cava no tronco da �rvore do Ita�ba.

Competi��o/Prova: Cada delega��o dever� inscrever uma equipe de 02 (dois) atletas. A prova ser� realizada em rio ou lago aberto, cujo local espec�fico, dist�ncia e percurso ser�o definidos pela Comiss�o T�cnica e divulgados posteriormente no Congresso T�cnico. Ser� permitido aos competidores o reconhecimento pr�vio do percurso e das canoas. Haver� sorteio das canoas, entre as equipes, em todas as baterias. Apenas o primeiro colocado de cada bateria participar� da fase final, composta por um n�mero de equipes correspondentes ao n�mero de canoas dispon�veis no evento, quando ser�o definidos o ganhador maior

O vencedor ser� identificado pela arbitragem a partir da passagem da ponta da proa (ponta) da canoa na linha demarcat�ria. Outros detalhes ser�o definidos no Congresso T�cnico. Cada competidor trar� o seu pr�prio remo.

Desde o in�cio dos Jogos, para organizar a competi��o dessa modalidade houve grande preocupa��o, pois cada etnia possui tecnologia pr�pria para a fabrica��o de sua canoas, feitas artesanalmente, mas sem obedecer a um padr�o exato de tamanho e peso. O problema foi resolvido escolhendo-se as canoas dos Rikbatsa, norte de Mato Grosso, ex�mios canoeiros. Suas canoas ofereciam condi��es de aceita��o pela maioria dos povos participantes nos jogos. Elas foram adotadas e aprovadas para as competi��es, sendo sorteadas entre os participantes. Portanto, a partir dos III Jogos, os competidores passaram a usar canoas de fabrica��o tradicional r�stica, feitas em madeira pelos �ndios Rikbatsa.

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Atletismo (100 metros)

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Prova: A realiza��o dessa modalidade passou por v�rias experi�ncias de adapta��o para a defini��o de seu formato. Chegou-se a conclus�o da prova de 100 m rasos (masculino e feminino), como ideal para o modelo dos Jogos dos Povos Ind�genas. Como experi�ncia, no I Jogos foi tamb�m disputada a prova de 4x100 m e o Salto em Dist�ncia. J� no II Jogos, em Guair�-PR, em 1999, tamb�m como experi�ncia foi realizada a corrida de resist�ncia de m�dia dist�ncia em revezamento. Cada equipe ind�gena participou com dez atletas, revezando-se a cada 1.000 m. Al�m da competi��o de 100 m, a prova de resist�ncia de 5.000 m, disputada por atletas masculinos, j� est� inserida nos Jogos.

Hist�rico:
Os �ndios sempre se interessaram em trabalhar seu preparo f�sico. Com isso, tornam-se verdadeiros competidores, adaptando-se e aprendendo, com a natureza, a ca�ar e pescar, percorrendo grandes dist�ncias, atravessando lagos e rios em busca de alimento. O exerc�cio f�sico � parte do dia a dia das aldeias. Tradicionalmente, a tribo Gavi�o Kiykat�j�, pratica o Ak� (corrida de varinha), em que duas equipes de atletas realizam a corrida de velocidade em c�rculo, em revezamento de quatro, cujo bast�o � uma varinha de bambu.

Competi��o: Cada delega��o ind�gena pode inscrever, no m�ximo, duas equipes, uma masculina e uma feminina, composta por 02 (dois) atletas. O n�mero de s�ries (largadas) eliminat�rias ser� definido no Congresso T�cnico, de acordo com o n�mero de atletas inscritos. Classificar-se-�o para as s�ries subsequentes somente os primeiros colocados da s�rie (largadas) anterior, at� se chegar a s�rie (largada) final. Outros detalhes ser�o definidos no Congresso T�cnico, onde cada povo participante pode ter dois representantes.

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Corrida com tora

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Os povos ind�genas que praticam essa atividade s�o os: Krah�s, Xerentes e Apinaj�s do Tocantins, que habitam a regi�o central do Estado de Mato Grosso em� 11 terras ind�genas, e os Gavi�o Parakateg� e Kyikat�j� do Par�, Terra Ind�gena M�e Maria. Os Kanela e os Krikati s�o do Estado do Maranh�o. Os Kayap� do Par� e do Mato Grosso realizavam semelhante esporte, que consistia em carregar e n�o correr com as toras. Os Fulni-�s, de Pernambuco, teriam praticado esse esporte no passado, de acordo com estudo do antrop�logo Curt Nimuendaj�.

Hist�rico e Ritual

Entre os Krah�, Xerente e Apinaj�, a Corrida de Tora difere em diversos aspectos, obedecendo seus ritos tradicionais de significados social, religioso e esportivo.

Para o povo Khra�, habitante de extensa faixa cont�nua de Cerrado no Estado de Tocantins, ela est� associada a algum rito e, conforme esse rito, variam os grupos de corredores, assim como o percurso e a tamanho das toras. Essas atividades s�o realizadas sempre com duas toras praticamente iguais. Os participantes se dividem em dois grupos de corredores �rivais�, cabendo apenas a um atleta de cada grupo carregar a tora, revezando-se em um mesmo percurso. As corridas se realizam no sentido de fora para dentro da aldeia, nunca de dentro para fora, ou mesmo dentro dela, quando estabelecem os pontos de largada e chegada no p�tio de uma casa chamada woto, uma esp�cie de oca preparada para todas as atividades culturais, sociais e pol�tica.

A Corrida com Tora � sempre realizada ao amanhecer e ao entardecer. As corridas vindas de fora acontecem geralmente no final das tardes, quando os Krah�s retornam de alguma atividade coletiva (ca�a ou ro�a). Ela � praticada nos rituais, festas e brincadeiras. Nesses casos, as toras podem representar s�mbolos m�gicos-religiosos, como durante o ritual do Porkahoks, que simboliza o fim do luto pela morte de algum membro da comunidade. Pela manh�, a corrida ganha um sentido de gin�sticas para a prepara��o do corpo. Corre-se apenas com as toras j� usadas ao redor das casas, no sentido contr�rio do rel�gio.

Os Xavantes, do Mato Grosso, tamb�m realizam a Corrida com Tora, o Uiwed, entre duas equipes de 15 a 20 pessoas. Eles pintam os corpos e correm mais de cinco quil�metros, revezando-se at� chegar ao Wa'r�m'ba, o centro da aldeia, onde iniciam a Dan�a do Uwede'h�re. Na festa do U'pd�war�, a festa da comida, tamb�m existe a corrida com tora, mas nesse evento a tora usada � maior e mais pesada (m�dia de 100 a 110 Km).

Os Gavi�o Kyikat�j�/Parakatey�, do Par�, tamb�m possui grandes corredores de tora. Eles obedecem os mesmos rituais de outros povos, mas h� uma peculiaridade que � o J�mparti (pronuncia-se I�mparti): uma corrida com uma tora com mais de 100 Kg, mais comprida, e carregada por dois atletas. Essa corrida � realizada sempre no per�odo final das corridas de toras comuns, ou seja, aquela que � carregada por um atleta, com o sentido de harmonia e for�a. Em todas essas manifesta��es h� a participa��o das mulheres. N�o h� um pr�mio para o vencedor, pois somente a for�a f�sica e a resist�ncia s�o demonstradas.

Prepara��o das toras:
Geralmente, todos os povos que possuem essa atividade confeccionam as toras com o tronco de uma palmeira chamada buriti, uma esp�cie de coqueiro, considerado sagrado pelos Krah�s. Do buriti, os �ndios aproveitam tudo, desde seu fruto, como alimento, folhas para cobertura de casa e confec��o de artesanatos (cestarias, abanos), tronco para rituais e atividades esportivas.

Na prepara��o de corte dessa madeira, h� um ritual de cantos e dan�as. A madeira � derrubada e cortada em duas partes, em forma de cilindros em tamanhos iguais. Nas extremidades da tora � feito um tipo de cava para que possa facilitar seu carregamento. As toras possuem tamanhos variados, de acordo com o ritual a ser realizado, pesando de 02 a 120 quilos. Muitas toras s�o �guardadas� dentro do rio para que seja absorvida mais �gua e, assim, fiquem mais pesadas. Notadamente isso ficou comprovado nas apresenta��es dos Jogos dos Povos Ind�genas.

Competi��o: No VI Jogos dos Povos Ind�genas, em� 2003, houve pela primeira vez uma verdadeira competi��o intertribal. Ap�s uma ampla observa��o e um detalhado estudo por mais de seis anos, � chegado o momento hist�rico para a realiza��o da primeira competi��o da Corrida com Tora entre as etnias ind�genas. Esta decis�o � resultado da sondagem realizada durante os jogos e nas manifesta��es e grande interesses dos pr�prios chefes ind�genas na inova��o. Portanto, al�m das etnias que praticam essa atividade em sua cultura, ou seja, entre os povos Apinaj�s, Xavantes, Kanelas, Gavi�es, Krah�s e Xerentes, n�o haver� restri��o para que outras etnias tamb�m manifestem interesse em participar.

A competi��o foi dirigida e observada por pelo menos cinco �ju�zes� neutros, n�o ind�genas. Cada etnia deveria formar uma equipe com 10 atletas corredores e, mais tr�s reservas. As toras usadas nesta prova foram selecionadas pela comiss�o organizadora, bem como os n�meros de voltas a serem dadas na arena, largada e chegada.

A largada sempre � entre duas etnias (equipes), escolhidas num sorteio pr�vio, e � utilizado o sistema de eliminat�ria simples em todas as fases, at� chegar a um ganhador. Caso haja empate na segunda largada, haver� uma terceira. Os chefes de cada equipe s�o chamados para um outro sorteio (par/impar ou cara/coroa). Nesta prova n�o houve a participa��o feminina.

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Xikunahity (Futebol de cabe�a)

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Pronuncia-se Zikunariti, na linguagem dos Paresi, e Hiara na l�ngua dos Enawen� Naw�.

Prova: � uma esp�cie de futebol, em que o chute s� pode ser dado usando a cabe�a. � um esporte praticado tradicionalmente pelos povos Paresis, Salum�s, Ir�ntxes, Mamaid�s e Enawen�-Naw�s, de Mato Grosso. � disputado por duas equipes que podem possuir oito, dez ou mais atletas, e um capit�o. � realizada em campo de terra batida, para que a bola ganhe impulso.

O tamanho do campo � semelhante ao de futebol, e conta com uma linha demarcat�ria ao centro, que delimita o espa�o de cada equipe.

A partida tem in�cio quando dois atletas veteranos, um de cada equipe, dirigem-se ao centro do campo para decidir quem ir� lan�ar a bola ao outro, que dever� rebate-la. Isto � decidido por meio de di�logo e a partida inicia com a primeira cabe�ada para o campo advers�rio, a ser recepcionada por um dos atletas com a cabe�a. Ap�s isso, os dois atletas deixam o campo, e n�o realizam outra atividade durante o jogo inteiro. Na disputa, a bola n�o pode ser tocada com as m�os, p�s ou outra parte do corpo, mas pode tocar o ch�o, antes de ser rebatida pela outra equipe.

Os atletas Parecis atiram-se e mergulham com o rosto rente ao ch�o, livrando o nariz de tocar o solo, o que provoca uma certa viol�ncia no "chute" de cabe�a, e demonstram toda a habilidade, destreza e t�cnica necess�rias na recep��oo e arremesso da bola. A equipe marca pontos quando a bola n�o � devolvida pelos advers�rios, ou seja, quando deixa de ser rebatida. Quanto maiores as habilidades dos atletas que comp�em as equipes, mais acirradas s�o as disputas, podendo durar at� mais de 40 minutos.

Hist�rico: A lenda Pareci conta que o Xikunahity foi criado pela principal entidade m�tica da cultura Pareci, o Wazare. Depois de cumprir sua miss�o de distribuir o povo Pareci por toda a Chapada dos Parecis, Wazare fez uma grande festa de confraterniza��o antes de voltar a seu mundo. Durante a festa, a entidade m�tica mostrou a todos a fun��o da cabe�a no comando do corpo, e sua capacidade de desenvolver a intelig�ncia e alcan�ar a plenitude mental e espiritual. Ele tamb�m demonstrou que a cabe�a poderia ser usada em sua capacidade f�sica, especificamente na habilidade para com o Xikunahity. Foi nesta comemora��o que aconteceu a primeira partida deste esporte; ou seja, entrando literalmente de cabe�a.

Entre os Pareci, o esporte s� � praticado durante grandes cerim�nias, como: oferta da primeira colheita das ro�as, inicia��o dos jovens de ambos os sexos, reforma das flautas sagradas, ca�a, pesca e coleta de frutas silvestres abundantes e a reincorpora��o de um esp�rito novo em doentes terminais.

A bola utilizada no jogo � peculiar, pois � de fabrica��o dos Parecis, feita com a seiva de mangabeira, um tipo de l�tex. O processo de confec��o tem duas etapas: na primeira, a seiva � colhida e colocada sobre uma superf�cie lisa, onde permanece por certo tempo, at� formar uma camada ligeiramente espessa. Na segunda fase faz-se a parte central da bola (n�cleo), que inclui o aquecimento da seiva de mangaba em uma panela e resulta em uma pel�cula. O l�tex tem suas extremidades unidas, de modo a formar um saco que ser� inflado com ar, por meio de um "canudo". Depois, o n�cleo ganha formas arredondadas e recebe sucessivas pel�culas de l�tex, obtidas da primeira etapa, at� formar uma bola, secar e resfriar, ganhando consist�ncia suficiente para pular. A bola tem aproximadamente 30 cm de di�metro.

Desde o seu surgimento, a disputa do Xikunahity envolve apostas. Segundo o administrador regional da Funai de Tangar� da Serra-MT, Daniel Cabixi, antigamente as apostas envolviam flechas, armas de guerra, animais de estima��o, objetos de uso pessoal, familiares ou coletivos. "Dizem os mais antigos que, al�m de itens pessoais, as mulheres tamb�m eram usadas nas apostas", relata. Hoje, sabonetes, r�dios, caixas de f�sforos, espingardas, p�lvora, enfim, objetos particulares s�o colocados como pr�mios para as disputas. As apostas s�o feitas discretamente e sem um compromisso expl�cito, valendo o acordo da palavra. A equipe vencedora, al�m de ganhar os objetos apostados, recebe um trof�u simb�lico. As mulheres e crian�as n�o t�m participa��o direta nas equipes que disputam o Xikunahity, pois � um jogo masculino, cabendo a elas a participa��o na torcida desse esporte. J� entre os Nawen�-Naw�s, o esporte s� � praticado dentro da festa do Y�kwai, festa espiritual realizada durante seis meses.

A primeira apresenta��o oficial em p�blico do Xikunahity aconteceu durante o II Jogos dos Povos Ind�genas, realizados em Guair�-PR, em outubro de 1999, pelos Parecis. Hoje, � um esporte de demonstra��o neste evento. O Povo Enawen� Naw� participou pela primeira no IV Jogos, realizado em Campo Grande-MS, em outubro de 2001, e apresentou esse esporte com os Parecis.

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Futebol

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Prova: Esporte j� inserido no contexto cultural de v�rios grupos ind�genas, sendo unanimidade nos jogos e praticado por atletas femininos e masculinos. As regras s�o regidas pela Instru��o Geral dos Jogos e obedece ao padr�o da Confedera��o Brasileira de Futebol, exceto o tempo de jogo, que � de 50 min, divididos em dois tempos de 25 min cada, com intervalo de 10 min.

Hist�rico: Conforme as tradi��es culturais desportivas dos povos ind�genas no Brasil, h� informa��es de que etnias que desapareceram, praticavam o jogo de bola com os p�s. Podemos citar os ind�genas habitantes do Alto Xingu-MT, que praticam um esporte,� chamado Katulaiwa, semelhante ao futebol, em que a bola � chutada usando somente os joelhos e a regra se assemelha ao do futebol - do mesmo modo, os Pareci, com o "futebol de cabe�a", o Xikunahity. Da�, se considerar que h� uma rela��o tradicional entre os povos ind�genas e o esporte com bola. Talvez essa seja a explica��o para a semelhan�a entre ind�genas e n�o ind�genas brasileiros: a paix�o pelo futebol. Um dos grandes atletas futebolistas e bi-campe�o mundial de futebol, chamado Manoel Garrincha, era descendente dos ind�genas Fulni-�, de �guas Belas-PE.

O primeiro encontro de ind�genas de diferentes etnias para a pr�tica desse esporte aconteceu no dia 19 de abril de 1979, Dia do �ndio. Foi organizada uma sele��o ind�gena de futebol para uma partida amistosa contra a equipe do Centro de Ensino Unificado de Bras�lia (CEUB). As etnias que integraram a equipe foram: Karaj�s, Terenas, Bakairis, Xavantes e Tux�s. Dessa experi�ncia nasceu uma equipe de futebol de campo e sal�o composta por estudantes ind�genas, chamada Kurumim.

O futebol tem grande aceita��o entre as etnias dos Jogos dos Povos Ind�genas. Seguindo os princ�pios que norteiam a filosofia do evento, � importante ressaltar que nesta modalidade n�o se prop�e consagrar o atleta artilheiro, o goleiro menos vazado ou a defesa mais eficiente. Os Jogos Ind�genas destacam o aspecto l�dico da pr�tica desportiva do futebol, tornando o falado fair play uma realidade. Todas as etnias levam representantes para a competi��o, e apesar da popularidade do esporte, as partidas realizadas nos Jogos Ind�genas n�o atraem grande n�mero de espectadores, que preferem assistir �s modalidades esportivas tradicionais e as manifesta��es culturais.

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Arremesso de Lan�a


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Prova: O Arremesso de Lan�a � uma prova individual realizada apenas pelos homens. Nos Jogos, a contagem dos pontos � feita de acordo com a dist�ncia alcan�ada, ou seja, vence aquele que atingir maior dist�ncia. As lan�as s�o cedidas pela Comiss�o T�cnica de Esporte, e fabricadas de maneira tradicional, usando madeira r�stica. A adapta��o desse armamento, desde o I Jogos, objetiva a dist�ncia, e n�o o alvo.

Hist�rico:
V�rias etnias ind�genas conhecem esse armamento, possuindo t�cnicas diferentes de confec��o das lan�as. O fabrico de cada lan�a depende da finalidade a que se destina. Comprimento, ponteiras de ossos, pedras ou mesmo madeiras mais duras, como a arueira ou pau de ferro s�o avaliados. Na tradi��o ind�gena, � usada para ca�a, pesca (arp�o) ou para defesa em um ataque de animal feroz.

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Luta corporal


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Prova: As lutas corporais s�o realizadas por homens e mulheres e o esporte est� inserido na cultura tradicional dos povos que o praticam: os povos ind�genas Xinguanos, Bakairis os Huka Hukas e os Xavantes, de Mato Grosso. Os Gavi�es Kyikat�j�/Parakat�yes, do Par�, praticam o Aipenkuit, e os Karaj�s praticam o Idjass�. Esse esporte foi inserido nos Jogos desde a primeira edi��o, como apresenta��o. O desejo de se realizar uma competi��o de lutas corporais nos Jogos � grande, mas � muito improv�vel devido � grande diversidade de estilos de luta e t�cnica. Algumas etnias lutam em p�, outras ajoelhadas no ch�o, como o Huka Huka. Por isso, fazem-se apenas demonstra��es das lutas existentes na cultura ind�gena brasileira.

Hist�rico:
A luta corporal dos povos ind�genas do Xingu e dos �ndios Bakairis, de Mato Grosso, o Huka Huka, inicia com os atletas ajoelhados.

Ela come�a quando o dono da luta, um homem chefe, caminha at� o centro da arena de luta e chama os advers�rios pelo nome. Os lutadores se ajoelham girando em circulo anti-hor�rio frente ao oponente, at� se entreolharem e se agarrarem, tentando levantar o advers�rio e derrub�-lo ao ch�o. Os Karaj� do Tocantins j� possuem outro estilo, pois os atletas iniciam a luta em p�, se agarrando pela cintura, at� que um consiga derrubar o outro ao ch�o. O atleta vencedor abre os bra�os e dan�a em volta do oponente, cantando e imitando uma ave. Os Gavi�es Parakatey�s, do Par�, e os Tapirap�s e Xavantes de Mato Grosso, t�m uma certa semelhan�a no desenvolvimento das lutas com os Karaj�. N�o existe um juiz tradicional para essa modalidade, e sim um observado/orientador ind�gena que seria chamado de dono da luta, cabendo aos atletas reconhecer a derrota, vit�ria ou empate. N�o h� pr�mio para o vencedor da luta em todas etnias praticante deste esporte. H� reconhecimento e respeito por toda a comunidade.

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Nata��o

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Prova: Esse esporte foi introduzido desde o I Jogos em Goi�nia, em 1996. Haveria duas modalidades: a realizada na piscina para testar a velocidade dos atletas ind�genas, e uma mais longa, de resist�ncia, realizada em �guas abertas. No entanto, a prova em piscina n�o obedecia aos objetivos do evento, sendo realizada mais uma vez no II Jogos, na cidade Guair�-PR, em 1999. Atualmente, a prova de meia dist�ncia e resist�ncia, � realizada em �guas abertas, que est� dentro do contexto ind�gena, e � praticada por atletas femininos e masculinos.

Hist�rico: A rela��o de vida dos povos ind�genas estar� sempre associada � �gua. A primeira hora da vida de um beb� ind�gena come�a com o seu primeiro mergulho; em um rio ou lago por sua m�e.

Grande parte da recrea��o das crian�as � realizada dentro d`�gua, atravessando de uma margem a outra ou mesmo mergulhando, se preparando para serem grandes ca�adores de peixes. Um dos rituais realizado pelos Xavantes de Mato Grosso, dentro de um rio, � quando da prepara��o dos adolescentes para a fura��o da orelha, que � oxoxoxo, em que um grupo permanece mergulhado at� a altura do peito e, nesse per�odo, batem simultaneamente os bra�os, realizando uma coreografia aqu�tica. Eles acreditam que assim haver� o amolecimento da l�bulo auricular, facilitando a fura��o.

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Zarabatana

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Prova: � uma demonstra��o individual realizada pelas etnias Matis e Kokamas. Na apresenta��o se posiciona, a 20 ou 30 m do alvo adaptado, uma melancia pendurada em um trip�. A prova consiste em atingir o alvo o maior n�mero de vezes poss�vel.

Hist�rico: Zarabatana � uma arma artesanal, semelhante a um cano longo, com aproximadamente 2,5 m de comprimento, feito de madeira, com um orif�cio onde se introduz uma pequena seta, de aproximadamente 15 cm. � uma arma muito utilizada pelos �ndios amaz�nicos para ca�ar animais e aves, por ser silenciosa e precisa. Os povos Mat�s, Zuruahas e Kokamas a utilizam.

Os Matis e Zuruahas t�m pouco contato com os n�o �ndios, sendo que o primeiro contato aconteceu em menos de 20 anos. Eles habitam a regi�o do Vale do Javari, fronteira com Peru e Col�mbia, no Amazonas, e tamb�m s�o conhecidos como os "Caras de on�a", por usarem adere�os faciais inspirados nesse animal.

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R�kr�

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Jogo coletivo tradicional praticado pelo povo Kayap� do Estado do Par�. Jogado em um campo de tamanho semelhante ao do futebol. Se desenvolve entre duas equipes de 10 ou mais atletas de cada lado, onde todos usam uma esp�cie de borduna (bast�o), cujo objetivo � rebater uma pequena bola (coco), que ao ultrapassar a linha de fundo de seu oponente, marca um ponto. De acordo com informa��es dos Kayap�s, esse esporte j� n�o estava mais sendo praticado devido a sua viol�ncia, que causava graves contus�es nos competidores. Essa modalidade tem muita semelhan�a com um dos esportes mais populares do Canad�, o Lacrosse, coincidentemente considerado de origem ind�gena daquele pa�s.

Observe a imagem e escreva a atividade que está sendo desenvolvida pelos indígenas

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Este conte�do foi acessado em 21/06/2010 no site da FUNAI - Modalidades dos VI Jogos dos Povos Ind�genas . Todas as modifica��es posteriores s�o de responsabilidade do autor da mat�ria.

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Que diferenças há entre a visão indígena da natureza e a visão não indígena?

As diferenças entre a visão indígena e a visão não indígena sobre a natureza é de os indígenas observam a natureza como algo que deve permanecer intacto, sem haver intervenção humana, enquanto que a sociedade vê que pode intervir na natureza, explorando recursos com o objetivo de melhorar a qualidade da vida humana.

Como o autor caracteriza a organização social dos indígenas?

A formação social era bastante simples, as aldeias não tinham grandes concentrações populacionais e as atividades eram exercidas de forma coletiva. O índio que caçasse ou pescasse mais dividia seu alimento com os outros. A coletividade era uma característica marcante entre os índios.

Qual é a visão dele a respeito dos índios?

Resposta: Como os índios não tem esta cultura semelhante á europeia, ele os considera incivilizados, eles são como "Estacas de jardim' .

Que imagens Os colonizadores tinham dos índios como eles?

Desde os contatos iniciais com os indígenas, os portugueses, de um modo geral, desenvolveram uma visão ambígua sobre eles. O próprio Caminha, em sua carta ao rei Dom Manuel, descreveu-os como "rijos, saudáveis e inocentes". Ao mesmo tempo, comparou-os com animais, chamando-os de "gente bestial e de pouco saber".