Postado por: Vivian Fiorio em 14/abr/2015 Você sabe como o dinheiro é fabricado no Brasil? Confira como funciona e assista ao vídeo. No Brasil, o dinheiro é produzido na Casa da Moeda, onde também ficam outros documentos importantes de ordem federal. A nossa Casa da Moeda está no Rio de Janeiro e foi fundada em 1694. Mas você sabe como funciona o processo de fabricação do dinheiro? Bem, a Casa da Moeda funciona como uma gráfica, a partir de instruções do Banco Central (BC), que coloca o dinheiro produzido lá em circulação. Caso você queira ir até a Casa da Moeda, saiba que é um lugar aberto ao público, que pode visitar o local para checar todas as etapas de produção do dinheiro brasileiro, desde que sejam feitos o agendamento e a inscrição pelo site oficial do local. Anualmente, o Banco Central faz contas com o intuito de identificar a quantidade de dinheiro que deve ser produzido no próximo ano. Claro que não pode ser um valor aleatório, pois a produção monetária precisa levar em conta o valor das riquezas que o país possui, além da previsão de novas riquezas que podem ser conquistadas a partir do crescimento econômico. Além disso, considera-se o fato de que notas e moedas velhas requerem substituição. O Banco Central é, portanto, uma espécie de controlador que acompanha tanto os gastos quanto os ganhos de empresas e pessoas. Para produzir o dinheiro pela Casa da Moeda, há um rigor enorme, que busca evitar falsificações. O papel para as cédulas é especial, por exemplo. Cada nota tem uma marca d’água, que é uma figura capaz de ser vista apenas contra a luz. Normalmente, as notas costumam ficar prontas em nove dias. Antes da conclusão, a grande folha de papel precisa passar por três impressoras, que deixam as cédulas marcadas com números, cores e imagens específicos. A partir disso, é realizado o corte e cada folha rende 50 notas. Depois de prontas, estas são embaladas e distribuídas para os bancos de todo o país. Em geral, a duração de uma cédula é de aproximadamente 10 anos. Ao ser rasgada ou ao ficar muito velha, a nota deve ser recolhida e devidamente destruída, sem que circule mais pelas mãos das pessoas. A matéria-prima para a produção das cédulas não é encontrada facilmente por aí, afinal, trata-se de um papel que apresenta fibras de algodão, o que o torna mais áspero e resistente. E saber como dinheiro é fabricado também inclui conhecer a produção das moedas que são usadas no comércio. A Casa da Moeda adquire discos de metal feitos de diversas composições, a fim de transformá-los em dinheiro. É possível que mais de uma matéria-prima seja utilizada, conforme o tipo de moeda, afinal de contas, cada valor de moeda possui uma moeda diferenciada. Por exemplo, a moeda de R$ 1,00 conta com um disco sobre o outro. A moeda é feita a partir de uma máquina que marca as duas faces do disco metálico ao mesmo tempo, por meio de um processo denominado cunhagem, que dura dois dias. Voltando às cédulas, o primeiro passo é a chamada impressão offset, em que as notas ganham uma camada inicial de tinta, invisível a olho nu e só detectada com o auxílio de uma luz azul. Depois, há uma nova impressão, em que os primeiros elementos são inseridos na cédula, como as imagens que vão nela. Como as notas ficam com tintas frescas, é necessário aguardar cerca de dois dias até a próxima fase, que é conhecida como calcográfica, pois elementos em relevo são colocados nas notas. Por fim, é a vez da impressão do número cuja cor se modifica, presente nas notas de R$ 10,00 e R$ 20,00. Após todos os elementos estarem nas cédulas, é feita uma verificação manual e um corte para o recebimento do número de sério, que é impresso duas vezes em cada nota, uma no canto inferior, na cor preta, e outra acima, com fonte crescente e em vermelho. Até chegar à forma que conhecemos hoje, o dinheiro passou por muitas modificações. No início da civilização, o comércio era na base do escambo, ou seja, na troca de mercadorias. Só no século VII a.C. que surgiram as primeiras moedas feitas de ouro e prata. A princípio, essas peças eram fabricadas em processos manuais e muito rudimentares, mas já refletiam a mentalidade e cultura do povo da época. Durante a Idade Média, surgiu o costume de guardar as moedas com ourives e, como garantia, era entregue um recibo. Era bem parecido com o processo que acontece hoje quando depositamos o dinheiro no banco e, depois, usamos o cartão para resgatar. Aos poucos esses comprovantes passaram a ser usados para efetuar pagamentos, circulando no comércio e dando origem à moeda de papel. Com o surgimento dos bancos, essas instituições assumiram para si a função de emitir as moedas de papel, que foram chamadas também de Bilhetes de Banco. No Brasil, os primeiros recibos foram emitidos pelo Banco do Brasil em 1810 e tinham seu valor preenchido à mão, como é feito com os cheques. Aos poucos, como já acontecia com as moedas, os governos passaram a controlar a emissão de cédulas de dinheiro para evitar as falsificações e garantir o poder de pagamento. Atualmente, quase todos os países possuem seus bancos centrais, que são encarregados de emitir cédulas e moedas. A confecção das moedas contemporâneas obedece a um rigoroso padrão de impressão, dando ao produto final grande margem de segurança e condições de durabilidade. As principais unidades monetárias usam a base centesimal, isto é, a moeda divisionária da unidade equivale a um centésimo de seu valor. No caso do Brasil, temos o Centavo de Real. No mundo moderno, além do dinheiro vivo, impresso em cédulas reguladas pelo Governo, o comércio também usa outros mecanismos financeiros de intenção de pagamento, como o cheque e o cartão de crédito/débito. Essas tecnologias foram criadas para dar mais praticidade e segurança para as transações.
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