Pais mais frio do mundo

Algumas pessoas adoram entrar numa fria, mas não é do jeito que você está pensando. Na hora de viajar e explorar novos destinos, elas buscam conhecer as cidades mais frias do mundo.

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Além de curtir baixas temperaturas, há a possibilidade de ver neve, aproveitar as feirinhas de Natal — comuns em países europeus — e ver paisagens diferentes das que temos aqui no Brasil.

Se você é dessa turma ou deseja fazer parte, o Hora de SC preparou uma lista com as cidades mais frias do mundo e vai te contar o porquê de serem assim, além da diferença entre estes lugares e os destinos de Santa Catarina!

As cidades mais frias do mundo

As cidades mais frias do mundo, ou quase todas, têm em comum a seguinte característica: estão localizadas no hemisfério Norte da Terra.

Países como Islândia, Finlândia, Noruega, Dinamarca, Suécia, Canadá, Estados Unidos e Rússia são cortados pelo Círculo Polar Ártico, o paralelo que determina o extremo norte da Terra — justamente onde faz muito, muito frio.

É comum que esses lugares tenham temperaturas médias baixas ou negativas, proporcionando ao morador ou viajante paisagens dominadas por geleiras e neve, além de lagos e rios congelados.

Vamos conhecer algumas dessas cidades mais frias do mundo?

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Nuuk - Groenlândia

Nuuk é a maior cidade da Groenlândia, o território autônomo da Dinamarca que fica entre os oceanos Ártico e Atlântico, e que grande parte de sua superfície é coberta por gelo. Por lá, no inverno, os termômetros já marcaram quase 30°C negativos.

Tallinn - Estônia

Se você não quiser ir tão longe para experimentar uma friaca dessas, uma opção é Tallinn, a capital da Estônia. A cidade, que tem um visual medieval e cheia de castelos, também já registrou 30°C negativos.

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Helsinque - Finlândia

Do outro lado do Golfo da Finlândia, de frente para Tallinn, está Helsinque. A capital finlandesa é uma das cidades mais frias do mundo e já teve temperatura mínima registrada de 33°C negativos!

São Petersburgo - Rússia

Localizada no Norte da Rússia, e segunda maior cidade do país, São Petersburgo é a mais setentrional do mundo com população acima de 1 milhão de habitantes. Por lá, a temperatura mínima também fica na casa dos 30°C negativos.

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Snag - Canadá

Se 30°C negativos ainda é pouco para você, prepare as malas para Snag, um pequeno vilarejo no Canadá. Em 1947, esse lugar registrou a temperatura mínima de - 63°C.

Yakutsk - Rússia

De volta à Rússia, a cidade de Yakutsk é a maior construída sobre o permafrost, solo típico da região do Ártico que fica permanentemente congelado. Por lá, a menor temperatura registrada foi de - 64,5°C.

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Oymyakon - Rússia

A temperatura mínima continua caindo e no vilarejo de Oymyakon, ainda na Rússia, já foram registrados gélidos 67°C negativos. Oymyakon disputa com a próxima cidade da lista o título de lugar habitado mais frio do mundo!

Verkhoyansk - Rússia

Quando o assunto é frio, a Rússia não está para brincadeira. Verkhoyansk, que está bem próxima do Círculo Polar Ártico, já registrou temperatura mínima de -72°C. Por isso, sai na frente na disputa entre as cidades mais frias do mundo.

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Vantagens de viajar para destinos frios

Suar menos e gostar do frio não são os únicos motivos que levam as pessoas às cidades mais frias do mundo. O Hora de SC bateu um papo com Helena Buniowski, que já conhece 45 países e muitos destinos de bater o queixo.

“Na Europa, no inverno, é menor a quantidade de turistas nessa época. Isso é ótimo para quem está viajando, porque há menos filas nos pontos turísticos e dá para ver as exposições com calma”, explica a viajante.

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Ela continua: “eu gosto muito de ver a paisagem toda branca. Me instiga a curiosidade de ver o céu cinza, o chão branco… adoro a sensação da neve, pisar nela e sentir os flocos caindo no rosto”.

De fato, os preços dos hotéis e passagens costumam sofrer uma queda no Velho Continente durante a estação mais fria do ano. Isso ocorre porque a alta temporada de turismo na Europa é no verão.

O inverno proporciona belas paisagens para os apaixonados por fotografia. Helena dá a dica: “não fica aquele monte de gente na frente e você pode fotografar com calma, sem pressa”.

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Em compensação, as cidades mais frias do mundo, justamente no inverno, têm dias mais curtos. Por isso, não é comum se despedir da luz solar por volta das 16h.

Se você tem medo de passar muito frio, saiba que os restaurantes, as lojas e as atrações turísticas possuem aquecimento. Dentro desses lugares é possível tirar o casaco e ficar vestido de maneira confortável.

Mas na rua, a dica é estar bem agasalhado. Segunda pele, blusão de lã e corta-vento são essenciais, além de botas impermeáveis por causa da neve.

Sobre a hospedagem nestas cidades, Helena conta: “casas, hotéis, lugares de Airbnb… todos têm aquecimento, geralmente a gás. A temperatura dentro deles é tão agradável que você pode ficar de camiseta e dormir apenas com uma coberta”.

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O que esses destinos têm de tão especial?

Como vivemos em um país tropical, as cidades mais frias do mundo oferecem experiências bem diferentes das que o brasileiro está acostumado. Uma delas é uma viagem pelos fiordes, enormes vales rochosos inundados pelo mar.

Para você ter uma ideia, o Saco do Mamanguá é o único fiorde tropical do mundo e está no Rio de Janeiro, no município de Paraty. Mas pelo fato de estar no Brasil e em uma região mais quente, não há neve.

Se aqui no Brasil dá para ver os fiordes com a mata verde e o céu azul, na Noruega esse vale rochoso ganha diferentes cores e visuais ao longo do ano.

Helena Buniowski incluiu os fiordes noruegueses em uma viagem à Europa em 2018. Ela descreve: “é o lugar mais lindo que já vi na vida. No inverno, as cachoeiras estão congeladas e os topos do vale ficam repletos de neve”.

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Na Europa, São Petersburgo, Helsinque e Tallinn, que figuram na lista das cidades mais frias do mundo, estão próximas e podem ser visitadas na mesma viagem. Mais uma vantagem para quem busca destinos gélidos, mas sem monotonia.

Helsinque, por exemplo, é uma cidade moderna, o oposto do visual medieval de Tallinn. E São Petersburgo, por ser a maior das três, tem incontáveis museus e atrações para visitar.

Qual a diferença dessas cidades para as catarinenses que são mais frias?

Aqui no Brasil, a Serra Catarinense é um dos destinos mais procurados pelos turistas de todo o país. O motivo é que esse é um dos poucos lugares do território nacional onde cai neve praticamente todos os anos.

Desejadas pelos turistas, as paisagens branquinhas e o frio extremo são encontrados em destinos como Urubici, São Joaquim, Urupema e Bom Jardim da Serra.

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A mais alta de todas é Urupema, a 1.425 metros acima do nível do mar. A pequena cidade, de aproximadamente 2.500 pessoas, possui um dos pontos mais elevados do Sul do Brasil: o Morro das Antenas, a 1.750 metros de altitude.

Já Urubici, a 950 metros de altitude, além do frio, apresenta aos viajantes a Cachoeira do Avencal, o Morro do Campestre e a Cascata Véu de Noiva.

Para ver neve em Urubici, a dica é ficar de olho na previsão do tempo e garantir um espaço no Morro da Igreja, que está a 1.822 metros de altitude.

No Planalto Serrano, a 1.360 metros de altitude, São Joaquim chega a marcar entre 10°C e 15°C negativos durante o inverno. Os campos ficam cobertos de neve e as cachoeiras acabam congeladas.

E Bom Jardim da Serra tem como diferencial o Cânion das Laranjeiras, além do conhecido mirante da Serra do Rio do Rastro — com sua pista que faz várias curvas para que os motoristas de carros, caminhões e ônibus cheguem ao topo.

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Essas cidades da Serra Catarinense são mais acessíveis a boa parte da população brasileira. Quem está em estados mais próximos, como Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, consegue chegar de carro ou ônibus.

Para quem busca mais rapidez no trajeto ou vem de longe, a opção é desembarcar no Aeroporto Internacional de Florianópolis - Hercílio Luz e de lá subir a serra. De carro, essas são as distâncias:

Urubici: 173km

São Joaquim: 232km

Urupema: 210km

Bom Jardim da Serra: 231km

Como são cidades pequenas, a rede hoteleira, apesar de ampla, pode ficar cheia no inverno — principalmente quando há previsão de geada e neve.

Em relação às cidades mais frias do mundo, as catarinenses não oferecem grandes museus, palácios, fiordes e temperaturas extremas, mas têm o charme do campo, as belezas naturais que são típicas do sul do nosso país e o calor humano que ajuda a aquecer nos dias mais gelados!

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