Pode arrancar os 4 sisos de uma vez só?

Pode arrancar os 4 sisos de uma vez só?

O dente siso é o último a nascer. Geralmente é por volta dos 18 anos. Quando ele começa a nascer, é comum sentir dores e uma sensação incômoda que pode causar muitas dúvidas sobre a hora certa de retirá-los. A maior dúvida é saber se dá para retirar os quatro sisos de uma vez.

Normalmente, o dentista aconselha a sua retirada por meio de uma pequena cirurgia, pois ele pode estar pressionando outros dentes, não tendo espaço suficiente para nascer ou pode conter cáries. A extração acontece em um consultório odontológico sob anestesia local e, após a cirurgia, são dados alguns pontos.

Neste post vamos mostrar se você pode tirar os quatro dentes sisos de uma vez, como funciona a cirurgia, como se preparar para a operação, entre outros. Continue a leitura!

Como é feita a cirurgia de retirada do siso?

Antes de propor a cirurgia do dente siso, o dentista vai avaliar se é necessário tomar antibiótico antes da extração, caso houver sinais de inflamação ou cáries para se prevenir infecções. No dia da remoção, o profissional anestesiará a parte da boca que é necessária para extrair o dente. A seguir, ele utilizará instrumentos próprios para luxar o siso, removendo-o.

Entretanto, se o dente siso ainda não tiver nascido, o profissional poderá fazer uma incisão na gengiva até onde o dente está localizado, para que possa ser removido. Depois de extraído, é preciso suturar o local com pontos e colocar uma compressa estéril para que o paciente possa morder para cessar o sangramento.

Os dentes mais fáceis de serem removidos são os que já nasceram, tendo uma retirada mais rápida e de fácil recuperação. O dente siso incluso pode demorar mais tempo e a recuperação é mais devagar, devido a cirurgia ser mais invasiva.

Para saber a hora certa da retirada dos sisos é preciso consultar um dentista, que poderá fazer uma avaliação e determinar quando é o momento certo. Normalmente, são extraídos dois dentes sisos por vez. Mas caso o profissional avalie a necessidade de extrair os quatro, a cirurgia é feita. Lembrando que ela pode ser mais invasiva.

Quais os cuidados após a extração do dente siso?

Após a retirada do dente siso, o dentista orientará sobre algumas recomendações de como morder a compressa deixada dentro da boca para evitar sangramentos. É preciso se alimentar com alimentos gelados e evitar os quentes, além de consumi-los líquidos, principalmente no dia que extrair o dente.

No mesmo dia da operação não se deve usar enxaguantes bucais e nem fazer bochechos para evitar o sangramento e a irritação. Apenas é recomendado escovar os dentes cuidadosamente no dia seguinte. Deve-se usar compressa fria no rosto quando houver dor e inchaço.

Outra recomendação é descansar no dia da retirada do siso e evitar fazer esforços, pois isso pode causar ainda mais dor. Os exercícios físicos podem ser retomados, pelo menos, de 6 a 7 dias depois da operação e sempre que houver dor, você poderá tomar algum remédio prescrito pelo seu dentista.

A Simples Implantes tem a equipe certa para fazer a extração do seu dente siso. Temos todo o cuidado para que essa cirurgia seja a menos invasiva possível.

Entre em contato!

Um texto provavelmente longo demais e cheio de detalhes desinteressantes sobre o processo de extração dos meus quatro sisos com a desculpa de matar a curiosidade de quem ainda vai passar por isso.

Imagens reais dos meus sisos extintos.

A VERDADE É que eu adiei a extração dos meus sisos o máximo possível. Entre a primeira vez que eles me incomodaram (e eu passei uma noite sofrendo pela possibilidade de ter que tirá-los) e a última vez (quando de fato os tirei) passaram-se ANOS. Literalmente. Uns cinco anos pelos menos.

Contudo, se na primeira vez eu estava tendo crises de ansiedade — sem motivo aparente, já que eu ainda nem tinha planos de extraí-los — quando finalmente chegou o grande momento eu já estava sem medo e até ansioso pra tirá-los logo.

Meus sisos não costumavam me incomodar muito e a extração deles nunca foi urgente (talvez justamente por isso eu tenha demorado tanto), mas vez ou outra eles davam sinal de vida e as radiografias que eu já tinha feito mostravam que em algum momento eu precisaria expulsá-los da minha boca.

Quando tomei a decisão de passar alguns meses viajando pelo mundo, pareceu óbvio que seria mais seguro tirá-los antes de ir do que correr o risco de passar algum perrengue dentário do outro lado do planeta. Como a decisão de fazer a viagem veio meio de supetão, de uma hora para a outra eu me toquei que era a hora. Eu precisava desses dentes fora de mim PRA JÁ.

E curiosamente eu me sentia preparado.

Antes

A questão é que o processo todo é demorado e principalmente caro. Eu não tinha mais plano odontológico (obrigado, vida adulta, que me chutou do plano dos meus pais), o que só complicava as coisas. Cheguei a marcar uma consulta, apenas para que o dentista olhasse a minha boca pela primeira vez, e já de cara eu teria que desembolsar 250 reais.

E isso só pela primeira consulta.

Eu não sabia quantas consultas seriam necessárias e já imaginava que haveriam os custos do raio-X e da própria cirurgia. Li na internet que os dentistas cobram em média R$ 400 pela extração de cada dente. Os mais baratos cobram R$ 100. Já pros mais caros o céu é o limite. Eu tava ferrado.

Eis que o Thiago deu a ideia de tentar me incluir como dependente no plano odontológico do trabalho dele — o que obviamente não deu certo, pois não somos casados. Nós também não tínhamos nenhuma intenção de tentar burlar o sistema, então descartamos essa opção, mas a ideia foi importante pois graças a ela eu entrei no site da OdontoPrev para ver os preços (vale lembrar que este infelizmente não é um post patrocinado).

Para minha surpresa existia um plano anual de R$ 547, que especificamente naquele mês estava com valor promocional de R$ 456. Essa opção de plano não só incluía a extração dos dentes do siso como ainda, se eu pagasse à vista, não havia nenhum período carência. Eu poderia começar a usar já no dia seguinte. Perfeito!

Mal recebi a carteirinha provisória por e-mail e já entrei no catálogo de dentistas para marcar uma consulta. Pesquisei quais eram os mais próximos do meu trabalho, filtrando apenas os que faziam extração. Liguei em uma primeira opção, mas ela só tinha data disponível para o fim do mês e eu não podia esperar todo esse tempo. Liguei na segunda opção e ele tinha data no sábado seguinte. “Ótimo, pode marcar”.

Felizmente o meu dentista tinha uma boa disponibilidade de agenda, o que agilizou muito todo o processo. No sábado seguinte eu levei algumas radiografias antigas. Ele solicitou uma panorâmica mais recente, que eu eu fiz imediatamente após sair do consultório em um laboratório que fazia parte do meu plano recém-contratado. A nova radiografia ficou pronta na segunda-feira seguinte eu fui buscar já no horário do almoço. Liguei imediatamente pro meu dentista e marquei uma nova consulta já para a manhã de terça-feira.

Nessa terça ele analisou a radiografia e me disse que poderia retirar os quatro dentes de uma vez. Essa era justamente a minha intenção, então fiquei feliz por ele ter feito a sugestão espontaneamente. Ele me informou que apenas o siso do lado inferior direito estava próximo de um nervo, o que apresentava algum risco de causar perda de sensibilidade ou dormência, mas que as chances eram baixas. Eu perguntei se tinha solução, caso acontecesse, e ele disse que sim. Eu perguntei quanto tempo demoraria para voltar ao normal e ele disse que poderiam ser dias, semanas ou meses. “As chances são baixas mesmo?”. “Sim, nunca aconteceu com nenhum cliente meu”. “Então ok”.

Só não marcamos a cirurgia para sexta-feira porque eu já tinha outro compromisso. Ficou para a quinta-feira seguinte às 17 horas. Rápido assim.

Eu nunca tinha ouvido falar nisso, mas curiosamente na semana seguinte conheci duas pessoas que ficaram com a tal paralisia temporária após tirar os sisos. Como eu não tinha tempo a perder, não podia dar ouvido pro medo.

Na semana da cirurgia comecei a ter sintomas de gripe. Nada muito forte, mas comecei ter coriza, dores de cabeça, sentir o corpo cansado e a espirrar.

Recorri ao Google para saber se teria problema fazer a cirurgia para tirar os sisos gripado. Li muita especulação em fóruns na internet, mas não achei nenhuma resposta satisfatória de alguém da área. Será possível que ninguém teve essa dúvida antes? Ou eu que não usei as palavras certas?

Por intuição, imaginava que estar fungando ou espirrando após costurar o fundo da boca tornaria toda a experiência ainda mais desagradável. Mas de todo modo, ainda em um ímpeto de coragem que não sei de onde veio, decidi que não iria remarcar a cirurgia. Esperava que fosse um resfriado leve e que até quinta-feira eu já estivesse bem. Se no dia eu acordasse me sentindo pior, aí sim eu ligaria para remarcar.

De certa forma, a ideia de adiar a cirurgia me deixava nervoso. Eu queria que o dia chegasse logo para resolver essa questão de uma vez.

Embora não me sentisse com medo nem ansioso, na noite anterior eu tive sonhos repetitivos nos quais eu já estava sem os sisos, me recuperando. Acordava e tornava a dormir apenas para me ver em outra versão desse mesmo sonho. O estranho é que em nenhum dos sonhos eu estava na cirurgia, em todos ela já havia passado. Acabei tendo uma noite de sono irregular.

Quando acordei eu não estava curado da gripe, mas também não estava terrível. Decidi que não havia mesmo motivo para adiar o procedimento.

Acho que por estar tão envolvido nas etapas da preparação para a volta ao mundo, a extração dos dentes do siso se tornou apenas mais um passo.

Duas horas antes de cirurgia tomei dois comprimidos de dexametasona conforme o médico havia me receitado. Quinze minutos antes da hora marcada saí do trabalho e fui para o consultório.

Durante

Não esperei muito na sala de espera.

Pediram que eu assinasse um termo de compromisso dizendo estar ciente dos riscos e de fato no documento havia uma lista extensa de coisas que podiam dar errado. Assinei ciente (e esperançoso) de que era mera formalidade.

Entrei na sala e quando sentei na cadeira foi colocado sobre mim um pano branco com um buraco no meio de forma que apenas meu rosto ficava de fora. Pela primeira e única vez eu me senti nervoso. O dentista agia com toda naturalidade e eu também com toda naturalidade comecei a falar sem parar, que é o que eu faço quando a ansiedade me pega.

Perguntei quanto tempo iria durar o procedimento e ele olhou o relógio na parede, pensou e disse “vamos considerar uma hora e meia”. A ideia de ficar uma hora e meia com alguém arrancando meus dentes não me parecia das melhores, mas tudo bem, vamos lá, respira fundo.

Eu abri a boca e o primeiro passo foi a anestesia. Não sou fã de agulhas e ele começou a furar diversos pontos da minha boca sem dó. As picadas doíam, mas em um nível bastante suportável. Aos poucos comecei a sentir minha gengiva e a boca como se houvessem sido preenchidas de ar pelo lado de dentro. Ele deu várias agulhadas de todos os lados ao redor de cada dente.

Por um momento achei que fosse ter uma crise de ansiedade, pois a situação estava gradualmente incômoda e repentinamente todas as possibilidades de que algo desse errado passaram na minha cabeça ao mesmo tempo. Tive a sensação de estar desaprendendo a respirar e então passei a inspirar profundamente em movimentos lentos, que fizeram com que o doutor me perguntasse se estava tudo bem. Eu respondi que sim (como minha boca imobilizada me permitia), senti uma última picada e acabaram as injeções.

Então aconteceu a mágica: nada mais doía!

Achei incrível experimentar a anestesia pela primeira vez. Eu sentia tudo, mas nada era desagradável. Senti que o doutor fez um corte para alcançar o siso inferior esquerdo dentro da minha gengiva, mas o corte não doeu. Era o mesmo que tocar o meu braço. Eu percebia cada movimento, claramente, mas todos eram simplesmente sensações — nem boas, nem ruins.

Ele fez uma pressão como se usasse um extrator de grampo na raiz do meu dente. Não foi uma pressão excessiva e como já disse, não senti dor. Ele então foi para o dente superior, que já estava externo e portanto não precisou de corte. A mesma coisa. Tirou o dente de mim como se tirasse uma parte que não pertencia ao meu corpo. Nesse momento eu já tinha ganhado confiança na anestesia e não tinha mais nenhum resquício de ansiedade.

Quando foi para o dente superior direito eu senti uma dor ao longe no momento do “extrator de grampo”, mas consideravelmente suportável. De qualquer forma, avisei ao doutor o que estava sentindo e ele fez o desfavor de me espetar mais duas vezes com aquelas agulhas malditas, pelas quais eu quase adquiri simpatia depois de testar seus efeitos. Ele voltou à extrair o dente e já não doeu mais nada.

Por fim chegou a hora do último dente, o tal inferior que passava perto do nervo, e eu só torcia para não ter nenhum problema, pois não teria calendário para resolvê-lo, qualquer que fosse. O dente finalmente saiu da minha boca e o médico me disse “pronto acabou”, o que eu comemorei fazendo sinal de joinha com os dois dedões.

Agora a alegria: todo esse processo deve ter levado menos de 30 minutos, sem brincadeira.

Foi muito mais rápido e muito mais simples do que eu esperava. A anestesia foi uma maravilha e, dentes tirados, eu sentia apenas um imenso alívio de já ter passado por tudo aquilo.

Só que ainda não tinha acabado. O dentista ainda precisava dar os pontos nos quatro buracos abertos que eu tinha na minha boca e que não paravam de sangrar, a constar pelo sugador de ar que estava no canto da minha bochecha. A parte dos pontos foi muito mais lenta e até aborrecedora, pois sentir o fio passando pela minha gengiva, ainda que absolutamente não causasse dor, me deu um bocado de agonia.

Lado por lado ele costurou minha boca e o sangue diminuiu. Eu, que já tinha comemorado o fim do processo alguns minutos atrás, contava os minutos pra que de fato acabasse logo. Eu já estava calmo e relaxado, porém de boca aberta há um tempo demasiado e esperando ansiosamente que o dentista terminasse seu trabalho para que eu pudesse ir pra casa.

Abatido e com a boca ensanguentada, porém feliz!

Quando acabou eu fiquei eufórico. Me sentia ótimo. A coisa toda tinha sido consideravelmente mais tranquila do que eu estava esperando. Meus dentes não deram trabalho para sair e não aconteceu nenhuma complicação. Depois de passar pela cirurgia, eu descreveria a experiência como chata e só. Nada terrível ou traumatizante nem sequer dolorosa. Apenas chata.

Depois

Tão logo terminou a cirurgia e já estava conversando normalmente, o que fez com que o dentista me desse uma bronca e pedisse pra eu evitar falar muito nas primeiras horas. Tarefa difícil, mas não impossível. Ele ainda tirou uma radiografia de cada canto da minha boca, para enviar pro plano odontológico e comprovar a realização do procedimento. Pelo que contou, ele prefere fazer o raio-X enquanto o paciente ainda está com a boca anestesiada ao invés de fazer no dia de retirar os pontos, pois assim é menos incômodo.

Já saí do consultório dirigindo e passei na farmácia para comprar os remédios receitados. Tomaria a Dexametasona (anti-inflamatório em comprimido) e o Toragesic (anti-inflamatório sublingual) por três dias, Amoxilina (antibiótico) por sete dias e o Lisador (analgésico) apenas se eu sentisse muita dor. Pelo que li na internet o Lisador dificulta a cicatrização, por isso é bom restringir o uso apenas para casos de extrema necessidade.

Contudo, na ilusão da anestesia e com a alegria de ter terminado a cirurgia, subestimei os efeitos seguintes.

Deixei para tomar os remédios quando chegasse em casa, afinal não estava doendo, e à medida que a anestesia ia me abandonando sem remorso o incômodo ia aumentando. Quando sentei no sofá para assistir televisão eu já voltava a sentir minha boca e a dor latejava pela minha cabeça inteira, como se meu maxilar tivesse sido usado como bola em um treino do Neymar.

Tomei todos os remédios, incluindo o Lisador, já lendo as bulas para saber quanto tempo cada um deles precisava para fazer efeito e contando os minutos. Aproximadamente uma hora depois aquele combo foi absorvido pelo meu corpo e eu voltei para o maravilhoso mundo anestésico. Aproveitei para jantar uma sopa em temperatura ambiente e ir dormir.

Uma das vantagens de fazer a cirurgia no fim do dia é que passei as primeiras horas pós-cirúrgicas dormindo. Tive que usar mais travesseiros, para ficar com a cabeça levantada durante o sono, mas tirando isso tive uma boa noite, acordando apenas para tomar os remédios na hora certa, e levantei quase onze horas depois já me sentindo muito melhor.

O período mais crítico da recuperação são as primeiras 72 horas, que no meu caso foram sexta-feira, sábado e domingo. No entanto, 24 horas depois eu já estava quase completamente recuperado e nem recorria mais ao Lisador.

Em todo esse processo, desde a cirurgia até o momento de tirar os pontos, o único momento em que senti dor foi naquela hora que anestesia passou, e mesmo assim só por poucos minutos até os remédios fazerem efeito. A ciência realmente criou maneiras eficientes de arrancar partes do nosso corpo sem sofrimento e merece todos os cumprimentos por isso.

Não tem muito o que falar dos três dias de recuperação, pois basicamente eu só dormi, assisti Netflix (a segunda temporada inteira de Dirk Gently’s e a primeira de La Casa de Papel, do começo ao fim), usei as redes sociais e ingeri alimentos líquidos ou pastosos.

Não era bonito, mas era gostoso, que é o que importa.

Engolir foi uma experiência desagradável nos dois primeiros dias, mas como eu fiz compras um dia antes, tinha um estoque considerável de comidas não-mastigáveis à minha disposição. Ainda por cima o Thiago cozinha muito bem e deixou muita coisa pronta na geladeira. Comi sorvete, claro, mas nem perto da proporção que me fizeram acreditar que eu comeria. Não senti dor o suficiente para recorrer ao sorvete como forma de alívio e ainda por cima tinha gelatina, iogurte, suco, leite, sopas e até purê para variar na alimentação.

Resultado: não emagreci um quilo sequer. Era a única consequência positiva que eu esperava da cirurgia, mas burlei as dificuldades tão bem que perdi esse benefício. Paciência.

Surpreendentemente meu rosto não inchou muito e nem precisei colocar bolsa de gelo nenhuma vez. O sangramento parou completamente no segundo dia. Escovei os dentes com uma escova super-macia e fiz bochecho com PerioGard a partir do segundo dia. Apesar da recuperação admiravelmente rápida, respeitei religiosamente o período de repouso e sequer saí da casa nesse período. Quando as 72 horas de repouso chegaram ao fim eu já me sentia novo em folha.

Sinceramente, dez vezes que eu fizesse essa cirurgia, seriam dez vezes que eu iria optar por tirar os quatro sisos de uma vez.

Não me arrependi dessa decisão em nenhum momento. Passar pela operação e pelo pós-operatório uma vez só me pareceu muito melhor do que fazer duas vezes. Já ouvir falar até de gente que tirou um de cada vez. Cruzes. E discordo com veemência dos que alegam que tirar os quatro juntos dói mais.

Seu corpo só consegue se concentrar em uma dor por vez. Por exemplo, pense que se você corta o dedo e dá um mau jeito na coluna simultaneamente, um dos problemas vai te incomodar mais e o outro vai ficar em segundo plano. Da mesma forma os dentes. Um lado da minha boca incomodou mais e o outro mal parecia ter passado por uma cirurgia. Se eu tivesse tirado primeiro os dentes de um lado e depois os do outro, teria tido tempo de sobra para focar no incômodo de cada lado.

Sem falar que a ideia de ter um lado “bom” pra mastigar enquanto o outro se recupera é um mito. Vai por mim, você não vai nem querer mastigar NADA.

Exatamente uma semana depois eu voltei ao dentista para retirar os pontos e novamente foi menos pior do que eu esperava. Os pontos já estavam me incomodando, pois atrapalhavam a mastigação e deixavam minhas gengivas inchadas. Era como ter uma carne presa no dente constantemente.

Tirar os pontos foi rápido, indolor e diferente do que eu imaginava não dá pra sentir o fio sendo puxado por dentro da gengiva, que era a ideia que mais me agoniava. A cicatrização tinha corrido bem e minha boca estava recuperada. Só um dos pontos doeu um pouco para sair e voltou a sangrar quando abriu, mas foi um ferimento bem superficial e o sangramento parou rapidamente.

À essa altura eu já não estava mais tomando nenhum remédio, não sentia dor e agora não tinha mais o pontos na boca também. Era enfim uma pessoa sem os sisos. Etapa vencida. Não pude deixar de sentir uma pontinha de alívio — e, porque não, de orgulho também.

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É seguro arrancar os 4 sisos de uma vez?

A resposta é simples: pode-se extrair os 04 sisos de uma vez, desde que o paciente esteja em condições ideias para o procedimento e o ato cirúrgico seja conduzido por um profissional com expertise nesse tipo de cirurgia. Para alguns, a retirada dos quatro dentes traz receios.

Quanto tempo leva para arrancar os 4 sisos?

Hoje, com a tecnologia que existe para esta cirurgia, levamos em média 30 minutos para extrair os quatro dentes do siso em um único tempo cirúrgico. Estamos falando de dentes do siso inclusos e que necessitam ser segmentados.

Quanto custa para tirar os 4 sisos?

O custo mais comum do tratamento de remoção do dente do siso é de R$ 500 a R$ 600. Se você precisar remover um ou mais dentes do siso, o custo médio vai variar entre R$ 300 e R$ 400 por dente. No entanto, algumas pessoas podem exigir múltiplas extrações, o que aumentaria os custos.

Quantos dias de repouso após extrair um dente siso?

Após a extração, é necessário de repouso absoluto nas primeiras 24 horas, sem sair de casa. Após esse período, deve ficar em repouso parcial nas 48 horas posteriores. Espere algum tempo para ingerir alimentos, não só para não mover o maxilar, mas também porque a higienização oral no período inicial é bastante delicada.