Por que a maior parte da população da região norte distribui-se ao longo dos vales fluviais

Por meio de pesquisas e estatísticas referentes a 2007 a população da África totaliza cerca de 970 milhões de pessoas. A partir disso as nações com maiores contingentes populacionais são, respectivamente, a Nigéria com 135,03 milhões de habitantes, Egito com 80,26 milhões, Etiópia 76,51 milhões, República Democrática do Congo 64,60 milhões e África do Sul com 43,99 milhões de habitantes.

Apesar desse elevado número de habitantes a concentração populacional não ocorre de forma homogênea no continente e nos países, as maiores aglomerações estão estabelecidas em áreas de solos férteis que são favoráveis ao cultivo de várias culturas, geralmente esses lugares se encontram no Vale fluvial e o delta dos rios Nilo e Niger, além da região litorânea, no qual ocorre uma grande incidência de chuvas com altos índices pluviométricos durante grande parte do ano, nesse sentido destacam-se o Magheb, costa mediterrânea da Tunísia, Argélia e Marrocos localizados ao norte da África.

As regiões mais desabitadas do continente africano estão situadas em áreas desérticas do Hemisfério Norte, no qual se encontram o Deserto do Saara e no Hemisfério Sul onde estão estabelecidos os desertos da Namíbia e do Callari e as florestais da África Equatorial ou floresta do Congo.

Embora a África tenha uma grande população e o processo de urbanização tenha alcançado altos níveis, os núcleos urbanos presentes em grande parte dos países são compostas por pequenas cidades, dessa forma são restritas as cidades com porte de metrópole.

Nesse sentido as cidades habitadas por africanos que se destacam em relação ao número de habitantes e em tamanho estão respectivamente o Cairo (Egito), Alexandria, Lagos (Nigéria), Casablanca (Marrocos), Kinshasa (Congo), Argel (Argélia), Cidade do Cabo e Johannesburgo (África do Sul).

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solidários aos índios, aos ribeirinhos e ao meio ambiente. No caso das usinas do Tapajós, há dois novos agravantes. O primeiro é que, depois da Constituição de 1988 (um marco entre a ditadura e a democracia, que reconhece aos povos tradicionais o direito sobre o território que ocupam), nunca uma barragem no Brasil deixou uma aldeia debaixo d’água. E isso deverá acontecer se algumas das usinas previstas para o Tapajós se tornarem uma realidade. ‘As 43 hidrelétricas inundariam 1 milhão de hectares, e 22 dessas tocariam em terra indígena’, afirma o engenheiro Pedro Bara, pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O segundo fato inédito é que, desta vez, o governo terá de enfrentar uma etnia com organização social sofisticada e forte histórico de resistência.
[...]
Enquanto outras etnias delegam poder de decisão a alguns líderes, a tradição dos mundurucus é buscar o consenso da comunidade. Sem consenso, não há decisão — e unanimidade não é o forte nas discussões em torno das usinas. [...]”.
RIBEIRO, Aline; REDONDO, Felipe. O conflito do governo com indígenas na construção de 40 hidrelétricas na Amazônia. Época. 3 abr. 2014. Disponível em: <http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2014/04/o-conflito-do-governo-com-indigenas-na-construcao-deb40-hidreletricas-na-amazoniab.html>. Acesso em: 8 abr. 2015.
Mundurucu
Povo indígena que ocupa secularmente a região do Vale do Tapajós.
Interprete
1 Que comparação o texto estabelece sobre a postura política dos mundurucus e a dos povos indígenas do Vale do Xingu, onde está sendo implantada a Usina de Belo Monte?
Argumente
2 Em sua opinião, a implantação de projetos governamentais, e até mesmo de fazendas, deve respeitar o território indígena?
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A Zona Franca de Manaus
Buscando incentivar a industrialização de Manaus, o governo federal criou, em 1967, a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), que disponibilizou infraestrutura e vantagens financeiras para atrair as indústrias para a região.
Assim, a Suframa criou o Distrito Industrial de Manaus e ofereceu isenção de impostos para a importação de matérias-primas e de componentes industriais, além de empréstimos e incentivos fiscais para as empresas nacionais e estrangeiras que ali se instalaram (figura 19). Houve investimentos sobretudo no setor de eletroeletrônicos.
Com isso, outros setores da economia local e regional foram beneficiados, como o comércio, os transportes urbanos, o setor de turismo e hotelaria. O município de Manaus tornou-se área de atração de população, concentrando mais de 2 milhões dos 3.873.743 habitantes do estado, em 2014.
No entanto, apesar dos benefícios trazidos pela Suframa, a população de Manaus enfrenta ainda graves problemas urbanos, como o favelamento e o saneamento básico deficiente.
O Projeto Grande Carajás
Com a descoberta de jazidas de minérios de ferro e de manganês, ouro, cassiterita, bauxita (minério do qual se obtém o alumínio), níquel e cobre na Serra dos Carajás, no Pará, por volta de 1967, o governo federal criou o Projeto Grande Carajás, que envolvia não só a exploração dos recursos minerais, mas também da floresta, além do aproveitamento dos rios para a produção de energia elétrica (caso da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, no Rio Tocantins) e a construção da Estrada de Ferro Carajás para o transporte dos recursos minerais até o porto de Itaqui, no Maranhão, de onde são exportados. Observe a figura 20.
O Projeto atraiu trabalhadores de várias partes do Brasil, o que estimulou a fundação de cidades. Ainda hoje o Projeto Grande Carajás tem papel importante na produção de espaços geográficos na Amazônia Legal.
Navegar é preciso
Suframa
<www.suframa.gov.br>
Na aba “Suframa”, navegue pela animação “Cunhantã”. Uma personagem apresenta a Superintendência da Zona Franca e os 40 anos da entidade.
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Atividades dos percursos13 e 14
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Revendo conteúdos
1 Consulte o mapa da figura 4, na página 112, e localize o pico culminante do Brasil. Depois, responda às questões.
a) Qual é seu nome?
b) Qual é sua altitude?
c) Em que estado se localiza e da fronteira de qual país está mais próximo?
2 Compare o mapa da figura 4, na página 112, com o mapa da figura 7, na página 113, e explique por que a maior parte da população da Região Norte distribui-se ao longo dos vales fluviais.
3 Em relação à Região Norte, entre o fim do século XIX e início do século XX, responda:
a) Que atividades econômicas impulsionaram seu desenvolvimento?
b) Dê exemplos de transformações no espaço geográfico resultantes das atividades econômicas mencionadas na questão anterior.
4 Os governos militares no Brasil, a partir de 1964, entenderam que havia a necessidade de promover maior povoamento e dinamizar a economia da Amazônia. Cite ao menos três iniciativas desses governos para atingir tal finalidade.
Leituras cartográficas
5 Observe atentamente o mapa e sua legenda. Escreva um texto sobre o que o mapa representa, não se esquecendo de apontar a situação dos povos atingidos tanto pela prática legal quanto pela prática ilegal do tema tratado no mapa.
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Explore
6 São Gabriel da Cachoeira é um município do noroeste do estado do Amazonas situado a 0° latitude. Uruguaiana é um município do sudoeste do estado do Rio Grande do Sul e está localizado a 29° latitude Sul. Observe os climogramas das duas localidades e responda:
a) Qual climograma apresenta menor variação de temperatura média? Por quê?
b) Considerando os doze meses do ano, onde há maior média de precipitação: em Uruguaiana ou em São Gabriel da Cachoeira? Explique sua resposta.
c) Com base na localização desses dois municípios, consulte o mapa da figura 7, na página 17 (Percurso 1), e aponte seus respectivos tipos de clima.
7 A imagem mostra um hotel instalado na Floresta Amazônica, no município de Iranduba, AM (2013).
a) Que atividade econômica é responsável pela construção de obras desse tipo?
b) Em sua opinião, para que essa atividade não seja prejudicial ao ambiente, que ações sustentáveis podem ser realizadas?
8 Observe a representação a seguir e responda às questões.
a) Consultando a figura 5, da página 112, em que unidade do relevo se localiza a província petrolífera de Urucu?
b) Observando a representação, que meio de transporte é empregado para levar o gás liquefeito do terminal até Manaus?
c) Em sua opinião, a extração de petróleo e gás natural na Floresta Amazônica pode provocar impactos ambientais? Por quê?
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PERCURSO 15 - Amazônia: conflitos, desmatamento e biodiversidade
1. A entrada do grande capital na Amazônia Legal em tempos recentes
Diante das dificuldades apresentadas pelos núcleos de colonização implantados na Amazônia, o governo federal, a partir de 1974, alterou a política de ocupação e desenvolvimento econômico da região. Iniciando um novo processo, deu preferência ao grande capital, ou seja, às grandes empresas agropecuárias e de mineração nacionais e estrangeiras, que se instalaram na região em áreas gigantescas, às vezes maiores que alguns estados brasileiros e que muitos países (figura 21).
Nesse novo processo, acentuaram-se os conflitos de interesses e de territorialidade, ou seja, a disputa por territórios entre os grupos ou protagonistas sociais da Amazônia, desfavorecendo, geralmente, os de menor poder político e econômico, como os povos indígenas e a população ribeirinha.
Os protagonistas sociais
Com a entrada do grande capital, o garimpeiro foi vencido pela empresa de mineração, e o pequeno agricultor foi suplantado pela grande empresa rural ou pelo agronegócio. O trabalhador sem-terra foi submetido, muitas vezes, à condição de servidão (figura 22), e o posseiro foi expulso de sua pequena roça. Grupos indígenas perderam suas terras ou aguardam até hoje a demarcação e a legalização delas. Madeireiros ilegais entraram em conflito com indígenas, posseiros, pequenos agricultores e povos da floresta. Grileiros ocuparam terras públicas, onde poderiam ser assentadas famílias de sem-terra.

Por que a cidade se distribui desta forma na região Norte?

Resposta. Resposta: A região Norte do Brasil é conhecida pela ampla bacia hidrográfica, além da exuberante Floresta Amazônica. O desenvolvimento das cidades se deu ao redor das zonas fluviais pela facilidade de deslocamento através dos rios, que torna o comércio, transporte, e desenvolvimento mais fácil.

É na região Norte que se concentra a maior população?

Entre os estados integrantes da Região, o mais populoso é o Pará, com 7.581.051 habitantes, enquanto que Roraima possui somente 450.479 habitantes.

Por que a Região Norte é a menos populosa do Brasil?

Essa pequena densidade populacional na Região Norte e no Centro-Oeste faz com que haja grandes "vazios demográficos", sendo que uma das principais razões é a extensa área coberta pela Amazônia, que por ser um ecossistema de floresta densa, dificulta a ocupação humana.

Quando é por que passou a aumentar a participação da população da região Norte?

Entre os anos 1950 e 2000, a população da Região Norte cresceu 1.570%, ao passo que a nacional, 709%. O Produto Interno Bruto (PIB) regional cresceu 338,6%, e o nacional, 140,4%. No entanto, esse crescimento foi desigual dentro da Região Norte.