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Educação Básica >> Educação Especial >> Deficiência Visual Formas de Atendimento Documentos Oficiais Fichas de Encaminhamento FilmesSurdocegueira Deficiência visual caracteriza-se pela limitação ou perda da funções básicas do olho e do sistema visual. O deficiente visual pode ser a pessoa cega ou com baixa visão. O principal objetivo da área da deficiência visual, na SEED, é garantir a permanência do aluno cego ou com baixa visão à educação básica com os apoios e recursos necessários para que tenha acesso ao currículo, com igualdade aos demais alunos.
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1. Introdu��o Nos dias de hoje muito se tem falado em educa��o inclusiva. Sabemos que as escolas ainda t�m muito que evoluir no que diz respeito a esse assunto, n�o s� para acolher alunos com defici�ncia visual (DV), mas alunos com outros tipos de defici�ncia. H� necessidade de capacita��o de professores e em fazer adapta��es para melhor receber esses alunos. Na sociedade moderna em que vivemos, onde recebemos est�mulos visuais a todo instante, a pessoa com DV al�m de encontrar-se em desvantagem, ainda sofre com muitas dificuldades nos seus aspectos motor, social e emocional (JUNIOR & SANTOS, 2007). Temos a Educa��o F�sica como um grande instrumento de inclus�o, que pode causar mudan�as muito positivas nesses aspectos, j� que o DV possui dificuldades para locomo��o, em suas capacidades motoras globais, bem como no conv�vio social. O que devemos propor com uma Educa��o F�sica realmente inclusiva, � em adequar as atividades ao nosso aluno, e n�o o aluno � atividade (PAR�METROS CURRICULARES NACIONAIS, 2000) para que sejam participativos e conseq�entemente haja um, desenvolvimento de suas potencialidades. Espera-se que o DV com a pr�tica de atividades f�sicas possa se descobrir como uma pessoa que � capaz de lidar com a limita��o que possui. E atrav�s de um trabalho psicomotor desenvolver uma autonomia, elevar sua auto-estima e perceber que o fato de ser cego ou possuir baixa vis�o n�o o impede de participar da Educa��o F�sica escolar com outras pessoas videntes. Para o professor, certamente isso � um grande desafio, pois requer toda uma revis�o na sua pr�tica pedag�gica, visando atender � diversidade de alunos, como sugere os Par�metros Curriculares Nacionais (PCNs):
Sendo assim, o objetivo deste estudo � identificar como incluir alunos com defici�ncia visual nas aulas de Educa��o F�sica? A Educa��o F�sica que por um tempo era uma disciplina que de certa forma exclu�a os menos habilidosos, passe a quebrar preconceitos, trabalhando numa concep��o de que todos s�o capazes dentro de suas limita��es. 2. Educa��o F�sica inclusiva Sentimos que o movimento pela inclus�o est� cada vez mais se ampliando, e como conseq��ncia isso exige maior busca de informa��o, conhecimento principalmente por parte dos professores sobre esse assunto, e sobre seus princ�pios, que s�o de: celebra��o das diferen�as, valorizar a diversidade, a solidariedade, o direito de pertencer, a igualdade para as minorias e a cidadania, para que se tenha sociedade realmente constru�da para todas as pessoas. (SASSAKI, 2003). Segundo Winnick (2004, p. 21) �o termo inclus�o designa a educa��o de alunos portadores de defici�ncias num ambiente educacional regular�. Sendo assim a escola tem um papel fundamental, que � assumir de forma respons�vel a educa��o de alunos Portadores de Necessidades Educativas Especiais (PNEE), para que eles tenham acesso garantido a tudo aquilo que � necess�rio para seu bom desenvolvimento junto �s crian�as ditas �normais�. Ao desenvolver um trabalho com PNEE, deve ser levado em conta alguns fatores importantes que ir�o influenciar no processo de aprendizagem, que segundo Cidade e Freitas (2002, p.30) s�o: �as caracter�sticas das tarefas motoras; as caracter�sticas do sujeito que aprende; a aprendizagem pr�via; o contexto da aprendizagem; o tipo de informa��o, etc�. Hoje em dia podemos ver que h� uma real necessidade de se fazer � inclus�o porque mais do que uma palavra que est� na moda, ela nos remete � consci�ncia, diante de todos os fatos que t�m acontecido no mundo atual, de que temos que tornar a nossa sociedade maisjusta e igualit�ria. E al�m da fam�lia, a escola � o ambiente onde os conceitos de igualdade e respeito devem ser difundidos, para que a crian�a possa ter consci�ncia de que todos n�s independente de termos algum tipo de defici�ncia, somos iguais e temos os mesmos direitos. A educa��o f�sica deve ser um caminho para que isso aconte�a, atrav�s de todos os aspectos que ela envolve, e como mostra a Carta Internacional de Educa��o F�sica e Desportos (1978), citada por Ara�jo (1999):
A import�ncia social de se ter uma Educa��o F�sica inclusiva est� nas in�meras possibilidades de atrav�s da pr�tica de atividades f�sicas, esses alunos se descubram como indiv�duo, como um ser integrante da sociedade, e que tenha mais oportunidades em sua vida. Uma Educa��o F�sica que seja realmente adepta � inclus�o � aquela que coloca o aluno como parte integrante do grupo, n�o como um aluno que est� na aula apenas fisicamente, e que n�o � envolvido nela, deixando de vivenciar as mesmas experi�ncias das outras crian�as. A partir da� o professor de educa��o f�sica que trabalha numa turma heterog�nea deve ter consci�ncia de que, como diz Costa e Gorgatti (2005, p. 19):
Na Educa��o F�sica os alunos PNEE podem encontrar, atrav�s de in�meras atividades, os est�mulos necess�rios para que possa desenvolver �reas que necessitam ser mais estimulada, de acordo com a defici�ncia que possui e as limita��es que ela implica, tamb�m melhorar aquelas que j� possuem alguma habilidade. Na escola, eles devem participar da maioria das atividades e jogos de car�ter l�dico, com as adapta��es e os cuidados necess�rios. Isso deve lev�-los a lidar com suas dificuldades e �xitos. Incluir na EF significa ent�o, desenvolver qualquer atividade que leve em considera��o todas as limita��es f�sicas, motoras, sensoriais, mentais, as potencialidades dos alunos, e tamb�m promover o melhor dele com os demais alunos da turma, atrav�s de atividades f�sicas e/ou esportivas e melhor entendimento do significado das aulas de EF para essas pessoas (COSTA & BITTAR, 2002). Torna-se um desafio para o professor ter uma a��o pedag�gica �normal� diante da diversidade, de como lidar com aqueles alunos que possuem maiores ou menores dificuldades para aprender. Isso deve levar o educador a pensar em tornar sua pr�tica flex�vel, n�o se fixando muito no que de especial deva ter a educa��o do aluno, de forma que aconte�a progresso em fun��o de suas possibilidades. Assim a a��o pedag�gica se torna mais din�mica viabilizando o aprendizado dos alunos PNEE (PCNs: Adapta��es Curriculares, 1999). O momento das aulas de Educa��o F�sica � onde o indiv�duo, estando em contato com outras pessoas e realizando junto as atividades, est� percebendo a si mesmo e principalmente se sentindo parte do grupo. Assim, vale novamente ressaltar como � importante estar atento ao ambiente constru�do durante a aula, pois ele interv�m no processo de desenvolvimento, e desta forma tanto o papel da escola como da EF s�o de colocar o aluno PNEE em contato efetivo na vida social, com igualdade de direitos (OLIVEIRA, 2007). 3. Educa��o F�sica para deficientes visuais O desenvolvimento de um programa de Educa��o F�sica para indiv�duos com DV, deve levar em conta algumas caracter�sticas que esse aluno possui como conseq��ncia de sua limita��o.Problemas posturais, na marcha, na coordena��o motora, na movimenta��o, na socializa��o etc, s�o algumas dessas conseq��ncias. Mas o que � mais prejudicial no processo de desenvolvimento motor de uma crian�a DV � a restri��o de oportunidades (FILHO et al, 2006). Restri��o essa causada pela super prote��o da fam�lia, professor e estranhos, que acham que o DV n�o � capaz de realizar coisas, e acabam reduzindo as oportunidades desses indiv�duos em explorar o ambiente, e acabam ensinando-os que s�o incapazes e totalmente dependentes, o que certamente gera atrasos em suas capacidades de percep��o, de cogni��o e de movimentos (WINNICK, 2004). A Educa��o F�sica servir� justamente como um campo de estimula��o, buscando compensar esses d�ficits, de forma que esses alunos possam adquirir mais auto-confian�a, atrav�s do conhecimento de seu pr�prio corpo, como diz Cutsforth (1969), citado por Junior e Santos (2007), que para a crian�a que possui vis�o normal se desenvolver, ela precisa de um campo de estimula��o cada vez maior, e j� crian�a DV, deve buscar esse campo de estimula��o no seu pr�prio corpo. A partir da� ela come�a a descobrir seu meio ambiente, descobrindo em si mesma o que as outras crian�as de vis�o normal encontra no ambiente: a motiva��o e o est�mulo para realizar qualquer tipo de a��o. Como o DV passa a utilizar mais da sua habilidade de percep��o, ele precisa adquirir mais habilidade motora, tanto para sua locomo��o quanto para manipula��o. Esse tipo de defici�ncia gera comprometimentos e problemas psicomotores, levando tamb�m a descontroles no lado psicol�gico. Isso o faz se sentir mais dependente, inseguro, com medo de situa��es que n�o sejam conhecidas, isolamento social, sensa��o de incapacidade diante de atividades motoras, o que o tornar� diferente do grupo. Diante disso, mais do que incentivos para superar as dificuldades � necess�rio que seja estabelecido m�todos e a��es para se trabalhar com esse p�blico (JUNIOR & SANTOS, 2007). Para atender a um planejamento que realmente tenha utilidade na pr�tica das aulas, e realizar um trabalho efetivo com alunos DV, segundo Caderno Texto do Curso de Capacita��o de Professores Multiplicadores em Educa��o F�sica Adaptada (2002, p.78):�� importante que o professor de Educa��o F�sica, juntamente com outros profissionais da escola, saibam identificar os dist�rbios de comportamentos(...), de percep��o e de motricidade apresentados pela crian�a para poder direcionar seu planejamento de ensino �s suas necessidades�. Para Diehl (2006), geralmente as crian�as DV por possu�rem uma educa��o geral n�o muito adequada e pouca estimula��o, apresentam um desempenho inferior na parte motora, cognitiva e social-afetiva, comparando-se com aquelas que n�o possuem essa defici�ncia. E devido a ela, aparecem algumas defasagens psicomotoras, como: esquema e imagem corporal, mobilidade, marcha, locomo��o, express�o facial e corporal, coordena��o motora, direcionalidade, lateralidade, maneirismos, dificuldade de relaxamento etc. Vale ressaltar que as dificuldades a n�vel cognitivo � uma situa��o conjuntural e n�o estrutural. Isso porque h� limita��o na capta��o de est�mulos, nas experi�ncias pr�ticas, e na falta de rela��o entre o objeto percebido visualmente e a palavra. Como forma de compensa��o, a percep��o auditiva e t�til se torna mais apurada. E para atividades motoras se faz necess�rio est�mulos atrav�s de informa��es sonoras e t�teis, percebidas atrav�s do sentido sinest�sico, do toque. Uma aten��o especial a ser desenvolvida na aula de EF � um trabalho de orienta��o e mobilidade, j� que a locomo��o � uma tarefa complicada para muitos DVs. A orienta��o refere-se ao uso dos sentidos remanescentes para estabelecer a posi��o do corpo relacionando-o com o ambiente e seus objetos; e mobilidade refere-se a resposta atrav�s do movimento � est�mulos internos e externos. Dist�rbios de ordem motores, perceptivos e comportamentais se referem a movimentos inquietos, movimentos limitados, movimentos retardados, r�gidos e sem energia, falta de equil�brio, dist�rbios de concentra��o. Os perceptivos referem-se a falta e orienta��o espa�o-temporal, no esquema corporal, falta de percep��o de formas e estruturas, e comportamentais como medo, agressividade, indiferen�a e grande necessidade de contato f�sico. Estar atento a esses sintomas ir� permitir ao professor elaborar melhor seu trabalho, fazendo sempre que necess�rio avalia��es para poder melhorar sua pr�tica e atender melhor o seu grupo. Ao realizar um trabalho com alunos PNEE, o professor deve ser paciente, n�o acumulando muita expectativa em obter resultados imediatos, pois ele deve levar em conta se esse aluno possui ou n�o alguma experi�ncia no seu repert�rio motor, para que tamb�mn�o o coloque numa situa��o em que ele se sinta frustrado por n�o conseguir realizar o que tenha sido proposto. E tamb�m incentivar, dar apoio a cada atividade que ele consiga realizar, para que haja progressos no seu trabalho na EF.
� necess�rio estar atento ao ambiente que ser� oferecido a esse aluno, para que ele se sinta mais seguro, permitindo tamb�m ao professor evitar riscos durante as aulas. Cidade e Freitas (2002, p.2) enfatizam que:
� importante que se tenha aten��o � alguns cuidados nas aulas com aluno DV para que se evitam poss�veis problemas com no andamento da aula. O professor deve estar ciente de que o comando verbal � o primeiro contato para boa rela��o com o aluno e aluno-aluno; explicar de forma clara e objetiva; n�o mudar o local da atividade, para que o aluno n�o perca a dire��o da origem da informa��o; quando o comando verbal n�o for suficiente, passar as informa��es atrav�s do tato; incentivar autonomia, orientando sobre o espa�o f�sico onde est�o os materiais da quadra, para que organize seu mapa mental (DIEHL, 2006). Incluir o aluno DV nas atividades, � considerar o seu potencial e limita��es, mesmo que seja necess�rio reestruturar os conte�dos. Em se tratando do pr�prio corpo, numa vis�o de que ele � aut�nomo, mas que tamb�m depende do outro, deve significar para o aluno que ele n�o apenas tem um corpo, mas que � um corpo, e que esse corpo se integra ao meio, ou seja, ao ambiente e as pessoas, relacionando-se com o meio f�sico, social e cultural (DARIDO E RANGEL, 2005). 4. Analise do conte�do das entrevistas A an�lise e a interpreta��o dos dados da entrevista realizada com as professoras de educa��o f�sica se deu atrav�s da analise do conte�do. Para Franco (2003) a an�lise do conte�do, requer que as descobertas atrav�s das falas tenham relev�ncia te�rica, e que o pesquisador descreva, analise e interprete o sentido que o indiv�duo atribui �s mensagens, que neste caso ser� ela verbal (oral). As entrevistadas s�o do sexo feminino, com experi�ncia de mais de dez anos em Educa��o F�sica adaptada, todas possuem p�s-gradua��o e duas possuem tamb�m mestrado.
O prazer pela Educa��o F�sica adaptada Para Glat (1998) o ser deficiente nos retoma a nossa experi�ncia interior, nos coloca a consci�ncia das nossas limita��es e imperfei��es. Tudo isto inconscientemente, podemos dizer tamb�m que o prazer pela diferen�a, se d� pela curiosidade. Prof. R: �... esse grupo precisava de uma aten��o mais direcionada de uma pessoa com mais comprometimento. Resolvi que era ali que iria caminhar, no sentido de realmente estar auxiliando, aplicando aquilo que aprendi para benef�cio de algu�m�. Tamb�m por ser uma �rea que muitas pessoas n�o procuram trabalhar por dificuldade de atender o grupo. Prof. M: �Foi � �nica �rea da educa��o f�sica que me �segurou� durante muito tempo� Prof. S: �... tinha uma escola pequena chamada Colibri, s� com deficiente mental e s�ndrome de Down, e eles n�o tinham feito nenhum trabalho com a educa��o f�sica. Da� fui chamada para montar um trabalho neste local�. Muita das vezes os desconhecimentos dos estabelecimentos de ensino em saber o qual o papel da Educa��o F�sica na escola se dava pela falta do conhecimento da mesma como uma disciplina. A busca por novos conhecimentos A EFA � uma �rea da Educa��o F�sica em que o professor deve estar sempre adaptando, para que os PNEE possa estar participando das aulas, por isso � comum o professor sempre buscar novos conhecimentos. Prof. B: �Eu sempre quis fazer uma coisa diferente, fora do modismo da minha �poca de Educa��o F�sica que era a quest�o da gin�stica�. O esporte adaptado Para Melo e Lopez (2007)
A oportunidade que a professora teve de conhecer os deficientes atrav�s do esporte adaptado � de grande valia para difus�o das modalidades esportivas adaptadas. Prof. L: �Eu descobri primeiro o atletismo adaptado para atletas cegos�. 4.2. No que diz respeito como � o trabalho de cada uma com DV, foi relatado que: Inclus�o escolar Na Lei de Diretrizes e Bases da Educa��o Nacional n� 9.394/96, em seu Cap�tulo V da Educa��o Especial, no artigo 58, diz que a educa��o especial deve ser oferecida na rede regular de ensino para os PNEE, portanto na escola esses alunos devem ser inclu�dos e eles tamb�m devem ter direita a educa��o f�sica. Prof. R: �Eu tive crian�as inclu�das em turmas regulares com defici�ncia visual parcial. Como trabalhei na nata��o, pude perceber estrat�gias de como se pode estar adaptando...�. A lei tamb�m aborda que se houver necessidade, esses alunos, podem ter adapta��es quando necess�rias. Cidade e Freitas (2002), diz que dar oportunidade para participa��o de todos nas atividades f�sicas, proporciona aos PNEE uma oportunidade deles se integrarem ao mundo. Prof. B: �Trabalho com oficina de dan�a...E trabalho na escola municipal com deficientes visuais com Educa��o F�sica escolar�. Lazer Trabalhar na perspectiva do lazer com os portadores de Dvs, e principalmente levando eles a experimentarem atividades f�sicas diversificadas � de grande valia para a sua inclus�o social.Prof. L: �...trabalho de lazer com mergulho adaptado e no Centro de Esporte e Lazer que atuo como professora com recrea��o, esporte e lazer�. Orienta��o Prof. S: �Trabalhei na escola especial... E � fundamental o professor estar falando e orientando o tempo todo, porque sen�o eles ficam sem a no��o�. Fonseca (2004) diz que o ao final de um desempenho prolongado chegaremos ao �xito, por isso � valido sempre estarmos orientando os alunos com defici�ncia. O ato de brincar Prof. M: �O brincar sempre foi meu objetivo principal na escola especial�. A necessidade de brincar se da atrav�s do instinto homem; 4.3. As maiores necessidades percebidas nesses alunos, segundo elas s�o: Familiares As fam�lias tendem a se dar conta que existem lugares apropriados para atender seus filhos muito tarde, ou seja, quando eles na maioria das vezes j� passaram da fase escolar. Prof.: M: � Creio que as necessidades dos familiares que n�o recebem a orienta��o adequada e essas crian�as perdem muito tempo�. Imagem e esquema corporal As crian�as DV por apresentarem um desempenho motora inferior, devido � falta da Imagem corporal, que � o conjunto de sensa��es e percep��es que o individuo tem a respeito do seu pr�prio corpo, ou seja, a sua representa��o corporal. Prof. B: �Seria a quest�o do desenvolvimento da imagem corporal, do conhecer seu corpo, conhecer as possibilidades desse corpo�. Prof. S: �Uma coisa que a gente tem que trabalhar muito nos alunos cegos � o esquema corporal... Ele tem que ter essa percep��o corporal muito bem trabalhada, � parte de lateralidade, equil�brio, para que ele possa ter uma certa autonomia�. Orienta��o e mobilidade Prof. R: �O que � mais complicado para eles � a orienta��o e mobilidade. Eles t�m que ter um ponto de refer�ncia para poder estar se orientando para poder se mobilizar�. Nas aulas de EF � necess�rio que se fa�a um trabalho nesse aspecto, pois para eles h� certa dificuldade para locomo��o. Atendimento qualificado Prof. L: �... o professor tem que ter a capacita��o, os alunos t�m que cursar o est�gio com pessoas deficientes visuais, fazer a disciplina educa��o f�sica adaptada�. � necess�rio que haja capacita��o dos profissionais para o trabalho com todos os PNEE. Muitas vezes, as dificuldades no processo de ensino-aprendizagem partem de quem ensina, complicando a tarefa do aprendiz. E importante n�o subestimar o potencial do educando e ter a disposi��o de aprender juntamente com ele, valorizando a troca de experi�ncia (COSTA E GORGATTI, 2005). 4.4. Apenas uma das entrevistadas n�o teve alunos com DV em classes regulares. As demais inclu�am esses alunos atrav�s de: Guias Usar um aluno para ser o guia para o aluno com DV, � de extrema import�ncia nas aulas de EF, al�m de auxiliar o professor de Educa��o F�sica tamb�m faz com que o aluno aprenda a lidar com os DV. Prof. R: �... alguma atividade que tenha deslocamento, eu procuro estar sempre perto ou colocar um aluno maior junto�. Prof. S: �Incluir com outras crian�as sem defici�ncia � at� mais f�cil, porque eles est�o at� ajudando nesse trabalho, pois sempre vai um como se fosse o guia dele, e ele vai estar ajudando�. Intera��o com outros alunos Prof. B: �Na outra turma com deficientes visuais, em todo momento a gente tenta fazer com que eles sejam integrados com outros alunos�. A intera��o com outros alunos nas atividades integradas nas aulas de educa��o f�sica faz com que melhore o desempenho dos alunos PNEE. Nas atividades propostas Prof L: � Na Educa��o F�sica s�o inclu�dos na dan�a, recrea��o e atividades aqu�ticas�.Criar atividades para que sejam feitas inclus�o dos alunos � uma t�tica valida partindo do principio que todos tem direito de participar. 4.5. Quanto �s atividades que podem estar sendo desenvolvidas, foram apresentadas: Atividades Psicomotoras e Recreativas Prof. R: �Trabalhar bastante recrea��o, bastante viv�ncia corporal, saltar, arremessar, pular, piques, zigue-zague, circuitos. Fora isso trabalhar muito com brinquedos cantados, brincadeiraspopulares�. Prof. S: �... a Educa��o F�sica � uma s�. As atividades v�o ser as mesmas que n�s damos. � trabalhar a parte de lateralidade. Tudo isso � uma atividade que voc� daria para outras crian�as�. As atividades psicomotoras e recreativas devem ser desenvolvidas nos jogos que promovam o conhecimento de si mesmo, e de suas capacidades de movimentos; jogos que possibilitem o reconhecimento de objetos/materiais para jogar; jogos que promovam a intera��o entre crian�a-crian�a, crian�a-professor, crian�a-fam�lia, de conviv�ncia social; jogos que estimulem o campo sensorial e desenvolva a percep��o (consci�ncia de objetos), entre outros (COLETIVO DE AUTORES, 1992). Prof. M: �Propor brincadeiras...�. �A valoriza��o e a participa��o nos jogos � de grande import�ncia para essas crian�as, pois fazem com que a mesma tamb�m desenvolva as suas atitudes que acaba gerando uma supera��o.� (OLIVEIRA, 2007). Esportivas
Prof. B: �O objetivo � desenvolver uma Educa��o F�sica... com esportes, e fazer com que esses alunos tenham o conhecimento e possam participar dessas atividades...�. � importante que a escola seja o primeiro lugar a dar oportunidades ao DV de praticar atividades esportivas, atrav�s da Educa��o F�sica. Prof. L: �... na corrida o aluno cego precisa de guia, no mergulho aut�nomo n�s criamos sinais para a comunica��o em baixo da �gua�. 4.6. Para elas, as adapta��es podem estar sendo feitas e forma T�teis e ambientais � importante que sejam feitas todas adapta��es poss�veis para que os alunos possam participar das aulas de EF. Portanto, Prof. R: �... a sala deve ser acolchoada, o m�nimo de m�veis, de utens�lios, para que ele possa fazer os movimentos; utilizar a t�cnica de sombra e o tocar para que ele possa identificar o movimento e executar. O local onde ele freq�enta n�o pode estar sofrendo varia��es, mudan�as�. Prof. S: �Com o material, a adapta��o � que voc� vai estar �mostrando� para ele antes, deixando que ele explore bem esse material para que tenha seguran�a de que n�o vai machuc�-lo�. Prof. M: �Apresentar os materiais para esses alunos manipular, permitir que explorem os locais onde as aulas v�o ser realizadas s�o as medidas iniciais�. Prof. B: � No queimado e no v�lei fazer com que ele conhe�a a quadra, como � o jogo, o posicionamento dos jogadores, tudo isso atrav�s de maquetes�. Prof. L: �As adapta��es s�o tamb�m ba maneira de ensinar com metodologias que usem t�cnicas t�teis..., corrigindo com essa percep��o, utilizando al�m da parte verbal�. Para Oliveira (2007).�O ambiente social interv�m no desenvolvimento do aluno, com isso fica n�tido a responsabilidade da Educa��o e principalmente da Educa��o F�sica, que � levar o aluno � participa��o efetiva na vida social, ressaltando a igualdade de direitos e desprendendo quaisquer tipo de discrimina��o.�. 5. Conclus�o A conclus�o que se chegou com este estudo � de que a defici�ncia visual � caracterizada pelo comprometimento da vis�o em ambos os olhos que n�o pode ser compensada atrav�s de recursos �pticos. E que por ter essa limita��o, a crian�a � de certa forma privada por outras pessoas, que na maioria das vezes n�o possuem conhecimento de como lidar com essa defici�ncia, de ter maior estimula��o, de vivenciar as fases de seu desenvolvimento como uma crian�a vidente. E desta forma acabam gerando dificuldades no seu repert�rio motor, em seu conv�vio social, e no lado emocional no que diz respeito a auto-estima, a sentimentos de incapacidade e inseguran�a. A Educa��o F�sica com os seus conte�dos deve ser aplicada tanto para o DV como para o vidente. O que deve ser desenvolvido pelo professor s�o metodologias e estrat�gias que sejam capazes de realmente colocar esse aluno como parte integrante e ativa na aula, e tamb�m fazendo com que ele tenha maior conhecimento do seu corpo e de suas possibilidades. E isso pode ser feito utilizando t�cnicas t�teis, de sombra, com o aux�lio de guias, fazendo adapta��es nos materiais e utilizando maquetes. Enfim, discutir e propor as melhores maneiras de estar realizando as atividades com os alunos, em conjunto onde eles possam dar sugest�es e usar a criatividade para estar adaptando, � uma forma para que o foco da aula n�o seja apenas voltado para aten��o no aluno DV ou somente nos outros alunos, mas que se crie caminhos para que tudo que for feito seja com objetivo de ter benef�cios e progressos para todos. Refer�ncias bibliogr�ficas
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Quais as melhores estratégias de ensino para pessoas com cegueira?O professor deve primar para que as explicações sejam descritivas e concretas e, sempre que possível, possibilitar que o aluno cego manipule objetos e materiais que sejam os mais próximos possíveis do real e que facilitem a compreensão e participação nas atividades.
Que estratégia você professor utiliza para alunos com deficiência?atribuir um tempo de avaliação distinto para cada caso; aceitar a diversidade de fatores no processo de construção do conhecimento desses alunos; associar os instrumentos e recursos de avaliação que mais se integrem às necessidades dos alunos.
Quais são as recomendações para trabalhar com alunos com deficiência visual?Estimular o uso constante dos óculos, caso seja esta a indicação médica. Colocar a carteira em local onde não haja reflexo de iluminação no quadro negro. Posicionar a carteira de maneira que o aluno não escreva na própria sombra. Adaptar o trabalho de acordo com a condição visual do aluno.
Como trabalhar com o aluno cego na sala de aula?Estratégias de Sala de Aula:. Verbalizar de forma simples e pormenorizada tudo o que ocorre na sala de aula;. Ler em voz alta enquanto escreve no quadro;. Fazer exposições, narrativas, descrições ao utilizar material audiovisual;. Ter em conta que o aluno cego não vê o gesto ou outras formas não verbais de comunicação;. |