Quais eram os grupos interessados na transição gradual do sistema escravocrata para o trabalho assalariado no Brasil?

TRANSIÇÃO DO TRABALHO ESCRAVO PARA O TRABALHO ASSALARIADO

Desenvolvido por Aline Fernanda S. Ferreira, aluna do 1° período do curso de Ciências Econômicas, sala 212, Centro Universitário Franciscano.

Introdução

O objetivo deste artigo é discutir a transição do trabalho escravo para o trabalho assalariado.

Na metade do século XIX, quando aconteceu a proibição do tráfico negreiro, não existia mão-de-obra disponível para a produção cafeeira, naquele momento em plena ascensão. Então, se uma solução não fosse encontrada, o mercado de trabalho capitalista perderia força e capacidade para sustentar-se, uma vez que a formação histórica da sociedade e da economia brasileira era pouco desenvolvida em relação às demais nações.
As evidências do que estava por vir eram muitas e as oligarquias cafeeiras, até mesmo de alguns segmentos de outras oligarquias vinculadas à economia açucareira, começaram a mover-se temendo que a proibição do tráfico internacional de escravos e o fim da escravidão, gerassem uma grave escassez de força trabalhadora no Brasil. Esse medo acabou se transformando numa grande questão da política nacional: faltaria mão-de-obra para gerir a produção cafeeira.

Ambientação ao Sistema Escravocrata

Ultrapassando o conceito de modo de produção, a exploração escravocrata do africano marcou a cultura brasileira e a formação de valores em relação ao trabalho, aos seres humanos e às organizações. A escravidão no Brasil exprime-se numa experiência, em longo prazo, que consolidou diversos aspectos da sociedade. A capoeira, a culinária e a religiosidade fazem parte da cultura africana que se acoplou ao quotidiano brasileiro.
Dentre os motivos que fizeram com que a Coroa Portuguesa optasse pela mão-de-obra escrava, o que mais se destaca é o interesse econômico, uma vez que a metrópole recebia uma porcentagem do lucro dos traficantes, por cada escravo que era vendido.
Em pouco tempo, a escravidão fez com que o trabalho (braçal) assumisse um papel de inferioridade, sendo destinada ao negro quase que com exclusividade. Os escravos foram utilizados principalmente na agricultura, com ênfase na produção açucareira, e na mineração, tornando-se importantes membros na oscilação econômica da época. Além das atividades citadas, não era raro encontrá-los desempenhando trabalhos domésticos e/ou pequenos serviços para os seus senhores. Ainda que as práticas escravocratas tenham se tornadas usuais, não se pode deixar de notar os diversos atos de resistência à escravidão, desde fugas até formações mais complexas como os quilombos.
Mesmo após a independência do Brasil o preconceito racial e as determinações dos poderosos fazendeiros mantiveram o regime escravista intacto. Para eles, era motivo de temor imaginar que perderiam seu sistema de mão-de-obra. Receando uma revolta social, o governo retardou ao máximo qualquer lei ou política abolicionista.

Influências externas

Desde que D. João saiu de Portugal com destino ao Brasil, com a proteção da esquadra inglesa, seu governo ficou dependente da Inglaterra e os comerciantes ingleses se tornaram um grupo influente e poderoso. Como o Brasil passava por problemas econômicos, começou a se preocupar em diminuir às importações e produzir aqui diversos produtos. Isso não interessava à Inglaterra, que estava pleno desenvolvimento industrial e precisava de consumidores. Além disso, as colônias inglesas produziam açúcar e o Brasil concorria com uma grande produção açucareira movida pela mão-de-obra escrava. Essa situação não agradava a Inglaterra que mantinha Portugal e, conseqüentemente, o Brasil sob seu comando através de tratados políticos.
Para os ingleses, se houvessem poucos escravos no Brasil a produção de açúcar entraria em decadência, e se os trabalhadores recebessem pelo seu trabalho, mais pessoas teriam dinheiro para comprar as mercadorias produzidas pelas máquinas inglesas. Logo, a decisão da Inglaterra de lutar contra o tráfico de escravos foi mais causa de interesses econômicos do que por qualquer outro motivo.

A Crise do Escravismo

O intermitente fim da escravidão decorreu de uma situação formada pelos acontecimentos do processo histórico, ou seja, uma série de pressões exercidas por fatores externos e internos.
Dentre os fatores internos é relevante a ação de grupos abolicionistas oriundos de diversas camadas da sociedade. Estes grupos favoráveis à abolição caracterizam-se por uma bifurcação: os emancipacionistas, que visavam uma abolição lenta e gradual do trabalho escravo, e os abolicionistas que defendiam o fim imediato dessa relação de trabalho. Além da ação destes grupos, deve-se notar a resistência dos próprios escravos, visto que eles já não demonstravam passividade e resistiam das mais variadas formas à dominação, seja fugindo para os quilombos, organizando revoltas, envolvendo-se em assassinatos, ou até mesmo praticando o suicídio.
Relatando-se os fatores externos, pode-se destacar a pressão que o império britânico realizava sobre o governo brasileiro. A Inglaterra vivia o apogeu da Revolução Industrial, e esse processo de industrialização exigia o crescimento dos mercados consumidores a fim de obter a venda da crescente produção e alcançar lucros cada vez maiores. O Brasil era um dos grandes compartes comerciais dos ingleses, porém o sistema escravocrata não garantia aos trabalhadores algum poder aquisitivo. Além disso, o governo inglês decretara o fim da escravidão em todas as sua colônias.
No Congresso de Viena em 1814, os britânicos difundiram a outros países a adoção de uma política a favor da abolição da escravatura. Logo, toda a Europa se moveria fazendo tratados para a proibição do tráfico. O Tratado de Ashburton em 1842, entre Inglaterra e Estados Unidos, alvitrava que, cada um desses países formasse e mantivesse uma esquadra nas costas africanas, para que a proibição do tráfico fosse reforçada e cumprida.
No início do século XIX, os britânicos resolvam interferir indubitavelmente nos assuntos de Portugal e da colônia brasileira. Em 1810, D. João teve que condizer com um tratado que exigia a cooperação para o fim do comércio de escravos, considerando a ilegalidade de tal ato. A concordância de D. João abriu fenda campanha naval inglesa contra os navios negreiros portugueses. Esse patrulhamento fez com que o contrabando de escravos aumentasse. Os escravos eram desembarcados no Brasil, em lugares escondidos e vendidos no desembarque. Com a Independência do Brasil, no ano de 1822, a Inglaterra transferiu suas atenções de Portugal para o Brasil e notificou que a independência seria reconhecida somente se o tráfico negreiro fosse extinto. E assim surgiu uma série de leis que eram feitas, para efeito de concordância com os ingleses, mas não eram cumpridas.
A sociedade brasileira não aceitava o término da escravidão, porque a estrutura política e econômica do Brasil dependia dos escravos. O café estava se tornando a grande riqueza do país e a lavoura dependia da mão-de-obra escrava. A Inglaterra então usou o direito proposto pela lei Aberdeen, em que o tráfico podia ser proibido pela força, enviando seus navios para a costa brasileira. Desrespeitando as águas territoriais do Brasil, os navios ingleses capturavam e afundavam os navios negreiros. Mesmo com esta ação inglesa, o tráfico resistia. A maneira encontrada para que os brasileiros tomassem uma postura abolicionista, foi ameaçar mandar os navios de guerra ingleses para os portos brasileiros. Assim, em 1850, o governo brasileiro fez cumprir uma lei promulgada por ele próprio, mas sob forte pressão do governo inglês, proibindo o tráfico negreiro no país.
Quanto à escravidão, aos poucos a campanha abolicionista começou a ganhar terreno. Jornalistas políticos e escritores uniram-se na luta para a libertação dos escravos. Até mesmo alguns fazendeiros moveram-se a favor do movimento abolicionista, já que a única forma de obter escravos era comprar cativos do Nordeste, em face da decadência dos senhores de engenho, e o que se pagava por um escravo daria para pagar dez anos de salário a um trabalhador livre. Além de o escravo, na maior parte das vezes, não agüentar mais que dez anos de trabalho.
Com o fim do tráfico negreiro, os escravos que restaram no país eram mandados para as regiões onde houvesse uma lavoura lucrativa. Portanto, a região sudeste, onde o café estava em expansão, era o lugar mais interessante. Desse modo, havia um tráfico interno, transferindo os escravos de uma região para outra. Mas, a população de escravos foi diminuindo gradualmente e os donos continuavam a maltratá-los. A mortalidade era grande, havia poucos casamentos, quase nenhuma vida familiar e poucas crianças sobreviviam por conta das péssimas condições de higiene.

A monocultura cafeeira

A decadência da mineração foi acompanhada pelo renascimento das atividades agrícolas e, a partir de então, o principal produto de exportação seria o café. A expansão da cultura cafeeira atraiu os melhores recursos econômicos do País. A declaração de Independência não alterou os alicerces da economia brasileira, e a produção de café reafirmou a estrutura colonial, embasado no latifúndio, na monocultura e na produção para o mercado externo. Dentre os fatores mais importantes para a ascensão da cafeicultura, destacam-se a adequação da cultura ao clima brasileiro e a grande demanda internacional pelo produto.
A produção comercial de café iniciou-se na cidade do Rio de Janeiro, espalhando-se pelo Vale do Rio Paraíba e os custos de transporte representavam uma das principais restrições à cultura cafeeira. Até a implantação das primeiras ferrovias, o principal meio de condução da produção eram as mulas, logo, a introdução das primeiras ferrovias permitiria que o café se expandisse para outras regiões com eficiência e relativa velocidade, alavancando a monocultura cafeeira.
As ferrovias foram implantadas com técnicas e capitais britânicos, porém, o governo brasileiro teve uma participação direta no desenvolvimento das mesmas por meio da constituição de empresas, das quais era o principal acionista, e também pela concessão de garantias aos empréstimos obtidos na Inglaterra.

O problema da mão-de-obra

A grande maioria dos escravos estava alheia em relação a toda essa política em torno de sua libertação. Afinal, com raríssimas exceções, eles não sabiam ler nem escrever, e a filosofia da escravidão faziam com que eles não fossem estimulados a pensar e agir, apenas obedecer. Os escravos que viviam nas cidades estavam mais atentos ao que acontecia. Alguns até trabalhavam para seus donos e podiam ficar com algum dinheiro desse trabalho.
Portanto, quando chegou à liberdade, os negros não tiveram condições de se igualarem no mercado de trabalho, eram considerados inferiores e sem qualificações.
O escravo negro não tinha cultura e estímulo para participar de um modelo de parceria, pois quase não possuindo hábitos de vida familiar, a idéia de acumulação de riqueza é praticamente estranha. Sendo o trabalho para o escravo uma maldição e o ócio o bem inalcançável, a elevação de seu salário acima de suas necessidades, que estão definidas pelo nível de subsistências de um escravo, determina de imediato uma forte preferência pelo ócio. Por isso, o ex-escravo passa a viver para suprir apenas suas necessidades, renunciando ao modelo de parceria.
Sendo o café a alternativa, restava ainda resolver a questão da força de trabalho, questão de grande inquietação nacional então em debate no país: como fazer a transição da economia brasileira para a produção de café se não havia no país mão-de-obra disponível?

Do escravo ao imigrante

A formação da sociedade brasileira foi fortemente marcada por grandes deslocamentos populacionais. O tráfico de escravos foi o mais importante desses fluxos, contudo, desde a primeira metade do século XIX, com o iminente fim da escravidão, a possibilidade de introduzir trabalhadores europeus esteve na lista das ações políticas brasileiras como solução da escassez de mão-de-obra. Os imigrantes já tinham noção de salário e administração de tempo, além de a mão de obra estrangeira ser considerada melhor qualificada. Outra característica que estimulava a demanda pelos estrangeiros era a possibilidade da exploração de um trabalho familiar, muito mais vantajoso para o fazendeiro que o trabalho do nativo livre, cuja mulher e filhas restringiam-se às atividades domésticas.
Para o capital cafeeiro estava claro que seria alto o custo da imigração internacional, dado a inerente mobilidade do trabalhador livre, logo, seria necessário se utilizar do Estado para viabilizar economicamente a grande entrada de imigrantes no mercado de trabalho cafeeiro. Assim, o Estado assumia o ônus dessa transferência, garantindo um abastecimento imediato e sistemático, de acordo com os interesses da classe produtora representada no poder. A partir de então, representantes do imperador brasileiro atuaram em companhias internacionais de colonização sediadas em diversas cidades européias, incentivando a imigração.

A Imigração

As primeiras experiências com o trabalho livre nas fazendas de café começam em 1847, por iniciativa do senador Nicolau de Campos Vergueiro, político e latifundiário paulista. Vergueiro traz para sua fazenda famílias de colonos suíços e alemães para trabalhar em regime de parceria, ao lado dos escravos. Os imigrantes comprometem-se a cuidar de certa quantidade de pés de café em troca de uma porcentagem do que é obtido na venda dos grãos. Podem plantar pequenas roças de subsistência, partilhando a produção com o proprietário das terras, relacionando-se com o modo de produção servil do feudalismo europeu.
Em 1852, Vergueiro começa a contratar diretamente imigrantes na Europa, financiado pelo governo. Através de contratos de parceria, os imigrantes vendiam seu trabalho para o futuro. Ficavam devendo as passagens, as comissões de contrato, além de outras despesas com o transporte.
Depois que grandes fazendeiros de café contrataram estrangeiros para trabalhar em suas terras, os governos provinciais da região seguiram o exemplo da iniciativa privada e desenvolveram programas de incentivo à vinda de trabalhadores de outros países, levando o Império a formular uma política oficial de imigração. Com isso cria-se um fluxo regular de chegada de estrangeiros aos estados do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Minas Gerais, tradicionais zonas cafeeiras. Além da preocupação em obter mão-de-obra para a agricultura, há também o interesse de atrair a população branca para o país a fim de reduzir o número de negros e mestiços no Brasil.
As experiências iniciais do trabalho livre do colono foram marcadas por inúmeros conflitos, desentendimentos, greves, denúncias de cobranças de taxas abusivas pelo importador, rebeldia conta o controle moral e disciplina severa imposta nas colônias, fatos que redundaram a acusação de Portugal ao Brasil da prática de um sistema escravocrata disfarçado. O descumprimento do contrato pelo colono, por exemplo, poderia representar-lhe, além da rescisão, multa e pena de prisão. Contudo, para os fazendeiros o clima era de tensão generalizada no cumprimento dos contratos, o que demandaria uma regulamentação jurídica mais eficiente do que a vigente.

Da abolição à marginalidade

A Lei Áurea, em 1888, foi um documento que representou a libertação formal do escravo, mas não garantiu a sua incorporação como cidadão pleno à sociedade brasileira. A abolição da escravidão, apesar de garantir a liberdade, não alterou em nada as condições socioeconômicas dos ex-escravos, que continuaram a viver, de forma generalizada, na pobreza, sem escolaridade e sofrendo com a discriminação. Não impediu também que a super exploração de mão-de-obra em regime de escravidão e o tráfico de pessoas continuassem existindo até os dias atuais.
O ex-escravo engrossou as camadas de marginalizados da sociedade. Não possuíam qualificação profissional e não houve um projeto de reintegração do negro ao novo mercado. Expulsos das fazendas, eles acabaram na periferia das cidades, criando as primeiras favelas brasileiras, vivendo de pequenos e casuais trabalhos, normalmente braçais.
A escravidão deixou profundas marcas na sociedade brasileira: a sobrevivência do racismo e de outras formas de discriminação racial e social; a concentração de índios, negros e mestiços nas camadas mais pobres da população; a persistência da situação de marginalização em que vive a maioria dos indivíduos dessas etnias; as dificuldades de integração e de inclusão à sociedade nacional e os irrisórios níveis de renda, escolaridade e saúde predominantes entre a maioria da população.
A escravidão, portanto, pode ser considerada peça fundamental na compreensão dos problemas demográficos, culturais e socioeconômicos ainda existentes no país.

Considerações finais

O modo de produção assalariado surge no Brasil, após o fim da escravidão e por intermédio de pressões externas. A imigração internacional possibilitou que a abolição fosse gradual e que não houvesse nenhum lapso na oferta da mão de obra necessária quando o trabalho escravo se extinguiu em 1888.
O Estado possibilitou que se fizesse a transição completa para o trabalho assalariado, é claro que a adaptação do café às terras roxas, as ferrovias e o progresso tecnológico foram vantagens fundamentais para a transição, mas sem a decisiva intervenção do Estado custeando as imigrações, e, portanto reduzindo os custos de mão-de-obra do capital cafeeiro, estas vantagens não seriam suficientes para uma transição completa.

Referências Bibliográficas

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AS MIGRAÇÕES E A TRANSIÇÃO PARA O TRABALHO ASSALARIADO NO BRASIL
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Acesso em: 15 agosto 2008

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Acesso em: 13 agosto 2008

CICLO DO CAFÉ
Disponível em:
<http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/ciclo-do-cafe/ciclo-do-cafe.php>
Acesso em: 17 agosto 2008

Quais eram os principais grupos interessados na transição gradual do sistema escravocrata?

Estes grupos favoráveis à abolição caracterizam-se por uma bifurcação: os emancipacionistas, que visavam uma abolição lenta e gradual do trabalho escravo, e os abolicionistas que defendiam o fim imediato dessa relação de trabalho.

Como foi a transição do trabalho escravo para o trabalho livre?

A extinção do uso da mão-de-obra escrava no Brasil se deu por um processo lento e gradual, com vistas à transição para a formação de um mercado de trabalho livre. Por isso a segunda metade do século XIX é um período marcado pela preocupação de constituição e regulamentação legal do uso do trabalho livre no Brasil.

Quem tratou da regulamentação do trabalho assalariado?

O governo brasileiro, em 1885, decretou a Lei nº 3.270 ( Lei dos Sexagenários).

Como aconteceu o processo de assalariamento do trabalho?

O trabalho assalariado passou a existir com a chegada da revolução industrial europeia. Com a compra das terras férteis por quem possuía o maior poder econômico, os trabalhadores rurais tiveram que sair do campo.