Dentro da série iniciada com Sócrates que estou a dedicar aos grandes vultos da humanidade, que devem conhecer os escolares dos diferentes níveis do ensino, escolhi para a presente ocasião a figura de um verdadeiro génio, que destacou em variados temas, como foi a do italiano do Renascimento Leonardo da Vinci. Foi cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e mesmo também músico. O presente depoimento a ele dedicado faz o número 106 da série. Show
PEQUENA BIOGRAFIAA brasileira Dilva Frazão publicou no seu momento uma interessante biografia de Leonardo da Vinci, que tenho por bem reproduzir. Leonardo da Vinci (1452-1519) foi um excelente pintor italiano, e também. “Mona Lisa” foi uma das obras que o notabilizou como um dos maiores nomes da Renascença. Nasceu na pequena aldeia de Vinci, perto de Florença, Itália, no dia 15 de abril de 1452. Filho do tabelião Pierro e da jovem Catarina, ainda menino, já desenhava e pintava. Em 1466, muda-se com a família para Florença. Com 16 anos torna-se aprendiz do pintor e escultor florentino Andrea del Verrocchio, onde trabalhava Boticelli, Filippino Lippi, entre outros pintores, protegidos do governador Lourenço de Medici. O primeiro trabalho importante de Da Vinci foi uma parte da tela “O Batismo de Cristo”, de Verrocchio, quando pintou os anjos e a paisagem à esquerda do quadro. Em 1478, Leonardo da Vinci executou um painel do altar para a capela de São Bernardo, no Palácio da Senhoria. Em 1481 ele foi encarregado de pintar um painel para a igreja dos frades de São Donato, de Scopeto, próxima de Florença, mas a obra “Adoração dos Magos” ficou inacabada. Em 1482, com 30 anos, Da Vinci transferiu-se para Milão e ofereceu seus serviços a Ludovico Sforza, o Duque de Milão, apresentando-se como engenheiro, arquiteto e pintor. Em 1483 pinta o quadro “A Virgem das Rochas”, da qual existem duas versões, uma no Museu do Louvre e a outra, provavelmente posterior, na Galeria Nacional de Londres. Em 1495, Leonardo da Vinci inicia a obra “A Última Ceia”, um fresco de dimensões consideráveis, 9 metros de largura e 4 metros e 20 cm de altura, numa parede do Convento de Santa Maria dele Grazie, em Milão. Foram três anos de trabalho, desenhando e redesenhando as figuras da Ceia. Nessa época, pinta o retrato de Cecília Gallerani, conhecido como “A Dama com Arminho”. Leonardo da Vinci ficou em Milão até 1499 para projetar a catedral, mas acabou esboçando e construindo a rede de canais e um vasto sistema de irrigação e abastecimento de água. Fez o projeto completo da urbanização da cidade. Nesse mesmo ano, quando os franceses invadiram a cidade, Leonardo retornou para Florença. Viaja o tempo todo. Em Veneza, Da Vinci estuda o sistema defensivo da cidade ameaçada pelos turcos. Estuda anatomia e é acusado de desrespeito aos mortos, por dissecar cadáveres, prática que constituía crime, além de ser pecado contra a Igreja. Registrou inúmeros desenhos no “Tratado de Anatomia” que escreveu. De volta a Florença é nomeado Engenheiro Militar e acompanha César Bórgia nos seus empreendimentos de guerra. Em 1503, inicia a tela Gioconda. Segundo o pintor e biógrafo Giorgio Vasari (1511-1574) Francesco del Giocondo, um rico florentino, encomendou a Leonardo o retrato de sua mulher. Em 1507 é nomeado pintor e engenheiro na corte de Luís XII da França, Nesse mesmo ano termina a Mona Lisa de Giocondo, que se tornou o quadro mais célebre da pintura ocidental. Hoje está no Museu do Louvre, em Paris. Leonardo da Vinci viveu em Roma entre 1513 e 1516, onde foi protegido pelo irmão do Papa Leão X. Coloca-se a serviço de Juliano de Medici. Nessa época, pinta “São João Batista”, provavelmente sua última obra. Com a morte de Juliano, da Vinci deixa definitivamente a Itália e transfere-se para o Castelo de Cloux, em Amboise, na França, uma residência de Francisco I. Leva os seus manuscritos, centenas de desenhos e três quadros, todos feitos por encomenda e nenhum deles entregue. Leonardo da Vinci faleceu no Castelo de Cloux, Amboise, França, no dia 2 de maio de 1519. Foi sepultado no convento da Igreja de Saint Florentin, em Amboise. FICHAS TÉCNICAS DOS FILMES E DOCUMENTÁRIOSFilmes:
Diretor: Renato Castellani (Itália, 1971, 270 min., cor, para TV). Roteiro: R. Castellani. Música: Roman Vlad. Fotografia: Antonio Secchi.
Diretores: Luca Lucini e Nico Malaspina (Itália, 2016, 90 minutos, cor). Ver em: https://philos.tv/video/leonardo-da-vinci-um-genio-em-milao/246934/ Documentários:
Duração: 49 minutos. Ano 2013.
Duração: 12 minutos. Ano 2018.
Duração: 6 minutos. Ano 2017.
Duração: 10 minutos. Ano 2017.
Duração: 12 minutos. Ano 2018.
Duração: 4 minutos. Ano 2018.
Duração: 5 minutos. Ano 2019. Ver em: http://g1.globo.com/globo-news/estudio-i/videos/t/todos-os-videos/v/pesquisadores-descobrem-que-leonardo-da-vinci-era-ambidestro/7585679/ UM DOS MAIORES GÉNIOS DO MUNDOO brasileiro José Pio Martins, reitor da Universidade Positivo, com muito bom critério, bem de publicar na Gazeta do Povo de Curitiba um depoimento sobre o génio que foi Leonardo, do que a seguir apresento um treito. “Leonardo da Vinci quase não frequentou escola formal, mesmo assim o grau de sua genialidade é tão alto que, no plano terrestre, é uma figura inexplicável. A sua mente não tem paralelo e nunca foi superada por qualquer cientista. Todavia, minha escolha como o maior gênio científico, de múltiplas habilidades, é Leonardo di Ser Piero da Vinci (1452-1519). Filho ilegítimo (um ato de adultério) do tabelião Piero da Vinci e da camponesa Caterina, Leonardo da Vinci quase não frequentou escola formal, mesmo assim o grau de sua genialidade é muito alto. Ele tinha múltiplas habilidades, em todas era um gênio. Leonardo se destacou como matemático, engenheiro, arquiteto, escultor, inventor, anatomista, poeta, músico, pintor, e em todas essas profissões, técnicas e artes, ele se destacou com um grau de genialidade espantoso. Foi um homem muito à frente de seu tempo. Seu destaque como pintor inigualável, em razão de quadros famosos como a Monalisa e A Última Ceia, às vezes faz muitos esquecerem de que ele era um cientista incomum, dono de uma mente assombrosa e habilidades técnicas inimitáveis. Portador de sede insaciável de conhecimento, observador detalhista, autodidata e experimentador persistente, Leonardo da Vinci vai desde a dissecação de cadáver de mulher grávida para desenhar e descrever a anatomia de um feto (como anatomista) até a invenção de uma máquina de fabricar espelho (como engenheiro mecânico), passando por longa lista de invenções e soluções como: um protótipo de helicóptero, um tanque de guerra, o uso da energia solar, uma calculadora, o casco duplo nas embarcações, teoria das placas tectônicas, projeto de prédios, pontes, canais (como arquiteto e urbanista), precursor da aviação e da balística etc. A mente de Leonardo não tem paralelo e nunca foi superada por qualquer cientista. Além de criações geniais, ele produziu invenções menos famosas, como uma bobina automática, um aparelho que testa a resistência de um fio à tração, uma máquina de fabricar espelhos e vários equipamentos de uso diário. Ele era um desenhista de altíssima habilidade, perfeccionista, e muitos de seus projetos somente foram viabilizados cinco séculos depois, como a ponte Golden Horn em Istambul, na Turquia. A multiplicidade de talentos elevados que povoava o cérebro de Leonardo da Vinci o faz, a meu ver, o maior gênio científico, técnico e artístico que a humanidade já viu nascer. Três qualidades de Leonardo nos servem de inspiração: imensa curiosidade, capacidade de observação e extraordinária vocação para captar detalhes. Lendo a recente biografia desse gênio, escrita por Walter Isaacson, as realizações de Leonardo da Vinci assombram pela variedade, quantidade e alto grau de excelência. Ele morreu em 2 de maio de 1519, há exatos 500 anos. Merece reverência de todos nós, que somos pequenos diante de tanta genialidade”. CURIOSIDADES SOBRE A VIDA E A OBRA DE LEONARDOO dia 2 de maio de 2019 marca os 500 anos da morte do italiano Leonardo da Vinci. Um dos maiores expoentes do Renascimento, movimento cultural, intelectual e artístico que representou a transição entre a Idade Média e a Modernidade, Da Vinci viveu seus últimos anos na França e provavelmente morreu de derrame cerebral aos 67 anos. Suas obras mais conhecidas são a Mona Lisa e a Última Ceia, além de obras arquitetônicas e dezenas de invenções. É bom conhecer mais sobre a vida e obra de da Vinci:
ANÁLISE ARTÍSTICA DE 7 OBRAS DE LEONARDO DA VINCIA historiadora da arte brasileira Sónia Cunha escreveu no seu dia uma análise artística das obras mais importantes de Leonardo. Tenho por bem reproduzir, pelo seu interesse, o seu depoimento.
Esta obra esteve “escondida” em um mosteiro até 1867 quando foi transferida para a Galleria degli Uffizi, em Florença, sendo a pintura atribuída a Domenico Ghirlandaio, um pintor contemporâneo de Leonardo e também aprendiz na oficina de Verrocchio. Mas posteriores estudos e análises à obra dão base à teoria que esta pintura é um dos primeiros trabalhos de Leonardo. Na verdade, terá sido um trabalho realizado em conjunto, pois ao analisar a obra percebeu-se que a base da mesma terá sido executada pelo mestre Verrocchio, assim como a Virgem. Leonardo terá executado o anjo, o tapete de flores e o fundo (o mar e as montanhas). Isso fica claro na precisão científica com que foram pintadas as asas do anjo, e na descoberta de um desenho preparatório para as mangas do anjo atribuído a Leonardo. Também parece óbvia a diferença entre a delicadeza do anjo e a majestade quase fria da Virgem. Da mesma forma temos já aqui o uso do claro-escuro e do sfumato. Em termos de tema, temos a representação do momento bíblico em que o anjo visita a Virgem para lhe dizer que ela irá dar à luz o messias, filho de Deus.
O significado desta composição não é de fácil definição, mas talvez o segredo esteja na utilização do gesto (detalhe caraterístico e de grande importância para o artista). Cada figura está reproduzindo um gesto diferente, e aqui como outras figuras em outras pinturas, o anjo aponta com seu dedo indicador, neste caso não para cima, mas na direção de São João. Enquanto isso, a Virgem protege, São João está em posição de adoração e o Menino Jesus está benzendo.
Análises à pintura revelaram uma porta no fundo original. Além disso descobriu-se também que Leonardo terá mudado de ideias ao pintar a figura e que originalmente a posição dos braços da dama seria diferente e que arminho foi acrescentado posteriormente. A sobrevivência desta pintura até aos dias de hoje é quase um milagre, pois desde 1800 quando foi comprada por um príncipe polonês, sofreu diversas repinturas, exílio e esteve em esconderijos devido a invasões e guerras. Em 1939, depois da invasão nazista, a pintura foi encontrada com uma pegada de um soldado das SS.
TEMAS PARA REFLETIR E REALIZARVemos os filmes e documentários citados antes, e depois desenvolvemos um Cinema-fórum, para analisar a forma (linguagem fílmica) e o fundo (conteúdos e mensagem) dos mesmos. Organizamos nos nossos estabelecimentos de ensino uma amostra-exposição monográfica dedicada a Leonardo da Vinci, a sua obra científica, as suas ideias, a sua grande influência no avanço do conhecimento científico, e também todas as suas demais facetas de artista (pintor, escultor e arquiteto), inventor, poeta, músico, etc. Na mesma, ademais de trabalhos variados dos escolares, incluiremos desenhos, fotos, murais, frases, textos, lendas, livros e monografias. Podemos realizar no nosso estabelecimento de ensino um Livro-Fórum, em que participem estudantes e professores. Um livro interessante para o mesmo é o intitulado Leonardo da Vinci e seu supercérebro, escrito por Michael Cox e editado em 2004 no Brasil, pela editora Companhia das Letras. Poderia valer também a monografia Leonardo da Vinci, escrita por Walter Isaacson, publicada igualmente no Brasil em 2017.
É Professor de EGB em excedência, licenciado em Pedagogia e graduado pela Universidade Complutense de Madrid. Conseguiu o Doutoramento na UNED com a Tese Tagore, pioneiro da nova educação. Foi professor na Faculdade de Educação de Ourense (Universidade de Vigo); professor-tutor de Pedagogia e Didática no Centro Associado da UNED de Ponte Vedra desde o curso 1973-74 até à atualidade; subdiretor e mais tarde diretor da Escola Normal de Ourense. Levou adiante um amplíssimo leque de atividades educativas e de renovação pedagógica. Tem publicado inúmeros artigos sobre temas educativos e Tagore nas revistas O Ensino, Nós, Cadernos do Povo, Vida Escolar, Comunidad Educativa, Padres y Maestros, BILE, Agália, Temas de O ensino, The Visva Bharati Quarterly, Jignasa (em bengali)... Artigos sobre tema cultural, nomeadamente sobre a Índia, no Portal Galego da Língua, A Nosa Terra, La Región, El Correo Gallego, A Peneira, Semanário Minho, Faro de Vigo, Teima, Tempos Novos, Bisbarra, Ourense... Unidades didáticas sobre Os magustos, Os Direitos Humanos, A Paz, O Entroido, As árvores, Os Maios, A Mulher, O Meio ambiente; Rodrigues Lapa, Celso Emílio Ferreiro, Carvalho Calero, São Bernardo e o Cister em Ourense, em condição de coordenador do Seminário Permanente de Desenho Curricular dos MRPs ASPGP e APJEGP. PUBLICIDADE Qual foi a contribuição de Leonardo da Vinci para o Renascimento?Entre seus feitos estão o mapeamento da região – numa época em que mapas eram extremamente incomuns – e o desenvolvimento de tecnologias para abastecimento de água e defesa da cidade. Contudo, as maiores demonstrações de genialidade deixadas pelo renascentista foram os seus chamados “cadernos de notas”.
Quais as principais contribuições de Leonardo da Vinci?Entre suas obras mais famosas e conhecidas estão “A última ceia” e “Mona Lisa”. Mas as suas criações não pararam por aí. Ele realizou inúmeros estudos no que diz respeito às mais diversas áreas, como arquitetura, engenharia civil, Matemática, escultura, óptica e até anatomia humana.
Que ideias de Leonardo da Vinci foram inovadoras na época do Renascimento?Máquina voadora
O fascínio de da Vinci por máquinas voadoras não é segredo para ninguém. Entre diversos projetos, ele criou um planador equipado com asas prontas para serem “batidas” por um humano. O modelo lembra muito um grão cortado ao meio e era equipado com bancos e engrenagens.
Por que podemos dizer que o Leonardo da Vinci é um artista completo do Renascimento?Olhar para a trajetória deste homem é olhar para a trajetória do renascimento, e, nesse sentido, pode-se dizer que ele representa uma grande síntese dos ideais do humanismo, pois era cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico.
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