Quais foram os fatores que contribuíram para a queda das taxas de mortalidade do Brasil a partir de 1940?

A urbanização e o planejamento familiar são fatores que influenciaram a queda da natalidade no Brasil.

A taxa de natalidade indica quantas pessoas nasceram em um determinado país ou região em proporção com o número total de habitantes. Essa taxa é dada em permilagem, ou seja, indica o número de nascidos vivos para cada mil habitantes.

No Brasil, as taxas de natalidade, acompanhando uma tendência mundial, vêm sofrendo reduções nos últimos anos. A população continua aumentando, mas as porcentagens de crescimento estão caindo, especialmente por causa da queda nas taxas de natalidade.

Na década de 1950, a taxa de natalidade no Brasil era de aproximadamente 44‰ (44 nascimentos para cada mil habitantes). Em 2015, o valor é 14‰, uma queda expressiva em poucas décadas.

Os fatores responsáveis pela diminuição das taxas de natalidade são:

  • urbanização;

  • queda da fecundidade;

  • planejamento familiar;

  • utilização de métodos contraceptivos;

  • melhoria nas condições de educação;

  • inserção da mulher no mercado de trabalho;

  • casamentos tardios;

  • custo de criação dos filhos.

Taxas de natalidade no Brasil

As taxas de natalidade no Brasil, embora tenham sofrido uma queda significativa, não são uniformes em todo o país. Enquanto as regiões Sul e Sudeste possuem as menores taxas de natalidade, a região Norte ainda possui um número considerável de nascimentos. Vejamos a lista a seguir.

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Taxa de natalidade por Unidade Federativa*

Roraima – 28,7‰

Amapá – 27,9‰

Acre – 23,9‰

Alagoas – 23,1‰

Maranhão – 20,5‰

Sergipe – 20,4‰

Amazonas – 20,1‰

Piauí – 19,9‰

Pará – 18,8‰

Bahia – 18,8‰

Tocantins – 18,4‰

Rondônia – 18,4‰

Rio Grande do Norte – 17,9‰

Ceará – 17,9‰

Paraíba – 17,4‰

Pernambuco – 17,4‰

Mato Grosso – 17,3‰

Distrito Federal – 17,3‰

Mato Grosso do Sul – 16,9‰

Espírito Santo – 16,5‰

Goiás – 15,2‰

Minas Gerais – 15,1‰

São Paulo – 13,3‰

Paraná – 12,9‰

Santa Catarina – 12,5‰

Rio de Janeiro – 11,9‰

Rio Grande do Sul – 11,6‰

As taxas de natalidade, por sua vez, tendem a continuar caindo em função do aumento do planejamento familiar e da inclusão da mulher no mercado de trabalho, entre outros motivos.

*Fonte dos dados - IBGE

Índice

Introdução

A teoria da Transição Demográfica explica uma mudança específica na dinâmica demográfica, que é a queda acentuada das taxas de fecundidade, de natalidade e de mortalidade. Essa teoria foi proposta considerando-se as relações entre o crescimento populacional e desenvolvimento socioeconômico.

Essa oscilação só ocorre uma vez em cada país e acontece alinhada ao processo de desenvolvimento urbano-industrial. Portanto, o desenvolvimento econômico e a modernização das sociedades são os principais fatores responsáveis pelas mudanças nas taxas de natalidade e de mortalidade, refletindo no crescimento populacional.

É importante salientar que da mesma forma que os países se desenvolveram de formas diferentes, a Transição Demográfica também não ocorre da mesma maneira entre as diversas sociedades. Além disso, esse fenômeno acarreta em mudanças importantes nas estruturas populacionais.

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Fases da Transição Demográfica

A teoria da Transição Demográfica foi criada pelo americano Warren Thompson no fim da década de 1920, com o objetivo de contestar a Teoria Demográfica Malthusiana. De acordo com a teoria de Thompson a população não possui um crescimento acelerado, mas sim um crescimento que possui oscilações periódicas, que alternam em crescimentos e desacelerações demográficas e até mesmo períodos de estabilidade.

A referência histórica base utilizada por Thompson na criação dessa teoria foi o período da Revolução Industrial e por consequência, o estabelecimento da sociedade moderna. Em períodos antecessores a esse, as taxas de mortalidade e natalidade eram constantemente elevadas, o que acarretava em certa estabilidade demográfica.

Entretanto, com a urbanização, ocorreu uma grande melhoria nas condições de vida, resultando a elevação da expectativa de vida e consequentemente, a queda das taxas de mortalidade. Essa combinação da variação entre esses índices demográficos foi responsável pelo súbito aumento da população em um curto período de tempo

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Devido às variações entre as taxas de natalidade e mortalidade, considera-se que a Transição Demográfica possui quatro fases, considerando o desenvolvimento em que as sociedades se encontram:

1ª Fase 

Também conhecida como Pré-Transição, a primeira fase da Transição Demográfica é marcada por elevadas taxas de natalidade e mortalidade, o que culminou em um pequeno crescimento populacional. Essa fase caracteriza populações que se concentram no meio rural, onde não há as facilidades da vida urbana.

taxa de natalidade se apresenta elevada nessa porque o planejamento familiar é praticamente nulo. Além disso, pelo fato da maioria das sociedades serem rurais nesse período de Pré-Transição, o grande número de filhos representava grande quantidade de mão-de-obra disponível para os trabalhos familiares.

A alta taxa de mortalidade dessa fase deve-se ao baixo desenvolvimento da medicina, às péssimas condições sanitárias e às constantes guerras e epidemias ocorridas durante esse período.

A primeira fase da Transição Demográfica ocorreu na Europa desde o surgimento das primeiras civilizações até o meio do século XVIII. No Brasil, o período Pré-Transição perdurou até a década de 1940. Atualmente, não há países no mundo que encontram-se nessa fase.

2ª Fase

Na segunda fase da Transição Demográfica, a taxa de natalidade se manteve elevada enquanto a taxa de mortalidade apresenta uma queda. A combinação desses fatores levou à um grande crescimento populacional, que ficou conhecido como explosão demográfica.

Nos países europeus, essa fase está estritamente relacionada com a Revolução Industrial, período no qual surgiram tratamentos para doenças, as condições sanitárias e médico-hospitalares melhoraram e se produzia alimentos em larga escala. A segunda fase da Transição Demográfica também marca o início da urbanização e da superação da condição rural. 

Atualmente, o Haiti e alguns países africanos são exemplos de nações que se encontram nessa fase.

3ª Fase

Na terceira fase da Transição Demográfica, a taxa de mortalidade se manteve baixa e a taxa de natalidade passa a ser menor também. O crescimento vegetativo ocorre, mas é em menor velocidade do que na segunda fase.

consolidação da vida na cidade em detrimento à vida rural é uma característica marcante dessa fase. A queda na taxa de natalidade pode ser explicada pelo fato de que anteriormente, os filhos - que serviam como mão-de-obra nos trabalhos familiares -, passam a representar altos gastos.

Além disso, com o crescente ingresso da mulher no mercado de trabalho, não só tornou mais difícil para ela ter muitos filhos, como também menos desejável, uma vez que outros objetivos passaram a fazer parte de suas preocupações diárias. Neste período surgem também a maioria dos métodos contraceptivos, que auxiliarão em um planejamento familiar melhor.

Neste período encontram-se a maior parte dos países subdesenvolvidos industrializados, como o Brasil, Índia e México.

4ª Fase

A quarta fase da Transição Demográfica é resultado da continuação das tendências da fase anterior, ou seja, a taxa de natalidade que apresentava quedas se estabiliza em valores baixos e a taxa de mortalidade (que apresenta quedas desde a segunda fase) continua baixa também. Com isso, o crescimento vegetativo da população também é baixo.

Essa fase é marcada pelo envelhecimento da população, pelo fato da idade média nos países que passam por esse período ser relativamente alta. Esse envelhecimento se deve à elevada expectativa de vida (que é estritamente relacionada com a baixa mortalidade), associada com o pequeno número de filhos por casal.

Quando um país se encontra nessa fase, considera-se que sua Transição Demográfica foi encerrada. O Japão, a Noruega e a Suécia são exemplos de nações de se encontram neste grupo.

Fases da Transição Demográfica e suas características.

Apesar de o modelo de Transição Demográfica apresentada por Thompson descrever apenas quatro fases, atualmente estuda-se a possibilidade de uma quinta fase, onde há uma diminuição na população absoluta. Essa diminuição se deve a uma queda ainda maior na taxa de natalidadeque chega a ficar menor que a taxa de mortalidade, o que gera um crescimento vegetativo negativo. Este fenômeno pode ser prejudicial aos países e já pode ser observado na Alemanha, na Itália e na Lituânia.

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Exercício de fixação

UEPB/2007

“Acompanhando uma tendência mundial, o crescimento da população brasileira vem diminuindo nas últimas quatro décadas. [...] Além de estar crescendo menos, a população brasileira também apresenta outra característica: o envelhecimento.” Este processo de mudanças no perfil da população brasileira, que é denominado “transição demográfica”, tem como características: 

I - O aumento da longevidade e da queda da fecundidade e da mortalidade, sobretudo, com o progresso da medicina e das condições sanitárias.

II - A diminuição do número de filhos por famílias em razão das transformações econômicas e sociais que levaram a mulher ao mercado de trabalho. 

III - A mudança no desenho da pirâmide etária brasileira que passa a apresentar base mais estreita e topo mais largo. 

IV - O aumento da participação dos homens na pirâmide etária, que passaram a viver mais que as mulheres, as quais se tornaram mais expostas à mortalidade por homicídios e acidentes. 

Estão corretas apenas as proposições: 

A I, II e III.

B III e IV.

C I, III e IV.

D II e III.

E I, II e IV.

Quais foram os fatores que contribuíram para a redução da taxa de mortalidade no Brasil?

"Aleitamento materno, melhoria nas condições de saneamento básico e higiene pública, campanhas de vacinação, maior acesso da população aos serviços de saúde, maior escolaridade da mãe e política de assistência básica às gestantes são programas que efetivamente têm forte impacto na diminuição da mortalidade infantil e ...

Quais foram as razões da queda nas taxas de mortalidade por volta da década de 1940 que se refletiu no aumento?

Segundo o IBGE, foi na década de 1940 que começou a queda nas taxas de mortalidade infantil graças a “melhorias nas condições de vida, aperfeiçoamento das condições sanitárias, higiene pública, descoberta do dichloro-diphenyl-trichloroethane (DDT), primeiro pesticida moderno, foi largamente usado após a Segunda Guerra ...

Por que a taxa de mortalidade diminuiu?

No final deste mesmo século e no início do século XX, nos países desenvolvidos ou que comumente se localizam no Hemisfério Norte, a taxa de mortalidade diminuiu graças aos investimentos e avanços na medicina, nas condições sanitárias e de higiene, bem como do acesso à água, moradia e alimentação adequada.

Que fatores contribuíram para a taxa de mortalidade?

Existem vários fatores que podem influenciar a taxa de mortalidade, entre eles a condição física de cada habitante, fenômenos climatológicos, subnutrição, doenças (como infarto, derrame cerebral, etc) entre outros.