Quais os movimentos sociais mais significativos no período colonial brasileiro?

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Quais os movimentos sociais mais significativos no período colonial brasileiro?

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Cap. 17_ Os movimentos sociais no Brasil
Nelson Dacio Tomazi
http://arianemarzzio.blogspot.com/
	
Há registros de movimentos sociais no Brasil desde o primeiro século da colonização até nossos dias. Esses movimentos demonstram que os que viviam e os que vivem no Brasil nunca foram passivos e sempre procuraram, de uma ou de outra forma, lutar em defesa de suas ideias e interesses.
Lutas no período colonial
Durante o período colonial (1500-1822), os movimentos sociais mais significativos foram os dos indígenas e os dos africanos escravizados. 
Os povos indígenas lutaram do século XVI ao século XVIII para não ser escravizados e para manter suas terras e seu modo de vida. 
Lutas no período colonial
Os escravos africanos também não ficaram passivos diante das condições em que viviam. A principal forma de resistência eram as revoltas localizadas e a formação de quilombos, que existiram do século XVII até o fim da escravidão.
Os quilombos se estruturaram em várias partes do Brasil. O maior e mais significativo foi o de Palmares, que se localizava no atual estado de Alagoas. Ele começou a se formar por volta de 1630 e foi mantido até 1694, e teve de 20 a 30 mil habitantes. Mas outros grandes quilombos se formaram em diferentes épocas e lugares da colônia.
Lutas no período colonial 
 Inconfidência Mineira
Além dos movimentos dos indígenas e dos escravos, ocorreram no Brasil colonial dois movimentos pela independência em relação a Portugal: a Inconfidência Mineira (1789-1792) e a Conjuração Baiana (1796-1799). Ambos tinham por base as idéias disseminadas pela Revolução Francesa, mas havia diferenças em seus objetivos. Os inconfidentes mineiros propunham a independência e um governo republicano, mas não o fim da escravidão. 
Lutas no período colonial 
 Conjuração Baiana
Já os conjurados baianos defendiam a independência e o fim da escravidão, um governo republicano, democrático, com liberdades plenas, o livre comércio e a abertura dos portos. Esses movimentos foram reprimidos de modo violento e seus líderes, presos, degredados ou enforcados.
Revoltas regionais, abolicionismo e republicanismo
No período imperial, entre 1822 e 1889, ocorreram movimentos pelo fim da escravidão e contra a monarquia, tendo como objetivo a instauração de uma república no Brasil ou a proclamação de repúblicas isoladas.
Todos esses movimentos foram reprimidos violentamente, com muitas mortes e prisões. A idéia do governo em vigor era torná-Ias exemplos a não seguir.
Revoltas regionais, abolicionismo e republicanismo
Durante o Império ocorreram ainda movimentos em que se lutou por questões específicas, contra as decisões vindas dos governantes, percebidas como autoritárias. Em 1851, por exemplo, alastrou-se por várias províncias do Nordeste a chamada Revolta Ronco da Abelha. Outro exemplo é a Revolta do Quebra-Quilos, que começou na Paraíba em 1874 e se espalhou por todo o Nordeste, contra as arbitrariedades dos cobradores de impostos e contra os novos padrões de pesos e medidas de acordo com o sistema decimal. Também aconteceu em várias províncias do Nordeste, em 1875, a Revolta das Mulheres, contra um decreto que alterava a forma de recrutamento para o serviço militar.
Revoltas regionais, abolicionismo e republicanismo
Além das revoltas regionais, dois grandes movimentos sociais, a partir de 1850, alcançaram âmbito nacional: o movimento abolicionista e o republicano. Eles se desenvolveram paralelamente, mas com composições diferentes, e foram fundamentais para a queda do Império e a instauração da República no Brasil.
O movimento abolicionista agregou políticos, intelectuais, poetas e romancistas, mas também muitos negros e pardos libertos. Cresceu lentamente, pois sofria a oposição dos grandes proprietários de terras e escravos. Por isso, quando finalmente ocorreu a abolição, os ex-escravos foram deixados à própria sorte, o que criou uma questão social que até hoje está presente no país.
Revoltas regionais, abolicionismo e republicanismo
O movimento republicano foi dominado pelos segmentos mais ricos da sociedade. A organização buscava uma nova forma de acomodar os grupos que desejavam o poder sem a presença do imperador e da monarquia. Houve a participação de liberais que defendiam uma república democrática, mas eles foram afastados e os conservadores se apossaram do poder.
Tanto o movimento abolicionista quanto o republicano utilizaram a imprensa e a discussão em vários níveis sociais; ambos conseguiram seus objetivos ao mesmo tempo, de tal modo que o fim da escravidão no Brasil, em 1888, abriu as portas para a implantação da República, em 1889.
De Canudos à Coluna Prestes
 Guerra de Canudos
 
Os movimentos sociais que ocorreram entre o final do século XIX e os primeiros anos do século XX mostravam um caráter político e social marcante, mesmo com vigilância rígida sobre a população do campo e da cidade. Dois movimentos dessa época podem ser lembrados pela denúncia da miséria, da opressão e das injustiças da República dos Coronéis: a Guerra de Canudos e a Guerra do Contestado.
A Guerra de Canudos aconteceu entre 1893 e 1897, na Bahia. O movimento foi liderado por Antônio Conselheiro. Com ele, sertanejos baianos estabeleceram-se em Canudos, um lugarejo no nordeste da Bahia, e constituíram uma comunidade de cerca de 30 mil habitantes. Viviam num sistema comunitário: não havia propriedade privada e todos os frutos do trabalho eram repartidos.
De Canudos à Coluna Prestes
 Guerra do Contestado
No período compreendido entre 1912 a 1916, na área então disputada pelos Estados de Santa Catarina e Paraná, denominada região do Contestado, uma luta pela posse de terra levou às armas, cerca de 20 mil sertanejos. Revoltados com os governos estaduais, que promoviam a concentração da terra, nas mãos de poucos e com o governo federal, que concedeu uma extensa área, já habitada, à empresa norte-americana responsável pela construção da estrada de ferro São Paulo - Rio Grande do Sul no território.
Liderados inicialmente por um monge peregrino, que um ano mais tarde, após sua morte, faria eclodir um movimento messiânico de crença na sua ressurreição e na instauração de um reinado de paz, justiça e fraternidade, os revoltosos chegaram a controlar uma área de 28 mil quilômetros quadrados. 
A "Guerra do Contestado” como ficou conhecido o episódio, terminou em massacre e a rendição em massa dos sertanejos que, embora tivessem se empolgado com as primeiras vitórias, não puderam resistir à superioridade bélica das forças repressivas. Além do fuzil do canhão e da metralhadora, pela primeira vez na América Latina era usados a aviação com fins militares.
De Canudos à Coluna Prestes
Outros movimentos sociais, de caráter urbano, marcaram as primeiras décadas do século XX. Foi o caso das greves operárias, que emergiram de modo significativo, nesse período e mesmo proibidas por lei, tomaram conta das fábricas do Sudeste do país. Eram comandadas principalmente por imigrantes italianos, no Rio de Janeiro e em São Paulo, com forte influência anarquista. Esses movimentos grevistas denunciavam as péssimas condições de vida dos trabalhadores, as longas jornadas de trabalho, os baixos salários, a inexistência de leis trabalhistas e a exploração do trabalho feminino e infantil.
Tenentismo
No meio militar, inicialmente centralizado no Rio de Janeiro e em São Paulo, desenvolveu-se em um movimento que teve grande alcance em termos políticos, por colocar em discussão as bases de sustentação do regime republicano: o Tenentismo. Esse movimento político militar estendeu-se por vários anos, e teve como objetivo conquistar o poder para promover as reformas necessárias à modernização da sociedade. Os tenentes rebeldes eram contra as oligarquias políticas regionais e a estrutura de poder que as sustentava. Viam por trás delas a corrupção na

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Quais os movimentos que marcaram o período do Brasil Colônia?

Resumo:Movimentos Sociais – Brasil colônia.
1) Confederação dos Tamoios. ... .
2) Guerra dos Bárbaros. ... .
3) Insurreição Pernambucana. ... .
4) Revolta no Maranhão. ... .
5) Guerra dos Mascates. ... .
6) Revolta de Filipe dos Santos. ... .
7) Inconfidência Mineira. ... .
8) Conjuração Baiana (ou Conspiração dos Alfaiates).

Quais são os principais movimentos sociais brasileiros?

Os principais movimentos sociais no Brasil – As ações coletivas mais conhecidas no Brasil são o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MSTS) e os movimentos em defesa dos índios, negros e das mulheres.

Quais foram os dois principais movimentos sociais do período imperial brasileiro?

Dois grupos se defrontaram: o conservador monárquico (os caramurus) e o liberal (chimangos), composto sobretudo por estancieiros, mas que veio a contar com o apoio – Das camadas populares.

Quais são os principais movimentos sociais?

Abaixo listamos alguns dos movimentos sociais mais conhecidos ao redor do mundo..
Movimento Feminista. ... .
Movimento Negro. ... .
Movimento Estudantil. ... .
Movimento Operário (ou trabalhista) ... .
Movimento Ambientalista. ... .
Movimento LGBTQIA+.

Quais foram os movimentos sociais mais significativos nos anos de 1500 a 1822 e por quê?

Lutas no período colonial Durante o período colonial (1500-1822), os movimentos sociais mais significativos foram os dos indígenas e os dos africanos escravizados. Os povos indígenas lutaram do século XVI ao século XVIII para não ser escravizados e para manter suas terras e seu modo de vida.

Quais os nomes dos movimentos brasileiros?

M.M.D.C..
Movimento de Libertação dos Sem Terra..
Movimento de Luta pela Terra..
Movimento de Mulheres Camponesas..
Movimento dos Atingidos por Barragens..
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra..
Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto..
Movimento eugênico brasileiro..