O continente africano é um grande produtor e exportador de produtos oriundos da produção agrícola, no entanto não consegue alimentar sua população. A África apresenta um elevadíssimo número de subnutridos, isso lhe dá a condição de pior do mundo nesse aspecto. Show
O continente se caracteriza pela presença da fome, realidade que aumenta a cada dia. Os países que mais sofrem com a fome são: Etiópia, Somália, Sudão, Moçambique, Malavi, Libéria e Angola. As estimativas são
pessimistas, segundo um relatório do Instituto Internacional de Pesquisa em Política de Alimentação, o número de crianças subnutridas subirá cerca de 18%, estimativa para o ano de 2020. Segundo estudo realizado pela ONU (Organização das Nações Unidas), cerca de 150 milhões de pessoas africanas não tem acesso à quantidade mínima de calorias diárias. E o pior, outros 23 milhões podem literalmente morrer de fome ou por causas provenientes da mesma, como insuficiência de determinados nutrientes no organismo: falta de potássio, proteína, cálcio, entre outros. É de conhecimento de todos que a África convive com o problema da fome, agora basta saber quais fatores desencadearam as diversas mazelas sociais que essa parte do mundo se sujeita. As taxas de
crescimento natural na África são as mais elevadas do mundo. Para se ter uma idéia, a população africana em 1950 era constituída por 221 milhões de pessoas, atualmente, são mais de 850 milhões. • Ocupação de grande parte das terras para o plantio de culturas monocultoras destinadas à exportação, portanto não produzem alimentos que abastecem o mercado interno. • Diminuição da oferta de alimentos no continente. • Grande ocorrência de desertificação, em razão da ocupação de áreas impróprias para agricultura. • Diminuição das pastagens e terras férteis no continente. • Os conflitos étnicos que resultam em guerras civis. Em suma, o que temos é um quadro socioeconômico bastante debilitado, e as perspectivas são negativas em relação a esse continente. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Índice global da fome por país, publicado em 2020 O Índice Global da Fome (GHI, pela sua sigla em inglês de Global Hunger Index) é uma ferramenta estatística multidimensional usada para descrever o estado da fome nos países. O GHI mede o progresso e retrocessos na luta global contra a fome.[1] É atualizado uma vez por ano. O índice foi adaptado e desenvolvido pelo International Food Policy Research Institute (IFPRI). Foi publicado pela primeira vez em 2006 em conjunto com Welthungerhilfe, uma Organização Não Governamental (ONG). Desde 2007, a ONG irlandesa Concern Worldwide juntou-se ao grupo de editores.[2][3][4][5][6] O GHI de 2010 calcula-se para 122 países em via de desenvolvimento e economias em transição, dos quais 84 foram classificados. Todos os anos, o reporte sobre o GHI centra-se num tema: em 2010, o índice ressalta a desnutrição infantil entre as crianças menores de dois anos de idade. Estudos recentes mostram que a prevenção da má alimentação durante este período pode melhorar significativamente a saúde, a produtividade e o desempenho econômico ao longo da vida destas crianças.[7] Além da edição anual do GHI, em 2008 foram publicados o Índice da Fome para os Estados da Índia[8] e o Índice Subnacional da Fome para a Etiópia.[9] Cálculo e definição do GHI[editar | editar código-fonte]A fome tem muitas faces: aumento da propensão às doenças, deficiências no estado nutricional, perda de energia, incapacidade, morte por inanição ou por doenças infecciosas mortais, cujo curso é o resultado de uma saúde geral débil. O GHI é concebido para captar diversos aspetos da fome num só índice, apresentando assim uma rápida visão geral de um problema complexo. O índice leva em conta a situação de nutrição não somente populacional em geral, mas também de um grupo fisiologicamente vulnerável — as crianças — para o qual a falta de nutrientes cria um alto risco de crescimento físico ou cognitivo deficiente, e até de mortalidade. Adicionalmente, ao combinar indicadores medidos em forma independente, o índice reduz os efeitos dos erros aleatórios de medição. Indicadores[editar | editar código-fonte]O GHI combina três indicadores de igual ponderação:
Cálculo do GHI[editar | editar código-fonte]O índice global da fome é calculado assim: onde proporção populacional que está subnutrida (em percentagem) frequência de insuficiência de peso em crianças menores de cinco anos (em percentagem) proporção de crianças que falecem antes dos cinco anos (em percentagem) O índice classifica os países numa escala de 100 pontos, sendo 0 a melhor pontuação (não há fome) e 100 a pior, embora na prática não ocorra nenhuma destas situações extremas. Quanto mais alto o índice, pior é a situação alimentar de um país. Os valores por baixo de 4,9 refletem pouca fome, os valores entre 5 e 9,9 refletem uma fome moderada, os valores entre 10 e 19,9 indicam um sério problema, os valores entre 20 e 29,9 são alarmantes e os de 30 ou mais são extremamente alarmantes. Fontes dos dados[editar | editar código-fonte]Os dados para o GHI de 2010 cobrem o período de 2003 a 2008 – os dados globais mais recentes disponíveis para os três componentes do GHI. Especificamente, os dados sobre a proporção de subnutridos são da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) e cobrem 2004 a 2006.[10] Os dados sobre desnutrição infantil são para o último ano do período 2003–2008 para o qual se conta com informação e se baseiam nos dados coletados pela Organização Mundial da Saúde (WHO),[11] UNICEF[12] and MEASURE DHS[13] Os dados sobre mortalidade infantil são da UNICEF para 2008. O GHI de 2010 e o valor da base recalculada do GHI de 1990 não são diretamente comparáveis aos cálculos anteriores de valores do GHI. Resultados para o GHI de 2010[editar | editar código-fonte]Classificação[editar | editar código-fonte]O GHI de 2009 calcula-se para 122 países em via de desenvolvimento e economias em transição, dos quais 84 foram classificados e a sua segurança alimentar foi comparada com os níveis de 1990. Os outros 38 países tiveram um GHI inferior a 5 em 1990 e 2010, e por esta razão não foram incluídos na classificação. Países com uma situação alimentar extremamente alarmante (WHI ≥ 30) ou alarmante (WHI entre 20,0 e 29,9)
Tendências globais e regionais[editar | editar código-fonte]O reporte GHI para 2010 descreve o desenvolvimento do estado da fome desde 1990 em níveis globais, regionais e nacionais. O GHI global de 2010 mostra uma diminuição de quase uma quarta parte, ou seja, de 19,8 a 15,1. Contudo, o GHI mostra que o progresso mundial na redução da fome ficou estancado e continua sendo lento 29 países têm níveis de fome alarmantes (20-29.9) ou extremamente alarmantes (≥ 30). O média global esconde diferenças dramáticas entre as regiões e os países. O GHI de 2010 baixou em cerca de 14% na África Subsaariana comparado com o GHI de 1990, cerca de 25% na Ásia Meridional e em mais de cerca de 33% no Próximo Oriente e em África do Norte. O progresso foi particularmente grande no Sudeste Asiático e na América Latina, na qual o GHI caiu em mais de 40%. Os maiores valores regionais do GHI correspondem à África Subsaariana e à Ásia Meridional com 22,9 e 22,7 respetivamente, mas as causas da inseguridade alimentar em ambas as regiões são diferentes. Na Ásia Meridional, o principal problema é a elevada frequência de insuficiência de peso nas crianças menores de cinco anos, a qual, pela sua vez, é resultado duma menor nutrição e dum baixo nível educacional das mulheres. Em contraste, na África Subsaariana o GHI é alto devido a uma elevada mortalidade infantil e uma alta proporção de pessoas que não podem satisfazer as suas necessidades de calorias. Isto ocorre devido à má governação, conflitos, instabilidade política e alta taxas de AIDS. Ganhadores e perdedores[editar | editar código-fonte]Entre 1990 e 2010 um grupo pequeno de países conseguiu reduzir os seus valores do GHI à metade ou mais. Ao redor da terceira parte dos países conseguiu um modesto progresso, reduzindo os seus valores do GHI entre 25% e 50%. Outro terço foi capaz de melhorar o seu GHI de 0 a 24,9 %. Em 29 países a situação da fome continua sendo grave ou alarmante.
Desnutrição infantil[editar | editar código-fonte]A desnutrição entre as crianças alcançou níveis terríveis. No mundo em desenvolvimento, perto de 195 milhões de crianças menores de cinco anos - aproximadamente uma de cada três crianças - são pequenas demais e subdesenvolvidas. Quase uma de cada quatro crianças menores de cinco anos - 129 milhões - tem peso insuficiente, e uma de cada 10 têm peso extremamente insuficiente. O problema da desnutrição infantil fica concentrado em poucos países e regiões com mais de 90% das crianças raquíticas que moram na África e na Ásia. 42% das crianças subnutridas do mundo moram na Índia. Os dados apresentados no relatório[16] [17] mostram que a janela de oportunidade para melhorar o lapso nutricional se estende pelos 1000 dias entre a concepção e o segundo aniversário da criança (que é o período de -9 a +24 meses). As crianças que não recebem uma nutrição adequada durante este período aumentaram os riscos de experimentar danos permanentes, incluindo o desenvolvimento físico e cognitivo débil, má saúde, e até morte prematura. Em contraste, as consequências da desnutrição que ocorrem após 24 meses de vida de uma criança são em larga medida reversíveis. Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
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