Quais são as principais transformações que o comércio e os serviços que promovem no espaço geográfico?

As relações entre o espaço rural e urbano, além dos aspectos geográficos, manifestam-se em termos econômicos e estruturais, havendo também certo grau de subordinação.

O espaço geográfico é constituído pelo rural e pelo urbano, ou seja, pelas áreas densamente habitadas das cidades de um lado e pelas áreas de atividades agropecuárias e também de produção extrativista ou de reservas naturais de outro. Sendo assim, cada uma dessas áreas possui suas próprias características socioespaciais, mas também possui suas múltiplas inter-relações.

O espaço rural é geralmente definido como o espaço não urbanizado — ou seja, que não apresenta a formação de cidades e nem as suas práticas em um sentido mais denso — e que não é urbanizável a curto e médio prazo. Assim, o meio rural costuma agregar as atividades agrárias, além de atividades econômicas que envolvem o extrativismo, a conservação ambiental, a pecuária, a silvicultura, o ecoturismo e outras.

Já o espaço urbano é a área constituída pela justaposição de ocupações populacionais que caracteriza a formação das cidades e suas atividades. Essas cidades são geralmente relacionadas com a prática industrial, o dinâmico comércio e os mais diversos serviços. A complexidade de tais atividades dependerá do nível de urbanização alcançado, bem como dos índices populacionais e do desenvolvimento econômico da região em si.

No entanto, é comum o equívoco de pensar essas regiões de forma separada, como excludentes entre si. Na verdade, o que existe é uma relação de complementaridade e até de dependência de um espaço para com o outro, de modo que suas relações geográficas e econômicas são, ao mesmo tempo, complexas e integradoras. Em outras palavras, podemos dizer que as atividades econômicas praticadas no campo dependem das práticas realizadas nas cidades e vice-versa.

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A agricultura, por exemplo, depende em grande escala dos maquinários e produtos agrícolas (insumos, fertilizantes, etc.) produzidos nas cidades, além dos conhecimentos em biotecnologia e produção agrária oferecidos por centros de pesquisa localizados geralmente nas cidades. Por outro lado, as atividades urbanas dependem do campo para o fornecimento de alimentos; as indústrias são altamente dependentes do recebimento de matérias-primas extraídas ou produzidas no meio rural e assim sucessivamente.

Apesar dessa relação de complementaridade entre um espaço e o outro, é importante observar que essa dependência não é igualitária entre ambos, ou seja, existe uma relação de subordinação aí presente. Anteriormente, dizia-se que as cidades eram subordinadas ao campo, uma vez que era, principalmente, a prática da agropecuária que determinava o ritmo e modo de vida nas cidades. Não obstante, com o surgimento e avanço da industrialização, as cidades tornaram-se o centro da matriz econômica, de modo que, hoje, é o campo quem se subordina às cidades, sendo por elas orientado.

Na verdade, o campo atualmente se organiza em função das demandas comerciais e industriais existentes nas cidades, sobretudo para atender as necessidades do mercado interno e externo e garantir o lucro para os seus produtores. Além disso, com a disseminação do êxodo rural, a maior parte da população mundial, atualmente, reside e realiza suas atividades no espaço das cidades.

Por: Rodolfo F. Alves Pena

Um dos principais agentes de produção e transformação do espaço geográfico na sociedade atual, sem dúvidas, é a atividade industrial, pois ela provoca efeitos sobre os movimentos populacionais e o crescimento das cidades; interfere nos tipos de produção no meio urbano e também no meio rural, entre outros.

Entende-se por industrialização o processo de transformação de matérias-primas em mercadorias ou bens de produção (esses últimos podendo ser novamente transformados) por meio do trabalho, do emprego de equipamentos e do investimento de capital. Obviamente, o crescimento da atividade industrial aumentou a demanda por matérias-primas e mais recursos naturais, por isso o ser humano passou a explorar ainda mais a natureza e, sobre ela e o espaço em geral, realizar cada vez mais intervenções e impactos.

Na visão de muitos autores no campo das Ciências Humanas, o processo de industrialização é sinônimo da era da modernidade, ou seja, a industrialização das sociedades marca, assim, a inserção delas no mundo moderno.

Evolução da atividade industrial – breve histórico

Ao longo do tempo, as sociedades pré-industriais e industriais passaram por sucessivos estágios de transformação, o que gerou diretas consequências sobre os tipos de produção de mercadorias e a forma de inserção destas no mercado.

Fase pré-industrial (artesanal): a fase da atividade artesanal – isto é, quando essa prática era o modo de produção predominante – estendeu-se desde a Antiguidade até o século XVII. A produção era individual e centrada na figura do artesão, que atuava desde o início do processo produtivo até, por vezes, a comercialização de seus produtos.

Fase manufatureira: as primeiras indústrias pautavam-se na manufatura, ou seja, no trabalho manual. Essa fase estendeu-se durante o século XVII até meados do século XVIII, quando se iniciou, na Inglaterra, o processo de Revolução Industrial. Utilizava-se o trabalho manual e máquinas simples com a inauguração do processo de divisão de tarefas e a formação das classes trabalhadoras (os assalariados) e as patronais (os patrões).

Fase maquinofatureira ou industrial: podemos dizer que a fase industrial propriamente dita ocorreu após o início da I Revolução Industrial com a invenção de maquinários capazes de intensificar a produção e empregar um maior número de trabalhadores, além de produzirem novos e variados tipos de mercadorias. Com o tempo, essa atividade aperfeiçoou-se com a Segunda e Terceira Revoluções Industriais.

Fase pós-industrial: embora não haja consenso sobre esse termo, a fase pós-industrial seria aquela em que as indústrias, embora ainda muito importantes, deixam de desempenhar um papel central no cerne das sociedades em uma etapa recente. A principal característica, nesse caso, é o deslocamento do emprego para o setor terciário (comércio e serviços), em um fenômeno que os economistas chamam de terciarização da economia.

É válido ressaltar que as etapas acima mencionadas não se sucederam de forma linear em todas as sociedades e nem de modo igualitário. Alguns países ou regiões do mundo somente conheceram o processo de industrialização em sua fase mais avançada ou moderna; outras regiões, em alguns países subdesenvolvidos, sequer podem ser consideradas como sociedades industriais.

Tipos de indústrias

Podemos dizer que existem três principais tipos de indústrias, classificadas com base na tipologia de suas mercadorias, havendo, porém, inúmeras outras formas de divisão da atividade industrial. Com base nesse critério, os tipos de indústrias são: de base, de bens de consumo duráveis e de bens de consumo não duráveis.

Indústrias de base: são aqueles tipos de indústrias que fabricam os chamados bens de produção, isto é, aqueles produtos que não são consumidos pelas pessoas, mas empregados por outras indústrias para a fabricação de mercadorias. Podem ser máquinas industriais ou matérias-primas transformadas, tais como o alumínio, o ferro, entre outras. Inclui-se aí, portanto, as chamados “indústrias extrativas”, ou seja, aquelas que atuam no processo de refinamento ou transformação de matérias-primas recém-extraídas, tais como o petróleo e todos os minerais.

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Indústrias de bens duráveis: são as indústrias que atuam na fabricação de produtos não perecíveis, isto é, que possuem uma grande vida útil, como os automóveis, os eletroeletrônicos, entre outros.

Indústrias de bens não duráveis: são as que produzem mercadorias perecíveis, ou seja, que são rapidamente consumidas, a exemplo dos alimentos, do vestuário e outros.

Fatores locacionais

Os fatores locacionais referem-se aos elementos socioeconômicos que orientam a distribuição de uma determinada indústria sobre o espaço geográfico. Dentre os inúmeros fatores, podemos destacar:

- Presença imediata de matérias-primas e recursos naturais;

- Disponibilidade de mão de obra abundante e barata;

- Incentivos fiscais oferecidos pelo governo local (isenção de impostos, etc.);

- Rede de transporte prática e eficiente que permite o fácil escoamento da produção;

- Mercado consumidor amplo e acessível;

- Fontes de energia que garantam a produção;

- Presença de indústrias complementares ou de apoio;

- Em alguns tipos de indústria, é importante a proximidade com centros de pesquisas, tais como as universidades.

Todos esses elementos (ou pelo menos a maioria deles) são avaliados por uma indústria quando ela escolhe o local para a sua instalação. Muitos governos municipais, estaduais e até federais atuam no sentido de garantir essas condições (sobretudo os incentivos fiscais) para que as fábricas instalem-se em seus territórios e, assim, gerem mais empregos diretos e indiretos, dinamizando mais a economia.

Quais são as principais transformações que o comércio e os serviços que promovem no espaço geográfico?

Em alguns locais, formam-se os complexos industriais com grande infraestrutura

Nesse contexto, é válido ressaltar a importância crescente das empresas multinacionais ou globais, que muitas vezes se deslocam de uma área para outra a fim de obter tais benefícios. Muitas delas migram para países subdesenvolvidos, onde a mão de obra é mais barata, ou seja, com menos salários aos trabalhadores. Além disso, muitas delas fragmentam a produção em muitas regiões, a exemplo das indústrias automobilísticas, em que as várias partes de um carro são produzidas em diferentes lugares do mundo para a obtenção de maiores vantagens e a máxima geração de lucro.

Os efeitos da industrialização sobre o espaço geográfico

Como já mencionamos, a indústria é um dos principais agentes de transformação do espaço. Quando uma área antes não industrializada recebe um relativo número de fábricas, a tendência é receber mais migrantes para a sua área, acelerando a sua urbanização.

Com mais pessoas residindo em um mesmo local, gera-se mais procura pela atividade comercial e também no setor de serviços, que se expandem e produzem mais empregos. Entre outros aspectos positivos, menciona-se a maior arrecadação por meio de impostos (embora, quase sempre, as grandes empresas não contribuam tanto com esse aspecto).

Quais são as principais transformações que o comércio e os serviços que promovem no espaço geográfico?

As indústrias contribuem para a geração de empregos

Dentre os efeitos negativos da industrialização, podemos citar os impactos gerados sobre o meio ambiente, haja vista que, a depender do tipo de fábrica e das infraestruturas para ela oferecidas, são gerados mais poluentes na atmosfera e também nos solos e cursos d'água. Além disso, os incentivos fiscais oferecidos pelo poder público são criticados por fazer com que a população arque mais com os impostos do que as grandes empresas.

O poder de intervenção da indústria nas sociedades é tão elevado que até as suas modalidades de produção, ou seja, a forma predominante com que suas linhas de produção atuam, interferem na organização do espaço, gerando mais ou menos produtos e empregos, entre outros elementos. Na era do fordismo, a produção era em massa, com mais empregos situados no setor secundário; o que se transformou radicalmente na era do toyotismo.


Por Me. Rodolfo Alves Pena

Quais foram as principais transformações no espaço geográfico?

São vários os exemplos decorrentes das profundas alterações ocorridas principalmente no último século no planeta, como o aquecimento global, efeito estufa e escassez de água. As décadas de exploração ocasionaram a extinção, somente no século XX pelo menos 15% das espécies da fauna e da flora foram extintas.

Quais são as principais transformações no espaço geográfico causados pela industrialização?

Em seguida, explique que a atividade industrial promove grandes alterações no espaço geográfico: desmatamento, poluição atmosférica, poluição hídrica, etc.

O que é a transformação do espaço geográfico?

O espaço geográfico é transformado pela ação humana. O espaço geográfico é o principal conceito da ciência geográfica. Em estudos geográficos diversos, tal conceito está ligado à ideia de transformação via ação antrópica. Ele é formado pela sociedade e pela natureza por meio de uma relação intrínseca.

Qual o principal fator responsável pela transformação do espaço geográfico?

O espaço está em constante transformação, sendo o homem um dos principais responsáveis por esse processo. As relações socioeconômicas estabelecidas em um determinado local configuram o espaço geográfico, alterando de forma significativa os elementos da natureza e, consequentemente, a paisagem.