Qual a diferença entre avitaminose e hipervitaminose

As vitaminas são compostos orgânicos importantes para o crescimento e funcionamento da célula, sendo fundamentais, portanto, para o desenvolvimento do organismo. Sua deficiência provoca doenças graves, que são denominadas genericamente de avitaminoses ou hipovitaminoses.

A deficiência de uma determinada vitamina apresenta relação direta com a alimentação com poucos nutrientes. Entretanto, é importante salientar que diarreia e náusea prolongadas, problemas de absorção e outras doenças também podem ocasionar a falta desses nutrientes.

Hipovitaminose A

A falta da vitamina A, sem dúvidas, é uma das mais preocupantes, sendo considerada um problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Normalmente acomete pessoas com nível socieconômico baixo e que não possuem acesso a uma alimentação saudável e à quantidade necessária de nutrientes.

Em crianças, a hipovitaminose A representa um grave problema, pois desencadeia retardo no crescimento e aumento nas chances de infecções. Vale destacar, no entanto, que o principal problema da deficiência dessa vitamina relaciona-se com os olhos, pois ela é responsável por ocasionar cegueira noturna, xerose, xeroftalmia e até mesmo a cegueira total.

Hipovitaminose B1

A vitamina B1, também chamada de tiamina, atua no metabolismo energético de carboidratos. A deficiência dessa vitamina provoca uma doença conhecida como beribéri, que apresenta como manifestações clínicas insônia, nervosismo, perda de apetite, dificuldade respiratória, edema nos membros inferiores, sensações cutâneas, como formigamentos, e insuficiência cardíaca.

Hipovitaminose B3

A deficiência de vitamina B3, também chamada de niacina, provoca uma doença conhecida como pelagra, que acomete, principalmente, pessoas que vivem em regiões onde a dieta é pobre em nutrientes. A pelagra é conhecida como a doença dos três “D” por causar dermatite, diarreia e demência.

Hipovitaminose B12

A deficiência de vitamina B12 raramente ocorre por deficiência alimentar, sendo normalmente desencadeada pela deficiência do fator intrínseco, que é responsável pela absorção da vitamina. Essa hipovitaminose é grave e ocasiona problemas como a anemia megaloblástica, diarreia, alterações de memória, depressão, psicose, alucinações, problemas de equilíbrio e, até mesmo, coma.

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Hipovitaminose C

A deficiência de vitamina C provoca uma doença denominada de escorbuto, que é relativamente rara nos dias atuais. O escorbuto causa palidez, febre, anorexia, hemorragias gengivais, dores em membros inferiores e anemias.

Hipovitaminose D

A vitamina D está diretamente relacionada com a manutenção das concentrações de cálcio e fósforo no organismo. Assim sendo, sua deficiência provoca problemas no desenvolvimento de ossos e dentes.

O raquitismo é a forma clínica da hipovitaminose D e caracteriza-se pela mineralização inadequada dos ossos. Quando acomete adultos, a deficiência de vitamina D desencadeia o enfraquecimento dos ossos (osteomalácia) e provoca deformidades nessas estruturas. Além dos problemas ósseos, essa hipovitaminose pode desencadear problemas no crescimento, problemas dentários, sudorese e hipotonia muscular.

Hipovitaminose E

A vitamina E, em razão do seu alto poder antioxidante, está relacionada com o combate ao estresse oxidativo. Sua deficiência provoca anemia hemolítica e outros problemas, como deficiência neurológica, diminuição da imunidade e irritabilidade.

Hipovitaminose K

A vitamina K atua, principalmente, na coagulação do sangue; portanto, sua deficiência está relacionada com o aumento do tempo de sangramentos sem que haja coagulação, ocasionando, assim, hemorragias. Entre as causas dessa deficiência, destacam-se, além da alimentação inadequada, o uso de medicamentos, alterações na absorção intestinal e grandes doses de vitamina A e E, que atuam contrariamente à vitamina K.


Por Ma. Vanessa dos Santos

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A hipervitaminose é o quadro clinico cuja concentração de determinada vitamina está excedente em relação a quantidade ideal para ela. É muito raro e pouco provável que a hipervitaminose seja alcançada através das fontes alimentares comuns, mas que o excesso de vitamina(s) seja ocorrido devido a suplementação indevida.

Algumas vitaminas possuem certos efeitos colaterais quando são armazenadas no organismo em grandes quantidades. Os sintomas comumente documentados são náusea, vômitos e diarreia. É possível que tais sintomas desapareçam ao cessar a suplementação vitamínica excessiva, no entanto podem elas podem gerar consequências mais graves

As hipervitaminoses são classificadas de acordo com a vitamina que está em excesso: Hipervitaminose A, hipervitaminose B, hipervitaminose C, hipervitaminose D e hipervitaminose K.

Uma vez que a vitamina A está relacionada com o inchaço das células, o excesso da mesma, pode causar um rompimento das células, o que pode ser altamente tóxico para o tecido. Alguns sintomas da hipervitaminose A incluem visão turva, confusão mental, sonolência, aumento da pressão intracraniana, dor de cabeça, palidez, maior sensibilidade à luz solar, entre outros. A intoxicação pode ser aguda, onde o tempo da superingestão deu em algumas horas ou poucos dias, ou crônica, onde a superingestão se dá durante meses ou anos e é considerada mais grave que a forma aguda.

A hipervitaminose D leva a hiper-concentração de cálcio no sangue o que pode levar a hiper-calcificação de ossos e mesmo de tecidos moles como coração e rins. Os sintomas de hipervitaminose D incluem desidratação, náuseas, queda de apetite, constipação, fadiga e fraquezas musculares. Tais sintomas levam meses para aparecer após o excesso de ingestão de ingestão de vitamina D. Evidencias mostram que a hipervitaminose D pode estar correlacionada com doenças cardiovasculares (formação de placas de ateroscleroses) uma vez que a vitamina D que é suplementada na dieta, percorre um caminho diferente no organismo em comparação a vitamina D naturalmente ativa na pele pelos raios solares.

A vitamina E é uma vitamina envolvida nos processos anti-coagulantes e, portanto, seu excesso está diretamente relacionado com riscos de sangramentos excessivos. Os sintomas da hipervitaminose E são aumento no sangramento, diminuição na produção dos hormônios tireoidianos e aumento nos níveis de triglicerídeos.

De maneira geral, é pouco comum haver hipervitaminose K, no entanto a suplementação excessiva pode provocar sintomas característicos como doenças hepáticas e anemia hemolítica. Em crianças é possível que haja danos cerebrais. A vitamina K é a única vitamina cujos valores ideais de suplementação não está completamente claro, pois seus níveis não dependem unicamente da alimentação, mas também da produção dos microrganismos intestinais.

A maior parte dos suplementos alimentares contem vitaminas. Existem também alimentos que são enriquecidos com determinada vitamina para se tornarem nutritivamente mais ricos. Afim de evitar hipervitaminoses é importante que o indivíduo siga indicações medicas-nutricionais. O limite seguro da ingestão das vitaminas foi determinado na União europeia. Os valores têm por base doses diárias necessárias para cada vitamina.

Referências:

< https://www.saudeja.com.br/blog/vitaminak > acessado em 05/11/17

Bolander FF (2006). "Vitamins: not just for enzymes". Curr Opin Investig Drugs. 7 (10): 912–5. PMID 17086936.

Rohde LE; de Assis MC; Rabelo ER (2007). "Dietary vitamin K intake and anticoagulation in elderly patients". Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 10 (1): 1–5. doi:10.1097/MCO.0b013e328011c46c. PMID 17143047

Tolerable Upper Intake Levels For Vitamins And Minerals (PDF), European Food Safety Authority, 2006

Price, Catherine (2015). Vitamania: Our obsessive quest for nutritional perfection. Penguin Press. ISBN 978-1594205040.

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Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas/hipervitaminose/

O que é hipervitaminose é avitaminose?

A carência parcial de vitaminas é chamada de hipovitaminose, enquanto que o excesso de ingestão de vitaminas é denominado hipervitaminose. Avitaminose é a carência extrema ou total de vitaminais. Existem ainda as pró-vitaminas, substâncias a partir das quais o organismo é capaz de sintetizar vitaminas.

Qual A diferença entre avitaminose é Vitaminose?

Enquanto a avitaminose é caracterizada pela deficiência extrema, ou até total, de uma ou mais vitaminas no organismo humano, a hipovitaminose é uma falta de vitamina não tão severa. Em outras palavras, ela pode ser definida como uma carência parcial de vitaminas e complexos vitamínicos.

Qual é A diferença entre hipovitaminose é hipervitaminose?

A orientação para o tratamento de hipovitaminose é aumentar a ingestão de alimentos com aquele tipo de vitamina e utilizar suplementos com orientação de um profissional de saúde. Já a hipervitaminose ocorre quando existe uma condição de armazenamento de altos níveis de vitaminas, que podem levar a sintomas tóxicos.

O que é uma avitaminose?

Designação genérica dada a todas as doenças devidas a carência ou a excesso de vitaminas.