Qual a importância da orientação ao paciente do uso racional de medicamentos?

Qual a importância da orientação ao paciente do uso racional de medicamentos?

São Paulo, 30 de novembro de 2015.

A dispensação de medicamentos figura dentre uma das principais áreas de atuação do farmacêutico, sendo as farmácias e drogarias, muitas vezes, o estabelecimento de saúde mais próximo do paciente e o primeiro por ele procurado, na tentativa de obter auxílio na resolução de suas queixas de saúde.

O ato de dispensar medicamentos é uma atribuição privativa do farmacêutico e envolve tanto a entrega do medicamento bem como a orientação quando ao uso correto, cuidados no armazenamento, interações e reações adversas, sendo que tais atribuições vêm ao encontro da atuação clínica do farmacêutico e objetiva promover o uso seguro e racional do medicamento, a adesão ao tratamento e a melhora clínica do paciente.

São inúmeros os motivos que podem levar o paciente a não aderir ao tratamento ou a fazer uso indevido de medicamentos. A insuficiência de informações é um fator de grande relevância para isto. Assim, além das orientações que obrigatoriamente devem ser fornecidas pelo farmacêutico, o paciente tem direito a ter acesso a estas informações mediante a bula, que consiste em um documento de valor legal-sanitário que traz informações técnico-científicas e orientadoras sobre os medicamentos, seus benefícios, riscos e cuidados que devem ser adotados.

Por força de regulamentação sanitária, todo medicamento destinado aos estabelecimentos dispensadores de medicamentos (farmácias e drogarias) devem vir acompanhados de bula, sendo obrigatório seu fornecimento ao consumidor, inclusive no caso de medicamentos comercializados em embalagens múltiplas e dispensados em sua embalagem primária, medicamentos fracionados conforme a RDC 80/06, na qual deverão ter uma bula acompanhando cada unidade de embalagem primária, excetuando da obrigatoriedade de bulas somente aqueles que dispõem das informações em seus rótulos, pois estas substituem as informações contidas na bula.

A disponibilização no autosserviço de medicamentos isentos de prescrição médica, que cabe ressaltar, apesar de isentos de tarja não são isentos de riscos, possibilita ao paciente, muitas vezes, adquirí-los sem que tenha um contato com o farmacêutico que é o profissional que possui competência e conhecimento para avaliar a real necessidade de uso e fornecer as devidas orientações quanto ao uso e riscos. Em situações como esta, que infelizmente ocorrem em nosso dia a dia, a bula torna-se item de fundamental importância, pois será a única fonte imediata de informações sobre o medicamento, na qual o paciente terá acesso. Privá-lo deste documento é o mesmo que pactuar com a automedicação irresponsável, colocando em sérios riscos a saúde do usuário. Cabe lembrar que o farmacêutico é um agente de saúde, cabendo a ele, conforme previsto no Código de Ética Farmacêutica, contribuir para a proteção e garantia da saúde. Ter acesso a bula e às suas informações é um direito do paciente e garantir este acesso é um dever do estabelecimento farmacêutico e responsabilidade do farmacêutico.

Desta forma, a fiscalização do CRF-SP orienta a todos os farmacêuticos do estado a cumprirem e fazer cumprir nos estabelecimentos nas quais são responsáveis, as legislações profissionais e sanitárias vigentes, a atuarem de forma ética, com foco no uso seguro e racional de medicamentos e na promoção e proteção da saúde e a desempenharem seu papel clínico, contribuindo assim para que o estabelecimento de farmácia e drogaria atue verdadeiramente como estabelecimento de saúde e se torne referência na sua promoção e recuperação.

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Departamento de Orientação Farmacêutica CRF-SP

Por: IMPRENSA
Fonte: CRF-MT

Qual a importância da orientação ao paciente do uso racional de medicamentos?

Para divulgação e orientação da população, alunos do curso de Farmácia da UNIC em parceria com o CRF-MT distribuem cartilhas orientativas sobre o Uso Racional de Medicamentos.

O medicamento não é um produto de venda comum, e portanto não deve ser comercializado como simples mercadoria. Para garantir que seu uso seja realizado de maneira correta, existem restrições e orientações que evitam reações prejudiciais ao usuário.

A fim de combater a automedicação e o uso indevido de medicamentos, foi instituído em 1998 pelo Conselho Nacional de Entidades Estudantis de Farmácia o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, comemorando neste mês, dia 05 de maio.

A Organização Mundial de Saúde considera que há uso racional de medicamentos “quando pacientes recebem medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade.”

A triste realidade é que o brasileiro possui e pratica a cultura da automedicação. Segundo pesquisa do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), ligado à Fundação Oswaldo Cruz, há quase 108 mil casos registrados de intoxicação humana, os medicamentos lideraram a lista de principais agentes tóxicos com 30,5% das ocorrências. (Blog da Saúde)
Isso acontece por vários fatores, como o hipocondrismo, a falta de atenção ao ler a bula ou a não leitura da mesma, escassez de informações sobre a correta utilização do medicamento e suas interações com outras substâncias, exagero na dose da medicação, o uso indiscriminado de medicamentos ou a automedicação, a falta de atenção na validade do medicamento, o armazenamento incorreto, o uso de medicamentos/substâncias que não tem uso liberado no país, a indisciplina com horários ao ingerir medicamentos, entre outros. O uso incorreto de medicamentos, desde o mais simples remédio para dor de cabeça ao remédio de uso controlado, se utilizado de má forma pode comprometer a saúde do indivíduo. Cada corpo possui uma reação diferente ao medicamento, por isso é importante a procura de profissionais da saúde habilitados a orientar e acompanhar o correto uso, pois se utilizado de forma negligente causa prejuízos a saúde, e pode até mascarar ou agravar uma doença, causando ônus ao sistema de saúde.
Nenhum profissional tem um papel tão importante quanto o Farmacêutico no uso racional de medicamentos. Por ser o profissional de saúde mais próximo e acessível para a população, é ele quem orienta o paciente referente aos medicamentos.
Para reforçar a importância do Farmacêutico na atenção primária à saúde e destacar seu papel no uso racional de medicamentos, o Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso em parceria com o Curso de Farmácia da Universidade de Cuiabá (UNIC) em uma ação, distribuiu cartilhas educativas à população como forma de orientar, conscientizar sobre o uso correto e evitar a automedicação, além de mostrar o quão importante o Farmacêutico pode ser na orientação do mesmo.
O Professor da UNIC e Diretor do CRF-MT, Ednaldo Anthony, fala sobre a importância da presença do Farmacêutico no processo de conscientização da população sobre o assunto. “A automedicação sem orientação de um profissional da saúde representa um risco a saúde da população. O Farmacêutico é de extrema importância para a atenção primária a saúde, pois sua orientação quanto ao uso correto da medicação previne malefícios oriundos do consumo abusivo de medicamentos. Conforme Paracelsus, “todo medicamento é um veneno, não há quem não o seja apenas a dose distingue o veneno do medicamento” finaliza citando Paracelsus.

Qual a importância do uso racional de medicamento?

O uso racional de medicamentos contempla dose e tempo certos, conservação e descarte. O objetivo é promover a saúde e evitar problemas pelo consumo inadequado. O uso racional de medicamentos é tão importante que existe uma data especialmente criada para chamar a atenção das pessoas para esse cuidado, 5 de maio.

Qual é a importância do uso correto de medicamentos?

O uso de medicamento é imprescindível para a eficácia de alguns tratamentos médicos, uma vez que eles são usados para diagnosticar, prevenir, curar doenças e aliviar sintomas.

Qual o objetivo da promoção do uso racional de medicamentos?

O objetivo do Congresso foi subsidiar a elaboração de diretrizes e estratégias para a promoção do Uso Racional de Medicamentos, visando ampliar e qualificar o acesso e o uso de medicamentos que atendam aos critérios de qualidade, segurança e eficácia.

Qual a importância do farmacêutico no uso racional de medicamentos?

A atenção farmacêutica contribui para o uso racional de medicamentos, na medida que desenvolve um acompanhamento sistemático da terapia medicamentosa utilizada pelo indivíduo buscando avaliar e garantir a necessidade, a segurança e a efetividade no processo de utilização de medicamentos.