Qual a intensidade do exercício que ajuda na imunidade de quem pratica?

Sabe-se que o exercício físico é capaz de promover efeito anti-inflamatório e imunomodulador. Além disso, sobre exercício e imunidade, a intensidade do exercício é determinante para esses fatores. É visto que o exercício de intensidade moderada pode melhorar a função imunológica e prevenir infecções respiratórias, os de alta intensidade podem desregular a função imunológica, e os de baixa intensidade são boas opções para iniciantes ou indivíduos com doenças crônicas.

Exercício físico X Sistema imune

Quando abordado sobre o exercício e a imunidade, a atividade de intensidade moderada pode ativar funções imunológicas devido a uma elevação temporária de células natural killers (NK), que retorna ao estado normal após o exercício físico. O mesmo não ocorre nas atividades de alta intensidade, como maratonas e corridas, em que as células NK são suprimidas por várias horas. Esse período de imunossupressão pode ser visto como uma janela de oportunidade para o alojamento de patógenos. 

É especulado que essa janela de oportunidade envolva a liberação de cortisol, assim como as interleucinas IL-10, IL-4, IL-12 p40, que suprimem a imunidade. Além disso, os exercícios de alta intensidade e longa duração suprimem a produção de citocinas imunomoduladoras e aumentam a produção de neutrófilos no sangue. Essa alteração pode ser considerada uma reação biológica excessiva, o que pode levar a danos no músculo e em outros órgãos, além de inflamação sistêmica. Esses efeitos negativos não foram observados em exercícios de intensidade baixa ou moderada.

A intensidade do exercício

Também, pode-se destacar que exercícios regulares de intensidade moderada reduzem o risco de infecção em comparação com um estilo de vida sedentário. Além disso, o estudo também mostrou que exercícios de alta intensidade podem promover resposta inflamatória durante o período menstrual ou em ambientes quentes.

Estudos relataram que mesmo exercício moderado por mais de 60 minutos, pode aumentar a inflamação do corpo, enquanto exercícios de intensidade moderada por menos de 60 min e com repouso, podem prevenir a inflamação e estimular respostas antioxidantes, prevenindo o desenvolvimento de doenças crônicas e comorbidades. Apesar disso, exercícios de baixa intensidade, como caminhar, demonstram superioridade em relação ao indivíduo já imunocomprometido porque não mostraram afetar de forma significativa a imunidade celular.

Yoga X Sistema imune

Apesar de alguns estudos sugerirem potencial efeito benéfico da prática de Yoga na imunocompetência, esses dados ainda são insuficientes. Além disso, os autores destacam que apesar de ser um exercício de baixa intensidade, deve ser praticado com cautela para evitar uma carga de exercícios muito grande para aqueles com condicionamento físico deficiente ou outros problemas de saúde.

PRÁTICA CLÍNICA

O estudo indica que exercícios de baixa intensidade não afetam a imunocompetência celular e podem ser mais adequados para indivíduos imunocomprometidos, com doenças crônicas ou iniciantes, enquanto a realização de exercícios de intensidade moderada pode promover melhora da imunidade. 

Os autores alertam quanto à realização de exercícios em ambientes quentes ou durante o período menstrual, os quais podem causar inflamação. Além disso, os autores citam sobre a prática de Yoga, a qual pode ajudar a aliviar o estresse e não se mostra prejudicial à imunidade.

Referências bibliográficas

Suzuki, K.; Hayashida, H. Effect of Exercise Intensity on Cell-Mediated Immunity. Sports 2021, 9, 8. https://doi.org/10.3390/sports9010008

Sugestão de estudo: Como a nutrição pode agir na imunidade?

Qual a intensidade do exercício que ajuda na imunidade de quem pratica?

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8 de junho de 2021 (1 ano atrás)

Não tem para onde correr, o sistema imunológico está em pauta e pesquisas do tipo “como aumentar a imunidade” se tornaram cada vez mais frequentes a partir de março de 2020 nos celulares e computadores dos brasileiros – e da população mundial. Mas afinal, é possível aumentar a imunidade? Existe relação entre a atividade física e a imunidade? Confira a resposta para essas e outras perguntas nesse artigo aqui do blog.

O que é imunidade e o que faz baixar a imunidade?

De forma bem simples e didática, podemos definir a imunidade como um mecanismo de defesa do nosso corpo. O sistema imunológico é composto por um conjunto de células de defesa e tecidos especiais, responsável por proteger nosso organismo contra agentes infecciosos, que podem ser bactérias, vírus e outros microrganismos.

A alimentação é um dos fatores que mais influenciam na imunidade, podendo aumenta-la ou diminuí-la, uma vez que nosso organismo precisa de vitaminas e minerais para seu bom funcionamento e esses nutrientes são encontrados nos alimentos.

Outro fator que influencia – e muito na imunidade é o estresse. Isso porque situações de estresse fazem com que o nosso corpo produza constantemente elementos como o cortisol, que desequilibra o sistema imunológico, e uma das formas de combater o estresse é através da atividade física.

Então praticar atividade física fortalece o sistema imunológico?

A resposta é: sim! A atividade física combate promove a diminuição do estresse e faz com que o organismo se fortaleça, ou seja, a atividade física e a imunidade estão diretamente relacionadas.

Quando permanecemos ativos fisicamente, impulsionamos o nosso sistema imunológico, o que aumenta a quantidade de glóbulos brancos que ajudam no combate de doenças. Alguns estudos indicam que a efetividade de vacinas em idosos é maior quando eles têm uma vida ativa e uma rotina de exercícios, podendo chegar à 90% quando comparados com pessoas sedentárias.

Exercícios físicos podem aumentar a imunidade e o sedentarismo aumenta o risco de casos graves de COVID-19

Algumas atividades físicas contribuem especialmente com a imunidade aparelho respiratório, principal forma de contágio com o novo coronavírus. Isso acontece por conta do fortalecimento dessa musculatura.

Alguns exercícios para isso são:
● Caminhada
● Corrida
● Pedalada
● Natação

Dica para os iniciantes: é mais importante do que a intensidade, é a constância. Melhor que você treine 30 minutos por dia, 5 vezes por semana, do que 60 minutos, apenas 3 vezes por semana.

Falando especificamente sobre a caminhada e a corrida, o ideal é conseguir realizar a atividade sem ficar ofegante. Se está difícil de conversar enquanto se exercita, é um sinal que você passou da conta.

Como saber que minha imunidade está baixa?

Provavelmente você já ouviu a clássica frase o corpo fala, certo? E viemos aqui pra confirmar que ela é real. O nosso corpo nos dá sinais quando o sistema imunológico está enfraquecido e a defesa do organismo está baixa:

● Infecções recorrentes, como amigdalite ou herpes;
● Doenças simples, mas que demoram a passar, como gripe;
● Febre frequente e calafrios;
● Olhos frequentemente secos;
● Cansaço excessivo;
● Náuseas e vômitos;
● Diarreia por mais de 2 semanas;
● Manchas vermelhas ou brancas na pele;
● Queda acentuada de cabelo;

Alimentos para aumentar a imunidade

Se a gente é o que a gente come, devemos procurar sempre manter uma alimentação balanceada. Quando falamos de imunidade, alguns alimentos merecem um destaque, já que eles possuem nutrientes e vitaminas que fortalecem o nosso sistema imunológico e, consequentemente, diminuem as chances de ficarmos doentes.

Confira alguns alimentos para aumentar a imunidade:

Frutas cítricas – são ricas em vitamina C, que auxiliam na produção de células de defesa e possuem ação antioxidante.
Vegetais verdes escuros – também são ricos em vitamina C e também possuem vitamina A, que age diretamente no sistema imunológico.
Temperos naturais – Alho, cebola, cúrcuma e gengibre são exemplos de temperos que além de deixar a comida mais gostosa, fazem bem ao nosso corpo graças aos antioxidantes que ajudam no correto funcionamento do sistema imunológico.
Água – por mais óbvio que possa parecer, a água possui sais minerais importantes ao nosso corpo e o mantém hidratado. A hidratação é fundamental para o bom funcionamento de todo o corpo, inclusive o sistema imunológico.

Gostou do conteúdo? Continue com a gente e veja aqui no blog mais artigos sobre saúde e qualidade de vida. E por falar em saúde, conheça Extima, o suplemento alimentar que auxilia na formação e manutenção da sua saúde muscular.

Fontes
https://saude.abril.com.br/bem-estar/como-o-estresse-afeta-a-imunidade/
https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/exercicios-fisicos-imunidade-e-o-combate-a-covid-19
https://www.tuasaude.com/sintomas-de-imunidade-baixa/
https://www.unimed.coop.br/web/santabarbara/noticias-unimed/-/asset_publisher/0odaoOAXWeGr/content/4-dicas-para-aumentar-a-imunidade-e-fortalecer-seu-organismo
https://www.hospitalproncor.com.br/post/baixa-imunidade
http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2016/02/atividade-fisica-fortalece-imunidade-e-ajuda-combater-estresse-e-doencas.html

Saiba como aumentar a imunidade através da alimentação

Qual a intensidade dos exercícios e como ele auxilia na resposta imunológica do organismo?

Exercício aumenta a função das células imunes Esse efeito não dura para sempre, mas aumenta o tempo para fortalecer as defesas do organismo. Dessa forma, exercitar-se de 30 a 60 minutos por dia é suficiente para desencadear essa resposta imune.

Qual exercício aumenta a imunidade?

5 dicas de exercícios leves para fortalecer a imunidade.
Caminhada. A caminhada é uma excelente atividade física para aumentar a imunidade, já que demanda pouquíssimo investimento e pode ser integrada facilmente na rotina diária. ... .
Corrida. ... .
Ciclismo. ... .
Pular corda. ... .
Séries de exercícios..

Qual a relação entre imunidade e a atividade física?

Atividade física moderada aumenta a imunidade, ajudando no combate ao coronavírus, já treinos intensos... Especialista dá conselhos a quem estava parado. Nunca se falou tanto em imunidade. Com a pandemia do coronavírus, a preocupação das pessoas em melhorar a performance do seu sistema imune aumentou significativamente ...

Porque exercício baixa imunidade?

No entanto, quando os exercícios são feitos numa intensidade superior à que seu corpo aguenta, há o risco de o organismo passar a produzir mais substâncias inflamatórias, abrindo portas para infecções.