Qual a participação do Sudeste no PIB total do Brasil no ano de 2015 foi de?

Qual a participação do Sudeste no PIB total do Brasil no ano de 2015 foi de?
São Paulo foi o estado do Sudeste que mais perdeu participação no PIB Ivan Pacheco/VEJA

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A desconcentração industrial contribuiu para a perda de participação da região Sudeste no Produto Interno Brasileiro (PIB) entre 2002 e 2010, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Embora, em 2010, o Sudeste tenha aumentado a sua participação no PIB em relação a 2009 em 0,1 ponto porcentual, a região reduziu em 1,3 ponto porcentual sua fatia na geração de riqueza no país, na comparação com 2002, passando de 56,7% para 55,4%. “Houve uma desconcentração industrial. Algumas indústrias receberam incentivos para se instalar em outras regiões. São Paulo ainda concentra a indústria pesada, mas alguns setores têm recebido incentivos. Goiás, por exemplo, já tem 10% do valor adicionado da indústria automobilística. Tem também Bahia, Paraná”, citou Frederico Cunha, gerente da Coordenação de Contas Nacionais Anuais do IBGE.

Os estados do Sudeste que mais perderam participação foram São Paulo, com uma queda de 1,5 ponto porcentual entre 2002 e 2010, e Rio de Janeiro, com recuo de 0,8 ponto porcentual no período. Em São Paulo, houve queda na participação nas atividades de geração de bens, agropecuária e indústria total. O setor industrial paulista perdeu participação nas quatro atividades: -0,7 ponto porcentual na indústria extrativa, -1,6 ponto porcentual na indústria de transformação, -5,3 pontos porcentuais na construção civil e -3,7 pontos porcentuais na geração e distribuição de energia elétrica.

Já o Rio de Janeiro reduziu sua fatia no PIB devido às oscilações no preço do petróleo no período. Segundo o IBGE, o estado também tem grande peso da administração pública, que costuma manter-se próxima da estabilidade em épocas de grandes oscilações do PIB. “Nos estados que têm a administração pública muito pesada, ela tende a amortecer o resultado quando o PIB cai ou quando cresce. Porque esses serviços e produtos da administração pública só crescem junto com a população, a menos que você esteja implementando um grande projeto de educação, por exemplo”, explicou Cunha.

Nos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais, houve ganho de participação no PIB, de 0,4 ponto porcentual e 0,7 ponto porcentual, respectivamente, em relação a 2002. O avanço foi causado pelo aumento do preço do minério, que tem grande importância sobre as economias dessas regiões.

A região Sul também reduziu sua participação no PIB entre 2002 e 2010, de 16,9% para 16,5%, com perdas na agropecuária do Rio Grande do Sul e do Paraná, onde também houve queda de participação na geração e distribuição de energia elétrica.

(Com Estadão Conteúdo)

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A região Sudeste lidera a economia brasileira. Mas o conceito e a prática de sustentabilidade econômica, social e ligada aos recursos naturais, com suas singularidades, indicadores, demandas e ofertas devem ser constante preocupação estratégica no planejar dos governos, numa perspectiva de tempo, para que sejam reduzidas as desigualdades, em um país continental como o Brasil.

  O país tem 207,4 milhões de habitantes, e Minas Gerais, 21,1 milhões (IBGE, 4/5/17), sendo 85% concentrados nas cidades e regiões metropolitanas, fato demográfico comum aos países mais avançados e em desenvolvimento. Isto acarreta pressões hercúleas sobre os territórios urbanos e confirma que poucos no campo produzem para sustentar milhões de brasileiros e exportar. Em 1950, o Brasil abrigava 63,8% da população total no campo (Seapa-IBGE).

  Entretanto, é estratégico que o país, que foi povoado do litoral para o interior desde 1500, tenha programas e projetos para consolidar ainda mais a agroeconomia nas regiões tradicionais e naquelas vocacionadas para grandes projetos agrícolas, incluindo-se a agricultura irrigada, pecuárias e florestas sustentáveis. São muitos os bons exemplos em Minas, onde se destacam estas práticas: Alto Paranaíba, Triângulo e Noroeste. No Brasil, destacam-se Mato Grosso do Sul, Mato Grosso (que deve liderar a produção brasileira de grãos em 2016/17), Goiás, e ao que se podem acrescentar os avanços presumíveis do agronegócio num horizonte de tempo, no Maranhão, Tocantins, Piauí e na Bahia (Matopiba).

  Porém, isso não significa abandonar a agricultura de montanha, praticável, em função das múltiplas vocações regionais, com tecnologias apropriadas e pactuadas em nível de campo. Ainda é o caso do café cultivado nas regiões montanhosas do Estado. Em média, Minas Gerais responde por 50% da oferta brasileira de café, e essa cultura emblemática também avança nos cerrados, como em Patrocínio.

  Assim posto, nesses cenários mais abrangentes, segundo o IBGE, a região Sudeste brasileira concentra altas taxas de urbanização e tem o seguinte perfil: São Paulo, 96,6%; Rio de Janeiro, 97,3%; Minas Gerais, 84,6%; e Espírito Santo, 84,5%, com média geral de 90,7% (MME-2012). O Sudeste ocupa apenas 11% do território nacional, mas responde por 55,4% do PIB (Produto Interno Bruto) do país.

  Se se mantiver esse percentual do PIB nacional em 2016, a preços correntes e apenas para efeito de cálculo, o PIB Sudeste atingirá R$ 3,46 trilhões dos R$ 6,26 trilhões do Brasil. Mas novos dados podem alterar essa configuração econômica concentrada. E também os recursos hídricos para múltiplos usos nos cenários rural e urbano, pois a água é uma só para todas as serventias.

  De acordo com a ANA (Agência Nacional de Águas), o Sudeste abriga 6% da água doce de superfície. Um desafio e tanto, sem dúvida, o que não é caso muito específico de Minas Gerais ao concentrar no seu território, com 58,6 milhões de hectares, malhas hídricas estratégicas.

  Além disso, as inovações poupadoras desse recurso natural, insubstituível, incluem as boas práticas no manejo do solo e da água, que não devem ser subestimadas nas bacias hidrográficas. O processo de urbanização é irreversível e nele se concentra a substantiva massa salarial e o predomínio absoluto dos consumidores de alimentos, fibras, biomassa, agroenergia e produtos dos sistemas florestais, entre outras vertentes da economia brasileira.

  Entretanto, nos sistemas agroalimentares, faço uma alusão histórica devida ao engenheiro agrônomo Sérgio Mário Regina, extensionista mineiro de ponta e com extraordinário domínio das tecnologias de horticultura, reafirmava sempre: “Da semente ao guichê”. Por este eixo também transitam o vigoroso agronegócio mineiro, as políticas públicas, os talentos humanos nas artes de plantar, criar, abastecer e exportar.

  Há que se repetir que, entre 2014 e 2016, segundo o MAPA, o agronegócio brasileiro gerou superávit acumulado de US$ 226,58 bilhões, dinheiro para ninguém botar defeito e numa economia claudicante como a que se vive nesse país continental, embora já com alguns sinais de melhoras e esperanças também para 14,2 milhões de desempregados, número 4,9 vezes maior do que a população de Brasília (2,9 milhões de habitantes em 2016) e quase duas vezes superior à população da Àustria (8,6 milhões de habitantes em 2016).

*Benjamin Salles Duarte é Engenheiro agrônomo.

Qual a participação do Sudeste no PIB total do Brasil ou seja no valor de todos os bens e serviços produzidos no país em um ano?

O Sudeste é a Região mais rica do País, concentrando 55,4% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Qual foi a participação do Sudeste no PIB do Brasil?

Sudeste concentra 55,2% do PIB do Brasil.

Qual a região concentra o PIB do país?

A economia da região sudeste do Brasil não à toa é considerada a maior do país, pois é responsável por 55% do Produto Interno Bruto (PIB).

Qual o PIB de cada estado brasileiro?

A maior participação do PIB continua sendo de São Paulo, com 31,2%, seguido de Rio de Janeiro (9,9%) e Minas Gerais (9%). Os outros estados do Sul aparecem com 6,2% (Rio Grande do Sul) e 4,6% (Santa Catarina). Amapá, Acre e Roraima, na outra ponta, têm 0,2% do PIB (cada).