Qual é a importância da camada de ozônio para os seres vivos?

Dia Internacional

quarta-feira, 16 de setembro de 2015, 9h56 Modificado: quarta-feira, 16 de setembro de 2015, 16h41

No Dia Internacional da Preservação da Camada de Ozônio, profissional fala sobre a importância da camada para todas as formas de vida presentes no planeta terra

Monique Coutinho
Da redação

A Camada de Ozônio é de extrema importância para proteger a terra das radiações solares, que em excesso, podem provocar diversos danos aos seres vivos. Para conscientizar a população dessa questão ambiental, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 16 de setembro como o Dia Internacional de Preservação da Camada de Ozônio.

A camada de ozônio (O3) presente na estratosfera é importante para filtrar a radiação solar, principalmente a radiação ultravioleta B (UV-B). De acordo com a engenheira florestal, Alcinéia de Castro, esta camada protege as formas de vida, como os animais, as plantas e o homem.

Qual é a importância da camada de ozônio para os seres vivos?

Para que haja vida no planeta, é preciso preservar a camada de ozônio, afirma a Engenheira Florestal, Alcinéa Guimarães de Castro / Foto: Arquivo pessoal

“Outra função é aquecer a superfície da Terra impedindo que o calor emitido na superfície terrestre se dissipe, com isso, contribui com a regulação da temperatura, mantendo a vida na terra”, acrescenta.

Para que haja vida no planeta, é preciso preservar esta camada, caso contrário, os seres vivos enfrentarão muitos danos, afirma a engenheira.

“Haverá muitas mudanças climáticas. A radiação ultravioleta acarretará ao seres vivos danos irreparáveis, como: danos a visão, envelhecimento, suspensão do sistema imunológico, câncer de pele, impedimento do desenvolvimento de vários tipos de seres vivos como peixes, crustáceos e fitoplanctos.”

Ainda segundo Alcinéia, em meados dos anos 70, verificou-se que havia um buraco com aproximadamente 28 milhões de Km² na camada de ozônio, presente na região da Antártida. “Este buraco é três vezes maior que a área do território brasileiro”, diz.

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Através de inúmeras pesquisas científicas, constatou-se que isso ocorreu como consequência das ações do homem, ou seja, devido ao uso excessivo de substâncias como os gases denominados clorofluorcarbonos (CFCs) que estão presentes em aerossóis, gás de geladeira, ar-condicionado, solventes, entre outros.

“Estas substâncias acabam destruindo a camada de ozônio ao reagir com ele. Outros produtos danosos à camada de ozônio incluem os gases (CO2) gerados a partir da queima de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão.”

Diante desta realidade, algumas medidas já estão sendo tomadas para a preservação desta camada. “Entre elas, a proibição da utilização dos gases CFCs e sua substituição por substâncias não danosas a camada de ozônio”, conclui a engenheira.

16 de setembro de 1994

A ONU instituiu o dia 16 de setembro de 1994 como o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, para celebrar a assinatura do Protocolo de Montreal, que aconteceu em 1987.

Os países que assinaram este tratado internacional assumiram o compromisso de diminuir a produção de CFCs e outras substâncias responsáveis pela destruição da camada de ozônio.

A camada de ozônio esta concentrada na estratosfera,  onde se concentra o gás ozônio (O3) em maior quantidade. A estratosfera situa-se entre 20 a 25Km da superfície terrestre.

O Ozônio é um gás composto por moléculas com três átomos de oxigênio (O3). Esse gás encontra-se distribuído na troposfera, que concentra cerca de 10% de todo o Ozônio, e na estratosfera, que acumula a maior parte desse gás, cerca de 90%.

O Ozônio encontrado na troposfera origina-se a partir de poluentes lançados na camada inferior da atmosfera e é considerado pelos cientistas como o “ozônio mau”, em razão dos seus efeitos negativos quando em contato com plantas e animais. O contato com esse gás pode afetar o crescimento das plantas, o que pode diminuir a produtividade agrícola, gerar prejuízos econômicos e impactar a quantidade de alimentos disponíveis. Além disso, provoca irritação nos olhos e vias respiratórias do ser humano e outros animais, causando o comprometimento do sistema respiratório e intensificando problemas cardiovasculares.

Embora seja muito nocivo em contato direto com os seres vivos, o Ozônio presente na estratosfera exerce um papel fundamental para a manutenção da vida no planeta Terra. Distribuído em uma fina e instável camada na estratosfera, entre 25 e 30 quilômetros do planeta Terra, esse gás absorve mais de 95% dos perigosos raios ultravioleta emitidos pelo sol, protegendo a Terra de uma superexposição a esses raios, o que poderia afetar toda a dinâmica ambiental do planeta.

A partir da década de 1970, tornou-se bastante difundido em meio acadêmico e na mídia que a quantidade desse gás na estratosfera estaria diminuindo em algumas partes do planeta, gerando “buracos” na camada de ozônio. Assim, se nada for feito, essa diminuição da quantidade de O3 poderá ocasionar a destruição total dessa camada tão vital para o nosso planeta. De acordo com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)1, a concentração desse gás já está 3% mais baixa, o que resulta em um buraco de 31 milhões de quilômetros quadrados (15% da superfície terrestre) na região da Antártica no final do inverno e durante toda a primavera.

Essa diminuição da concentração de O3 na atmosfera tem provocado o aumento da quantidade de raios ultravioleta que chegam à superfície terrestre, provocando diversos impactos para o meio ambiente do mundo inteiro. Entre os impactos, destacam-se:

  • Impactos sobre o organismo humano1: envelhecimento precoce, mutação genética, problemas no sistema imunológico e câncer de pele.

  • Impacto sobre as plantas: A grande quantidade de raios ultravioleta pode comprometer o processo de fotossíntese, impactando o sistema nutritivo das plantas e o seu crescimento.

  • Redução de espécies1: A superexposição de raios UV pode prejudicar o desenvolvimento de diversas espécies marítimas, como peixes, camarões, caranguejos e fitoplânctons (base da cadeia alimentar marítima).Além disso, o contato com essa radiação pode causar diversas mutações genéticas, alterando totalmente o DNA dos seres vivos.

  • Contribuição para o aquecimento global: A diminuição da camada de Ozônio e o aumento da quantidade de raios UV podem contribuir para a aceleração do aquecimento global.

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A maioria dos cientistas atribuiu como principal causa para a destruição da camada de Ozônio as atividades realizadas pelo ser humano desde a Revolução Industrial, que lançaram uma enorme quantidade de CFCs e halogênios na atmosfera. Muito encontrados em espumas, aparelhos de refrigeração e extintores, os CFCs e halogênios, em contato com o Ozônio, provocam a degradação das moléculas desse gás. Isso acontece porque as moléculas de Ozônio ligam-se aos átomos dessas substâncias, formando outro elemento, ocorrência que ocasiona a diminuição da concentração desse gás na atmosfera.

Em virtude dessa constatação, vários países adotaram medidas visando à diminuição do uso dos CFCs e halogênios. Em 1987, diversos países assinaram o Protocolo de Montreal, no qual se comprometeram a erradicar o uso de substâncias que provocassem algum dano à Camada de Ozônio e a implantar uma série de medidas para proteção dessa importante camada da atmosfera. Atualmente esse protocolo é adotado por 197 países, sendo o único acordo multilateral com adoção universal do mundo. O Protocolo de Montreal possui mais países adeptos que o Protocolo de Quioto, que visava à implantação de uma série de medidas para a diminuição da emissão de gases que aceleram o efeito estufa.

Alguns cientistas acreditam que a diminuição de O3 na atmosfera é um processo natural do planeta, portanto, que não sofreria influência do homem, já que, embora os CFCs e halogênios tenham a capacidade de degradar o Ozônio, raramente atingiriam a estratosfera. Para eles, a proibição do uso dessas substâncias tem razões econômicas, já que os CFCs e halogênios não possuíam patentes e os produtos que substituíram essas substâncias são, muitas vezes, mais caros.

Assim, embora as causas para a destruição da camada de Ozônio ainda sejam contraditórias, sabe-se que a concentração desse gás está diminuindo e que essa diminuição tem aumentado a quantidade de raios UV na superfície terrestre, fato que tem causado diversos impactos para a vida no planeta Terra. Assim, é fundamental que o ser humano adote medidas para evitar que essa camada seja destruída e para se proteger dos efeitos de sua destruição. Entre as principais medidas sugeridas para evitar os efeitos da radiação ultravioleta para os seres humanos, estão:

  • Evitar a exposição ao Sol no período entre 10 e 16 horas, horário em que a quantidade de raios ultravioleta é maior;

  • Utilizar protetor solar durante todo o dia;

  • Fazer uso de óculos, chapéus e guarda-sóis.

  • Evitar práticas de bronzeamento.

NOTAS

1 Dados retirados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Qual a importância da camada de ozônio para nós seres vivos?

Em volta da Terra há uma frágil camada de um gás chamado ozônio (O3), que protege animais, plantas e seres humanos dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Na superfície terrestre, o ozônio contribui para agravar a poluição do ar das cidades e a chuva ácida.

Qual é a importância da camada de ozônio para os seres vivos Brainly?

Resposta verificada por especialistas. A importância da camada de ozônio é filtrar os raios UV que penetram na atmosfera, que se incidissem diretamente sobre os seres vivos poderiam causar mutações no DNA que levariam ao desenvolvimento de células cancerígenas.

Como a camada de ozônio protege a vida na Terra?

A camada de ozônio fica situada na estratosfera a uma altitude de 20 km a 35 km da superfície terrestre. O ozônio que constitui essa camada absorve 90% da radiação ultravioleta que incide na Terra, a qual é prejudicial à saúde por conter raios carregados energicamente e de fácil absorção nos tecidos da pele.

Qual a importância da camada de ozônio na estratosfera?

A existência da camada de ozônio na estratosfera é fundamental, pois ela impede que grande parte das radiações ultravioleta atinja a superfície terrestre.