Qual é o mistério que envolve a obra Mona Lisa?

O principal quadro de Leonardo da Vinci, Mona Lisa, é algo que transcende o mundo da arte, famoso até entre aqueles mais leigos no assunto. Muito disso vem do fato de esta ser uma das obras mais envoltas em mistérios e até teorias da conspiração. Agora, traremos aqui algumas das principais curiosidade envolvendo a pintura, exposta no Museu do Louvre.

Quem é Mona Lisa?

Em primeiro lugar, comecemos com o grande mistério que envolve a pessoa que que serviu inspiração para Leonardo da Vinci criar sua obra. A hipótese mais aceita até hoje é a de que se trata de Lisa Gherardini, esposa de Francesco di Bartolomeu de Zanobi del Giocondo. Acredita-se que a obra foi uma encomenda dele ao artista e por ela ser conhecida como “Lisa Del Giocondo”, creem que dessa forma que surgiu o apelido da obra: La Gioconda.

Entretanto, a teoria basea-se em anotações de Agostino Vespuci, funcionário da chancelaria florentina e de Giorgio de Vasari, primeiro biógrafo de Da Vinci. Por não haver nenhum relato do próprio artista sobre, outras hipóteses surgiram e são estas:

• A mulher é na verdade Caterina Sforza, Senhora de Ímola e Condessa de Forli.
• Que ela seja a mãe de Leonardo da Vinci
• Ela não existe, é apenas uma criação da mente do pintor.
• Que na verdade seja o auxiliar de Da Vinci, Gian Giacomo Caprotti, conhecido como Salai, com quem o artista teria mantido um caso.

Contudo, nenhuma é tão peculiar quanto a que diz que na verdade é o próprio Leonardo da Vinci. A teoria é levantada baseada na semelhança de traços entre eles.

O cenário é um local real?

A ponte e o vale, um de cada lado de Mona Lisa, fazem com que muitos acreditem tratar-se da cidade de Bobbio. A historiadora Carla Glori levantou a hipótese, ao dizer que aquela é a Ponte Gobbo ou Ponte Vecchio, situada na região. Porém, vale dizer que muitos historiadores acreditam é que esta na verdade é apenas uma paisagem idealizada por Da Vinci.

Mona Lisa grávida?

Essa hipótese surgiu mais recentemente, logo após um estudo feito por cientistas canadenses, que usaram imagens de infravermelho e laser na obra em 2006. Posteriormente, em 2015, ela ganhou mais força quando outro cientista, o francês Pascal Cotte, utilizou na obra uma câmera multiespectral (criada por ele mesmo). Ambos os estudos revelaram traços e esboços contidos na pintura, que abriram um novo caminho de estudos.

Entre eles, justamente o da gravidez de Mona Lisa. De antemão, temos ela com os braços cruzados sobre o estômago arredondado e junto a isso, o fato de ela usar um guarnello (véu) pendurado nos ombros. Esta vestimenta era comum entre mulheres grávidas. A teoria ainda se apoia na própria possibilidade de a modelo ser Lisa Gherardini, que nesse ínterim, estaria grávida de seu segundo filho.

A técnica utilizada por Da Vinci na pintura

Uma das coisas que Pascal Cotte descobriu ao fazer o estudo com sua câmera multiespectral foi que Leonardo da Vinci utilizou a técnica conhecida como “Spolvero”. Ainda mais por ser uma obra de 1503, esta era uma prática comum na estética renascentista do início do século 16. No caso, o pintor fez pequenos furos nos contornos do desenho e utilizou carvão para transferi-lo para a tela com o máximo de exatidão (é algo similar ao utilizado na pintura com papel vegetal).

O francês chegou a esta conclusão ao identificar linhas de carvão em partes mais claras da tela.

Código da Vinci em Mona Lisa?

Certamente vocês já lembraram da obra de Dan Brown, mas sabem como isso começou? Tudo teve início quando Silvano Vinceti, presidente da comissão nacional de patrimônio cultural da Itália, revelou a presença de uma série de letras e números pintados em várias partes da tela. Vejamos os principais:

• Primeiramente, na pupila direita de Mona Lisa, estaria escrito “LV”, em uma espécie de assinatura cifrada do artista.
• Na pupila esquerda, apareceriam as letras B, S e, possivelmente, as iniciais CE.
• Por fim, na ponte ao fundo da obra apresenta o número “72” ou a letra “L” seguida de um “2”, pintada em seu arco.

Porém, aí temos um detalhe importante: Vicenti não analisou a obra em si, mas sim uma cópia em alta resolução e nesta observou as inscrições, através da ampliação de microscópio. Ou seja, por mais fiéis que estas sejam, não são 100% confiáveis.

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