Qual era a situação política e econômica da França antes da revolução francesa?

O período pré-revolução foi marcado pela monarquia absoluta, a influência católica e as relações feudais.

Antes da Revolução Francesa, a França vivia uma realidade de monarquia absolutista, configurada por relações feudais, influência religiosa da Igreja Católica na sociedade e na cultura, e servidão dos camponeses.

Durante o reinado de Luís XVI, a França começou a viver uma crise fiscal. Nesse período, o país já enfrentava uma decadência da aristocracia.

A sociedade francesa desse período vivia uma realidade de três Ordens ou Estados do Antigo Regime: o Clero ou Primeiro Estado, a Nobreza ou Segundo Estado, e o Povo ou Terceiro Estado.

Diante dessa realidade, grupos políticos de esquerda, com o apoio dos camponeses e das grandes massas do país, se uniram para tentar alcançar uma mudança. Assim, os ideais iluministas tomaram conta da França.

A revolução começou em 1789, com a convocação do Estado Geral. A revolução francesa foi dividida em fases. No primeiro ano, a manifestação foi marcada pela proclamação do Juramento do Jogo da Péla. Nesse período, aconteceram a Tomada da Bastilha, a aprovação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e a marcha sobre Versalhes.

Essas primeiras manifestações também foram marcadas por diversas lutas, revoltas e assembleias liberais. Esse movimento resultou, já no primeiro momento, na derrubada às ideais da hierarquia monarquista, aristocrata e católica.

Nesse momento, a sociedade francesa passa a pregar os princípios Liberté, Égalité, Fraternité, que significam “liberdade, igualdade e fraternidade”. Em 1814, a monarquia começou a combater a Revolução Francesa.

Historiadores afirmam que a Revolução aconteceu em quatro períodos: a Assembleia Constituinte, a Assembleia Legislativa, a Convenção e o Diretório. O primeiro período aconteceu entre 9 de julho de 1789 a 30 de setembro de 1791.

Um passo importante da revolução aconteceu em 19 de abril de 1791, quando o Estado nacionalizou e passou a administrar todos os bens da Igreja Católica.

O segundo período da revolução aconteceu a partir de 8 de outubro de 1791. A fase foi marcada por motins em Paris, pela guerra entre a França e a Áustria, pela prisão da família real e as revoltas monárquicas.

A partir de 20 de setembro de 1792 começou a Convenção Nacional, que foi dominada pelos jacobinos e liderada por Robespierre. Nessa fase, a monarquia foi abolida do país e a família real condenada à guilhotina em 1793.

O último período da revolução, o Diretório, aconteceu até 1799. Nessa fase, a burguesia tomou conta do movimento, excluindo qualquer participação popular na revolução. Nesse contexto, a França ganha uma nova Constituição.

Durante toda a Revolução Francesa, a França esteve cercada por novas ideologias, guerras e motins, que levaram ao fim do império. Os principais líderes do movimento foram os intelectuais iluministas Maximilien François Marie Isidore de Robespierre, advogado e líder dos jacobinos no período da Convenção; Georges Jacques Danton, advogado que defendia o fim da monarquia e foi líder do grupo republicano cordeliers; e Jean-Paul Marat, médico e escritor que também foi líder jacobino.

A Revolução Francesa de 1789 representa um dos eventos mais importantes da sociedade ocidental contemporânea, graças, principalmente, ao legado político deixado como modelo de organização do Estado. Foi também importante por ter sido o momento de ascensão da burguesia dentre as classes sociais da nascente sociedade capitalista.

Dentre os fatores que resultaram na Revolução Francesa estão problemas econômicos e sociopolíticos. Na década de 1780, a produção agrícola, base da economia francesa, sofreu com problemas climáticos, o que acarretou más colheitas, aumentando o preço dos alimentos e causando subalimentação e miséria para grande parte da população.

Houve ainda crise na produção manufatureira em decorrência de um acordo com a Inglaterra, Tratado Eden-Rayneval, de 1786, que aceitou impostos menores para os produtos manufaturados ingleses em troca de menores impostos para o vinho francês no mercado inglês. O resultado foram falências e desemprego.

Havia ainda uma crise política da Monarquia Absolutista francesa, principalmente ligada à elevação de gastos da corte e às guerras nas quais a França se envolveu.  Frente a isso, o rei Luís XVI convocou a Assembleia dos Estados Gerais para tentar conter esses problemas. Desde 1614 que essa Assembleia não era convocada.

Ela era formada por três estados: o primeiro estado, que era formado pelo clero; o segundo estado, constituído pela nobreza; e o terceiro estado, que consistia em todo o resto da sociedade, como burgueses, comerciantes, artesãos, trabalhadores assalariados, camponeses etc.

Entretanto, havia uma crise social, principalmente pelo fato de os três Estados não acompanharem a nova divisão da sociedade, principalmente com o peso econômico conquistado pela burguesia. Por outro lado, os dois primeiros estados acabavam essencialmente sendo compostos por setores sociais muito semelhantes, já que o clero era também um grande proprietário rural, como a nobreza.

A população camponesa já não suportava mais os pesados impostos que eram obrigados a pagar à nobreza e à igreja. Para conter essa insatisfação, o rei Luís XVI nomeou como ministro Turgot, que pretendeu acabar com alguns impostos feudais, como o direito de passagem, e instituir a cobrança de impostos à nobreza e ao clero. A reação foi grande e o rei demitiu seu ministro. A crise estava instaurada.

Para sanar a crise, realizaram-se as eleições para a Assembleia dos Estados Gerais, em 1788. Foram eleitos 1139 deputados. Ao clero eram destinadas 291 cadeiras, à nobreza, 270; e ao terceiro estado, 578. O terceiro estado conseguia, dessa forma, que uma de suas reivindicações fosse atendida: a ampliação de sua representação. Mas as demais, como o voto individual, não.

Na abertura dos trabalhos da Assembleia em maio de 1789, Luís XVI insistiu no voto por estados e que a Assembleia dos Estados Gerais tratasse apenas das questões do déficit financeiro da Monarquia e das medidas para combatê-lo. Frente à defesa do terceiro estado na questão do voto individual, o rei decidiu encerrar os trabalhos da Assembleia.

Os deputados do terceiro estado saíram de Versalhes, onde ocorria a Assembleia, e dirigiram-se a Paris para formarem uma Assembleia Nacional e criar uma constituição para a França. Luís XVI estimulou os demais estados a participarem da assembleia, que passou a ser uma Assembleia Constituinte, a partir de 09 de julho de 1789. Porém, o rei enviou tropas a Paris, o que indignou a população. Revoltada, em 14 de julho de 1789, ela invadiu a Bastilha, uma prisão destinada aos inimigos da monarquia e símbolo da repressão real. Armas foram distribuídas à população, iniciando-se, assim, a Revolução Francesa.

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Como era a situação do povo antes da Revolução Francesa?

Os franceses estavam imersos numa sociedade cujo governo era ineficiente, responsável por altos débitos e empréstimos, além da malversação financeira. Socialmente, havia fome, miséria e grande desigualdades sociais. Com a França, os cidadãos buscam, portanto, a igualdade, a fraternidade e a liberdade.

Qual era a situação econômica da França durante a Revolução Francesa?

Naquela época, a principal atividade econômica na França era a agricultura: aproximadamente 80% da população viviam e trabalhavam no meio rural. Durante a metade do século XVIII, uma grande parte da população passava fome. Tudo porque os pesados impostos empobreciam o povo.

Qual era a situação econômica social e política da França no Antigo Regime?

Na perspectiva econômica, o Estado estava sendo sustentado através da exploração da burguesia e dos camponeses, pois eles eram os únicos a pagar impostos. Os franceses tinha adotado uma política mercantilista, comum na fase do capitalismo comercial.

Como era a sociedade francesa às vésperas da Revolução Francesa?

A sociedade francesa era dividida em classes sociais, ou Estados Nacionais: * 1° estado – clero; cerca de 2% da população. * 2° estado – nobreza; também 2% da população. * 3° estado – burguesia: alta burguesia, média burguesia, baixa burguesia (artesãos, aprendizes, proletários, servos e camponeses semi ou livres).