Qual o destino do ácido lático liberado pelas hemácias e pelos músculos durante exercício físico?

22 julho, 2020

Quantas vezes você já escutou falar em ácido lático, mas logo pensou na dor muscular após o treino? Pois bem, fala-se muito em ácido lático em relação a isso, MAS SÃO COISAS DIFERENTES! Quando falamos em músculo, falamos em LACTATO. O lactato é um sub produto do metabolismo muscular, produzido pelo próprio organismo humano durante a realização de exercícios físicos. Daí quando exercitamos demais, produzimos lactato demais… Essa “dor muscular” tem como uma das causas esse excesso!

O lactato e ácido lático possuem função e estruturas diferentes! Mas existe uma confusão com esses termos (inclusive em quase todos os posts que eu vi nas pesquisas do Google, eu li textos com essa confusão). Mas o que se sabe é que eles possuem uma relação importante! O organismo quebra o ácido lático e cria o lactato como fonte de energia. Ele é essencial para o corpo, pois é a oxidação do ácido lático gera energia para o organismo, sendo a principal fonte de abastecimento de células cardíacas ou fibras musculares!

(NOTA – para escrever esse texto, pedi ajuda aos universitários… Dois amigos que entendem tudo de metabolismo do exercício físico: o educador físico @rodrigocampospersonal e da nutricionista @nayccavalcanti 😉 )

Mas não é só o músculo que usa o ácido lático! O corpo inteiro, dos cabelos a pele. Um dos principais benefícios é a propriedade umectante, que proporciona à pele uma maior retenção de água, contribuindo de forma significativa na hidratação da pele, além da micro-esfoliação que o ácido faz, atuando na renovação celular.

Benefícios para a pele

O ácido lático, assim como o ácido glicólico e o ácido mandélico, são alfahidroxiácidos (AHA), ácidos orgânicos naturais que podem ser encontrados naturalmente em diversos vegetais, como cana-de-açúcar (ácido glicólico) e frutas (ácidos cítrico e málico), e também no leite azedo (no caso do ácido lático).

Como já diz o nome, o ácido lático, é bastante encontrado em laticínios e já é usado desde as primeiras civilizações como dica de beleza. A Cleópatra fazia famosos banhos de leite para deixar a pele radiante!

Bom, seus efeitos de hidratação e renovação celular já são largamente comprovados e utilizados na estética. As moléculas deste ácido que atualmente encontramos nos produtos cosméticos não são extraídas de matrizes naturais, já que é muito mais fácil e econômico sintetizá-las.

Na pele, o esse ácido estimula a produção de colágeno, ajuda no limpeza dos poros e remove suavemente a pele morta, sem irritar. É um amigo da pele mista e da pele sensível. As suas características sobrepõem-se em parte às do ácido glicólico, mas o lático tende a ser melhor tolerado pela generalidade das pessoas, em parte porque não penetrará tão profundamente na pele.

Cosmético com ácido lático

Olha, não vou falar que é o melhor do mercado, mas posso falar que é o melhor que já usei! A Biossance lançou recentemente o sérum noturno com ácido lático e eu já testei e amei! É uma fórmula com 10% desse ácido, uma porcentagem segura para uso diário e com resultados comprovados de efeito restaurador para pele. Além de ter o esqualano como base do produto e outros ativos vegetais que completam a fórmula!

Estou usando há uma semana, mas já posso falar desse produto, pois esfolia e restaura para uma pele mais macia, iluminada e mais uniforme!

Aff #ácidoláticolover 😉 Fica a dica!

Nutrição, beleza e beijos, Chris Castro.



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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O ciclo de Cori, ciclo dos ori ou via glicose-lactato-glicose consiste na conversão da glicose em lactato, produzido em tecidos musculares durante um período de privação de oxigênio, seguida da conversão do lactato em glicose, no fígado.

Descrição geral[editar | editar código-fonte]

O ciclo de Cori é uma cooperação metabólica entre músculos e fígado. Com um trabalho muscular intenso, o músculo usa o glicogénio de reserva como fonte de energia, via glicólise. Ao contrario do que muitos pensam não é o acumulo de lactato no músculo que causa dor e fadiga muscular. Os músculos são capazes de manter a carga de trabalho na presença de lactato se o pH for mantido constante.

Qual o destino do ácido lático liberado pelas hemácias e pelos músculos durante exercício físico?

Esquema geral do ciclo de Cori. As setas a vermelho (tracejado) mostram a direcção das reacções metabólicas envolvidas no ciclo numa situação de esforço físico. A verde (setas a pontilhado), as reacções que ocorrem no período de reoxigenação (descanso).

Para obtenção de energia sob a forma de trifosfato de adenosina (ATP), a glicose é convertida a piruvato através da glicólise. Durante o metabolismo aeróbio normal, o piruvato é então oxidado pelo oxigénio molecular a CO2 e H2O.

Durante um curto período de intenso esforço físico, a distribuição de oxigénio aos tecidos musculares pode não ser suficiente para oxidar totalmente o piruvato. Nestes casos, a glicose é convertida a piruvato e depois a lactato, através da via da fermentação láctica, obtendo os músculos ATP, sem recorrer ao oxigénio.

Este lactato acumula-se no tecido muscular e difunde-se posteriormente para a corrente sanguínea. Quando o esforço físico termina, o lactato é convertido a glicose através da gliconeogénese, no fígado. O indivíduo continua a ter uma respiração acelerada por algum tempo: o O2 extra consumido neste período promove a fosforilação oxidativa no fígado e, consequentemente, uma produção elevada de ATP. O ATP é necessário para a gliconeogénese, formando-se então a glicose a partir do lactato, e esta glicose é transportada de volta aos músculos para armazenamento sob a forma de glicogénio.

Qual o destino do ácido lático liberado pelas hemácias e pelos músculos durante exercício físico?

Estrutura química do lactato na sua forma ácida.

O ciclo evita que o lactato se acumule na corrente sanguínea, mas, por ser um sal, o lactato não poderia provocar acidose. Embora o sangue se comporte como uma solução tampão, o seu pH poderia diminuir (tornar-se-ia mais ácido) com um excesso de hidrogênio, que também é liberado pela dissociação do ácido lático. O ciclo é muito importante para manter a glicemia constante durante o período de elevada atividade física.

Ocorrência[editar | editar código-fonte]

O ciclo de Cori ocorre em animais vertebrados de médio a grande porte, pois a capacidade de distribuição do oxigénio pela circulação sanguínea pode ser ultrapassada pela necessidade energética dos tecidos. Os sistemas circulatórios de pequenos vertebrados são suficientes para haver uma distribuição suficiente de oxigénio pelo corpo. Um exemplo desta situação é a possibilidade de muitas aves poderem migrar grandes distâncias sem ter falta de oxigénio ou precisar de descanso. Por outro lado, animais de maior porte necessitam de descanso após um intenso esforço físico. O esforço físico gasta rapidamente a glicose armazenada (sob a forma de glicogênio) no tecido muscular. Como explicado acima, o descanso é uma forma de o organismo consumir oxigénio extra, de forma a permitir a absorção e conversão do lactato no fígado, e a regeneração do glicogénio nos músculos.

História[editar | editar código-fonte]

O nome do ciclo advém do casal de bioquímicos Carl e Gerty Cori, que estudaram o ciclo e reacções relacionadas desde os anos 20 do século XX até às suas mortes. Os Cori demonstraram a conversão de glicogénio a lactato em tecidos, o movimento do lactato do sangue para o fígado e a reconversão do lactato a glicogénio no fígado, estabelecendo a ligação entre o metabolismo do lactato no músculo e no fígado.

Os Cori demonstraram também que a adrenalina induz a formação de glicogênio fosforilase, a enzima responsável pela conversão do glicogênio a 1-fosfato de glicose (ou glicose-1-fosfato), uma forma ativada da glicose; e que a insulina causa a remoção da glicose da corrente sanguínea, ao promover a sua fosforilação a 1-fosfato de glucose, precursor do glicogênio.

Importância[editar | editar código-fonte]

A importância do ciclo baseia-se na prevenção da acidose láctica no músculo sob condições anaeróbias. No entanto, normalmente, antes disso acontecer o ácido láctico é transferida para fora dos músculos e ao fígado.

O ciclo é também importante para a produção de ATP, a fonte de energia, durante a atividade muscular. O ciclo de Cori funciona de forma mais eficiente quando a atividade muscular cessou. Isso permite que o débito de oxigênio a ser reembolsado de tal forma que o ciclo de Krebs e da cadeia de transporte de elétrons possa produzir energia com a máxima eficiência.

A droga metformina pode precipitar acidose láctica em pacientes com insuficiência renal, porque a metformina inibe o ciclo de Cori. Normalmente, o excesso de lactato, afastada pelos rins, mas em doentes com insuficiência renal, os rins não podem lidar com o excesso de ácido láctico. [1]

Referências

  1. Infopedia

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • David L. Nelson, Michael M. Cox, "Lehninger Principles of Biochemistry", 4th ed., W.H.Freeman, 2004
  • Donald voet.judith g VOET CHARLOT W. PRATT- FUNDAMENTOS DE BIOQUIMICA 2000

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • «Mecanismo molecular do ciclo de Cori.» (em inglês)
  • Qual o destino do ácido lático liberado pelas hemácias e pelos músculos durante exercício físico?
    Portal da bioquímica

Qual o destino do ácido lático?

Na presença de oxigênio, o ácido lático é transformado, primeiro, em ácido pirúvico e, a seguir, em CO2 e H2O no ciclo de Krebs e no sistema de transporte de elétrons, respectivamente.

Quais os principais destinos do ácido lático produzido durante o exercício?

A oxidação do ácido lático gera energia; células cardíacas e fibras musculares, por exemplo, utilizam esse ácido como fonte preferencial de energia (os músculos do coração não são capazes de desenvolver tal função).

Qual o destino primário do lactato liberado pelos músculos durante a atividade física intensa?

O lactato produzido no músculo vai para a corrente sanguínea e daí para o fígado, onde é removido do sangue e metabolizado.

Qual a função do ácido lático nos músculos?

O organismo quebra o ácido lático e cria o lactato como fonte de energia. Ele é essencial para o corpo, pois é a oxidação do ácido lático gera energia para o organismo, sendo a principal fonte de abastecimento de células cardíacas ou fibras musculares!