Qual o grau mais grave da sífilis?

Sífilis

Qual o grau mais grave da sífilis?

O que é?

É uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Manifesta-se em três estágios: primária, secundária e terciária. Os dois primeiros estágios apresentam as características mais marcantes da infecção, quando se observam os principais sintomas e quando essa DST é mais transmissível. Depois, ela desaparece durante um longo período: a pessoa não sente nada e apresenta uma aparente cura das lesões iniciais, mesmo em casos de indivíduos não tratados. A doença pode ficar, então, estacionada por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral, problemas cardíacos, podendo inclusive levar à morte.

Quais os sintomas?

A sífilis manifesta-se inicialmente como uma pequena ferida nos órgãos sexuais (cancro duro) e com ínguas (caroços) nas virilhas, que surgem entre a 2ª ou 3ª semana após a relação sexual desprotegida com pessoa infectada. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Após um certo tempo, a ferida desaparece sem deixar cicatriz, dando à pessoa a falsa impressão de estar curada. Se a doença não for tratada, continua a avançar no organismo, surgindo manchas em várias partes do corpo (inclusive nas palmas das mãos e solas dos pés), queda de cabelos, cegueira, doença do coração, paralisias. Caso ocorra em grávidas, poderá causar aborto/natimorto ou má formação do feto.

Como se transmite?

A sífilis pode ser passada de uma pessoa para outra por meio de relações sexuais desprotegidas (sem preservativos), através de transfusão de sangue contaminado (que hoje em dia é muito raro em razão do controle do sangue doado), e durante a gestação e o parto (de mãe infectada para o bebê).

Como tratar?

O tratamento mais indicado para a sífilis é a utilização de antibióticos. O maior problema para o tratamento é o seu diagnóstico, visto que a sífilis pode ser confundida com muitas outras doenças. Os pacientes devem evitar ter relação sexual até que o seu tratamento (e do parceiro com a doença) se complete. A gestante deve realizar controle mensal de cura.

Se não tratada, a sífilis progride, torna-se crônica e pode comprometer várias partes do corpo ou levar à morte.

Como se prevenir?

Como não há perspectiva de desenvolvimento de vacina, a prevenção recai sobre a educação em saúde: uso regular de preservativos, diagnóstico precoce em mulheres em idade reprodutiva e parceiros, e realização do teste diagnóstico por mulheres com intenção de engravidar.

Sifílis Congênita

A sífilis congênita é resultado da infecção do feto pela bactéria causadora da sífilis, através da placenta. É uma doença grave e pode causar má formação do feto, sérias conseqüências para a saúde da criança ou até a morte.

IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.

Dica elaborada em maio de 2.008.

Fonte:
Ministério da Saúde

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum que, na maior parte dos casos, é transmitida através da relação sexual sem proteção.

Os primeiros sintomas são feridas indolores no pênis, no ânus ou na vulva que, se não forem tratadas, desaparecem espontaneamente e retornam depois de semanas, meses ou anos nas suas formas secundária ou terciária, que são mais graves.

A sífilis tem cura e o seu tratamento é feito através de injeções de penicilina, orientadas pelo médico de acordo com a fase da doença em que o paciente se encontra. Veja como tratar e alcançar a cura da sífilis.

Tipos de sífilis

A sífilis pode ser classificada em alguns tipos de acordo com o estágio em que a doença se encontra, o que é definido de acordo com os sinais e sintomas apresentados e desenvolvimento da bactéria. Assim, os tipos de sífilis são:

  • Sífilis primária, que é caracterizada pelo aparecimento de sintomas na região genial cerca de 3 semanas após o contato com a bactéria;
  • Sífilis secundária, que surge algumas semanas após o desaparecimento dos sintomas da sífilis primária, sendo indicativo de desenvolvimento da bactéria;
  • Sífilis terciária, que é a forma mais grave de sífilis e cujos sintomas podem aparecer anos após o contato com a bactéria responsável pela doença;
  • Sífilis congênita, em que a bactéria é passado da mãe para o bebê durante a gestação ou no momento do parto, resultando em alterações no desenvolvimento do bebê.

O desenvolvimento dos tipos de sífilis está principalmente relacionado com a ausência de tratamento ou realização de tratamento inadequado, já que assim a bactéria não é devidamente eliminada, permanecendo no organismo por mais tempo e levando ao aparecimento de formas mais graves da doença.

Sintomas da sífilis

O primeiro sintoma da sífilis é uma ferida que não sangra e não dói, que surge após o contato direto com a ferida de sífilis de outra pessoa. No entanto, os sintomas têm tendência a ir evoluindo, variando de acordo com a fase da infecção:

1. Sífilis primária

A sífilis primária é o estágio inicial da doença, que surge cerca de 3 semanas após o contato com a bactéria responsável pela doença, o Treponema pallidum. Essa fase é caracterizada pelo aparecimento do cancro duro, que corresponde a uma pequena ferida ou caroço que não dói ou causa desconforto, e que desaparece após cerca de 4 a 5 semanas, sem deixar cicatrizes.

Nos homens, essas feridas geralmente aparecem em volta do prepúcio, enquanto nas mulheres elas surgem nos pequenos lábios e na parede vaginal. Também é comum o aparecimento dessa ferida no ânus, na boca, na língua, nas mamas e nos dedos das mãos. Neste período, também podem surgir ínguas na virilha ou próximo à região afetada. Saiba mais sobre as principais causas de feridas no pênis.

2. Sífilis secundária

Após o desaparecimento das lesões do cancro duro, que é um período de inatividade que pode durar de seis a oito semanas, a doença poderá entrar novamente em atividade caso não seja identificada e tratada. Desta vez, o comprometimento ocorrerá na pele e nos órgãos internos, já a bactéria foi capaz de multiplicar e se espalhar para outros locais do corpo por meio da corrente sanguínea.

As novas lesões são caracterizadas como manchas rosadas ou pequenos caroços acastanhados que surgem na pele, na boca, no nariz, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, podendo haver algumas vezes também descamação intensa da pele. Outros sintomas que podem surgir são:

  • Manchas vermelhas na pele, na boca, no nariz, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés;
  • Descamação da pele;
  • Ínguas em todo o corpo, mas principalmente na região genital;
  • Dor de cabeça;
  • Dor muscular;
  • Dor de garganta;
  • Mal estar;
  • Febre leve, geralmente abaixo de 38ºC;
  • Falta de apetite;
  • Perda de peso.

Essa fase continua durante os dois primeiros anos da doença, e surge em forma de surtos que regridem espontaneamente, mas que passam a ser cada vez mais duradouros.

3. Sífilis terciária

A sífilis terciária aparece em pessoas que não conseguiram combater espontaneamente a doença na sua fase secundária ou que não fizeram o tratamento adequado. Neste estágio, a sífilis é caracterizada por:

  • Lesões maiores na pele, boca e nariz;
  • Problemas em órgãos internos: coração, nervos, ossos, músculos, fígado e vasos sanguíneos;
  • Dor de cabeça constante;
  • Náuseas e vômitos frequentes;
  • Rigidez do pescoço, com dificuldade para movimentar a cabeça;
  • Convulsões;
  • Perda auditiva;
  • Vertigem, insônia e AVC;
  • Reflexos exagerados e pupilas dilatadas;
  • Delírios, alucinações, diminuição da memória recente, da capacidade de orientação, de realizar cálculos matemáticos simples e de falar quando há paresia geral.

Esse sintomas costumam surgir depois de 10 a 30 anos da infecção inicial, principalmente quando o tratamento não é realizado. Por isso, para evitar complicações em outros órgãos do corpo, deve-se fazer o tratamento logo após o surgimento dos primeiros sintomas da sífilis.

Entenda melhor as fases da sífilis no vídeo a seguir:

4. Sífilis congênita

A sífilis congênita acontece quando o bebê adquire sífilis durante a gestação ou no momento do parto, sendo normalmente devido à mulher que possui sífilis não fazer o tratamento correto para doença. A sífilis durante a gravidez pode causar aborto, mal formações ou morte do bebê ao nascer. Em bebês vivos, os sintomas podem surgir desde as primeiras semanas de vida até mais de 2 anos após o nascimento, e incluem:

  • Manchas arredondadas de cor vermelho pálido ou cor de rosa na pele, incluindo a palma das mãos e a sola dos pés;
  • Irritabilidade fácil;
  • Perda de apetite e da energia para brincar;
  • Pneumonia;
  • Anemia
  • Problemas nos ossos e nos dentes;
  • Perda da audição;
  • Deficiência mental.

​O tratamento para sífilis congênita costuma ser feito com o uso de 2 injeções de penicilina por 10 dias ou 2 injeções de penicilina por 14 dias, dependendo da idade da criança. Veja mais sobre a sífilis congênita.

Como acontece a transmissão

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível e, por isso, pode ser transmitida por meio da relação sexual vaginal, anal ou oral desprotegida, ou seja, sem camisinha, ao entrar em contato com a secreção das lesões presentes na região genital e/ ou anal.

Além disso, a sífilis pode ser transmitida ao compartilhar agulhas, já que a bactéria na fase secundária da doença está circulando no sangue, podendo ser transmitida de uma pessoa para outra através dessa via. Outra forma de transmissão é da mãe para o filho durante a gravidez ou no momento do parto, sendo isso possível de acontecer quando a mulher não faz o tratamento adequado. Entenda melhor como acontece a transmissão da sífilis.

Como é feito o diagnóstico

Para confirmar que se trata de sífilis o médico deve observar a região íntima da pessoa, avaliar a presença de sinais e sintomas indicativos de infecção e investigar se houve contato íntimo sem camisinha.

Mesmo se não houver nenhuma ferida da região genital, nem outras partes do copo o médico pode solicitar um exame chamado VDRL, que é o exame normalmente indicado para realizar o diagnóstico da sífilis, sendo também capaz de fornecer informações sobre a gravidade da doença de acordo com a quantidade de anticorpos contra a bactéria circulantes. Entenda o que é e como é feito o exame VDRL.

Esse exame normalmente é realizado em cada trimestre de gestação em todas as grávidas porque a sífilis é uma doença grave que a mãe pode passar para o bebê, mas que é facilmente curada com antibióticos prescritos pelo médico.

Tratamento para sífilis

O tratamento para sífilis deve ser feito de acordo com a orientação do médico, sendo importante seguir as indicações mesmo que não existam mais sinais ou sintomas visíveis para garantir a eliminação da bactéria. Para isso, o médico normalmente indica injeções de penicilina-benzatina, também chamada de benzetacil. O tempo de tratamento e o número de injeções pode variar de acordo com a fase da doença que a pessoa se encontra e sintomas apresentados. Confira mais detalhes do tratamento para sífilis.

Sífilis tem cura?

A sífilis tem cura e pode ser facilmente tratada com injeções de penicilina, mas seu tratamento deve ser iniciado o mais rapidamente possível para evitar o surgimento de complicações graves em outros órgãos como o cérebro, o coração e os olhos, por exemplo.

Como saber se a sífilis está avançada?

Diagnóstico de sífilis Nas fases iniciais, o diagnóstico pode ser confirmado pela reconhecimento da bactéria no exame de sangue ou nas amostras de material retiradas das lesões. Na fase avançada, é necessário pedir um exame de líquor para verificar se o sistema nervoso não foi afetado.

O que significa sífilis 1 8?

O exame VDRL, que significa Venereal Disease Research Laboratory, é um exame de sangue que serve para diagnosticar a sífilis, ou lues, que é uma doença sexualmente transmissível. Além disso, este exame também pode ser solicitado para acompanhar a doença em quem já tem sífilis.

Quem tem sífilis 1 4 pode transmitir?

Valores baixos como 1/1, 1/2 e 1/4 podem ser falso positivos, isto é, o exame é positivo e você não tem sífilis. O exame confirmatório é importante. A sífilis é transmitida pelas lesões sifilíticas, como o cancro duro da sífilis primária e as roséolas da sífilis secundária.

O que significa sífilis 1 4?

O título de 1:4 em pacientes que apresentaram VDRL positivo, tem significado de paciente devidamente tratada e menos risco para o bebê. Seria interessante manter uma monitorização do bebê pela Medicina Fetal e repetir VDRL no tempo de 30-60 dias novamente para menor ansiedade do casal.