Qual o impacto da expansão das fronteiras agrícolas na questão ambiental?

Expansão da fronteira agrícola: impacto das políticas de desenvolvimento regional no centro-oeste brasileiro


Resumo

O processo de desenvolvimento da região Centro-Oeste teve impulso através de políticas e incentivos do Governo Vargas, entretanto, foi a partir dos anos 70 através do II Plano Nacional de Desenvolvimento – PND, em especial o Programa de Desenvolvimento dos Cerrados – POLOCENTRO, que a estrutura produtiva da região foi alterada. Este programa foi fundamental para inserir o cerrado nas áreas produtivas através do seu aproveitamento em escala empresarial e conseqüentemente promover o desenvolvimento da região. Esse trabalho objetiva analisar os impactos que o POLOCENTRO causou na região Centro-Oeste, para tanto utilizou-se como metodologia uma análise de Taxa Geométrica de Crescimento aplicada à variáveis relacionadas ao fomento da moderna agricultura, que é o objetivo do programa. Concluiu-se que o POLOCENTRO, aliado às condições ambientais dos cerrados, exerceu grande impacto na modernização da agricultura, mas não houve preocupação com questões sociais gerando concentração no uso de terras.


Palavras-chave

II PND; POLOCENTRO; Modernização


DOI: 10.3895/rbpd.v2n2.3076

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Qual o impacto da expansão das fronteiras agrícolas na questão ambiental?

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Weihs Leci Marla. 2015. Degradação ambiental e saúde na fronteira agrícola amazônica. Brasilia : Universidade de Brasilia, 207 p. Tese de doutorado : Universidade de Brasilia

Thèse

Qual o impacto da expansão das fronteiras agrícolas na questão ambiental?
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    Encadrement : Villamizar Sayago, Doris Aleida

    Résumé : No horizonte em que se projetam os problemas ambientais da Amazônia brasileira, as fronteiras agrícolas ocupam a primeira posição. A conversão das áreas de florestas em áreas de cultivo produziu desmatamento, incêndios florestais, erosão de solos e uma importante perda de espécies e diversidade genética. Ademais, os garimpos de ouro e as lavouras de soja contaminaram os ecossistemas, sobretudo com mercúrio e agrotóxicos. Como esses fenômenos afetaram a saúde da população? Esta foi a questão que orientou este estudo. Trata-se de uma pesquisa interdisciplinar e participativa, ancorada na área da saúde ambiental. O objetivo foi compreender a relação entre a degradação ambiental e a saúde coletiva. A pesquisa foi desenvolvida na fronteira agrícola de Alta Floresta, situada no Norte do Estado de Mato Grosso. No curso do avanço da ocupação agrícola desta fronteira houve uma notável transição de doenças infectoparasitárias para doenças crônicas. Neste contexto, a emergência das doenças foi condicionada, entre outros fatores, pela degradação do meio ambiente. Ao longo da ocupação da região, o desmatamento potencializou a exposição dos trabalhadores aos insetos transmissores da malária. As queimadas florestais produziram partículas atmosféricas tóxicas que aumentaram a prevalência das doenças respiratórias. O acúmulo de mercúrio e agrotóxicos nos ecossistemas, por sua vez, condicionou o perfil recente da saúde pública. No quadro atual, sob o ponto de vista da saúde, a fronteira de Alta Floresta está integrada ao território nacional. Entretanto, a contaminação agrícola continua sendo o principal determinante da emergência das doenças. No cenário futuro, a saúde pública dependerá, entre outros fatores, de uma reconfiguração do sistema de produção agrícola, com foco na regulação do consumo de pesticidas. Adicionalmente, verificou-se a necessidade de uma reorientação do sistema de saúde em que concerne à gestão dos riscos de origem agrícola.

    Mots-clés Agrovoc : Déboisement, gestion des ressources naturelles, Utilisation des terres, Forêt, Terre agricole, Pollution par l'agriculture, biodiversité forestière, Impact sur l'environnement

    Mots-clés géographiques Agrovoc : Amazonie, Brésil

    Classification Agris : K01 - Foresterie - Considérations générales
    F40 - Écologie végétale
    P01 - Conservation de la nature et ressources foncières

    Champ stratégique Cirad : Axe 6 (2014-2018) - Sociétés, natures et territoires

    Auteurs et affiliations

    • Weihs Leci Marla, CIRAD-ES-UPR GREEN (FRA)

    Source : Cirad-Agritrop (https://agritrop.cirad.fr/592457/)

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    Quais os impactos sociais e ambientais da expansão da fronteira agrícola?

    Diante desse avanço da fronteira agrícola, sobretudo pela frente pioneira, ocorrem três problemas principais: a devastação da vegetação, a concentração de terras e a questão da produção de alimentos.

    Quais os impactos ambientais ocasionados pelo avanço da fronteira agrícola?

    Diminuição da biodiversidade por causa do uso agrotóxicos (pesticidas), que, muitas vezes, são pulverizados por aviões e atingem as áreas vizinhas, matando, assim, animais e plantas. O desmatamento também contribui para a diminuição da biodiversidade; Erosão causada pela irrigação e manejo inadequado dos solos.

    O que aconteceu com a expansão das fronteiras agrícolas?

    Ao longo da história brasileira, a fronteira agrícola já passou por diversos estágios. Depois da ocupação da Mata Atlântica, ela disseminou-se no Sul do país e, mais recentemente, ocupou toda a região correspondente ao Cerrado brasileiro. Atualmente, ela encontra-se em ampla expansão em direção à Floresta Amazônica.

    O que é a expansão da fronteira agrícola no Brasil?

    A fronteira agrícola corresponde à área de expansão das atividades agropecuárias sobre o meio natural. A fronteira agrícola representa uma área mais ou menos definida de expansão das atividades agropecuárias sobre o meio natural.