"Na tarde de domingo, te chamo pra um café você prefere o natural e eu prefiro o nescafé. E ai já começa, toda aquela discussão Você prefere marmelada e eu prefiro requeijão. Você diz que eu sou chata e resolve ir embora. Joga na mesa o dinheiro, "esse é pra pagar a torta" Eu pego o dinheiro e vou até o balcão, a garçonete me pergunta "e a conta da saudade, ele não vai pagar não?""
Com a vida apressada, angustiada, tão absorta em pensamentos pequenos, sem entender a dor disfarçada em mal humor, pouso os olhos no menino, ali, dormindo. No meio da rua, entre carros, passantes, cachorros e passarinhos destoantes, com as mãozinhas sobre a cama de papelão, agarradinho, inocente, no corpo do irmão. A mãe sofrida, sentada no Tá certo que o nosso mal jeito foi Solução Deixa eu me livrar das minhas marcas Deixa que esse verão eu faço só Só me resta agora
acreditar Lembra o que valeu a pena |