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Add to bookmark DescriptionDownload Se Liga Na Lingua3_L-Convertido PDF for free. Report "Se Liga Na Lingua3_L-Convertido"About UsWe believe everything in the web must be free. So this website was created for free download documents from the web. Legal NoticeWe are not related with any websites in any case. DisclaimerWe are not liable for the documents. You are self-liable for your save offline. Cookie PolicyThis site utilizes cookies to guarantee you get the best experience on our site. You can learn how to disable cookie here. Privacy PolicyWe are committed to ensuring that your privacy is protected. Copyright/DMCAYou can ask for link removal via contact us. DICION�RIO DA TEORIA LITER�RIA E EST�TICA DE MONTEIRO LOBATO organizado por Nelson Ricardo C. dos Santos A ACADEMIA (Brasileira de Letras) ADJETIVOS Ver: ESCREVER 5 (2:51-52) ARTE Ver: DRAMA (1:174) ARTE MODERNA ARTISTAS
Ver: ARTE 10 (16:46)
ASSOCIA��O DE ID�IAS C CAP�TULOS CARICATURA Ver: ARTE MODERNA (16:61-62) CARICATURA NO BRASIL CARTA CL�SSICOS CONCURSO LITER�RIO CONTO Ver: CRIA��O 4 ( 2:137-138 ) CONTO POLICIAL CRIA��O Ver: CARTA 5 (2:54) CR�TICA CR�TICO Ver: CR�TICA 7 (12:75) D DEFINI��O DESCRI��O DI�RIO Ver: ID�IAS (Registro de) (1:114-115) DICION�RIO Ver: VOC�BULOS 1 (1:239-241) DRAMA E EDI��O Ver: L�NGUA 1 (1:248-249) EDUCA��O Ver: LITERATURA INFANTIL-JUVENIL 8 (9:249-256) EPOP�IA ESCREVER Ver: CARTAS 5 (2:54) ESCRITOR MODERNO ESCRITORES Ver: LITERATURA BRASILEIRA 1
(10:3-9) ALBERTO RANGEL: Alberto Rangel levou ao apogeu a arte de construir pir�mides de acrobacia, com id�ias que se agarram umas �s outras, pelas m�os ou com os dentes, e com encantadora per�cia tenteam no nariz voc�bulos raros ou t�cnicos � tudo perfeitamente matem tico, e a tal ponto que se retirarmos um toda a pir�mide desaba em escombros. Os assuntos, os temas, as paisagens, os tipos e o enredo s�
entram ali como pretexto para a demonstra��o da per�cia malabar do autor. ALMEIDA GARRETT: Peguei de Garrett estes dias. � elegante, vivo, chistoso e lib�rrimo, no sentido de fugir a cangas de escolas e m�todos. Estou em Arco de Sant Ana e Viagens. Falta-lhe a genial trucul�ncia de Camilo. (2:64) BERNARD SHAW: E depois de Wells ter�s de ler Bernard Shaw, o Voltaire moderno. Este te dar� o modelo do homem que sabe pensar e apresentar id�ias na forma mais perfeita. Shaw constitui um complemento de cultura, um remate final. Sem l�-lo, nenhum homem moderno completou seu curso. Mas Shaw est� em ingl�s; n�o foi traduzido ainda em nossa l�ngua � e parece que V. n�o sabe ingl�s. Outro percal�o tremendo. N�o saber ingl�s em nossos tempos � ser apenas meio homem � um toco sem pernas. De volta para o Brasil tenho id�ia de fechar minha vida com a tradu��o de Shaw � mas uma tradu��o capaz de ser aplaudida pelo terr�vel velhinho � a minha obra prima. Isso porque n�o encontro um melhor fim de vida do que passar meus �ltimos anos mergulhado no oceano do novo Voltaire, como um bicho de goiaba dentro da goiaba. Shaw � mar e a mais deliciosa das goiabas. (18:47) CAMILO CASTELO BRANCO: 1. Confundes bobamente duas coisas: cl�ssicos e Camilo. Camilo n�o � cl�ssico no sentido gramatic�ide do termo; e para afundarmos os dois no mar do classicismo, nunca te convidaria eu, porque os aborre�o sobre todas as coisas. Convidei-te para o passeio atrav�s de Camilo como rem�dio contra o estilo redondo dos jornais que somos for�ados a ingerir todos os dias. Camilo �
laxante. Faz que eliminemos a "redondeza". � a �gua limpa onde nos lavamos dos solecismos, das frouxid�es do dizer do notici�rio � e tamb�m nos lavamos da adjetiva��o de homens copados como Coelho Neto. Camilo � lix�via contra todas as gafeiras. E al�m desse papel de potassa c�ustica, ele nos d� essa coisa linda chamada topete. Camilo nos "desabusa", como aos seminaristas t�midos um companheiro desbocado. Ensina-nos a liberdade de dizer fora de qualquer forma. Cada vez que mergulho em Camilo,
saio l� adiante mais eu mesmo � mais topetudo. E o topete filos�fico eu o extraio de Nietzsche. Agora estou fazendo uma viagem com o meu topetudo estil�stico em Vinte Horas de Liteira. (2:10-11) Ver: VOC�BULOS 7 (2:13) CATULO DA PAIX�O CEARENSE: Catulo � o grande poeta nacional. CHARLES DICKENS: Sabe o que estou lendo com enorme agrado? Macaulay o incompar�vel, e Dickens. As mem�rias de Pickwick s�o um modelo de arte. Diz-se l� num cap�tulo o que os cacet�ssimos psic�logos de hoje dizem em todo um livro. Acho arqui-preciosa a leitura dos ingleses: livra-nos de absorver a infec��o lu�tica dos franceses: galiqueira mental que vai dessorando as nossas letras e fazendo-as um luar da francesa. E, fora dos ingleses, leio Camilo; n�o passo dia sem umas p�ginas. (2:139) COELHO NETO: Coelho Neto queixa-se de que recebe poucas "missivas". Isso � sinal de rea��o, assoupissement. Neto � aquela jaboticabeira que vejo daqui. A folhagem excessiva n�o me deixa ver o desenho nervoso e bonito do tronco e dos galhos. Se Neto tivesse a coragem de podar-se, que lindo n�o ficaria! H� nele 200 mil adjetivos a mais. (2:31) E�A DE QUEIROZ: 1. Releio Os Maias. Como � grande, no sentido de
volumoso. Dava dois, tr�s livros diferentes. Acho que Os Maias seriam um belo romance se fosse traduzido em portugu�s e levasse poda de foice. H� frases como esta: "Desde mo�o fora c�lebre, na capital, por p�r casas a espanholas; a uma mesmo dera carruagem ao m�s". Acho o E�a o culpado de metade do emporcalhamento da l�ngua no Brasil, onde o lido e o imitado � s� ele, ele e mais ele. Mas E�a progrediu muito no fim. A Ilustre Casa de Ramires j� est� escrita em l�ngua que escova os dentes. (2:58)
Ver: ESCRITORES - CAMILO CASTELO BRANCO 2 (2:25-26) EMILE ZOLA: Le docteur Pascal. A sensa��o de quem sai dum romance de Zola � sempre a mesma, de reconcilia��o com o mau presente e de imensa esperan�a no futuro. Pascal � o homem por vir, cidad�o desse mundo de verdade e justi�a que Zola sonhou. Tamb�m Clotilde � a mulher futura,
companheira meiga dos futuros Pascais. Nascidos assim fora de tempo, ca�ram v�timas da precocidade, hostilizados pelo meio. Ver: ESCRITORES - HONOR� DE
BALZAC 1 (1:354-355); 2 (7:6-7) EUCLIDES DA CUNHA: 1. Tua an�lise do estilo rompente de Euclides me satisfaz. A ossatura e o m�sculo, ele os consegue como dizes. Mas n�o bastaria isso. Sem a rede de nervos dum pensar original, fortemente enfibrado pelo metal deploy� das ci�ncias naturais e sociais e da filosofia moderna, bem digeridas e assimiladas, Euclides n�o seria esse fen�meno novo que nos esbarronda, um homem que tem o que dizer, sabe o que diz e o diz �
assombro! � em portugu�s de verdade. Porque a l�ngua de Euclides j� � a L�ngua. (2:51) FIALHO DE ALMEIDA: 1. Talvez seja influ�ncia de Camilo e Fialho, esses dois impenitentes. Sobretudo Fialho, que chega a tornar-se antip�tico de tanta ferocidade. Uma hiena
com cirrose no f�gado e enjaulada n�o estilaria tanto fel como a pena desse tranca. Que estilo! B�rbaro como um huno, belo como a sa�de. Estilo que n�o da satisfa��es a ningu�m � que n�o manda dizer. (2:25) Hoje Hoje Arreglo de "Le Roi Bobeche" de Coignard A palavra me arrepiou quando a topei pela primeira vez; hoje compreendo o valor expressivo do neologismo. Com grande talento, E�a arreglou Paris para uso de Lisboa. Ver: ESTILO 10 (2:22) FRANCISCA J�LIA: Tal a fei��o real que a distingue. Tanta majestade, por�m, n�o lhe apaga e sequer obscurece o brilho. Os versos de Francisca J�lia primam,
sobremodo, por brilhantes. � a sua caracter�stica: refulgem a cada passo, no felic�ssimo da express�o, no entremostrar da imagem, no inesperado de uma evoca��o long�nqua. Senhora do segredo da palavra, do contexto ideal dos termos, tem pronto o voc�bulo-padr�o para o renovamento das id�ias e para as associa��es novas. FREI LUIZ DE SOUZA: Tamb�m tentei umas leituras de cl�ssicos, Vieira nas cartas, Lucena, Fr. Luiz de Souza... N�o vai. N�o me d�o prazer nenhum. Jurei ler todo um volume de Fr. Luiz e fiquei perjuro. O mesmo que subir um Himalaia. Por maior que seja a decis�o, a gente arreia a meio morro. O sono n�o deixa. Dormi dez p�ginas do maravilhoso Fr. Luiz de Souza. E que sono, Rangel! Dos incoerc�veis. Duns que eu tinha em menino, quando me levavam ao teatro, de camarote. Lembro-me duma Traviata. Eu fazia esfor�os inauditos para ver o que acontecia �quela mulher, e consegui manter os olhos abertos at� l� pelas onze horas. A� n�o ag�entei mais. Lembro-me que fiz um esfor�o prodigioso para ficar acordado � mas o sono me derrubou. Fiquei toda a vida com essa impress�o na mem�ria � a incoercibilidade do sono � e agora, nesta idade, vejo a coisa repetir-se, nesta fazenda, por obra e gra�a do "mavioso", do "maravilhoso" Fr. Luiz, o cl�ssico que recebe os melhores adjetivos. Tanto adjetivo me faz desconfiar. Quando a gente dorme no meio duma coisa, o remorso nos faz dizer maravilhas dessa coisa. Imposs�vel que os outros leitores desse frade tamb�m n�o hajam sentido o "sono da Traviata" que eu senti. (2:64-65) GILBERTO FREYRE: No caso de Gilberto houve olhares desconfiados. Seu livro era sociologia, jogava com toda a t�cnica da misteriosa ci�ncia e com a sua
estranha terminologia. A desconfian�a vinha de ser tudo aquilo muito am�vel e l�mpido � ou muito caseiro. Era l� poss�vel que na tal sociologia coubessem vatap� baiano e mais coisas gostosas? E que fosse ci�ncia verdadeira tanto negrinho insinuado nas casas-grandes, e tanta mucama a fazer cafun�s nos primeiros herdeiros dos latif�ndios? Nos primeiros momentos o Brasil ficou na d�vida ou "interdito", como dizem os franceses, sem saber ao certo que g�nero de literatura ou ci�ncia era a tal
Casa-Grande & Senzala. Os cr�ticos juravam ser ci�ncia, mas o tom era muito alegre, sadio e pitoresco para ser ci�ncia. Muito transit�vel. Nossa concep��o de ci�ncia ainda estava ligada ao ar macilento, �s olheiras fundas, � magreza asc�tica, aos olhos cansados e exigidores de �culos fort�ssimos. Ci�ncia de verdade, s� nos livros narcotizantes. Um livro de ci�ncia tinha de adormentar o leitor j� nos primeiros cap�tulos, lev�-lo ao cemit�rio no fim. GUILHERME DE ALMEIDA: 1. Aquele nosso grande poeta parece-se com a �gua: � inodoro, incolor e ins�pido quando faz prosa. No verso melhora. Mas vem surgindo um Guilherme de Almeida, cujo N�s revela muita coisa. Parece-me poeta de verdade � n�o apenas burilador de versos
como o F., ou parnasiano de miolo mole, essas venerandas rel�quias do passado, Alberto, etc. E Bilac, que era a salva��o, deu agora para rimar filosofia alheia e fazer patriotismo fardado. Alberto est� um perfeito vieux beau. (...) HONOR� DE BALZAC: 1. Ontem perdi o sono e conclui a leitura do Cousine Bette. Rangel, Rangel! Balzac me assombra. � g�nio dos absolutos. Lembro-me duma imagem de Zola, comparando a obra de Balzac a um colossal edif�cio inacabado - tijolos n�s, andaimes, s� o arcabou�o externo. N�o � nada disso. N�o tem nada de inacabdo � mas Balzac n�o � homem que des�a a
truques, remates, ornatos secund�rios. Pinta a largas espatuladas. Diz o essencial, cria blocos apenas, formid�veis blocos, mas n�o alisa a pedra, n�o usa lixas, n�o lhes enfraquece a grandeza. Que tipos! Que prod�gios! Que coer�ncia! Que fertilidade! Que mina! Que celeiro de id�ias e imagens! Que multid�o de gente viva estua dentro de seus romances! Como perto dele � p�lido e artificial Zola, com sua arte mec�nica, sua l�gica invari�vel, seu romantismo despido das belezas her�icas do
romantismo! Balzac nem em cap�tulos divide a narrativa. Aquilo rompe e rasga, e vai numa catadupa tumultuosa, numa avalanche, at� o fim. Quelle puissance! J� li Cesar Birotteau e a Cousine e afundo-me agora em toda a sua obra, como num mar. J� n�o dispenso todo Balzac! (1:354-355) JO�O DO RIO: Quanto ao "no Brasil ningu�m imita o E�a", do Jo�o do Rio, pode-se opor o "no Brasil toda gente imita o E�a". S�o exageros equivalentes. Eu j� li e gostei do Jo�o do Rio; hoje parece-me tolo, plaquet chocalhante, marac�, cuia com pedrinhas dentro. Insubstancial. Usa umas eleg�ncias de rastacuero. Tem uns bar�es de Belfort que ele acha mais elegantes que os bar�es do Pil�o Arcado ou um bar�o do Jambeiro da minha terra que n�o dava jambos. N�o h� mulheres em suas hist�rias, h� madames � coisa muito parecida com madamas. E descobriu um homem ingl�s de nome Oscar Wilde que ningu�m sabia quem era, e eu acho que � mentira dele. Dorian Gray! Potoca. C�rcere de Reading! Potoca. Salom�! Potoca. Esse misterioso "Oscar Wilde" (nome inteiro, Oscar Fingall O Flahertie Wills Wilde) � uma pura mistifica��o do Jo�o do Rio. Outra novidade dele foi o lan�amento do adjetivo "inconceb�vel" e do "up to date" em vez de "na moda". Jo�o descobriu tamb�m uma tal l�ngua inglesa, que igualmente me parece potoca. Tudo nele s�o potocas � tudo nele � Rua do Ouvidor. N�o fica. (2:14-15) JORGE AMADO: Seus livros da Bahia revelam-me mais que um escritor, que um romancista, que um artista. Revelam-me uma for�a da natureza, uma
esp�cie de harpa e�lia que ressoa � passagem dos ventos dos dramas da mis�ria. Da� a especial�ssima impress�o que causam � �nica inconfund�vel e TR�GICA. Tr�gica no sentido grego da palavra. Na planura da literatura brasileira, Jorge Amado vai ficar com um bloco s�bito de montanha h�spida, cheia de alcant�s, de cavernas, de precip�cios, de massas brutas da natureza. LIMA BARRETO: 1. Conheces Lima Barreto? Li dele, na �guia, dois contos, e pelos jornais soube do triunfo do Policarpo Quaresma, cuja segunda edi��o j� l� se foi. A ajuizar pelo que li, este sujeito me � romancista de deitar sombras em todos os seus colegas coevos e coelhos,
inclusive o Neto. Fac�limo na l�ngua, engenhoso, fino, d� impress�o de escrever sem torturamento � ao modo das torneiras que fluem uniformemente a sua corda d �gua. Vou ver se encontro um Policarpo e a� o ter�s. Bacoreja-me que temos pela proa o ramancista brasileiro que faltava. (2:108) MACHADO DE ASSIS: 1. H� a Magia Negra, a Magia Branca � e a Magia Liter�ria. D Amicis � um grande Mago Liter�rio. E sabe, Rangel, que aqui no Brasil tamb�m h� um livro com o
poder de me enfeiti�ar assim? Creio que j� o li, espa�adamente ou de uma assentada, oito ou dez vezes, e sempre com o mesmo encanto: Mem�rias P�stumas de Br�s Cubas. (2:37) Ver: ESCRITORES: CAMILO CASTELO BRANCO 5 (2:98-99) MARIA JOS� DUPR� (SRA. LEANDRO DUPR�): Rangel: apareceu-nos uma senhora Dupr� que est� operando uma revolu��o liter�ria. Est� nos ensinando a escrever � e eu j� muito aproveitei a li��o. Revelou-me um tremendo segredo: o certo em literatura � escrever com o m�nimo de literatura! Certo, porque desse modo somos lidos, como ela est� sendo
e como eu consegui ser nos livros que limpei de toda "literatura". Como nos envenenou aquela gente que andamos a ler na mocidade! S� agora me sinto completamente sarado, gra�as � medica��o Dupr�. Para que bem me entendas, ter�s que ler o �RAMOS SEIS, romance que a Editora acaba de publicar com um pref�cio meu, que a autora n�o encomendou, pois nem sequer de vista a conhe�o. O caso me interessou tanto (li o livro em provas), que me lancei a esmiu��-lo nesse pref�cio. OLAVO BILAC: O poeta, no entanto, ao compor o "Ca�ador de Esmeraldas" n�o tomou de Corneille um voc�bulo, nem de Anatole um conceito, nem de Musset uma noite, nem de Rostand um galo, nem de Lecomte uma frialdade, nem da Gr�cia um acanto, nem de Roma uma virtude. Mas, sem o querer,
pelo fato de ser um moderno aberto a todos os ventos, tomou de Corneille a pureza da l�ngua, de Musset a poesia, de Lecomte a eleg�ncia, da Gr�cia a linha pura, de Roma a fortid�o d�alma � e com o antigo-bruto fez o novo-belo. Ver: ESCRITORES: GUILHERME DE ALMEIDA ( 2:144-145 ) PAULISTAS: Recebi a de 12, com os recortes da parelha de "imortais" que mandei e sobre os quais silenciaste. O Frango Sura est� me cheirando a literato dos bons. Ah, que gente! Que perus recheados com a farofa da vaidade! Enfarei-me deles em S. Paulo. O maioral da taba � o Vicente de Carvalho, poeta dos maiores da l�ngua � mas que pena ser tamb�m peru recheado! Seus amigos formam-lhe uma corte luizesca; Vicente n�o solta um simples borborigma sem que eles, em redor, n�o arregalem o olho e murmurem em �xtase. "N�o � arroto, � Cam�es!" O Amadeu Amaral � excelente criatura e esfor�a-se por ser modesto � mas de todos os lados "gavam-no" demais. Sabe o que � gavar? � a tradu��o do "gaver" franc�s � comer demais ou fazer comer demais. Em Strasburgo os produtores do "Pat� de Foie Gras" prendem os gansos em gaiolas, pregam-lhes os p�s para imobiliz�-los e gavam-nos, isto �, metem-lhes pela garganta a dentro um angu, afim de superaliment�-los for�adamente. A maior v�tima dessa viol�ncia alimentar � o f�gado do ganso, que incha, fica enorme � exatamente o que os fabricantes do pat� querem. Pois o excelente Amadeu deve estar com o f�gado bem inchado, tal � a "gavage" a que o submetem. Anda mais cevado de ditirambos do que um imperador romano. O Em�lio de Menezes disse que para o Amadeu entrar na Academia era necess�rio que se diminu�sse a si pr�prio com um ano de banhos de pedra-hume! O Ot�vio Augusto, o J�lio C�sar, todos � aquilo � um m�tuo endeusar-se que est� a pedir lenha. O Amadeu tem as chaves do Estado e recebe hosanas de toda parte � at� de Baependi. O Nogueira manda de l� os seus gravetinhos para o fogacho propiciat�rio � mas Amadeu n�o murmura o Sancta simplicitas de Jo�o Huss na fogueira. (2:78) RICARDO GON�ALVES: Guarde isto do Araripe Junior: "Milton um dia, definindo a sua est�tica, disse: Poet must be a true poem. Com isto quis dizer que a obra liter�ria que n�o � pura resultante dum organismo, pode ser tudo, menos obra art�stica. As verdadeiras regras est�o no sangue, nos nervos, na estrutura do indiv�duo, na cerebra��o inconsciente". Grande verdade. Por que o Ricardo n�o comp�e um poema? Porque ele � em si um poema � um poema de pernas. E n�s sent�amos isso e ador�vamo-lo como a encarna��o de um poema de Musset. Que � que faziam o Raul e o Artur, sempre com olhos no Ricardo? Liam aquele poema vivo e semovente. Poet must be a true poem! Eu queria esfregar Ricardo no nariz de Milton para que ele visse como acertou. ( 2:47 ) RUDYARD KIPLING: Em face do desconhecido, do inexplic�vel da natureza, das amea�as ocultas no sombrio da floresta, do escach�o das grandes quedas d��gua, do rugir das feras, o homem sente essa emo��o
contagiosa chamada p�nico. � Pan que se aproxima, � alguma montaria de Pan, � um elemento, uma for�a qualquer das com que Pan brinca � e a emo��o p�nica surge, sempre com a sua caracter�stica de contagiosa. RUY BARBOSA: Ruy Barbosa me d� a impress�o, na ci�ncia, duma superposi��o de autores; no estilo, duma superposi��o de cl�ssicos. Vejo nele Vieira,
Bernardes, Latino, Frei-Luiz, Herculano, Camilo � dele pessoalmente, s� a sabedoria e fina arte do misturador. Ruy � uma grande Central telef�nica a que v�o ter todos os fios; e do conglomerado ressoa uma voz e�lia, de qualquer lado que bata o vento. � uma focaliza��o. Toda a ci�ncia, toda a literatura de todos os tempos e povos converge seus raios naquele refletor mental que os emburrilha, funde e d� � como as cores fundidas d�o a luz branca � esse clar�o cegante, excessivo, que atrai todas as
mariposas e afugenta todos os morcegos: RUY BARBOSA. EST�TICA Ver: ADJETIVO ( 1:106-107 ) ESTILO ESTILO BRASILEIRO EXPRESS�O T�CNICA F F�BULAS FIGURA DE LINGUAGEM FIL�SOFO MODERNO FOLCLORE FORMA Ver: ESCRITORES: MACHADO DE ASSIS 2 (4:252) FUTURISMO G GENIALIDADE Ver: ESCRITORES: HONORE DE BALZAC 2 (7:6-7 ) GRAM�TICA Ver: L�NGUA 6 ( 5:29-33 ) H HIST�RIA Ver: MEM�RIA (1:340-341) HUMOR I ID�IA Ver: FORMA (1:222-223 ) ID�IA (registro de) Ver: DI�RIO (1:130-131) J JORNAL Ver: ESTILO 6 ( 1:312-313 ); 7 (2:6-7 ) L LENDA LER Ver: FORMA 1 ( 1:222-223 ) L�NGUA
Ontem divisei ela Ser� isso simplesmente a reabilita��o da forma lusa dos pr�-cl�ssicos, j� vitoriosa na l�ngua falada de hoje. Ver: ESCREVER 5 ( 2:51-52 ) LITERATURA Ver: CARTA 1 ( 1:17-18 ) LITERATURA BRASILEIRA LITERATURA
INFANTIL-JUVENIL Ver: EDUCA��O (7:8-9) LIVRO Ver: LITERATURA INFANTIL-JUVENIL 8 ( 9:249-256 ) LIVRO NO BRASIL Ver: LITERATURA INFANTIL-JUVENIL 8 ( 9:249-256 ) M MEM�RIAS N NATURALISMO Ver: DESCRI��O (2:13-14) NOVELISTA O OBRA-FORTE OPINI�O OPINI�O P�BLICA ORTOGRAFIA P PENSAR Ver: POESIA 2: (5:119) PINTURA BRASILEIRA POESIA Ver: POETA 1 (5:116) POESIA ANTIGA E MODERNA POETA POETISA PONTUA��O PREF�CIO PROPRIEDADE DE EXPRESS�O Ver: VOC�BULOS 3 (1:263-264) R ROMANCE Ver: CONTO 4 (1:280-281) ROMANCE
NO BRASIL Ver: LITERATURA BRASILEIRA 2 (10:10-11)
ROMANCISTAS S S�BIO SAUDOSISMO T TEMA Ver: ESCREVER 14 (4:254-255) T�TULO TRADU��O V VOC�BULOS Ver: L�NGUA 8 (8:101-107) _____________________________________________________________ BIBLIOGRAFIA (1) LOBATO, J.B. Monteiro. A Barca de Gleyre � tomo 1. 3 ed das O . C., S�o Paulo, Brasiliense, 1950. 367 p. (2) ____________________. A Barca de Gleyre � tomo 2. 3 ed das O . C., S�o Paulo, Brasiliense, 1950. 363 p. (3) ____________________. Cartas Escolhidas � tomo 1. O . C., S�o Paulo, Brasiliense, 1959. 358 p. (4) ____________________. Cartas Escolhidas � tomo 2. O . C., S�o Paulo, Brasiliense, 1959. 280 p. (5) ____________________. Pref�cios e Entrevistas. 3 ed. Das O . C., S�o Paulo, Brasiliense, 1950. 311 p. (6) ____________________. Na Antev�spera. 3 ed. Das O . C., S�o Paulo, Brasiliense, 1950. 310 p. (7) ____________________. Mundo da Lua e Miscel�nia. 3 ed. das O . C., S�o Paulo, Brasiliense, 1950. 338 p. (8) ____________________. A Onda Verde e O Presidente Negro. 3 ed. Das O . C., S�o Paulo, Brasiliense, 1950. 330 p. (9) ____________________. Confer�ncias, Artigos e Cr�nicas. O. C., S�o Paulo, Brasiliense, 1959. 349 p. (10) ____________________. Cr�ticas e Outras Notas. O. C., S�o Paulo, Brasiliense, 1965. 242 p. (11) ____________________. Literatura do Minarete. O. C., S�o Paulo, Brasiliense, 1959. 331 p. (12) ____________________. Monteiro Lobato Vivo; sele��o e organiza��o de Cassiano Nunes, Rio de Janeiro, MPM Propaganda � Record, 1986. 305 p. (13) CAVALHEIRO, Edgard. A Correspond�ncia entre Monteiro Lobato e Lima Barreto. Rio de Janeiro, MEC � Servi�o de Documenta��o, 1955. 71 p. (14) LOBATO, J. B. Monteiro. Mr. Slang e o Brasil e Problema Vital. 3 ed. Das O . C., S�o Paulo, Brasiliense, 1950. 340 p. (15) ____________________. Am�rica. 3 ed. Das O . C., S�o Paulo, Brasiliense, 1950. 311 p. (16) ____________________. Id�ias de Jeca Tatu. 3 ed. Das O . C., S�o Paulo, Brasiliense, 1950. 275 p. (17) ____________________. Cidades Mortas. 3 ed. Das O . C., S�o Paulo, Brasiliense, 1950. 272 p. (18) Boletim Bibliogr�fico � Biblioteca Municipal M�rio de Andrade. N� XXXII, S�o Paulo, Prefeitura do Munic�pio de S�o Paulo, out./nov./dez. 1972. 176 p. (19) LOBATO, J. B. Monteiro. Reina��es de Narizinho. S. ed., S�o Paulo, C�rculo do Livro, s.d., 310 p. (20) ____________________. Viagem ao C�u e O Saci. S. ed., S�o Paulo, C�rculo do Livro, s. d., 254 p. (21) ____________________. Ca�adas de Pedrinho e Hans Staden. S. ed., S�o Paulo, C�rculo do Livro, s. d., 186 p. (22) ____________________. Hist�ria do Mundo para as Crian�as. s. ed., S�o Paulo, C�rculo do Livro, s. d., 300 p. (23) ____________________. Mem�rias da Em�lia e Peter Pan. s. ed., S�o Paulo, C�rculo do Livro, s. d., 194 p. (24) ____________________. Em�lia no Pa�s da Gram�tica e Aritm�tica da Em�lia. s. ed., S�o Paulo, C�rculo do Livro, s. d., 296 p. (25) ____________________. Hist�ria das Inven��es e Dom Quixote das Crian�as. s. ed., S�o Paulo, C�rculo do Livro, s. d., 312 p. (26) ____________________. Hist�rias de Ti Nast�cia e O Pica-Pau Amarelo. s. ed., S�o Paulo, C�rculo do Livro, s. d., 304 p. (27) ____________________. A Reforma da Natureza e O Minotauro. s.ed., S�o Paulo, C�rculo do Livro, s.d., 302 p. (28) ____________________. A Chave do Tamanho e F�bulas. s. ed., S�o Paulo, C�rculo do Livro, s. d. _____________________________________________________________ RELA��O DOS VERBETES ACADEMIA (Brasileira de Letras) |