Como se chama a substância que forma o exoesqueleto dos artrópodes?

Graduada em Ciências Biológicas (UNISUAM, 2010)
Graduada em Zootecnia (FAGRAM, 2006)

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Existem dois tipos de esqueleto nos seres vivos: o endoesqueleto (é o que os vertebrados possuem, ele é revestido por tecido epitelial e possuem ossos e cartilagens) e o exoesqueleto, uma estrutura esquelética que se localiza fora do corpo do ser vivo, ou seja, é um esqueleto externo. São comuns em animais invertebrados, que não possuem estrutura óssea interna.

O exoesqueleto é uma camada externa resistente, porém flexível, não é formado por ossos, diferentemente do endoesqueleto dos vertebrados. A composição do esqueleto externo muda de animal para animal. Tem como função a proteção mecânica, química e biológica, evitar perda excessiva de água, sustentação de músculos e serve de ponto de ligação para as pernas, asas e outros apêndices, porém pode limitar o crescimento do animal. Assim, é necessária a troca do exoesqueleto. Essa troca se chama de muda ou ecdise. O animal deixa o seu esqueleto externo para crescer e formar um novo exoesqueleto, como a cigarra.

Como se chama a substância que forma o exoesqueleto dos artrópodes?

Cigarra saindo do seu exoesqueleto. Foto: Souchon Yves / Shutterstock.com

Existem mais de um tipo de exoesqueleto; o de quitina e os de sais de cálcio são os dois principais. O esqueleto externo de quitina, que é um polissacarídeo formado por um polímero de cadeia longa de N-acetilglicosamina, é o tipo mais comum, é encontrado nos artrópodes (cigarras e aranhas). Também existe o exoesqueleto composto principalmente de sais de cálcio, também é encontrado quitina, pode ser observado nos crustáceos (lagostas e caranguejos), é mais rígida ainda. Alguns moluscos apresentam carbonato de cálcio formando as conchas, o que aumenta ainda mais a sua proteção. Os corais também apresentam exoesqueleto, que cresce verticalmente e forma os grandes recifes.

O exoesqueleto possui algumas estruturas importantes como a epicutícula, a procutícula, a epiderme, a membrana basal e células dérmicas. A epicutícula é a camada mais externa, composta por proteínas e lipídios, funciona como um obstáculo para a eliminação da água por evaporação através da impermeabilização da procutícula, especialmente durante a troca do esqueleto externo. A procutícula é a camada mais interna, formada por glucosamino e quitina associado a proteínas, dá a rigidez e resistência do esqueleto externo. A epiderme é uma camada simples de células epiteliais secretoras, responsável pela produção da cutícula. Quando acontece a muda, as células da epiderme secretam as enzimas que digerem as partes da velha cutícula. A camada basal é uma camada composta de polissacarídeos. As células dérmicas são células modificadas que são responsáveis pela produção da camada de cimento da epicutícula.

Durante a troca do exoesqueleto, o artrópode sai do seu esqueleto antigo e pequeno, no entanto ele já apresenta um esqueleto externo em formação, que ainda é frágil e relativamente mole, permitindo a expansão do corpo do vertebrado antes do seu endurecimento.

Tanto quanto o endoesqueleto quanto o exoesqueleto são importantes para a sobrevivência dos animais, tanto é que esta sendo estudado e criado exoesqueleto humano artificial, que tem a mesma função, de proteger o corpo e auxiliar nos movimentos.

Referencias bibliográficas:

https://educacao.uol.com.br/disciplinas/ciencias/esqueleto-1-funcao-dos-ossos-exoes

http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/7413/1/2008_RafaelAraujoDeLara.pdf

http://nead.uesc.br/arquivos/Biologia/modulo_7_bloco_2/unidade_invertebrados_2/apostila_arthropoda.pdf

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/biologia/exoesqueleto/

Quando pensamos em esqueleto, logo imaginamos o nosso, que fica localizado internamente em nosso corpo. Esse tipo de esqueleto é chamado de endoesqueleto e é encontrado nos vertebrados, como os peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Entretanto, existem animais que possuem o esqueleto fora do corpo, o chamado exoesqueleto.

Diferentemente do nosso, o exoesqueleto, na realidade, é uma camada resistente que cobre o corpo de alguns invertebrados e não é formado por ossos. O tipo mais conhecido é aquele presente nos artrópodes, tais como aranhas, escorpiões e caranguejos. Nesses animais, a estrutura é composta principalmente de quitina, um polissacarídio resistente. Nos crustáceos, tais como lagostas e caranguejos, o exoesqueleto ainda é mais rígido, uma vez que apresenta, além de quitina, sais de cálcio.

Você deve estar perguntando-se como esses animais crescem, uma vez que possuem uma especie de armadura que os protege. O crescimento ocorre através da chamada muda ou ecdise, em que o animal literalmente troca de exoesqueleto.

Durante a muda, o artrópode sai do interior de seu esqueleto antigo e já apresenta um exoesqueleto em formação. Este, no entanto, é relativamente frágil e permite uma expansão do corpo do animal antes do seu endurecimento. A cigarra da figura a seguir está trocando seu exoesqueleto, observe:

Como se chama a substância que forma o exoesqueleto dos artrópodes?

Observe o antigo exoesqueleto da cigarra na folha

Além dos artrópodes, os corais também possuem um exoesqueleto. Nesses animais, ele é formado por uma forma cristalina do carbonato de cálcio, conhecida como aragonita, que vai sendo precipitada de forma contínua por eles. O exoesqueleto vai então crescendo na forma vertical, formando os grandes recifes.

Alguns moluscos também apresentam um exoesqueleto rígido em forma de concha que ajuda na proteção de seu corpo mole. Essas conchas são formadas principalmente por carbonato de cálcio, garantindo, assim, a rigidez dessa estrutura.

É importante destacar que tanto o esqueleto interno quanto o externo são fundamentais para a sobrevivência desses animais, pois permitem a sustentação do corpo, a proteção de algumas estruturas internas e, em algumas espécies, protegem contra a ação de predadores.

Agora que você já aprendeu o que é exoesqueleto, você saberia dizer outros exemplos de animais, além dos citados no texto, que possuem essa estrutura? Responda nos comentários!


Por Ma. Vanessa dos Santos

Qual é a substância que forma o exoesqueleto dos artrópodes?

Além disso, dá suporte estrutural e forma ao corpo do animal. O exoesqueleto dos artrópodes é formado por quitina, um polissacarídeo composto por monômeros de N-acetilglicosamina. Nos crustáceos, além da presença de quitina, ocorre a impregnação de carbonato de cálcio (CaCO3).

Qual a substância que torna o exoesqueleto mais resistente?

A quitina oferece proteção, suporte e sustentação ao corpo de insetos, através do exoesqueleto. No caso dos fungos, a quitina é parte constituinte da parede celular que proporciona rigidez às células. Além disso, a quitina também evita a perda de água.

O que é o exoesqueleto dos artrópodes?

Um exoesqueleto é o que chamamos de esqueleto externo, ou seja, uma estrutura que está disposta por fora do corpo do animal. Nos artrópodes, o exoesqueleto é, geralmente, espesso e rígido, sendo formado de proteína e quitina (um polissacarídeo).

Como é formado o esqueleto dos artrópodes?

Os artrópodes apresentam um esqueleto externo chamado de exoesqueleto, que é constituído por um carboidrato chamado de quitina. O exoesqueleto é muito duro e resistente e protege o corpo do animal como uma armadura.