Estou grávida posso ter relação até quantos meses de gravidez?

A gravidez traz uma série de alterações no corpo e na vida da mulher que podem afetar seu relacionamento sexual. Veja as principais dúvidas sobre sexo na gravidez.

Ainda há muitas dúvidas e preconceito em relação à prática sexual durante a gestação. Medo de ferir o feto, de iniciar um parto prematuro, de causar algum mal à gestante ou ao bebê são alguns dos receios frequentes. Além disso, algumas mulheres podem não ter vontade de fazer sexo ou ter dificuldade de encontrar uma posição confortável, o que exige paciência e criatividade do casal.

Para ajudar a esclarecer dúvidas, respondemos a algumas das perguntas mais frequentes sobre sexo na gravidez.

1. A penetração pode atingir o feto?

Não. O feto fica posicionado dentro do útero, protegido pela musculatura do órgão, por membranas e pela bolsa que contém o líquido amniótico. Não há, portanto, nenhum risco de que o pênis atinja o feto.

2. O sexo é recomendado na gravidez?

Depende. Se não houver nenhuma contraindicação e a gestante desejar a relação sexual, o sexo pode ser algo bom. “A relação sexual melhora a conexão emocional do casal, além de liberar endorfina, que melhora a sensação de bem-estar”, explicou Ana Luiza Detoni, fisioterapeuta pélvica, em entrevista a este Portal.

3. Há contraindicações?

Sim. De acordo com a ginecologista e obstetra dra. Fátima Iyetunde Oldadejo, é preciso conversar com a obstetra ou a enfermeira obstétrica para verificar se há alguma contraindicação para a prática sexual. “Os problemas mais comuns que podem restringir a atividade sexual são sangramento vaginal sem causa definida; dilatação prematura do colo uterino; placenta prévia, em que a placenta recobre parcial ou totalmente o colo do útero; ou histórico de parto prematuro.”

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4. É normal querer transar mais durante a gravidez? E menos?

Com as alterações hormonais, físicas e emocionais que a gravidez traz, é comum que a mulher sinta modificações na libido. Isso significa que a gestante pode ter mais ou menos desejo sexual nesse período, e ambas as situações são normais. Além disso, o desejo também pode variar conforme a gravidez avança. É importante estabelecer uma boa relação e conversar francamente com o parceiro ou parceira.

5. O orgasmo pode desencadear contrações?

Sim. De acordo com a dra. Fátima, o orgasmo, com ou sem penetração, libera ocitocina, hormônio que atua nas contrações uterinas. Além disso, o esperma contém prostaglandinas, substâncias que podem desencadear contrações. “Se a gravidez estiver transcorrendo bem, essas contrações são bem toleradas e não provocam o início do parto”, explicou a médica.

6. Existe uma posição mais adequada para a penetração?

A melhor posição é aquela em que a gestante se sente mais confortável. “O uso de lubrificante e a adoção de postura em que a mulher consiga controlar melhor a profundidade da penetração ou que ela consiga apoiar a barriga, como de lado, por exemplo, são boas dicas. Além disso, também é possível experimentar outras formas de relação sexual que não incluam a penetração”, afirmou Ana Luiza.

7. Quais os cuidados recomendados para a prática sexual durante a gestação?

A primeira recomendação é fazer uma avaliação com o obstetra para verificar se há alguma contraindicação para a atividade sexual. Se não houver, é importante conversar com o parceiro para buscar uma posição que seja confortável.

A vontade da gestante deve ser levada em conta sempre. Caso ela não se sinta à vontade ou com desejo para manter relações sexuais, isso deve ser respeitado. “Se o parceiro praticar sexo com outras pessoas, é essencial usar preservativo para evitar infecções sexualmente transmissíveis, que podem ser graves tanto para a gestante quanto para o feto”, disse a dra. Fátima.

Na gestação também aumenta o risco de infecções urinárias, então uma boa dica é urinar depois da relação, para limpar a uretra.

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Categorias: Dúvidas, Gestantes
Data: 10/09/2014   27679 Views

A sexualidade é uma parte fundamental da vida de todos nós. Contudo, quando a mulher engravida, surgem dúvidas e inseguranças quanto ao prosseguimento normal da sua vida sexual. Muitas mulheres interrompem a vida sexual durante a gravidez, em especial quando a barriga começa a crescer. Será que isso é mesmo necessário? Ou seria muito melhor continuar a ter as relações? Há algum momento em que é recomendável não ter relações sexuais?

É necessário abstinência sexual?

Se a gravidez se desenvolve naturalmente, você e seu parceiro podem continuar mantendo uma vida sexual sem problemas. Não há nenhum motivo fisiológico que impeça o sexo durante a gravidez ou prejudique o feto. A única recomendação seria procurar posições que sejam mais cômodas para você e que não pressionem a barriga quando ela aumentar de volume.

Mas, não só as relações sexuais podem acontecer durante a gravidez, como – devido ao alto nível de hormônios sexuais que existem – muitas mulheres têm aumento do seu desejo durante a gravidez e o aproveitam de um modo muito especial.

A vida sexual pode sofrer alterações?

É natural que a sua vida sexual sofra algumas alterações durante a gravidez. Algumas mulheres, quando grávidas, sentem-se mais sensuais, mais interessantes e também com uma maior vontade de fazer amor, já que não se têm que preocupar com a contracepção.

Outras, com as mudanças no seu corpo, sentem-se menos atraentes e, em consequência, com menos interesse por esta vertente da sua vida. Outras, ainda, estão muito cansadas ou enjoadas, especialmente no primeiro e terceiro trimestres.

No segundo trimestre de gestação, os habituais desconfortos como os vômitos, náuseas e fadiga tornam-se menos acentuados ou chegam mesmos a desaparecer, assim a mulher tende a aumentar o seu interesse nas relações sexuais. Por outro lado, diante da gravidez, alguns homens sentem um maior desejo sexual pelas suas companheiras, em particular durante o primeiro trimestre.

Outros, contudo, não sentem qualquer desejo pela mulher grávida, quer porque têm medo de “machucar” o bebê, quer porque deixam de considerar a sua companheira como alguém sexy, uma vez que o volume dos seios e todo o seu peso aumenta, a cintura desaparece e o abdôme cresce, ou ainda porque consideram que o sexo é apenas o meio para atingir o objetivo da procriação e não há razão para continuar a ter relações sexuais.

Resumindo, é importante notar que cada caso é um caso, pois cada pessoa vive a sua sexualidade de forma diferente. Não existem padrões de comportamento certos ou errados.

Há algum momento em que é recomendável não ter relações sexuais?

Existem situações em que, clinicamente, não é recomendável a prática de relações sexuais, tais como quando há ameaça de aborto espontâneo, placenta prévia, hemorragias vaginais, incompetência istmo-cervical, ou doenças sexualmente transmissíveis.

Se em gestações anteriores a paciente teve filhos que nasceram prematuramente, ou seja, antes do tempo certo, o médico poderá desaconselhar que mantenha relações sexuais pois o esperma possui prostaglandinas que podem estimular as contrações uterinas. Se existe algum problema, será o seu obstetra quem deve desaconselhar a prática das relações sexuais, é sempre conveniente e desejável que a grávida consulte o médico sobre este assunto.

Além disso, sexo não se restringe apenas à penetração. Há outras práticas que podem ser muito prazerosas, como o sexo oral ou a masturbação mútua. E vale lembrar: quem vive bem com a sexualidade durante a gravidez só tem a ganhar!

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