Explique a relação entre a temperatura e a umidade de um ambiente e a profundidade de seus solos

Além dos fatores climáticos, aqueles responsáveis por moldar e modificar as condições climáticas e meteorológicas de um determinado local, há também os elementos climáticos, que são aqueles que atuam na atmosfera e que são direta e indiretamente modificados pelos fatores de influência. Os elementos climáticos possuem seu próprio funcionamento e interferem-se mutuamente. São eles: pressão atmosférica, temperatura, radiação solar e umidade.

Pressão Atmosférica

A pressão atmosférica representa a pressão que o ar exerce sobre nós, embora não necessariamente percebamos a sua atuação. Isso ocorre, principalmente, pela força da gravidade sobre as moléculas de ar, um evento atmosférico tão importante que gera influências sobre o clima.

Com isso, nas áreas onde a gravidade atua de forma mais incisiva, ou seja, nas menores altitudes, a pressão atmosférica é maior. Já nas áreas mais altas, o ar é mais rarefeito. Em áreas mais quentes, o ar também fica mais disperso e a pressão diminui. Por isso, os polos apresentam pressão atmosférica geralmente maior, e as zonas equatoriais quase sempre apresentam valores menores.

O principal efeito da pressão atmosférica é a alteração da circulação do ar. Geralmente, os ventos – e as massas de ar – movimentam-se das áreas de maior para as áreas de menor pressão. Em alguns casos, a alteração nessa dinâmica modifica, por exemplo, o regime de chuvas de uma dada região, pois os ventos carregados de umidade deslocam-se a partir dessa lógica. Um exemplo é o clima de monções, que atinge sobremaneira algumas regiões do sul da Ásia, notadamente a Índia.

O aparelho utilizado para medir a pressão atmosférica chama-se barômetro, e o valor é expresso em milibares (mb).

Temperatura

A temperatura é um dos mais importantes fatores climáticos, pois é um dos que mais facilmente são percebidos pelas pessoas. Ela é influenciada por praticamente todos os elementos e fatores climáticos, incluindo a umidade, a radiação solar, a latitude, as massas de ar e muitos outros agentes atmosféricos.

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Algumas áreas localizadas em altitudes elevadas, por exemplo, costumam ser mais frias, pois possuem menos contato com o calor absorvido e refletido pela superfície terrestre, além da menor pressão atmosférica. Áreas de latitudes próximas aos polos, por receberem menos raios solares, também costumam ser mais frias, enquanto zonas equatoriais costumam ser mais quentes.

Radiação solar

A radiação solar representa o efeito dos raios solares sobre a superfície terrestre. As áreas da Terra que recebem esses raios com maior intensidade (Linha do Equador) costumam ter temperaturas médias maiores, enquanto as áreas que recebem menos esses raios costumam ser mais frias, salvo quando há interferência de outros fatores. Em virtude das diferenças no recebimento da radiação solar, existem diferentes zonas térmicas da Terra, que variam conforme a latitude.

Mas vale lembrar que não são os raios solares em si que alteram as temperaturas e o clima, mas a radiação infravermelha absorvida e refletida pela superfície, mantendo aquecido o ambiente próximo. Além disso, essa radiação pode ser refletida de volta à superfície pela atmosfera, caracterizando aquilo que se chama de efeito estufa.

Umidade

A umidade representa a quantidade de água em forma de vapor presente na atmosfera. Em geral, quanto mais úmida está uma determinada localidade, menores são as variações de temperatura, pois a água possui a propriedade de receber e armazenar o calor por ela recebido. Nas áreas mais quentes, a umidade tende a ser maior, já nas áreas mais frias, menor, pois quanto mais o ar está aquecido, maior é a sua capacidade de absorver água.

A umidade atmosférica é um importante elemento atmosférico que compõe o clima. Ela é determinada por alguns fatores climáticos e regula alguns outros, a exemplo das variações de temperatura. Simplificadamente, a umidade do ar é a quantidade de água presente na atmosfera em forma de vapor, ou seja, o quanto o ar que respiramos está úmido, o que interfere não só no clima, mas também em nossa saúde.

É preciso, porém, estabelecer uma diferença entre umidade atmosférica e umidade relativa do ar. A primeira, também chamada de umidade absoluta, é a quantidade total de vapor de água presente na atmosfera. Já a umidade relativa do ar é a quantidade de vapor de água existente até o seu ponto de saturação, ou seja, até a quantidade máxima possível de presença de água no ar antes que ela se precipite.

A umidade absoluta do ar máxima é de 4%, pois, a partir disso, as gotículas de água entram em ponto de orvalho e passam para o estado líquido em virtude de sua saturação. Portanto, com 4% de umidade absoluta, temos 100% de umidade relativa. Consequentemente, se falamos que a umidade relativa do ar está em 25%, significa dizer que a umidade absoluta está em 1%.

A presença da umidade na atmosfera é diretamente sentida pelas pessoas. Quando o ar está muito seco, ou seja, quando a umidade relativa do ar está muito baixa, há uma série de desconfortos, como o ressecamento das vias nasais (o que, em alguns casos, pode gerar sangramento) e a perda excessiva de líquido por meio da transpiração. Já quando a umidade relativa do ar está muito elevada, embora isso não cause problemas à saúde, há um desconforto em relação à sensação de calor “abafado”, muito porque o nosso suor não evapora, acumulando-se sobre a nossa pele.

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No clima, as variações de umidade interferem, principalmente, nas temperaturas, ou melhor, nas suas variações durante o dia. Em locais com maior umidade, a amplitude térmica (a diferença entre a maior e a menor temperatura) costuma ser menor, isto é, as médias térmicas costumam ser mais constantes. Já em locais com menor umidade, as temperaturas variam mais, ficando muito quente nas horas de maior insolação e mais frio durante a noite, pois a água conserva por mais tempo as temperaturas.

De acordo com o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura, da Universidade de Campinas (Unicamp), existem alguns níveis de cuidados com relação às diferenças de umidade relativa do ar:

Entre 20% e 30%: Estado de Atenção. Nesse caso, recomenda-se evitar exercícios e caminhadas nas horas mais quentes do dia e com maior insolação, geralmente entre as 11h e 15h no horário convencional.

Entre 12 e 20%: Estado de Alerta. Quando a umidade relativa alcança esses níveis, o tempo de proibição dos exercícios ao ar livre aumenta, indo das 10h às 16h. Também é preciso buscar sempre a hidratação e procurar umidificar o ar.

Abaixo de 12%: Estado de emergência. Além de todas as medidas anteriores, é necessário evitar exercícios físicos durante o dia e procurar sempre se manter hidratado com água, umidificadores e panos úmidos sobre o rosto e as narinas, evitando a irritação das vias nasais.

Qual a relação entre umidade e profundidade do solo?

A temperatura influencia a umidade, fazendo assim chover, que influencia na profundidade do solos.

Qual a relação entre umidade e temperatura?

Assim, quanto maior for a umidade do ar, menor será a amplitude térmica. Por outro lado, quando menor for a umidade do ar, maior será a amplitude térmica. Isso porque dependendo da umidade do ar a variação de temperatura será maior ou menor.

Qual é a relação entre o clima temperatura e precipitação e a formação dos solos?

O clima é o fator que mais influencia o intemperismo, principalmente a precipitação pluviométrica (chuvas) e as variações de temperatura. São elas as principais responsáveis pela natureza e velocidade das reações químicas que ocorrem na formação do solo.

Qual é a relação entre o clima e a formação do solo?

Se o clima for mais seco e frio, maior será o acúmulo de húmus no solo. Assim, em regiões de clima quente, as condições são favoráveis para o aumento da atividade microbiana, resultando, geralmente, em um solo pobre em matéria orgânica (SALOMÃO e ANTUNES, 1998 e LEPSCH, 2002).