Na ovulação rompe-se a parede do ovário e o ovócito é liberado na trompa de falópio

O sistema reprodutor feminino tem por função produzir ovócitos, criar condições favoráveis à fecundação e, quando esta ocorre, manter e proteger o embrião. Para exercer estas funções recebe a influência de hormônios produzidos principalmente pela hipófise, secretando seus próprios hormônios.


É constituído pela:
- Genitália interna: tubas uterinas (trompas de Falópio), ovários, útero e vagina;
- Genitália externa ou vulva: monte de Vênus, grandes e pequenos lábios, espaço interlabial ou fenda vulvar, clitóris e glândulas acessórias.

Tubas uterinas são dois ductos que unem o ovário ao útero. Exercem importante papel no processo de reprodução, pois são encarregados de captar os óvócitos liberados pelo ovário no momento da ovulação, encaminhá-los em direção ao ponto de encontro com os espermatozóides e fornecer proteção e material nutritivo aos gametas, durante sua permanência em seu interior. As tubas são divididas em quatro porções: infundíbulo, ampola, istmo e porção uterina. Próximo ao ovário está o infundíbulo, que se abre em uma cavidade chamada óstio abdominal, que possui muitas fímbrias, que estão presas ao ovário. Estas fímbrias movimentam-se, carregando o ovócitoulo pelo interior da tuba uterina, com o auxílio das células ciliadas presentes na região e também de contrações musculares da parede. É na porção denominada ampola que ocorre normalmente a fecundação. Finalmente é ainda na trompa que o ovócito após a fecundação, passa seus primeiros dias de desenvolvimento, enquanto caminha em direção ao útero, onde se implantará.

Os ovários são glândulas, em forma de amêndoa, localizadas de cada lado do útero que produzem ovócitos (gametas femininos). Quando liberado na ovulação, o ovócito secundário passa por uma das tubas uterinas. Essas tubas se abrem no útero, que protege e nutre o embrião e o feto até o nascimento. Os ovários produzem estrógeno e progesterona, os hormônios responsáveis pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias e pela regulação da gestação.

O útero é um ógão muscular em forma de pera invertida, é oco e possui parede espessa (miométrio). É revestido internamente por um tecido vascularizado rico em glândulas - o endométrio que tem uma participação muito importante durante a ovulação. Todo mês ele se torna mais espesso para receber o óvulo fertilizado. Caso não ocorra a fertilização, o endométrio que se desenvolveu é eliminado através da menstruação. O útero está situado na cavidade pélvica, atrás da bexiga urinária e anteriormente ao reto. Consiste em duas grandes porções: corpo (dois terços superiores dilatados) e o colo (terço inferior cilíndrico) que se abre na vagina. O fundo é a porção superior e arredondada do corpo do útero que está na parte superior aos orifícios da tuba uterina.

A vagina é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do útero aos genitais externos. A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen.

Ovulação​​​

Todas as células que serão transformadas em gametas já se encontram presentes nos ovários de uma menina, no final do seu desenvolvimento embrionário. Estas células, denominadas ovócitos primários, encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos de Graaf  ou folículos ovarianos. Na adolescência, sob ação dos hormônios, esses folículos ovarianos começam a crescer e se desenvolver. Os folículos em desenvolvimento secretam o hormônio estrógeno. Uma vez por mês, apenas um folículo, geralmente completa o desenvolvimento e maturação,  rompendo-se e liberando o ovócito secundário (gameta feminino). Esse fenômeno é conhecido como ovulação. Após seu rompimento, a massa celular resultante transforma-se em corpo lúteo ou amarelo, que passa a secretar os hormônios progesterona e estrógeno.  Com o passar do tempo, o corpo lúteo regride convertendo-se em corpo albicans ou corpo branco, ou seja, uma pequena cicatriz fibrosa que irá permanecer no ovário. O gameta feminino liberado na superfície de um dos ovários é recolhido por finas terminações (fímbrias) das tubas uterinas.  Caso não haja fecundação, ocorre a eliminação de grande parte da mucosa uterina, acompanhada de perda sanguinea que caracteriza o fenômeno da menstruação.

Tomo pílula há mais de um ano e nunca tive horário certo. Em geral, tomo antes de dormir, mas, quando esqueço, tomo de manhã ou, na noite seguinte, uso duas de uma só vez. Neste mês, isso aconteceu três vezes. Estou protegida?

(Carta de uma leitora para a coluna Sexo & Saúde, de Jairo Bouer, Folha de S.Paulo, Folhateen, 29.06.2009.)

Considerando que a pílula à qual a leitora se refere é composta por pequenas quantidades dos hormônios estrógeno e progesterona, pode-se dizer à leitora que

a) sim, está protegida de uma gravidez. Esses hormônios, ainda que em baixa dosagem, induzem a produção de FSH e LH e estes, por sua vez, levam à maturação dos folículos e à ovulação. Uma vez que já tenha ocorrido a ovulação, não corre mais o risco de engravidar.

b) sim, está protegida de uma gravidez. Esses hormônios, ainda que em baixa dosagem, induzem a produção de FSH e LH e estes, por sua vez, inibem a maturação dos folículos, o que impede a ovulação. Uma vez que não ovule, não corre o risco de engravidar.

c) não, não está protegida de uma gravidez. Esses hormônios, em baixa dosagem e a intervalos não regulares, mimetizam a função do FSH e LH, que deixam de ser produzidos. Desse modo, induzem a maturação dos folículos e a ovulação. Uma vez ovulando, corre o risco de engravidar.

d) não, não está protegida de uma gravidez. Esses hormônios, em baixa dosagem e a intervalos não regulares, inibem a produção de FSH e LH, os quais, se fossem produzidos, inibiriam a maturação dos folículos. Na ausência de FSH e LH, ocorre a maturação dos folículos e a ovulação. Uma vez ovulando, corre o risco de engravidar.

e) não, não está protegida de uma gravidez. Esses hormônios, em baixa dosagem e a intervalos não regulares, não inibem a produção de FSH e LH, os quais, sendo produzidos, induzem a maturação dos folículos e a ovulação. Uma vez ovulando, corre o risco de engravidar.

Onde ocorre a fecundação do óvulo?

Fecundação é o nome dado ao evento no qual ocorre a união entre o gameta masculino e o feminino: espermatozoide e ovócito secundário, respectivamente. Ele ocorre geralmente na tuba uterina, e em até trinta e seis horas após a ovulação.

Qual é o trajeto do óvulo no aparelho reprodutor feminino?

Na ovulação, o ovócito sai do ovário e segue para a tuba uterina. É na tuba uterina que geralmente ocorre a fecundação, processo em que o espermatozoide funde-se ao ovócito. Depois da fecundação, iniciam-se sucessivas divisões celulares e o desenvolvimento embrionário começa.

Qual é a função do ovário?

Os ovários são estruturas do sistema reprodutor feminino responsáveis pela produção de gametas e hormônios sexuais. O ovário é uma importante parte do sistema reprodutor feminino.

Qual região do ovócito impede a entrada de mais de um espermatozoide no momento da fecundação?

Assim que o espermatozoide consegue entrar no interior do ovócito, sua cauda e mitocôndrias são destruídas e o material genético desse gameta forma o pronúcleo masculino. Nesse momento, a membrana plasmática do ovócito sofre modificações que impedem a penetração de outros espermatozoides.