O que os autores falam sobre a música na educação infantil?

1.     Introdu��o

    � preciso preocupar-nos em rela��o � forma��o das crian�as, n�o apenas com o ensino dos conhecimentos sistematizados, mas tamb�m com o ensino de express�es, movimentos corporais e percep��o. (SILVA, 2010)

    Quando oferecemos m�sica e um ambiente sonoro em diferentes situa��es, permitimos que beb�s e crian�as iniciem, intuitivamente, seu processo de musicaliza��o. Escutando os diferentes sons de brinquedos, dos objetos, do ambiente e do pr�prio corpo, h� observa��o, descoberta e rea��es. (UNESCO, 2005)

    A m�sica est� presente em todas as culturas e pode ser utilizada como fator determinante nos desenvolvimentos motor, lingu�stico e afetivo de todos os indiv�duos. (MARTINS, 2004)

    Desde o nascimento, a crian�a tem necessidade de desenvolver o senso de ritmo, pois o mundo que a rodeia, expressa numa profus�o de ritmos evidenciados por diversos aspectos.(FERREIRA et al, 2007)

    � necess�rio contemplar e analisar que tipo de contribui��o pode ocorrer com o trabalho de musicaliza��o para beb�s, como isso pode acontecer e as influ�ncias que a mesma pode proporcionar na forma��o do desenvolvimento futuro dos seres humanos. (MARTINS, 2004)

    A musicaliza��o � um processo de constru��o do conhecimento, que tem como objetivo despertar e desenvolver o gosto musical, favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, senso r�tmico, do prazer de ouvir m�sica, da imagina��o, mem�ria, concentra��o, aten��o, autodisciplina, do respeito ao pr�ximo, da socializa��o e afetividade, tamb�m contribuindo para uma efetiva consci�ncia corporal e de movimenta��o. (BR�SCIA, 2003)

    As atividades de musicaliza��o permitem que a crian�a conhe�a melhor a si mesma, desenvolvendo sua no��o de esquema corporal, e tamb�m permitem a comunica��o com o outro.(CHIARELLI; BARRETO, 2005)

    Devemos lembrar que o gesto e o movimento corporal est�o conectados � m�sica, porque o som � tamb�m gesto e movimento vibrat�rio, e o corpo traduz os diferentes sons que percebe atrav�s dos movimentos.

    Os diferentes aspectos que a envolvem, al�m de promoverem comunica��o social e integra��o, tornam a linguagem musical uma importante forma de express�o humana e, por isso, deve ser parte do contexto educacional, principalmente na educa��o infantil. (UNESCO, 2005)

    � uma linguagem cujo conhecimento se constr�i e n�o um produto pronto e acabado. Ent�o a musicaliza��o na escola � essencial. Traz alegria, descontra��o, entusiasmo, tudo o que se precisa para o trabalho escolar. (LIMA, 2010)

    Atrav�s dessas premissas formaram-se os seguintes questionamentos: Como a m�sica pode auxiliar no aprendizado das crian�as? Qual tipo de m�sica ter� um melhor aproveitamento para a melhora do aprendizado?

    Para responder a tais questionamentos, o presente estudo, que teve como metodologia a pesquisa bibliogr�fica, buscou como objetivo esclarecer estas d�vidas sobre o uso da m�sica na educa��o infantil.

    Foi poss�vel atrav�s de este estudo observar a expressividade da m�sica na educa��o infantil. Como ela pode auxiliar, atraindo a aten��o do aluno e ajudando a desenvolver capacidades.

2.     A m�sica

    A m�sica � algo que est� sempre associada � cultura e �s tradi��es de um povo e de sua �poca. (SOUSA E VIVALDO, 2010). M�sica e dan�a, juntos, s�o atividades existentes desde os tempos primitivos; suas hist�rias habitualmente aparecem associadas de tal forma, que podemos dizer: a dan�a � irm� da m�sica.

    � vista por muitos como a primeira das artes, tanto no que se refere � hist�ria humana quanto � sua import�ncia na vida de todos n�s. Para as civiliza��es primitivas, os sons tinham significado, o qual tamb�m estava presente em seus primitivos instrumentos. J� para n�s, ela � reconfortante e, muitas vezes, auxilia o nosso equil�brio emociona. Talvez isso aconte�a porque a m�sica nos remete ao primeiro e mais importante som da vida: as batidas do cora��o de nossa m�e. O som uterino est� gravado no inconsciente e simboliza prote��o, aconchego e tranquilidade.

    A m�sica est� presente em diversas situa��es e com diferentes objetivos, pois h� composi��es usadas para ninar, para dan�ar. Os pa�ses t�m seus hinos, assim como as escolas e os times de futebol. Existem m�sicas t�picas regionais. Inclusive, vemos hoje, em diversas maternidades, som ambiental nas salas de parto. (UNESCO, 2005).

    �A m�sica � linguagem universal, mas com muitos dialetos, que variam de cultura para cultura, envolvendo a maneira de tocar, de cantar, de organizar os sons e de definir as notas b�sicas e seus intervalos.� (JEANDOT, 1997).

    Segundo Br�scia (2003), a m�sica � uma linguagem universal, tendo participado da hist�ria da humanidade desde as primeiras civiliza��es. Conforme dados antropol�gicos, as primeiras m�sicas seriam usadas em rituais, como: nascimento, casamento, morte, recupera��o de doen�as e fertilidade. Com o desenvolvimento das sociedades, a m�sica tamb�m passou a ser utilizada em louvor a l�deres, como a executada nas prociss�es reais do antigo Egito e na Sum�ria.

    A m�sica � a sucess�o de sons e sil�ncio organizada ao longo do tempo. O ritmo, a melodia, o timbre e a harmonia, elementos constituintes da m�sica, s�o capazes de afetar todo o organismo humano, de forma f�sica e psicol�gica. Atrav�s de tais elementos o receptor da m�sica responde tanto afetiva quanto corporalmente. (FERREIRA, 2005).

    Sobre o ritmo, Le Bouch (1994) o define como sendo a organiza��o ou estrutura��o dos fen�menos temporais, sendo eles peri�dicos ou n�o. Todo ser humano � dotado de ritmo, que se manifesta antes mesmo do nascimento, atrav�s dos batimentos card�acos, depois pela respira��o e pela fala e que est� presente tamb�m nas formas b�sicas de locomo��o. Por isso, o ritmo � considerado o elemento da m�sica que est� mais associado ao movimento, �s a��es motr�cias do Homem.

    � o ritmo externo ao Homem que coloca em jogo, mais do que tudo, o movimento corporal e poss�veis modifica��es fisiol�gicas. Autores e pesquisadores que conceituaram o ritmo admitem a dificuldade de situ�-lo como algo concreto e a impossibilidade de defini-lo e de avali�-lo de forma objetiva. Poder�amos considerar que o ritmo � um fen�meno que existe de fato (TIBEAU, 2006).

    Hanebuth (1968) argumentou que o ritmo constitui a coordena��o motora e a integra��o funcional de todas as for�as estruturadoras, tanto corporais como ps�quicas e espirituais.

    Entender o ritmo como algo interno e que pode ser alterado a partir de est�mulos externos, advindos do meio ambiente, � consider�-lo como impulsionador de processos ps�quicos, afetivos e emocionais.

    O ritmo est� presente em todas as manifesta��es da motricidade humana, � universal e o percebemos em todos os movimentos da vida. (TIBEAU, 2006).

    Zampronha (2002) considera que o ritmo possibilita ao indiv�duo tomar consci�ncia de seu corpo.

    Compartilhando com as ideias de Trebels (2003), movimento � deslocamento de posi��o no tempo e no espa�o.

    A correla��o entre movimento e ritmo, citada por Camargo (1994) � que: "O movimento, com todas as suas implica��es f�sicas, emocionais e mentais, � um fen�meno dotado de organiza��o, que se evidencia no espa�o, no tempo e sob determinado ritmo.�

    Assim, ritmo e movimento humano se desenvolvem simultaneamente no tempo e no espa�o, confirmando a considera��o de que o ritmo � movimento, que o movimento � ritmo e que ambos est�o ligados � percep��o temporal, espacial e proprioceptiva. (TIBEAU, 2006)

    No entender de Fonseca (1996) o ritmo e a m�sica, assim como o movimento, devem ser vistos de dentro para fora, na medida em que n�o h� movimento, m�sica e ritmo para as pessoas, mas sim pessoas que se movem, que vivem e sentem a m�sica e o movimento.

3.     Os efeitos da musica sobre o homem e como ela pode auxiliar no desenvolvimento infantil

    A linguagem musical est� presente na vida dos seres humanos e h� muito tempo faz parte da educa��o de crian�as e adultos. Desde o nascimento, a crian�a tem necessidade de desenvolver o senso de ritmo, pois o mundo que a rodeia, expressa numa profus�o de ritmos evidenciados por diversos aspectos: no rel�gio, no andar das pessoas, no voo dos p�ssaros, nos pingos de chuva, nas batidas do cora��o, numa banda, num motor, no piscar de olhos e at� mesmo na voz das pessoas mais pr�ximas.

    � necess�rio contemplar e analisar que tipo de contribui��o pode ocorrer com o trabalho de musicaliza��o para beb�s, como isso pode acontecer e as influ�ncias que a mesma pode proporcionar na forma��o do desenvolvimento futuro dos seres humanos. Pesquisas em diversas �reas do conhecimento enfocam a contribui��o da m�sica no desenvolvimento infantil, procurando conhecer e analisar as a��es e rea��es dos beb�s ainda na gesta��o, logo ap�s o nascimento e no per�odo sens�rio-motor. (FERREIRA et al, 2007)

    Ouvir, cantar e dan�ar, � atividade presente na vida de quase todos os seres humanos, ainda que seja e diferentes maneiras.(BRITO, 2003) As crian�as mesmo ainda antes do nascimento s�o envolvidas com o universo sonoro, pois na fase intrauterina os bebes convivem com um ambiente de sons provocados pelo corpo, movimentos e pela voz da m�e, constituindo assim um material sonoro para eles. (WANDERLEY, 2010)

    Segundo Sekeff (2007) �a m�sica � um poderoso agente de estimula��o motora, sensorial, emocional e intelectual�.

    Alguns dias ap�s o nascimento, as c�licas come�am a surgir e a m�sica de ninar parece beneficiar e ajudar a diminuir as c�licas infantis, proporcionando tranquilidade para o beb� e os pais ou respons�veis por esta vida ainda t�o indefesa. (MARTINS, 2004)

    Tanto Ilari (2003) como Beyer (1988) referem-se a diversos trabalhos que notificaram que beb�s expostos � m�sica durante a gravidez exibem mudan�as nos batimentos card�acos e nos movimentos corporais quando ouvem a mesma m�sica ap�s o nascimento, o que indica que eles a reconhecem.

    Estudos confirmam que o desenvolvimento auditivo nos seres humanos � o �nico que come�a a funcionar na 25� semana da gesta��o, sendo que na 32� semana o sistema auditivo estar� completo, enquanto que, os outros �rg�os sensitivos ainda se encontram em desenvolvimento. (ILARI, 2002)

    Ao longo dos primeiros anos de vida, o beb� apresenta um ritmo de desenvolvimento muito acelerado (PAPALIA, OLDS, FELDMAN, 2006), sendo os ganhos desenvolvimentais potencializados em fun��o da maior plasticidade cerebral e aumento das redes neurais (GABBARD, 1998). Os principais movimentos que o indiv�duo apresenta nessa fase s�o os movimentos reflexos, as estereotipias e os movimentos volunt�rios (GALLAHUE, OZMUN, 2005; HAYWOOD, GETCHELL, 2004; PAYNE, ISAACS, 2007).

    Os movimentos reflexos s�o respostas f�sicas autom�ticas desencadeadas involuntariamente por um est�mulo espec�fico. (BEE, 2003). Outra categoria de movimento observada nos beb�s s�o as estereotipias, que s�o movimentos r�tmicos, padronizados, relativamente invari�veis e submetidos a um controle central. Esses movimentos s�o considerados ben�ficos para o desenvolvimento posterior, acredita-se que eles componham uma fase de transi��o entre a atividade reflexa e volunt�ria (PAYNE, ISAACS, 2007).

    Os beb�s apresentam rea��es e prefer�ncias, e est�o prontos para aprender muito mais do que se costumava pensar (BEYER, 1988). Este aspecto vem sendo discutido com a preocupa��o em melhorar a qualidade da educa��o musical e aproveitar os meios de trabalhar-se com eles, j� que os beb�s s�o receptivos e seu potencial de aprendizado vai al�m da concep��o do educador. (MARTINS, 2004)

    Muitas quest�es ainda se apresentam como desconhecidas no que tange � percep��o cognitiva musical dos beb�s, mas estudos (BEYER, 1988, 2000; ILARI, 2003), demonstram que a m�sica no primeiro ano de vida influencia consideravelmente no desenvolvimento futuro da crian�a, podendo ser utilizada como meio auxiliar no desenvolvimento das habilidades motora, oral, social, emocional e uma melhor percep��o auditiva.

    Brito (2003) afirma que �o processo de musicaliza��o dos beb�s e crian�as come�am espontaneamente, de forma intuitiva, por meio do contato com toda a variedade de sons do cotidiano, incluindo a� a presen�a da m�sica�.

    De acordo com Gainza (1988):

    Cada um dos aspectos ou elementos da m�sica corresponde a um aspecto humano espec�fico, ao qual mobiliza com exclusividade ou mais intensamente: o ritmo musical induz ao movimento corporal, a melodia estimula a afetividade; a ordem ou a estrutura musical (na harmonia ou na forma musical) contribui ativamente para a afirma��o ou para a restaura��o da ordem mental no homem.

    Para Jeandot (1997) o som prende a aten��o das crian�as e o contato com o objeto viabiliza a intera��o com o mundo sonoro, pois o objeto produz sons e desperta � crian�a para atitudes de gestos variados. Como recurso auditivo a m�sica est� presente desde o nascimento da crian�a e estar� contribuindo no seu desenvolvimento e compreens�o do mundo.

    A m�sica no dia a dia das crian�as vem atendendo a diversos prop�sitos como suporte para a forma��o de h�bitos, atitudes, disciplina, condicionamento da rotina, comemora��es de datas diversas etc. Assim o emprego de diferentes tipos de m�sica � uma quest�o vinculada a cada situa��o, mas muitas vezes e sempre acompanhadas de gestos e movimentos que pela repeti��o se torna mec�nicos e estereotipadas. (G�ES, 2009)

    O Desenvolvimento Motor, especificamente, consiste nas mudan�as no comportamento motor ao longo da vida, progredindo de movimentos simples at� a realiza��o de tarefas motoras altamente especializadas (GALLAHUE, OZMUN, 2005).

    As atividades com m�sica s�o um meio de express�o e de conhecimento acess�vel aos beb�s e �s crian�as, inclusive �quelas que apresentam necessidades especiais. A linguagem musical � um dos canais que desenvolve a express�o, o autoconhecimento e o equil�brio, sendo poderoso meio de intera��o social. (UNESCO, 2005)

    A m�sica tem sua contribui��o para o desenvolvimento cognitivo e motor despertando a criatividade. Cada crian�a ao escutar uma melodia, interpreta-a de forma �nica e pessoal. Al�m da forma de internaliza��o, inversamente, a m�sica fornece, tamb�m subsidio para externalizar sentimentos.

    As diferentes situa��es contidas nas brincadeiras que envolvam m�sica fazem a crian�a crescer atrav�s da procura de solu��es e de alternativas. O desempenho psicomotor da crian�a enquanto brinca alcan�a n�veis que s� mesmo com a motiva��o ela consegue. Ao mesmo tempo favorece a concentra��o, a aten��o, o engajamento e a imagina��o. Como consequ�ncia a crian�a fica mais calma relaxada e aprende a pensar, estimulando sua intelig�ncia. (G�ES, 2009)

    Atrav�s da m�sica o ser humano consegue uma forma de expressar-se sentimentalmente, traz consigo a possibilidade de exteriorizar as alegrias, as tristezas e as emo��es mais profundas, emergindo emo��es e sentimentos que as palavras s�o muitas vezes incapazes de evocar. (LIMA, 2010)

    Beyer (1988); Feres (1998) e Ilari (2002) consideram a m�sica importante no primeiro ano de vida, como colaboradora no desenvolvimento musical propriamente dito, mas tamb�m no desenvolvimento cognitivo, nas habilidades motoras, lingu�sticas e na percep��o auditiva.

    Sendo assim a m�sica deve ser considerada uma verdadeira �linguagem de express�o�, parte integrante da forma��o global da crian�a influenciando no desenvolvimento dos processos de aquisi��o do conhecimento, sensibilidade, sociabilidade e criatividade.

    A m�sica no dia a dia das crian�as vem atendendo a diversos prop�sitos como suporte para a forma��o de h�bitos, atitudes, disciplina, condicionamento da rotina, comemora��es de datas diversas etc. Assim o emprego de diferentes tipos de m�sica � uma quest�o vinculada a cada situa��o, mas muitas vezes e sempre acompanhadas de gestos e movimentos que pela repeti��o se torna mec�nicos e estereotipadas. (G�ES, 2009)

    In�meras pesquisas, desenvolvidas em diferentes pa�ses e em diferentes �pocas, particularmente nas d�cadas finais do s�culo XX, confirmam que a influ�ncia da m�sica no desenvolvimento da crian�a � incontest�vel. Algumas delas demonstraram que o beb�, ainda no �tero materno, desenvolve rea��es a est�mulos sonoros. (NOGUEIRA, 2003)

    Schlaug, da Escola de Medicina de Harvard (EUA), e Gaser, da Universidade de Jena (Alemanha), revelaram que, ao comparar c�rebros de m�sicos e n�o m�sicos, os do primeiro grupo apresentavam maior quantidade de massa cinzenta, particularmente nas regi�es respons�veis pela audi��o, vis�o e controle motor. SHARON (2000). Segundo esses autores, tocar um instrumento exige muito da audi��o e da motricidade fina das pessoas. O que estes autores perceberam, � que a pr�tica musical faz com que o c�rebro funcione �em rede�. Al�m disso, os instrumentistas apresentam muito mais coordena��o na m�o n�o dominante do que pessoas comuns.

    Ap�s analisar as grava��es em v�deo no projeto que Beyer (1988) desenvolve com beb�s na cidade de Porto Alegre, foram observados importantes progressos no desenvolvimento geral das crian�as, sendo que as mesmas informa��es tamb�m foram relatadas pelas m�es. Segundo as m�es, a m�sica tem contribu�do para o desenvolvimento de v�rias habilidades das crian�as como a linguagem, a psicomotricidade, a percep��o auditiva, a sociabilidade, al�m de acalm�-las e fazer as crian�as mais felizes.

    Quando os beb�s participantes do projeto foram expostos a m�sicas conhecidas, foi poss�vel perceber rea��es diversas no decorrer das observa��es, como sorrir, sacudir e levar � boca os instrumentos musicais, explorando-os. Alguns deles reagiram movimentando o corpo, ora sacudindo, ora balan�ando; outros balbuciando sons, experimentando-os com o pr�prio corpo (MARTINS, 2004)

    Com as crian�as em idade pr�-escolar conv�m enfatizar a libera��o do instinto r�tmico, principalmente por meio da express�o corporal de uma forma criativa e espont�nea e da utiliza��o de exerc�cios r�tmicos, com acompanhamento do ritmo de can��es. (FERREIRA et al, 2007)

    J� Gainza (1988) ressalta que: �A m�sica e o som, enquanto energia, estimulam o movimento interno e externo no homem�.

    O ser humano tem v�rias maneiras de responder aos est�mulos do meio ambiente, e o movimento � uma delas. Segundo Ferraz (1987 apud FERREIRA et al, 2007, p. 12) �Utilizamos nosso universo interior perceptivo e cognitivo � ideol�gico a fim de que se processe a leitura atrav�s do di�logo entre n�s e o objeto lido�. O corpo expressa sensa��es, emo��es, sentimentos e pensamentos. A linguagem corporal afirma o conceito do ser humano expressando a si mesmo, ele � seu pr�prio instrumento. A linguagem do corpo conscientiza-se na dan�a, na m�mica, na gin�stica, nas dramatiza��es, nos jogos e na express�o teatral. A dan�a � a express�o corporal da poesia latente em todo ser humano.

4.     A influ�ncia do desenvolvimento f�sico aliado a m�sica e o que mais desperta o interesse da crian�a na m�sica para melhora do aprendizado infantil

    Para Br�scia (2003) a musicaliza��o � um processo de constru��o do conhecimento, que tem como objetivo despertar e desenvolver o gosto musical, favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, senso r�tmico, do prazer de ouvir m�sica, da imagina��o, mem�ria, concentra��o, aten��o, autodisciplina, do respeito ao pr�ximo, da socializa��o e afetividade, tamb�m contribuindo para uma efetiva consci�ncia corporal e de movimenta��o.

    As atividades de musicaliza��o permitem que a crian�a conhe�a melhor a si mesma, desenvolvendo sua no��o de esquema corporal, e tamb�m permitem a comunica��o com o outro. Weigel (1988) e Barreto (2000) afirmam que atividades podem contribuir de maneira indel�vel como refor�o no desenvolvimento cognitivo/ lingu�stico, psicomotor e s�cio-afetivo da crian�a, da seguinte forma:

  • Desenvolvimento cognitivo/ lingu�stico:

a fonte de conhecimento da crian�a s�o as situa��es que ela tem oportunidade de experimentar em seu dia a dia. Nesse sentido, as experi�ncias r�tmico musicais que permitem uma participa��o ativa favorecem o desenvolvimento dos sentidos das crian�as. Ao trabalhar com os sons ela desenvolve sua acuidade auditiva; ao acompanhar gestos ou dan�ar ela est� trabalhando a coordena��o motora e a aten��o; ao cantar ou imitar sons ela esta descobrindo suas capacidades e estabelecendo rela��es com o ambiente em que vive.
  • Desenvolvimento psicomotor:

  • as atividades musicais oferecem in�meras oportunidades para que a crian�a aprimore sua habilidade motora, aprenda a controlar seus m�sculos e mova-se com desenvoltura. O ritmo tem um papel importante na forma��o e equil�brio do sistema nervoso. Isto porque toda express�o musical ativa age sobre a mente, favorecendo a descarga emocional, a rea��o motora e aliviando as tens�es. Atividades como cantar fazendo gestos, dan�ar, bater palmas, p�s, s�o experi�ncias importantes para a crian�a, pois elas permitem que se desenvolva o senso r�tmico, a coordena��o motora, fatores importantes tamb�m para o processo de aquisi��o da leitura e da escrita.
  • Desenvolvimento s�cio-afetivo:

  • a crian�a aos poucos vai formando sua identidade, percebendo-se diferente dos outros e ao mesmo tempo buscando integrar-se com os outros. Atrav�s do desenvolvimento da autoestima ela aprende a se aceitar como �, com suas capacidades e limita��es. As atividades musicais coletivas favorecem o desenvolvimento da socializa��o, estimulando a compreens�o, a participa��o e a coopera��o. Dessa forma a crian�a vai desenvolvendo o conceito de grupo. Al�m disso, ao expressar-se musicalmente em atividades que lhe deem prazer, ela demonstra seus sentimentos, libera suas emo��es, desenvolvendo um sentimento de seguran�a e auto-realiza��o. (CHIARELLI; BARRETO, 2005)

        Br�scia (2003) ressalta que os jogos musicais podem ser de tr�s tipos, correspondentes �s fases do desenvolvimento infantil:

    • Sens�rio-Motor

    : S�o atividades que relacionam o som e o gesto. A crian�a pode fazer gestos para produzir sons e expressar-se corporalmente para representar o que ouve ou canta.
  • Simb�lico

  • : Aqui se busca representar o significado da m�sica, o sentimento, a express�o. O som tem fun��o de ilustra��o, de sonoplastia.
  • Anal�tico ou de Regras:

  • S�o jogos que envolvem a estrutura da m�sica, onde s�o necess�rias a socializa��o e organiza��o. Ela precisa escutar a si mesma e aos outros, esperando sua vez de cantar ou tocar. (CHIARELLI; BARRETO, 2005)

        A m�sica, devido a suas caracter�sticas intr�nsecas, pode colaborar no desenvolvimento das estruturas cognitivas, bem como favorecer o desenvolvimento de outras habilidades, como as emocionais, as sociais e as musicais, propriamente ditas. (MARTINS, 2004)

        Delalande citado por Pires (2005), diz que desde os primeiros dias da vida, elas s�o atra�das pelos sons musicais e manifestam-se de diversas maneiras, como sorrisos, interagindo com os sons atrav�s dos movimentos corporais, como palmas e toques nos brinquedos sonoros.

        A m�sica est� bastante ligada ao l�dico e ao brincar. Em todos os povos, as crian�as brincam com a m�sica. Jogos e brinquedos musicais, como as rodas cantadas, s�o encontrados nos lugares aonde houver crian�as. (UNESCO, 2005)

        As brincadeiras de roda integram poesia, m�sica e dan�a, sendo tamb�m muito apreciadas pelas crian�as, principalmente por causa do movimento. (FERREIRA et al, 2007)

        Rosa (1990) destaca:

        A import�ncia de o educador proporcionar momentos onde a crian�a descubra, analise e compreenda os ritmos do mundo, atrav�s da observa��o e do contato com instrumentos musicais, com a dan�a, com o folclore, etc. Deve estar atento a valorizar todas as formas de express�o escolhidas pelas crian�as, pois a mesma comunica-se principalmente atrav�s do corpo.

        No interior do Brasil existem in�meras dan�as, cantigas de roda e ciranda que incentivam movimentos de diferentes qualidades expressivas e r�tmicas realizada em grupo, que possuem um profundo sentido socializador, est�tico e transcendente, mas que, ainda n�o s�o devidamente valorizados nos cotidiano das escolas. Estas m�sicas que cantam hist�rias dan�am mitos e falam da mem�ria e da alegria do povo s�o rituais vivenciados por todas as idades que podem se tornar o v�nculo afetivo e cultural entre a escola e a comunidade. (G�ES, 2009)

    5.     Como a m�sica pode ser uma facilitadora do desenvolvimento infantil

        Devemos lembrar que o gesto e o movimento corporal est�o conectados � m�sica, porque o som � tamb�m gesto e movimento vibrat�rio, e o corpo traduz os diferentes sons que percebe atrav�s dos movimentos de balan�o, flex�o, andar, saltar, etc. Quando ouve um impulso sonoro e realiza um movimento corporal intencional, a crian�a est� transpondo o som percebido para outra linguagem, muitas vezes a da dan�a.

        Quando oferecemos m�sica e um ambiente sonoro em diferentes situa��es, permitimos que beb�s e crian�as iniciem, intuitivamente, seu processo de musicaliza��o. Escutando os diferentes sons de brinquedos, dos objetos, do ambiente e do pr�prio corpo, h� observa��o, descoberta e rea��es, mesmo nos beb�s. (UNESCO, 2005)

        A m�sica na institui��o infantil � principalmente produzir e pensar m�sica com as crian�as. (G�ES, 2009)

        Nos ber��rios, brincadeiras que envolvem m�sica, canto e movimento possibilitam a percep��o r�tmica, mesmo porque os beb�s produzem ru�dos e balbucios desde rec�m-nascidos. Proporcione diversas situa��es e experi�ncias de explora��es e descobertas tanto sonoras quanto musicais para os beb�s.

        At� por volta de um ano e meio, a crian�a mais nos ouve do que canta, no entanto, j� demonstra suas prefer�ncias e as acompanha de alguma forma. Em um segundo momento, canta os finais das frases ou as partes preferidas e, muitas vezes, um pouco depois de n�s. A partir dos 3 anos, a crian�a j� entoa todo o repert�rio de seu meio, cantando integralmente muitas das m�sicas conhecidas.

        Assim como no desenvolvimento musical, quanto mais as crian�as tiverem oportunidade de vivenciar situa��es em que possam se expressar pela dan�a, mais naturalmente usar�o essa linguagem. (UNESCO, 2005)

        Para GAINZA (1988), a m�sica � um elemento de fundamental import�ncia, pois movimenta, mobiliza e por isso contribui para a transforma��o e o desenvolvimento.

        Brito (2003), nos fala que:

        � dif�cil encontrar algu�m que n�o se relacione com a m�sica [...] Surpreendemo-nos cantando aquela can��o que parece ter �cola� e que n�o sai da nossa cabe�a e n�o resistimos a, pelo menos, mexer os p�s, reagindo a um ritmo envolvente [...].

        Atividades como cantar fazendo gestos, dan�ar, bater palmas, p�s, s�o experi�ncias importantes para a crian�a, pois elas permitem que se desenvolva o senso r�tmico, a coordena��o motora, sendo fatores importantes tamb�m para o processo de aquisi��o da leitura e da escrita. (CHIARELLI; BARRETO, 2005)

    5.1.     A m�sica e educa��o escolar. Sua influ�ncia na aprendizagem e como deve ser utilizada para um resultado mais expressivo

        � preciso preocupar-nos em rela��o � forma��o das crian�as, n�o apenas com o ensino dos conhecimentos sistematizados como Portugu�s, Matem�tica, Hist�ria, Geografia e Ci�ncias, mas tamb�m com o ensino de express�es, movimentos corporais e percep��o. (SILVA, 2010)

        Segundo Rosa (1990) a crian�a desenvolve os sentidos desde que nasce, por isso um dos pap�is da escola � proporcionar situa��es em que ela possa explorar e desenvolver em todos os sentidos harmonicamente.

        Pacheco (1991) e Ponso (2008) defendem a escola como lugar de aprendizagem significativa e apresentam o recurso musical como um s�mbolo valoroso no aprendizado dos alunos de anos iniciais do ensino fundamental, que conhecem este recurso auditivo, mas n�o o utiliza de forma racional e sistematizada.

        A m�sica no contexto da Educa��o Infantil vem, ao longo de sua hist�ria, atendendo a v�rios objetivos. Tem sido em muitos casos, suporte para atender a v�rios prop�sitos, como a forma��o de h�bitos, atitudes e comportamentos, a realiza��o de comemora��es relativas ao calend�rio de eventos do ano letivo, a memoriza��o de conte�dos, todos traduzidos em can��es. Essas can��es costumam ser acompanhadas por gestos corporais, imitados pelas crian�as de forma mec�nica e estereotipada. (FERREIRA et al, 2007)

        A Educa��o Infantil no seu dia a dia vivencia muitas atividades musicais, pois desde a chegada da crian�a na creche ou na escola infantil esta � recebida com m�sicas que alegram o ambiente e faz com que a crian�a possa desejar permanecer na sala de aula. (CHIARELLI; BARRETO, 2005)

        A m�sica possui v�rios significados e representa��es no cotidiano das pessoas e se utilizada de forma adequada pode ser um agente facilitador em diversos contextos que envolvam o racioc�nio e a aprendizagem. Sabe-se que a m�sica tem um papel relevante na educa��o infantil. Pois o envolvimento da crian�a com o universo sonoro come�a ainda antes do nascimento. (G�ES, 2009)

        A import�ncia da linguagem musical do folclore teve a contribui��o de povos de tr�s continentes: europeu, principalmente os portugueses, povos africanos e povos ind�genas que habitam o Brasil. (FERREIRA et al, 2007)

        �As rondas ou brincadeiras de roda integram poesia, m�sica e dan�a. No Brasil receberam influ�ncias de v�rias culturas, especialmente da lusitana, amer�ndia, espanhola e francesa� (BRASIL, 1998, p. 71).

        Na Educa��o Infantil, o contato com pessoas diferente do meio familiar possibilita que ela estabele�a novas rela��es e adquira novos conhecimentos. Conv�m fazer a crian�a descobrir o folclore em suas pr�prias manifesta��es, relacionando-as com as manifesta��es das outras crian�as. As can��es folcl�ricas t�m como caracter�sticas a autoria an�nima, a aceita��o coletiva que conduz � cria��o de variantes, a transmiss�o oral, a tradicionalidade.

        Ladainhas para saltar corda s�o pequenos versos que acompanham ritmicamente o ato de pular corda. Pertencem � cultura popular infantil e passam de gera��o para gera��o atrav�s da atividade l�dica e espont�nea das crian�as. Deve-se resgat�-las, enquanto recurso pedag�gico de obten��o de alguns dos objetivos da Educa��o F�sica Escolar.

        Quando a crian�a pula corda recitando uma ladainha, o desenvolvimento do senso r�tmico � mais expressivo do que quando ela simplesmente realiza o movimento sem recitar, h� um elemento novo a ser considerado pela crian�a representado pelo ritmo da ladainha. E sempre que h� a introdu��o de um elemento novo em qualquer atividade, esta se torna mais complexa e mais desafiadora.

        Quando a crian�a realiza este trabalho em grupo, com outras crian�as girando a corda ou pulando junto, � complexidade � ainda maior porque ela tem de coordenar o ritmo da ladainha ao seu e ainda ao do grupo, e isto representa novos ajustes motores e cognitivos.

        O andamento da ladainha pode ser alterado, a pedido do professor ou por iniciativa das pr�prias crian�as, representando novo desafio a ser vencido ao n�vel do espa�o e do tempo.

        Muitas ladainhas cont�m di�logos que s�o efetuados entre a crian�a que salta e o grupo, constituindo verdadeiras comunica��es r�tmicas. Associar o ritmo � fala, combinar linguagem oral com gestual e melhorar a organiza��o espa�o-temporal s�o, ent�o, objetivos inerentes a este trabalho combinado de pular e recitar versos. No n�vel do dom�nio motor, objetiva-se o desenvolvimento da coordena��o motora, da agilidade, da for�a e resist�ncia localizada de pernas, da resist�ncia cardiorrespirat�ria e das habilidades motoras de saltar e correr. As crian�as, em geral, realizam com prazer � atividade, repetindo-a v�rias vezes, at� sem a insist�ncia do professor, e essa repeti��o � importante para melhorar o rendimento.

        Ao fazermos refer�ncia das ladainhas para saltar corda, brincadeiras cantadas, pequenas dan�as folcl�ricas e jogos com regras. Esta uni�o de atividades l�dicas se justifica pela import�ncia de assegurar a preserva��o da cultura popular o aparecimento da capacidade de auto-organiza��o das crian�as e pelo senso de competitividade evidenciado por elas nesta fase do desenvolvimento. (FERREIRA et al, 2007)

        Ponso (2008) descreve a utiliza��o da m�sica no universo liter�rio, atrav�s de poemas, parlendas, lendas, f�bulas, quadrinha, trava-l�ngua, prov�rbios, advinha e historias infantis. No momento do desenho, da alfabetiza��o, da escrita, da leitura, da fala, do desenvolvimento motor, dos conhecimentos de novos saberes, a m�sica ser� um recurso sonoro que ir� contribuir na constru��o do conhecimento da crian�a atrav�s das vibra��es e da aplicabilidade que linguagem musical permite produzir.

        Ouvir m�sica, aprender uma can��o, brincar de roda, realizar brinquedos r�tmicos, s�o atividades que despertam, estimulam e desenvolve o gosto pela atividade musical. (BRASIL, 1998)

        Distintas �reas do conhecimento podem ser estimuladas com a pr�tica da musicaliza��o. Pois, ela atende diferentes aspectos do desenvolvimento humano: f�sico, mental, social, emocional e espiritual, podendo a m�sica ser considerada um agente facilitador do processo educacional. (SOUSA; VIVALDO, 2010).

        A m�sica est� presente em todas as culturas e pode ser utilizada como fator determinante nos desenvolvimentos motor, lingu�stico e afetivo de todos os indiv�duos. (MARTINS, 2004)

        Os diferentes aspectos que a envolvem, al�m de promoverem comunica��o social e integra��o, tornam a linguagem musical uma importante forma de express�o humana e, por isso, deve ser parte do contexto educacional, principalmente na educa��o infantil. (UNESCO, 2005)

        Atrav�s da m�sica o educador tem uma forma privilegiada de alcan�ar seus objetivos, podendo explorar e desenvolver caracter�sticas no aluno. O individuo com a educa��o musical cresce emocionalmente, afetivamente e cognitivamente, desenvolve coordena��o motora, acuidade visual e auditiva, bem como mem�ria e aten��o, e ainda criatividade e capacidade de comunica��o. (LIMA, 2010)

        Ao inserir-se a m�sica na pr�tica di�ria do ambiente educativo, a mesma pode tornar-se um importante elemento auxiliador no processo de aprendizagem da escrita e da leitura criando o gosto pelos diversos assuntos estudados, desenvolvendo a coordena��o motora, o ritmo, auxiliando na forma��o de conceitos, no desenvolvimento da autoestima e na intera��o com o outro.

        N�o s� um instrumento de alfabetiza��o, a m�sica � um excelente instrumento de cidadania, e projetos que envolvem m�sicas, integra��o social e esporte, especialmente com crian�as e adolescentes carentes ou de rua, espalham-se pelo pa�s e s�o cada vez mais populares pela sua efic�cia. (G�ES, 2009)

        Segundo Martins (1985, p.47) educar musicalmente � propiciar � crian�a uma compreens�o progressiva da linguagem musical, atrav�s de experimento e conviv�ncias orientadas. O conhecimento � constru�do a partir da intera��o da crian�a com o meio ambiente, e o ritmo � parte primordial do mundo que o cerca.

        Alguns autores que pesquisaram a problem�tica em quest�o, tamb�m alertam sobre a ruptura que comumente h� na passagem da educa��o infantil �s s�ries inicias do ensino fundamental, em que a ludicidade perde espa�o para os livros did�ticos e exerc�cios repetitivos, conduzindo �s pr�ticas enfadonhas e descontextualizadas. A m�sica pode mostrar como solu��es simples, criativas e divertidas podem dar excelentes resultados no ambiente educativo.

        Desde o s�culo passado, a m�sica est� inclu�da na pr�tica escolar com diferentes tend�ncias e enfoques. Mas, a pr�tica da educa��o musical nunca esteve presente na totalidade do sistema de ensino por v�rias raz�es como. A m�sica � uma forma de conhecimento que possibilita modos de percep��o e express�o �nicas e n�o pode ser substitu�da por outra forma de conhecimento.

        Os recursos pedag�gicos s�o elementos pr�ticos para operacionalizar o ensino. Podemos citar os recursos naturais, audiovisuais, visuais, auditivos e estruturais como componentes auxiliadores do momento de ensino/aprendizagem. A m�sica � um recurso auditivo, que pode contribuir com a proposta de ensino do professor, de maneira interativa �s disciplinas. (G�ES, 2009)

        Snyders (1990) descreve a m�sica como uma obra de arte. Dela pode-se extrair riqu�ssimos temas, abordando as mais diversas disciplinas. � fato que as escolas, n�o valorizam a m�sica. Por sua vez, os professores que utilizam a m�sica como instrumento, em seu trabalho, obt�m resultados positivos. A m�sica influencia os jovens e crian�as. Por toda essa riqueza a m�sica � um recurso para a parte pedag�gica.

        Se o contexto for significativo, a m�sica como qualquer outro recurso pedag�gico, tem consequ�ncias importantes em seu desenvolvimento motor e afetivo. (G�ES, 2009)

        A linguagem musical deve estar presente no contexto educativo, envolvendo atividades e situa��es desafiadoras e significativas que favore�am a explora��o, a descoberta e a apropria��o de conhecimento. A ludicidade evidenciada nas atividades de sala de aula ou at� de Educa��o F�sica possibilita que o professor oportunize a crian�a um programa de atividades motoras. (FERREIRA et al, 2007)

        Do ponto de vista pedag�gico, as m�sicas s�o consideradas completas: brincando com m�sicas as crian�as exercitam naturalmente o seu corpo, desenvolvem o racioc�nio e a mem�ria, estimulam o gosto pelo canto. (G�ES, 2009)

        Segundo Martins (1985) a m�sica deve ser um material para o processo educativo e formativo mais amplo, dirigido para o pleno desenvolvimento do sujeito social.

        Cada vez mais institui��es educacionais est�o utilizando a m�sica como eixo norteador do processo de alfabetiza��o. A m�sica atrai e envolve as crian�as, serve como motiva��o, eleva a autoestima, estimula diferentes �reas do c�rebro, aumenta a sensibilidade, a criatividade, � capacidade de concentra��o e fixa��o de dados. (G�ES, 2009)

        A presen�a da m�sica na educa��o auxilia a percep��o, estimula a mem�ria e a intelig�ncia, relacionando-se ainda com habilidades lingu�sticas e l�gico-matem�ticas ao desenvolver procedimentos que ajudam o educando a se reconhecer e a se orientar melhor no mundo. Al�m disso, a m�sica tamb�m vem sendo utilizada como fator de bem estar no trabalho e em diversas atividades terap�uticas, como elemento auxiliar na manuten��o e recupera��o da sa�de. (CHIARELLI; BARRETO, 2005).

        Sendo assim, crian�as que recebem est�mulos musicais adequados, aprendem a escrever mais facilmente, tem maior equil�brio emocional, pois se sabe que a m�sica esta inserida no cotidiano da crian�a desde o ventre materno. (G�ES, 2009)

        As atividades musicais nas escolas devem partir do que as crian�as j� conhecem desta forma, se desenvolve dentro das condi��es e possibilidades de trabalho de cada professor. (SCAGNOLATO, 2009). � important�ssima, por�m faz-se necess�rio ressaltar que deve ser direcionada, para n�o ser apenas uma aula de curti��o. (LIMA, 2010)

        As atividades de musicaliza��o tamb�m favorecem a inclus�o de crian�as portadoras de necessidades especiais. Pelo seu car�ter l�dico e de livre express�o, n�o apresentam press�es nem cobran�as de resultados, s�o uma forma de aliviar e relaxar a crian�a, auxiliando na desinibi��o, contribuindo para o envolvimento social, despertando no��es de respeito e considera��o pelo outro, e abrindo espa�o para outras aprendizagens. (CHIARELLI; BARRETO, 2005)

        Br�scia (2003) afirma que:

        Crian�as mentalmente deficientes e autistas geralmente reagem � m�sica, quando tudo o mais falhou. A m�sica � um ve�culo expressivo para o al�vio da tens�o emocional, superando dificuldades de fala e de linguagem. A terapia musical foi usada para melhorar a coordena��o motora nos casos de paralisia cerebral e distrofia muscular. Tamb�m � usada para ensinar controle de respira��o e da dic��o nos casos em que existe dist�rbio da fala.

        As aulas em que se utilizam desse recurso devem ser feitas de forma a introduzir a magia dos sons, permitindo as crian�as a cria��o e a execu��o de atividades musicais de maneira l�dica e prazerosa. Nessas aulas os alunos podem construir instrumentos musicais com materiais sucateados, desenvolvendo a coordena��o motora enquanto se descontraem cantando e se divertindo, al�m de ampliarem o vocabul�rio a m�sica permite o conv�vio social. (SOUSA; VIVALDO, 2010)

        Outros estudos apontam tamb�m que, mesmo se o contato com a m�sica for feito por aprecia��o, isto �, n�o tocando um instrumento, mas simplesmente ouvindo com aten��o e propriedade, os est�mulos cerebrais tamb�m s�o bastante intensos. (NOGUEIRA, 2004)

        A m�sica n�o substitui o restante da educa��o, ela tem como fun��o atingir o ser humano em sua totalidade. A educa��o tem como meta desenvolver em cada indiv�duo toda a perfei��o de que � capaz. Por�m, sem a utiliza��o da m�sica n�o � poss�vel atingir a esta meta, pois nenhuma outra atividade consegue levar o indiv�duo a agir. A m�sica atinge a motricidade e a sensorialidade por meio do ritmo e do som, e por meio da melodia, atinge a afetividade. (SCAGNOLATO, 2006)

        Visando uma aprendizagem significativa e de acordo com as necessidades impostas pela sociedade nos dias de hoje, se torna cada vez mais necess�ria a ludicidade no ambiente educacional de nossos alunos, pois ela � capaz de tornar o aprendizado prazeroso e estimulante. (SOUSA; VIVALDO, 2010)

        A m�sica � importante para trabalhar temas atuais, assim o aluno desperta o senso critico, analisando a letra da m�sica. Relacionando-as com a realidade da sociedade. (LIMA, 2010)

        As atividades desenvolvidas em aulas de musicaliza��o, em geral podem auxiliar no desenvolvimento do c�rebro, cabendo ao educador pesquisar, planejar, diagnosticar e ajudar o aluno a desenvolver a intelig�ncia musical e construir seu conhecimento vivenciando as diversas formas de �fazer m�sica� (MARTINS, 2004).

        � uma linguagem cujo conhecimento se constr�i e n�o um produto pronto e acabado. Ent�o a musicaliza��o na escola � essencial. Traz alegria, descontra��o, entusiasmo, tudo o que se precisa para o trabalho escolar. (LIMA, 2010)

        A m�sica no cotidiano escolar pode n�o somente ajudar as crian�as no aprendizado, mas tamb�m nos casos de crian�as que tenham problemas de relacionamento ou inibi��o, para isso � preciso aliar m�sica e movimento. (SOUSA; VIVALDO, 2010)

    6.     Conclus�o

        A pesquisa realizada demonstra a import�ncia da m�sica na educa��o infantil, o quanto e como ela contribui para o desenvolvimento da crian�a. Como e quais tipos de m�sica devem ser utilizadas para um melhor aproveitamento na educa��o e no desenvolvimento como ser humano social.

        A m�sica est� presente na vida do ser humano desde o nascimento, todos os sons do ambiente s�o m�sica para os beb�s. M�sica tamb�m est� presente na cultura dos povos, nas cren�as, dan�as e tamb�m nas brincadeiras. Ela ajuda o beb� a desenvolver os movimentos, a linguagem, a sociabilidade, al�m de trazer calma. Isso deve ser utilizado nas escolas infantis, para auxiliar num desenvolvimento mais r�pido e mais eficaz nas crian�as.

        Na educa��o infantil, as m�sicas muitas vezes s�o utilizadas para criar h�bitos, como lavar as m�os, hora do lanche, entre outros, e isso favorece para a educa��o saud�vel da crian�a, alem de estimular a sociabilidade. Tamb�m favorece o estimulo r�tmico da crian�a, que desenvolve uma linguagem corporal para expressar a m�sica que ouve.

        Por tudo isso a m�sica deve ser utilizada para contribuir no desenvolvimento da crian�a, tanto intelectualmente quanto fisicamente. Devem ser utilizadas m�sicas com ritmos f�ceis de acompanhar com palmas, gestos e express�es corporais, para que a crian�a possa desenvolver suas capacidades.

        Devemos lembrar que as crian�as da educa��o infantil est�o em constante desenvolvimento e aprendizado, ent�o temos que estimular de forma positiva e facilitar sua aprendizagem. Podemos atrav�s de a m�sica encurtar o caminho e facilitar o desenvolvimento das crian�as, al�m de sociabilizas mais facilmente, ajudando a respeitar os outros que com ela convivem.

        Pode-se concluir atrav�s deste estudo que a m�sica � mais um objeto a ser utilizado para facilitar o desenvolvimento da crian�a, sendo utilizada corretamente, e estimulando a crian�a poderemos ter um desenvolvimento facilitado, al�m de crian�as mais soci�veis e mais calmas.

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