Passados quatro dias do primeiro turno das eleições, a maioria dos partidos no país já definiu se apoiará, no segundo turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) ou o presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa pelo Planalto. Show Embora tenha feito alianças com mais governadores do que Lula, até o momento, Bolsonaro tem menos legendas a seu lado. Dos 23 partidos representados hoje no Congresso, 11 estão alinhados com Lula enquanto 5 se uniram a Bolsonaro. RelacionadasOutras cinco agremiações políticas liberaram os filiados para apoiarem o candidato que preferirem enquanto as duas restantes ainda não se posicionaram. Os apoios de LulaLula já havia largado na frente porque formou, para a campanha, uma coligação de 10 partidos, dos quais nove têm representação no Congresso —um deles, o Agir, não tem parlamentares eleitos. Passado o primeiro turno, o ex-presidente já somou o apoio de mais duas legendas que, no primeiro turno, haviam apoiado candidatos que acabaram derrotados: o PDT, que havia abrigado a campanha do ex-ministro Ciro Gomes, e o Cidadania, que havia se unido à candidatura da senadora Simone Tebet (MDB). Os apoios de BolsonaroBolsonaro, por sua vez, havia feito uma coligação com o PL, ao qual se filiou no fim do ano passado, e mais dois partidos: o PP, do presidente da Câmara Arthur Lira, e o Republicanos. Apesar de mais enxuta, a coligação é representativa. Juntas, as três siglas tiveram 187 deputados federais eleitos no último domingo, ou seja, vão compor mais de um terço da Câmara. Com o encerramento do primeiro turno, mais duas siglas se uniram a Bolsonaro: o PTB, do ex-deputado Roberto Jefferson, e o PSC. Outros partidosOutras cinco siglas, a maioria de centro, preferiram declarar neutralidade e liberaram seus filiados para apoiarem quem preferirem. É o caso do União Brasil, do MDB, do PSDB, do PSD e do Novo. Políticos ligados a estas legendas, porém, têm tomado partido e escolhido um dos lados. Tebet, terceira colocada na eleição presidencial, confirmou hoje que apoiará Lula, mas oito governadores, incluindo membros de todos estes partidos, preferiram se alinhar a Bolsonaro. Que partidos apoiam Lula?
Quais partidos apoiam Bolsonaro?
Quais partidos liberaram suas bancadas?
Quais partidos ainda não se posicionaram?
Encerrado o segundo turno da disputa presidencial de 2022, os atores políticos do centro e da direita que foram tragados pela polarização entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) buscam agora alternativas para formar novos polos de poder. Com o horizonte das eleições de 2024 (municipais) e 2026 (gerais), a direita fala em se reagrupar com o intuito de resgatar o eleitorado moderado perdido para o bolsonarismo em uma plataforma econômica liberal e o centro planeja uma reengenharia partidária para projetar novas lideranças fora da órbita do PT. O desejo de quebrar a polarização também mobiliza organizações e articulações da sociedade civil que buscam pontos de convergência e uma agenda além da defesa da democracia. Com a promessa do ex-presidente Lula de não disputar a reeleição, o caminho natural para o PT seria construir um nome para sua sucessão dentro da sigla. No campo oposto, o bolsonarismo vai tentar manter sua hegemonia antipetista. Após permanecer neutro no 2° turno, o União Brasil negocia formar uma federação com o PP. Esse consórcio teria mais influência na disputa pela presidência da Câmara e cargos nas comissões do Congresso, mas também entraria junto nas disputas municipais. Em outra frente, PSDB, MDB, Podemos e Cidadania já traçam as primeiras linhas de um projeto de poder de quatro anos que passa por 2024, mas visa também construir uma alternativa eleitoral para 2026. O nome que se destaca é o da senadora Simone Tebet (PMDB-MS), mas o governador eleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) e a eleita em Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB-PE), também são lembrados. "É fundamental criar um polo político fora da polarização. A federação, se der certo, terá esse objetivo", disse o tesoureiro nacional do PSDB, César Gontijo. Apoiador de Lula no 2° turno, o ex-senador José Aníbal (PSDB-SP) avalia que o "campo democrático" vai procurar se entender sobre pautas para o País. "Hoje há uma frente de setores liberais e de centro que apoia o Lula, mas não está no horizonte que ela se integre ao PT", afirmou o tucano. Também apoiador de Lula ainda no 1° turno, o ministro da Justiça Miguel Reale Júnior, que foi um dos autores do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), defende que esse campo busque construir uma plataforma voltada para a governança ambiental, social e corporativa, ou ESG na sigla em inglês. "Tendo a democracia como pressuposto, a tarefa das lideranças agora é reunir os partidos que se identificam nessa agenda. Não é preciso ficar à reboque do PT. Nomes como Simone (Tebet) e Marina Silva (Rede) podem apresentar projetos próprios e se unirem." Um dos coordenadores do grupo Derrubando Muros, que reúne intelectuais, economistas e empresários, o sociólogo José Carlos Martins esteve na linha de frente do "plantão democrático" durante a campanha presidencial, mas agora olha para frente. "Essa aglutinação repudia o comportamento grotesco do Bolsonaro e votou por contingência no PT, mas não sabe nem o endereço do partido. Defendemos um governo democrático, mas não necessariamente estaremos alinhados a ele." MODERAÇÃO Em um movimento que começou durante os atos pelo impeachment de Dilma em 2015, chegou ao Palácio do Planalto em 2018 e se cristalizou em 2022, o bolsonarismo arregimentou o eleitorado conservador antipetista e esvaziou movimentos e iniciativas que pregam agenda de direita liberal e moderada. "Precisamos reconstruir a direita realmente liberal e sem a pecha de reacionária. Essa direita precisa de um partido que defenda as reformas", defendeu o ex-presidenciável do Novo, Luiz Felipe D'ávila. Sensação em 2018, quando João Amoedo recebeu 2.679.744 votos (2,5%) na disputa presidencial, o Novo não ultrapassou a cláusula de barreiras em 2022 e discute a possibilidade de fusão. A ideia é defendida pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema, mas há resistências internas. Suspenso do Novo por apoiar Lula no 2° turno, Amoedo prega uma articulação partidária da centro-direita com o PSDB, Novo e outras agremiações, mas é contra a fusão. "É preciso organizar uma oposição propositiva. O Novo pode ser a plataforma para agregar pessoas de centro direita." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Quem são os partidos da direita no Brasil?Em 2016, os dois únicos partidos que se declararam abertamente de direita no Brasil foram o PRTB e o PSC. O Partido Novo.
Quais os partidos do Brasil 2022?Lista por adesão a federações partidárias. Quais são os partidos que apoiam o PT?
Qual é a ideologia do partido MDB?Considerado um partido "guarda-chuva" de ideologias diversas, foi criado para dar continuidade ao partido de mesmo nome que existia como oposição consentida durante a ditadura militar (1964-1985). Em setembro de 2022 o partido possuía 2.074.226 filiados, sendo o maior do país.
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