Partidos de direita no Brasil 2022

Passados quatro dias do primeiro turno das eleições, a maioria dos partidos no país já definiu se apoiará, no segundo turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) ou o presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa pelo Planalto.

Embora tenha feito alianças com mais governadores do que Lula, até o momento, Bolsonaro tem menos legendas a seu lado. Dos 23 partidos representados hoje no Congresso, 11 estão alinhados com Lula enquanto 5 se uniram a Bolsonaro.

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Outras cinco agremiações políticas liberaram os filiados para apoiarem o candidato que preferirem enquanto as duas restantes ainda não se posicionaram.

Os apoios de Lula

Lula já havia largado na frente porque formou, para a campanha, uma coligação de 10 partidos, dos quais nove têm representação no Congresso —um deles, o Agir, não tem parlamentares eleitos.

Passado o primeiro turno, o ex-presidente já somou o apoio de mais duas legendas que, no primeiro turno, haviam apoiado candidatos que acabaram derrotados: o PDT, que havia abrigado a campanha do ex-ministro Ciro Gomes, e o Cidadania, que havia se unido à candidatura da senadora Simone Tebet (MDB).

Os apoios de Bolsonaro

Bolsonaro, por sua vez, havia feito uma coligação com o PL, ao qual se filiou no fim do ano passado, e mais dois partidos: o PP, do presidente da Câmara Arthur Lira, e o Republicanos. Apesar de mais enxuta, a coligação é representativa.

Juntas, as três siglas tiveram 187 deputados federais eleitos no último domingo, ou seja, vão compor mais de um terço da Câmara. Com o encerramento do primeiro turno, mais duas siglas se uniram a Bolsonaro: o PTB, do ex-deputado Roberto Jefferson, e o PSC.

Outros partidos

Outras cinco siglas, a maioria de centro, preferiram declarar neutralidade e liberaram seus filiados para apoiarem quem preferirem. É o caso do União Brasil, do MDB, do PSDB, do PSD e do Novo.

Políticos ligados a estas legendas, porém, têm tomado partido e escolhido um dos lados. Tebet, terceira colocada na eleição presidencial, confirmou hoje que apoiará Lula, mas oito governadores, incluindo membros de todos estes partidos, preferiram se alinhar a Bolsonaro.

Que partidos apoiam Lula?

  1. PT (partido de Lula)
  2. PSB (partido do vice, Geraldo Alckmin, integra coligação)
  3. PCdoB (forma federação com PT e integra coligação)
  4. PV (forma federação com PT e integra coligação)
  5. PSOL (integra coligação)
  6. Rede (integra coligação)
  7. Solidariedade (integra coligação)
  8. Avante (integra coligação)
  9. Agir (integra coligação)
  10. PROS (integra coligação)
  11. PDT
  12. Cidadania

Quais partidos apoiam Bolsonaro?

  1. PL (partido de Bolsonaro)
  2. PP (integra coligação de Bolsonaro)
  3. Republicanos (integra coligação de Bolsonaro)
  4. PSC
  5. PTB

Quais partidos liberaram suas bancadas?

  1. União Brasil
  2. MDB
  3. PSD
  4. PSDB
  5. Novo

Quais partidos ainda não se posicionaram?

  1. Podemos
  2. Patriota

Encerrado o segundo turno da disputa presidencial de 2022, os atores políticos do centro e da direita que foram tragados pela polarização entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) buscam agora alternativas para formar novos polos de poder.

Com o horizonte das eleições de 2024 (municipais) e 2026 (gerais), a direita fala em se reagrupar com o intuito de resgatar o eleitorado moderado perdido para o bolsonarismo em uma plataforma econômica liberal e o centro planeja uma reengenharia partidária para projetar novas lideranças fora da órbita do PT.

O desejo de quebrar a polarização também mobiliza organizações e articulações da sociedade civil que buscam pontos de convergência e uma agenda além da defesa da democracia.

Com a promessa do ex-presidente Lula de não disputar a reeleição, o caminho natural para o PT seria construir um nome para sua sucessão dentro da sigla. No campo oposto, o bolsonarismo vai tentar manter sua hegemonia antipetista.

Após permanecer neutro no 2° turno, o União Brasil negocia formar uma federação com o PP. Esse consórcio teria mais influência na disputa pela presidência da Câmara e cargos nas comissões do Congresso, mas também entraria junto nas disputas municipais.

Em outra frente, PSDB, MDB, Podemos e Cidadania já traçam as primeiras linhas de um projeto de poder de quatro anos que passa por 2024, mas visa também construir uma alternativa eleitoral para 2026.

O nome que se destaca é o da senadora Simone Tebet (PMDB-MS), mas o governador eleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) e a eleita em Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB-PE), também são lembrados. "É fundamental criar um polo político fora da polarização. A federação, se der certo, terá esse objetivo", disse o tesoureiro nacional do PSDB, César Gontijo.

Apoiador de Lula no 2° turno, o ex-senador José Aníbal (PSDB-SP) avalia que o "campo democrático" vai procurar se entender sobre pautas para o País. "Hoje há uma frente de setores liberais e de centro que apoia o Lula, mas não está no horizonte que ela se integre ao PT", afirmou o tucano.

Também apoiador de Lula ainda no 1° turno, o ministro da Justiça Miguel Reale Júnior, que foi um dos autores do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), defende que esse campo busque construir uma plataforma voltada para a governança ambiental, social e corporativa, ou ESG na sigla em inglês.

"Tendo a democracia como pressuposto, a tarefa das lideranças agora é reunir os partidos que se identificam nessa agenda. Não é preciso ficar à reboque do PT. Nomes como Simone (Tebet) e Marina Silva (Rede) podem apresentar projetos próprios e se unirem."

Um dos coordenadores do grupo Derrubando Muros, que reúne intelectuais, economistas e empresários, o sociólogo José Carlos Martins esteve na linha de frente do "plantão democrático" durante a campanha presidencial, mas agora olha para frente. "Essa aglutinação repudia o comportamento grotesco do Bolsonaro e votou por contingência no PT, mas não sabe nem o endereço do partido. Defendemos um governo democrático, mas não necessariamente estaremos alinhados a ele."

MODERAÇÃO

Em um movimento que começou durante os atos pelo impeachment de Dilma em 2015, chegou ao Palácio do Planalto em 2018 e se cristalizou em 2022, o bolsonarismo arregimentou o eleitorado conservador antipetista e esvaziou movimentos e iniciativas que pregam agenda de direita liberal e moderada.

"Precisamos reconstruir a direita realmente liberal e sem a pecha de reacionária. Essa direita precisa de um partido que defenda as reformas", defendeu o ex-presidenciável do Novo, Luiz Felipe D'ávila.

Sensação em 2018, quando João Amoedo recebeu 2.679.744 votos (2,5%) na disputa presidencial, o Novo não ultrapassou a cláusula de barreiras em 2022 e discute a possibilidade de fusão. A ideia é defendida pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema, mas há resistências internas.

Suspenso do Novo por apoiar Lula no 2° turno, Amoedo prega uma articulação partidária da centro-direita com o PSDB, Novo e outras agremiações, mas é contra a fusão. "É preciso organizar uma oposição propositiva. O Novo pode ser a plataforma para agregar pessoas de centro direita."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quem são os partidos da direita no Brasil?

Em 2016, os dois únicos partidos que se declararam abertamente de direita no Brasil foram o PRTB e o PSC. O Partido Novo.

Quais os partidos do Brasil 2022?

Lista por adesão a federações partidárias.

Quais são os partidos que apoiam o PT?

Partido dos Trabalhadores
Afiliação nacional
Brasil da Esperança
Afiliação internacional
Aliança Progressista COPPPAL Foro de São Paulo Bancada Progressista no Parlasul
Governadores (2022)
4 / 27
Prefeitos (2020)
182 / 5 570
Partido dos Trabalhadores – Wikipédia, a enciclopédia livrept.wikipedia.org › wiki › Partido_dos_Trabalhadoresnull

Qual é a ideologia do partido MDB?

Considerado um partido "guarda-chuva" de ideologias diversas, foi criado para dar continuidade ao partido de mesmo nome que existia como oposição consentida durante a ditadura militar (1964-1985). Em setembro de 2022 o partido possuía 2.074.226 filiados, sendo o maior do país.