Plaquetas acima de 500 é normal

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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A trombocitose, também denominada hiperplaquetose, é o termo utilizado para definir uma alteração quantitativa do número de plaquetas quando há um aumento do número desses elementos por microlitro (µL) de sangue.

Pode ter etiologia reativa ou primária (também chamada de essencial, oriunda de doença mieloproliferativa). Embora seja normalmente assintomática, especialmente quando é causada por uma reação secundária, pode levar a uma predisposição para a trombose.

Os fatores desencadeantes da trombocitose são:

  • Trombocitose primária: causada por proliferação neoplasia na medula óssea. Ex: mielofibrose, leucemia plaquetária, leucemia megacarioblástica.
  • Trombocitose secundária (reativa): resultada da estimulação da medula óssea. Ex: anemias regenerativas, anemias por deficiência de ferro, endocrinopatias (diabetes mellitus, hiperadrenocosticismo, hipotireoidismo), inflamação séptica ou asséptica, neoplasias, terapias com corticóides, recuperação de trombocitopenias imuno-mediadas ou causadas por quimioterapias anti-neoplásicas. Existe um segundo tipo de trombocitose secundária que é causada pela redução do clearance esplênico, como no caso de excitação, exercícios, estresse, fraturas ou traumas em tecidos moles e pós-esplenectomia.

A contagem normal de plaquetas para os humanos encontra-se dentro de uma faixa que vai de 150.000 a 450.000 por mm3. Estes limites são estabelecidos por percentis e um valor que não se encontra englobado nesse intervalo não significa necessariamente que haja alguma afecção; contudo, contagens superiores a 750.000 (e principalmente acima de 1.000.000) são consideradas suficientemente severas para se realizar uma investigação minuciosa de tal ocorrência.

Como já foi ressaltado, a contagem plaquetária elevada não significa necessariamente que algum problema clínico esteja presente. Todavia, faz-se necessária a realização de uma anamnese detalhada para afirmar que a condição não é resultante de um processo secundário.

Os pacientes com trombocitopenia podem apresentar náuseas, enjôos, vômitos, perda de noção espacial (labirintite) e formigamento das extremidades. Uma pequena parcela dos pacientes relata sintomas de eritromelalgia, uma sensação de ardência e vermelhidão das extremidades.

O diagnóstico é feito por meio do hemograma, mas também pode englobar outros testes laboratoriais, como enzimas hepáticas, função renal e taxa de sedimentação eritrocitária. Em casos no qual é difícil determinar a causa da alta contagem de plaquetas, realiza-se uma biópsia da medula óssea (mielograma), para verificar se a elevada contagem é de causa reativa ou primária.

Habitualmente não é realizado o tratamento para a trombocitose reativa. Contudo, deve-se tomar cuidado para a possibilidade de surgir doenças resultantes dela, como hipertensão, problemas esplênicos, insuficiência cardíaca e falência renal.

No caso da contagem plaquetária encontrar-se superior a 750.000 na trombocitose primária, utiliza-se a aspirina que, aparentemente, desempenha papel protetor quando administrada em baixas doses. Níveis mais extremos são tratados com hidroxiureia, que é um agente citorredutor (diminui o número plaquetário). Outro novo fármaco tem sido utilizado para o tratamento da trombocitose primária, o anagrelide. Todavia, pesquisas recentes demonstram que esse último não é significativamente mais eficaz do que a hidroxiureia.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Trombocitose
https://web.archive.org/web/20121021044243/http://www.tecsa.com.br:80/media/File/pdfs/DICAS%20DA%20SEMANA/PET/PET%20ALTERAES%20PLAQUETRIASII.pdf

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Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas/trombocitose/

Recursos do assunto

A contagem de plaquetas (número de plaquetas que circulam na corrente sanguínea) costuma ser de aproximadamente 140.000 a 440.000 plaquetas por microlitro (140 a 440 × 109 por litro). A contagem de plaquetas pode variar de acordo com o ciclo menstrual. Ela pode diminuir perto do final da gravidez (trombocitopenia gestacional) e aumentar em resposta a inflamações (trombocitose secundária ou reativa). Nenhum desses quadros é sério, e a maioria das pessoas afetadas não apresenta problemas resultantes de nenhum deles.

Os distúrbios plaquetários incluem

Qualquer um desses distúrbios pode causar problemas de coagulação do sangue.

Na trombocitose reativa Trombocitemia secundária A trombocitemia secundária é o excesso de plaquetas na corrente sanguínea que se desenvolve como resultado de outro distúrbio e raramente leva ao excesso de coagulação sanguínea ou sangramento... leia mais , outro distúrbio clínico estimula a medula óssea a fabricar plaquetas em excesso (as plaquetas são fabricadas em reação ao outro distúrbio). Tais distúrbios incluem infecções, inflamação crônica (como ocorre na artrite reumatoide Artrite reumatoide (AR) A artrite reumatoide é uma artrite inflamatória em que as articulações, geralmente incluindo as das mãos e pés, ficam inflamadas, resultando em inchaço, dor e, geralmente, destruição das articulações... leia mais

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Hemorragia na pele costuma pode ser o primeiro sinal de uma baixa contagem de plaquetas e de uma disfunção das plaquetas. Muitos pontos vermelhos diminutos (petéquias) aparecem com frequência na pele da parte inferior das pernas, e pequenas lesões (incluindo picadas de agulhas) podem causar hematomas pretos e azulados (equimoses ou púrpura). As gengivas podem sangrar e pode aparecer sangue nas fezes ou na urina. Os períodos menstruais ou hemorragias nasais podem ser incomumente intensos. Quanto menor a contagem de plaquetas, mais graves os sintomas. As pessoas com escassez de plaquetas podem perder grandes quantidades de sangue em seu trato digestivo ou sofrer hemorragias cerebrais com risco à vida apesar de não terem sofrido qualquer lesão. Depois que o sangramento começa, pode ser difícil parar.

  • Hemograma completo

Podem ser necessários exames especiais para diagnosticar a disfunção das plaquetas.

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Plaquetas acima de 500 é normal

O que significa plaquetas acima de 500?

Quando o número de plaquetas está maior do que os valores de referência (acima de 400.000 por microlitro), damos o nome de plaquetose ou trombocitose. Esse quadro pode indicar que estamos diante de: Paciente com anemia ferropriva. Infecção.

Qual nível de plaquetas é preocupante?

Contagem baixa de plaquetas é definida como um valor de plaquetas abaixo do limite inferior do normal (ou seja, <150 000 / mm3 para adultos). Os graus de trombocitopenia podem ser subdivididos em leve (contagem de plaquetas de 100.000 a 150.000 / mm3), moderado (50.000 a 99.000 / mm3) e grave (<50.000 / mm3).

Qual o limite de plaquetas altas?

É considerado plaqueta alta quando são identificadas mais de 450.000 plaquetas/ µL de sangue.

O que acontece quando as plaquetas estão altas?

Os sintomas físicos de plaquetas altas costumam estar em torno à formação de coágulos sanguíneos e sangramentos. Porém, é possível notar sinais como dor de cabeça, sangramentos via nariz, boca e fezes, dor no peito, fraqueza, tontura, mãos ou pés formigando e hematomas.