Quais foram as maiores contribuições da genética mendeliana para o desenvolvimento da teoria da evolução?

Introdu��o ao Estudo da Evolu��o Biol�gica

O objetivo desta p�gina � fornecer subs�dios b�sicos para compreens�o da Teoria de Evolu��o, contendo um breve hist�rico e t�picos resumidos. Como refer�ncia principal indicamos o Cap.1 do livro  Biologia Evolutiva de D.J. Futuyma ( pg. 2-18) como refer�ncia b�sica para discuss�o dos conceitos gerais e os aspectos relacionados a publica��o da Teoria.

Hist�rico e Origem do Pensamento Evolutivo

A concep��o ocidental predominante, at� o in�cio do s�c. XIX, era a que os seres vivos foram criados e permaneciam iguais, ou seja todos os seres s�o imut�veis (FIXISMO). De certo modo houve a incorpora��o dos conceitos assinalados por Plat�o, essas id�ias serviram para explicar as diferen�as individuais pois haveria uma "Forma ideal e transcendental" que era imitada imperfeitamente por seus representantes mundanos .

O papel das Ci�ncias Naturais era o de classificar a cadeia de seres, descobrindo sua ordena��o, ou seja, com a exist�ncia da SCALA NATURAL (grada��o entre coisas inanimadas - plantas - animais inferiores - humanos - anjos e outros seres espirituais).estudava-se portanto a referida ordena��o.

Houve todo um processo de revolu��o cient�fica, alavancado pelas id�ias transformacionistas decorrentes dos avan�os da F�sica, Astronomia e principalmente Geologia. Portanto deve-se considerar o contexto s�cio-econ�mico e cultural no desenvolvimento cient�fico.

In�cio das teorias transformacionistas  

Houve todo um processo de revolu��o cient�fica, alavancado pelas id�ias transformacionistas decorrentes dos avan�os da F�sica, Astronomia e principalmente Geologia. Portanto deve-se considerar o contexto s�cio-econ�mico e cultural no desenvolvimento cient�fico.

Erasmus Darwin (1731-1802) Av� de Charles Darwin, publicou o livro Zoonomia ou Leis da vida org�nica (1794-1796) onde assinalou que a varia��o do ambiente provoca uma resposta do organismo (estrutura de um �rg�o). Portanto os animais se transformavam pelo h�bito provocado pelas necessidades. Em suma,  Erasmus Darwin acreditava na heran�a de caracteres adquiridos, e com essa cren�a produziu o que decerto era uma emergente teoria de evolu��o, embora, de fato, ainda deixasse muitas quest�es sem resposta.

Jean Baptiste de Monet - Cavaleiro de Lamarck (1744-1829)

Os trabalhos mais conhecidos de Lamarck s�o a Filosofia Zool�gica (1809) e os sete volumes da Hist�ria Natural dos animais invertebrados (1815-1822).(Foi Lamarck que introduziu a valiosa classifica��o de Vertebrados e Invertebrados). Sob o ponto de vista evolutivo afirmou que:

• Um ambiente em mudan�a altera as necessidades de um organismo que responde alterando seu comportamento usando mais alguns �rg�os do que outros.

• Uso e Desuso alteram a morfologia que � transmitida para a gera��o seguinte (Heran�a dos caracteres adquiridos)

Charles Robert Darwin (1809-1882)

Charles Robert Darwin, quinto dos seis filhos de Susannah e Robert Darwin, nasceu em 12 de fevereiro de 1809 na cidade de Shrewsbury, Inglaterra. Seu pai era um famoso m�dico, muito r�gido com a fam�lia. Era um cuidadoso colecionador de minerais, conchas e principalmente selos.  Durante a adolesc�ncia come�ou a ca�ar e sua aten��o foi concentrada nesta atividade com seus amigos. Seu pai, descontente com as atividades do filho, o enviou para a Universidade de Edimburgo estudar Medicina em 1825, a experi�ncia foi um fracasso, achava mon�tona as palestras e sentia repulsa em ver as opera��es. Portanto diante da desist�ncia, seu pai o enviou para Cambridge para se preparar para o sacerd�cio. Foi em Cambridge, com a amizade com o professor de Bot�nica, John Henslow, que despertou o verdadeiro interesse pela Hist�ria Natural.

A Viagem do Beagle (1831-1836)

Em 1831, O Almirantado procurou o Prof. Henslow, para acompanhar o Capit�o Robert Fitzroy como naturalista no navio HMS Beagle cujo objetivo era um completo levantamento das costas setentrionais da Am�rica do Sul, que incluia o mapeamento (cartografia) e verifica��o dos recursos para posterior explora��o e com�rcio. O Prof Henslow n�o aceita a oferta e indica Darwin, assegurando que  era "amplamente qualificado para coletar, observar e anotar".  O Tio e futuro sogro de Darwin convence o pai de Darwin a aprovar e custear a viagem.

O Beagle era um brigue (embarca��o de dois mastros) de dez canh�es, com 90 p�s de comprimento por 24 p�s de largura, onze anos de idade e em franca decomposi��o. No entanto, estava sendo todo reformado nos estaleiros da marinha para se transformar em uma barca com tr�s mastros.  O Capit�o FitzRoy dividiu os seus aposentos (o maior do Barco) com Darwin.

 O Mapa da Viagem do Beagle

Finalmente em 27/12/1831 o Beagle zarpou, fazendo a  primeira parada em 16/01 nas Ilhas Cabo Verde, e depois Fernando de Noronha em 20/02 e chegou a Salvador em 29/02/1832. Foi no Brasil que Darwin teve seu primeiro contato com a exuberante Floresta Tropical. 

Aportou no Rio de Janeiro em 5/4/1832, onde permaneceu, enquanto o Beagle voltou � Salvador para rever c�lculos cartogr�ficos, realizando uma s�rie de coletas e observa��es

Em 23 de julho de 1835 ancoraram em Valparaiso, no Chile, onde Darwin fez uma expedi��o aos Andes, e encontrou f�sseis de conchas a mais de 1000 metros de altitude. Em setembro de 1835, o Beagle chegou �s Ilhas Gal�pagos, onde Darwin constatou a exist�ncia de esp�cies de �rvores, tartarugas e aves diferentes em cada ilha.

Foi em Gal�pagos, que Darwin realmente passou a duvidar da imutabilidade das esp�cies. Principalmente ap�s as observa��es realizadas (Alguns autores comentam que durante um jantar na casa do Governador de Gal�pagos, surgiram coment�rios sobre a possibilidade de reconhecer a proced�ncia dos gal�pagos (c�gados) a partir da forma casco). 

Posteriormente, no navio, ao preparar os esp�cimes coletados para armazenamento e com a ajuda das anota��es do Capit�o Fitzroy verificou a varia��o existente entre os tentilh�es em rela��o as diferentes ilhas do Arquip�lago de Gal�pagos.

Na figura abaixo repare na forma do casco dos c�gados. Mais abaixo, est�o dispostos diversas figuras mostrando os tentilh�es.

Darwin iniciou uma s�rie de experimentos com plantas e animais visando desenvolver m�todos para verifica��o de um mecanismo de transforma��o dos seres vivos.

A Minuciosa Elabora��o da Teoria

Darwin consciente das implica��es de seu trabalho sobre a tese da imutabilidade das esp�cies e preceitos religiosos, met�dica e minuciosamente junta, durante mais de vinte anos, evid�ncias para provar a transforma��o dos seres vivos, e com isso come�a a escrever o livro "Natural Selection".(1856)

Em 1858, recebe carta de Alfred Russel Wallace, um jovem Naturalista que estava trabalhando no Arquip�lago Malaio (abaixo). Nesta carta, Wallace apresenta um esbo�o de suas observa��es no Arquip�lago e solicita a opini�o de Darwin. Ao ler a carta, Darwin, relata em sua autobiografia, que ficou completamente surpreso e escreve ao seu amigo Lyell, dizendo "Ele (Wallace) n�o poderia ter feito melhor resumo do meu trabalho desenvolvido nestes �ltimos 22 anos..."

Sendo assim resolve publicar conjuntamente a Teoria. 01/07/1858 - Apresenta��o conjunta da Teoria na Sociedade Lineana de Londres - Darwin -Wallace. (clique no link para acessar o trabalho conjunto)  DarwinWallacePaper.pdf Ao lado foto de Alfred Russel Wallace em 1853 e Mapa da Regi�o onde Wallace coletou os dados.

24/11/1859 - Publica��o do Livro "A Origem das Esp�cies por meio da Sele��o Natural"

Foi o primeiro a utilizar o que veio a ser denominado m�todo Hipot�tico-Dedutivo onde uma hip�tese � testada, determinando se as dedu��es dela obtidas s�o corroboradas pela observa��o.

O livro cont�m duas teses principais.

• Todos os organismos descenderam com modifica��es de um ancestral comum.

• O mecanismo de transforma��o � a Sele��o Natural que atua sobre a varia��o individual.

Sele��o Natural age favorecendo os mais aptos, sendo assim haveria a luta pela sobreviv�ncia.

Um aspecto sui generes referente ao Livro "A Origem das Esp�cies" � o de piorar a cada edi��o. Por exemplo, a base para atua��o do seu mecanismo de evolu��o, A Sele��o Natural, que atua justamente na da varia��o entre os indiv�duos n�o era explicada at� a 7� edi��o do Origens das Esp�cies, sendo que utilizou a teoria da Pang�nese para explicar as causas dessa varia��o individual.

Prop�s que a transmiss�o das caracter�sticas eram feitas por g�mulas que partiam dos diversos �rg�os para os gametas.( alguns autores relacionam a este aspecto, a liga��o de Darwin com a teoria Lamarckiana) O trabalho de Mendel (foto ao lado) foi encontrado na Biblioteca de Darwin. O referido trabalho (1865)  n�o teve muita repercuss�o nos meios cient�ficos, pois ao contr�rio da norma para um trabalho de Historia Natural da �poca, era recheado com c�lculos e propor��es.( Mendel.pdf - trabalho original, em ingl�s) Mendel (ao lado)- Bi�logo e bot�nico austr�aco de origem tcheca (1822-1884). � o pioneiro das teorias da Gen�tica. Nasce em Heinzendorf, Tchecoslov�quia. Filho de camponeses, interessa-se desde pequeno por plantas e ingressa na vida religiosa no Monast�rio Agostiniano de Br�nn, na Mor�via.  Com a redescoberta dos trabalhos de Mendel em 1900, por De Vries, Tschermak e Correns, independentemente que mostraram a exist�ncia de fatores que determinam a varia��o descont�nua, a Teoria de Darwin entrou em descr�dito

Per�odo de Elabora��o foi de 1936 a 1947. Entre os respons�veis pela fus�o de conceitos �da gen�tica e da Evolu��o est�o os matem�ticos John Burdon Haldane (1892-1964) e Ronald Fisher (1890-1962), os bi�logos Theodosius Dobzhansky (1900-1975), Julian Huxley (1887-1975) e Ernst Mayr (1904-).

A teoria neodarwinista diz que muta��es e recombina��es gen�ticas causam as varia��es entre indiv�duos sobre as quais age a sele��o natural. 

• Contribui��es da Gen�tica; Paleontologia e Sistem�tica.

• Reconciliou a Teoria de Darwin com as descobertas da Gen�tica.

• caracter�sticas adquiridas n�o s�o herd�veis.

• varia��o cont�nua tem a mesma base mendeliana que a descont�nua.

• desenvolvimento de teorias gen�ticas que permitiam a an�lise da sele��o natural, bem como outros mecanismos de altera��o das freq��ncias g�nicas nas popula��es (Endocruzamento; Fluxo G�nico; Deriva Gen�tica)

Principais Conceitos do Neodarwinismo

Variabilidade Gen�tica - exist�ncia de varia��o das caracter�sticas fenot�picas que representa a mat�ria prima para sele��o dos mais aptos ou com reprodu��o diferencial.

• Muta��o G�nica - Origem da varia��o gen�tica existente

• Recombina��o Gen�tica - Novos arranjos entre os genes.

Mecanismos que alteram as freq��ncias g�nicas das Popula��es

• Sele��o Natural - Principal mecanismo evolutivo

• Fluxo G�nico - Migra��o

• Deriva Gen�tica - Mecanismo estoc�stico de altera��o.

H� uma s�rie de links interessantes sobre evolu��o na p�gina dos favoritos. N�o deixe de visitar as p�ginas cujos links est�o disponibilizados abaixo (cont�m informa��es bem atualizadas sobre o embate criacionismo/evolucionismo)

http://universocriacionista.com.br/

http://www.str.com.br/principal.php

A cruzada dos criacionistas contra Darwin e o evolucionismo

http://www.cnn.com/2000/US/03/08/creationism.vs.evolution/index.html

TODAS AS FIGURAS DESTA P�GINA FORAM OBTIDAS A PARTIR DA BUSCA DE IMAGENS NA WEB ATRAV�S DA UTILIZA��O DO SOFTWARE DE BUSCA "COPERNIC 2000"

Quais foram as maiores contribuições da genética mendeliana para o desenvolvimento da teoria da evolução poque?

Qual a contribuição da genética para evolução?

Qual a contribuição de Mendel para o estudo da evolução?

Qual a influência das leis da genética no estudo da evolução?