Quais foram foram as principais mudanças de percurso entre as rotas marítimas representadas no mapa?

[EN] The seas, oceans, rivers and lakes were used for the establishment of sea routes during millennia, seeking in their origins lay with efficiency and safety, trade between two locations. The present study aimed to identify and describe the mechanisms responsible for the design, characterization and/or extinction of sea routes in the Atlantic for the 19th and 20th centuries. For this purpose, were conducted research in historical documents of the period, such as nautical charts, journals, atlases, official gazettes and historical books. The data obtained have been organized chronologically, allowing temporal visualization of various events, which subsequently were classified into factors and grouped in two large sets: boosters factors and determinants factors. The Boosters Factors stimulate the creation, catalyzing, revocation or amendment of sea routes. The Determinants are employed in characterization of maritime routes, being a factor essentially technical. Once you know the two mechanisms for the formation of sea routes in the Atlantic of the nineteenth and twentieth centuries, there is the question: how interact them? The "Boosters" behave as a propellant motor, which makes the propeller, the "Determinants", rotate in order to set the itinerary of the seaways. [PT] Os mares, oceanos, rios e lagos foram utilizados para o estabelecimento de rotas marítimas durante milênios, que buscavam desde sua origem estabelecer com eficiência e segurança, o comércio entre duas localidades. O presente trabalho teve por objetivo identificar e descrever os mecanismos responsáveis pela concepção, caracterização e/ou extinção de rotas marítimas no Atlântico para os séculos XIX e XX. Para tal foram realizadas buscas em documentos históricos do período, como cartas náuticas, jornais, atlas, boletins oficiais e livros históricos. Os dados obtidos foram organizados cronologicamente, permitindo a visualização temporal dos diversos eventos, que posteriormente foram classificados em fatores e agrupados em dois grandes conjuntos: fatores Impulsionadores e Determinantes. Os Fatores Impulsionadores têm por função estimular a criação, catalisar, extinguir ou alterar rotas marítimas. Já os Determinantes são empregados na caracterização das rotas marítimas, sendo, portanto, um fator essencialmente técnico. Uma vez que se conhecem os dois mecanismos para a formação de rotas marítimas no Atlântico dos séculos XIX e XX, tem-se a pergunta: como ambos interagem? Os “Impulsionadores” comportam-se como um motor propulsor, que faz o hélice, os “Determinantes”, rodar no sentido de definir o itinerário das rotas marítimas.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Quais foram foram as principais mudanças de percurso entre as rotas marítimas representadas no mapa?

As importantes rotas comerciais terrestres (vermelho) e marítimas (azul) bloqueadas pelo Império Otomano em 1453 após a queda de Constantinopla.

As rotas das especiarias foram rotas comerciais geradas pelo comércio de especiarias provenientes da Ásia. Estas rotas remontam à antiguidade greco-romana interligando diversos povos ao longo do tempo, da Europa à Ásia. Ligando importantes pontos comerciais e cruzando grande parte do mundo então conhecido, as rotas de especiarias para a Europa foram sucessivamente dominadas por mercadores do norte de e do Médio Oriente, pela República de Veneza no Mediterrâneo e, mais tarde, pelos portugueses que, com a descoberta do caminho marítimo para a Índia iniciariam uma rota marítima alternativa. A rota do Cabo, contornando África, viria a ser explorada também pelos Holandeses, entre outras potências europeias.As rotas das especiarias passavam por vários intermediários antes de serem revendidos na europa medieval

Rotas antigas[editar | editar código-fonte]

Quais foram foram as principais mudanças de percurso entre as rotas marítimas representadas no mapa?

As civilizações asiáticas desenvolveram o comércio de especiarias desde a antiguidade, e o mundo greco-romano deu-lhe continuidade, comerciando ao longo das chamadas "rota do incenso" e "rota romana da índia".[1]

As rotas romanas da Índia beneficiaram da tecnologia marítima desenvolvida pela potência comercial do Reino de Axum (c. 400 a.C. a 1000 d.C.), pioneira na rota do Mar Vermelho antes do século I. Roma viria a relacionar-se com esta civilização em c. 30 a.C., partilhando o conhecimento até meados do século VII, quando os muçulmanos bloquearam as rotas terrestres de caravanas através do Egipto e do Suez, impedindo o acesso dos mercadores europeus a Axum e à Índia. Finalmente, os mercadores árabes assumiram o transporte de mercadorias para a Europa, através do Levante e dos comerciantes venezianos, até que, em 1453, a queda de Constantinopla provocou novo bloqueio da rota de comércio - agora, pelos turcos otomanos - o que aumentaria o custo já elevado das especiarias.

Um mercador de Lisboa descreve a rota das especiarias, antes da descoberta do caminho marítimo para a Índia:

«Desta terra de Calecute vai a especiaria que se come em Portugal e em todas as províncias do Mundo; vão também desta cidade muitas pedras preciosas de toda a sorte. Aqui carregam as naus de Meca a especiaria e a levam a uma cidade que está em Meca que se chama Judeia. E pagam ao grande sultão o seu direito. E dali a tornam a carregar em outras naus mais pequenas e a levam pelo Mar Ruivo a um lugar que está junto com Santa Catarina do Monte Sinai que se chama Tunis e também aqui pagam outro direito. Aqui carregam os mercadores esta especiaria em camelos alugados a quatro cruzados cada camelo e a levam ao Cairo em dez dias; e aqui pagam outro direito. E neste caminho para o Cairo muitas vezes os salteiam os ladrões que há naquela terra, os quais são alarves e outros. «Aqui tornam a carregá-la outra vez em umas naus, que andam num rio que se chama o Nilo, que vem da terra do Preste João, da Índia Baixa; e vão por este rio dois dias, até que chegam a um lugar que se chama Roxete; e aqui pagam outro direito. E tornam outra vez a carregá-la em camelos e a levam, em uma jornada, a uma cidade que se chama Alexandria, a qual é porto de mar. A esta cidade de Alexandria vêm as galés de Veneza e de Génova buscar esta especiaria, da qual se acha que há o grande sultão 600 000 cruzados; dos quais dá, em cada ano, a um rei que se chama Cidadim 100 000 para que faça guerra ao Preste João."

Dos mercados de Veneza e Génova, eram espalhadas para toda a Europa estas especiarias, acrescidas imensamente no seu custo, e sem chegada garantida

Rota marítima do Cabo[editar | editar código-fonte]

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Datas e primeiros contactos dos portugueses de 1415-1543 e rotas no Oceano Índico (azul)

As rotas terrestres iniciais viriam a ser substituídas por rotas marítimas, dando um enorme impulso no crescimento do comércio.[2] Durante a Idade Média comerciantes muçulmanos dominaram as rotas marítimas de especiarias no oceano Índico, dominando áreas chave e enviando as especiarias da Índia para ocidente, através do Golfo Pérsico e do mar Vermelho, a partir de onde seguiam por terra para a Europa com enormes custos.

O comércio de especiarias seria um importante fator para o início Era dos Descobrimentos.[3][4] Face ao custo das rotas convencionais, o proveito dos portugueses em estabelecer uma rota marítima - praticamente isenta de assaltos, apesar dos perigos no mar - mostrava-se recompensador e prometia um grande rendimento à Coroa. Portugal, que vinha avançando nos seus descobrimentos marítimos, iria ligar directamente as regiões produtoras das especiarias aos seus mercados na Europa. A rota marítima para a Índia contornando África, pelo Cabo da Boa Esperança, foi descoberta em 1497 por Vasco da Gama, e transformou-se em uma nova rota de comércio.

Este comércio - que moveria a economia mundial desde o fim da Idade Média até aos tempos modernos[4] - marcaria a era de domínio europeu no Oriente.

Canais, como a Baía de Bengala, serviram de pontes para trocas culturais e comerciais entre diferentes culturas[5] à medida que diferentes países procuraram ganhar controlo do comércio ao longo das muitas rotas.[2] As rotas portuguesas foram limitadas pelos percursos, portos e nações difíceis de dominar. Mais tarde, os holandeses viriam a se tornar dominantes, conquistando território aos portugueses e fazendo a navegação directa desde o Cabo da Boa Esperança até ao estreito de Sunda, na Indonésia.

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. Fage, John Donnelly; et al. (1975). The Cambridge History of Africa. Cambridge University Press. ISBN 0521215927-p.164
  2. a b "spice trade". Encyclopedia Britannica. Encyclopædia Britannica. 2002.
  3. Donkin, Robin A.
  4. a b Corn, Charles; Glasserman, Debbie (March 1999). The Scents of Eden: A History of the Spice Trade. Prólogo.
  5. Donkin, Robin A. (August 2003). Between East and West: The Moluccas and the Traffic in Spices Up to the Arrival of Europeans.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • "spice trade". Encyclopedia Britannica. Encyclopædia Britannica. 2002.
  • Donkin, Robin A. (August 2003). Between East and West: The Moluccas and the Traffic in Spices Up to the Arrival of Europeans. Diane Publishing Company. ISBN 0871692481.
  • Corn, Charles; Glasserman, Debbie (March 1999). The Scents of Eden: A History of the Spice Trade. Kodansha America. ISBN 1568362498.
  • Collingham, Lizzie (December 2005). Curry: A Tale of Cooks and Conquerors. Oxford University Press. ISBN 0195172418.
  • Rawlinson, Hugh George (2001). Intercourse Between India and the Western World: From the Earliest Times of the Fall of Rome. Asian Educational Services. ISBN 8120615492.
  • Fage, John Donnelly; et al. (1975). The Cambridge History of África. Cambridge University Press. ISBN 0521215927.
  • Ray, Himanshu Prabha (2003). The Archaeology of Seafaring in Ancient South Asia. Cambridge University Press. ISBN 0521011094.
  • Crone, Patricia (2004). Meccan Trade And The Rise Of Islam. Gorgias Press LLC. ISBN 1593331029.
  • Shaw, Ian (2003). The Oxford History of Ancient Egypt. Oxford University Press. ISBN 0192804588.
  • Ball, Warwick (2000). Rome in the East: The Transformation of an Empire. Routledge. ISBN 0415113768.
  • Lach, Donald Frederick (1994). Asia in the Making of Europe: The Century of Discovery. Book 1.. University of Chicago Press. ISBN 0226467317.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • «Trade between the Romans and the Empires of Asia. Department of Ancient Near Eastern Art, The Metropolitan Museum of Art»

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Rota da seda
  • Especiarias
  • Rota de comércio
  • Galeão de Manila

Quais foram as principais mudanças no percurso entre as rotas marítimas?

Resposta verificada por especialistas. No mapa as principais alterações realizadas nas rotas marítimas a mudança da rota do Mar Mediterrâneo, que ligava a África, Europa e Ásia e que posteriormente passou-se a contornar o continente africano para chegar á Índia.

Quais foram as principais mudanças nas rotas comerciais de navegação entre 1913 e 2008 resumo?

As mudanças nas rotas marítimas se deram de 3 formas: Descobrimento e mapeamento de novas rotas, que permitiu maior economia de combustível, agilidade no transporte de cargas e diminui a necessidade de usar rotas perigosas.

Quais são as rotas marítimas?

Estas são as cinco rotas marítimas mais importantes do mundo.
1.1 Estreito de Malaca..
1.2 Canal de Suez..
1.3 Estreito de Ormuz..
1.4 Estreito de Gibraltar..
1.5 Canal do Panamá.

Quais as rotas comerciais marítimas que se tornaram importantes a partir do século XIX?

Com o crescimento das rotas marítimas, foram estabelecidos dois grandes eixos comerciais na Europa: o eixo do mediterrâneo, dominado pelas cidades italianas de Veneza e Gênova, e o eixo nórdico, conhecido como Liga Hanseática.