UNIDADE 3 - A MEDIDA DO TEMPO E A IDADE DA TERRA Show 3.1. IDADE RELATIVA E IDADE RADIOMÉTRICA IDADE RELATIVA São as rochas sedimentares que estão na base da datação relativa. Avalia-se a idade das formações geológicas relacionando-se com outras formações tendo em conta vários princípios. Para este método de datação, os fósseis de idade são muito importantes assim como há que ter em conta o princípio de sobreposição (lei de Steno), o Princípio da identidade paleontológica, o principio da intercepção e o princípio da inclusão. -As rochas têm a mesma idade dos fósseis que contém. -Um fóssil de idade corresponde a seres que viveram um curto espaço de tempo geológico e que tiveram uma grande distribuição geográfica. Ex: trilobite - Princípio de sobreposição: a camada que está por baixo é sempre mais antiga que a que está por cima desde que não haja deformações geológicas (dobras e falhas que podem causar inversões de camadas). - Princípio da identidade paleontológica: estratos que contenham o mesmo tipo de fósseis, tiveram a sua origem em ambientes semelhantes (fóssil de fácies - carateriza o ambiente de formação da rocha). - Princípio da intercepção - Todas as estruturas que intersetam formações (intrusões magmáticas, falhas) são mais recentes. - Princípio da inclusão- Um fragmento que incorpora num outro é mais recente.
Uma intrusão magmática, um filão (ocre) que interseta o calcário (cinzento), sendo este mais antigo. Praia do Abano-Guincho frame incorporada de http://www.classzone.com/books/earth_science/terc/content/visualizations/es2902/flash/es2902_uncomformity.swf frame incorporada http://www.wwnorton.com/college/geo/animations/geologic_history.htm http://ocw.innova.uned.es/cartografia/cortes_geologicos/cog_01.htm Este site permite a partir de uma carta geológica ver o corte geológico, onde podes tentar interpretar a história geológica. Se te quiseres divertir e meter em prática estes princípios mostra que és capaz de resolver parte destes problemas: http://paleoviva.fc.ul.pt/geogeral/Geogeral28.pdf IDADE RADIOMÉTRICA Hoje, devido ao avanço da Ciência e à descoberta da radioactividade é possível datar as rochas em unidades de medida, normalmente milhões de anos. Enquanto que na datação relativa dizemos que uma rocha é mais antiga ou mais recente que outra, neste tipo de datação atribuímos uma idade (ex: a rocha tem 260 Ma). A radioatividade corresponde à desintegração de um isótopo radiactivo ao longo do tempo com o intuito de ficarem mais estáveis, levando à libertação de partículas nucleares originando um outro isótopo. Esta desintegração é independente das condições do ambiente e por esta razão podem servir para medir a idade. Cada par de isótopo (isótopo-pai, o de origem e o isótopo-filho, o que se forma a partir do original), tem um tempo de desintegração característico e sabendo a quantidade relativa de cada um destes numa amostra de rocha, é possível determinar a idade das rochas a partir da quantidade relativa de cada um do par de isótopos. O intervalo de tempo que leva à desintegração de um par de isótopos em que a quantidade de isótopo-pai é a mesma que o do isótopo-filho designa-se por período de semitransformação, semivida ou meia-vida. Uns isótopos levam centenas ou milhares de anos a desintegrar-se, outros fazem-no quase instantaneamente. Dependendo do que se estuda (antigo ou recente), cabe ao geólogo determinar o isótopo radiactivo a estudar para determinar a idade absoluta. A relação entre o isótopo-pai e isótopo-filho permite calcular a idade da formação da rocha, tendo em conta que no início da formação da rocha o número de isótopos-pai era de 100%. Conhecendo o período de semivida do isótopo em estudo, chega-se à idade da rocha. Este tipo de datação implica trabalho de laboratório mais complexo que o de datação relativa. Os isótopos mais utilizados na datação radiométrica são o Potássio-40, o Urânio-238 o Carbono-14 (este último é utilizado para arqueologia, dado que o período de semivida é muito curto 5730 anos). frame incorporada http://www.cea.fr/var/cea/storage/static/fr/jeunes/animation/animations/DecroissanceRadioFr.swf De acordo com a maior parte dos cientistas que estudam o passado geológico da Terra, o nosso planeta possui aproximadamente 4,5 bilhões de anos. Porém, não se trata de uma medição totalmente precisa, pois a margem de erro dessa datação é estimada em 10%. Várias vezes, anteriormente, a idade da Terra foi recalculada à medida que novas evidências eram encontradas e as técnicas melhoradas. O que se via é que, a cada medição feita, a Terra era mais velha do que se imaginava. O método utilizado para calcular a idade da Terra é a datação dos átomos de Urânio, que se transformam em átomos de chumbo, liberando radiação. Com isso, após certo tempo, que é chamado de meia-vida, resta apenas metade desse urânio. Dessa forma, calculando a quantidade restante de urânio nas rochas mais antigas do planeta, é possível precisar a sua idade. O interessante é observar que essa datação não é realizada sobre as formações rochosas oriundas da própria Terra, e sim a partir de fragmentos de meteoritos que caíram sobre o nosso planeta. Isso porque as rochas da Terra estão em constante transformação, através do ciclo das rochas, o que dificulta a precisão da medição de suas idades. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) De acordo com essa medição e considerando os sucessivos períodos que marcaram as eras geológicas, podemos considerar que a história da humanidade é muito pequena em relação à história da Terra. Por esse motivo, costuma-se distinguir o tempo histórico do tempo geológico. O primeiro é sempre medido na escala dos milhares, e o segundo, na escala dos milhões e bilhões. Para se ter uma ideia dessa diferença, se reduzirmos a história da Terra em 24 horas, os primeiros Homo Sapiens teriam surgido às 23 horas, 59 minutos e 57 segundos. A história do homem, portanto, seria de meros 3 segundos.
Por que os fósseis foram importantes para a datação da Terra?Além de serem o principal indício da evolução biológica, com os fósseis podemos compreender como era o planeta há milhares de anos, o que possibilita reconstruções ambientais e o reconhecimento de espécies atualmente extintas.
Qual a importância dos fósseis na datação relativa das rochas?Os fósseis fornecem dados importantes quanto à evolução biológica, datação e reconstituição da história geológica da terra. A totalidade dos fósseis e sua colocação nas formações rochosas e camadas sedimentares é conhecido como registro fóssil.
Qual a relação de fósseis e rochas?Os fósseis formam-se apenas em áreas sedimentares, pois é durante o processo de sedimentação das rochas que a fossilização acontece. Os sedimentos são partículas de rochas, tais como a poeira e a areia.
O que são fósseis e qual a sua importância para o estudo da evolução?A Importância dos Fósseis
Assim, os fósseis são as provas mais concretas da existência de vida no planeta, sendo uma importante ferramenta de estudos entre os biólogos, arqueólogos, paleontólogos e geólogos. Eles revelam as transformações que ocorreram nos seres vivos e no próprio planeta durante anos.
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