Qual a importância do comércio exterior para as empresas brasileiras?

Gisele Prestes Cintra  (*)

O mercado de Comércio Exterior pode ser muito desafiador pela grande quantidade de  incertezas que traz consigo. São altos e baixos, com variações constantes de fretes,  consequências políticas, catástrofes naturais, etc. Por isso, muitas empresas se perguntam se  um profissional de comex pode de fato ajudar na tomada de decisões e saber identificar quais  os melhores caminhos em um cenário de crise.

Normalmente, esse tipo de profissional tem como responsabilidade controlar processos operacionais de importação e exportação. No entanto, é crucial a habilidade de saber extrair o  melhor de cada pessoa para aproveitar o que seu funcionário possui de melhor. Por exemplo,  profissionais de comex são formados nas mais diversas áreas, mas geralmente concentram-se  muito em Relações Internacionais, Economia e Administração. Possuem grandes habilidades de  organização e perfil analítico, pois são constantemente bombardeados com diversas  informações ao mesmo tempo. Se comunicam com vários atores, e precisam ser capazes de  tomar decisões de alto impacto em pouco tempo.

No mundo prático, em um cenário de pandemia e crise econômica, toda empresa  precisa de profissionais dedicados, criativos e tecnicamente bons. Mas qual fator realmente  destaca o profissional de Comércio Exterior? Definitivamente a resposta é conhecimento prático  de mercado. Quandoalguém faz uma nova rota em uma viagem, é muito mais difícil chegar ao  local de destino. Tenta-se o GPS, mas na estrada são descobertos buracos, acidentes, direções  proibidas, entre inúmeros outros percalços. No entanto, se a pessoa já fez aquele mesmo  caminho várias vezes, os empecilhos se tornam meros lembretes, e a estrada fica muito mais  tranquila, pois ela antecipa os problemas e lida com eles antes mesmo de acontecerem.

O mesmo ocorre com o cenário internacional: acredite se quiser, a grande maioria das  catástrofes que surgem já aconteceram antes. Existem pessoas que sabem como administrá-las,  além de uma gama de profissionais com conhecimento suficiente para prevê-las, de acordo com  o cenário que é apresentado. Por isso, o conhecimento é a chave. Para o importador, problemas  como canal vermelho, fechamento de fronteiras e aumento no preço dos fretes podem parecer  sem saída, mas para muitos profissionais é um trabalho rotineiro. Novas rotas, conhecimento  judicial, diferentes tipos de modais, são só alguns exemplos de soluções que podem ser  propostas.

Um bom profissional de Comércio Exterior é aquele que sabe lidar sob pressão.  Geralmente são profissionais acostumados com cobranças constantes, pois sempre foram  responsáveis por itens críticos onde trabalharam, como a matéria prima. Sabem priorizar  assuntos e se posicionar ao responder sobre um atraso. Por isso, não é incomum encontrar entre  esses funcionários um perfil de liderança. Não obstante, são pessoas em sua maioria  comunicativas, pois possuem muito networking no mercado para saber as notícias mais frescas  e as particularidades de cada operação. Essa característica é crucial para a resolução de muitos  problemas.

Importações e exportações, afinal, são processos de grande detalhamento e alto  impacto nas empresas, pois envolvem tempo, dinheiro, riscos, documentos, cargas, entre outras  particularidades. Portanto, é fundamental possuir um time qualificado e proativo para alcançar  os melhores resultados.

(*) Gisele Prestes Cintra – Comércio Exterior – Planejadora – Compradora –  Despachante Aduaneira

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Qual a importância do comércio exterior para as empresas brasileiras?

Qual a importância do comércio exterior para as empresas brasileiras?

No jogo de oferta e demanda, o Comércio Internacional surge para atender aos interesses de cada nação. O Brasil sofreu grandes entraves para exercer negociações internacionais com eficácia e relevância. Há um século, o país exportava Pau Brasil para as colônias portuguesas sem o apoio de tecnologia como hoje se vê. 

No jogo de oferta e demanda, o Comércio Internacional surge para atender aos interesses de cada nação, pois em um mundo com distintas realidades geográficas, políticas e econômicas, cada país possui um bem para comercializar ou para demandar de outro país.

No caso brasileiro, a agroindústria, o setor de serviços e industrial são os pontos fortes que contribuem para a relevância no mercado internacional, e ainda, o crescimento econômico e no PIB deste ano, até agora estimado em 3%. 


A EVOLUÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR PARA O BRASIL

O Brasil sofreu grandes entraves para exercer negociações internacionais com eficácia e relevância. Há um século, o país exportava Pau Brasil para as colônias portuguesas sem o apoio de tecnologia como hoje se vê. 

No final da década de 20, produtores de café sentiram os prejuízos fortemente causados pela quebra da bolsa de Nova Iorque, mesmo sendo responsável por 70% de toda exportação do país, o governo foi forçado a optar pela destruição de milhões de sacas e prejudicando o comércio exterior do país naquele período.

Até os anos 60 o país tinha produção restrita à exportação de produtos primários, e posteriormente outros produtos ganharam destaque, como cacau, algodão, fumo, açúcar, madeiras, carnes, minérios (principalmente ferro e manganês).

Neste período, produtos industrializados e semimanufaturados, correspondiam à apenas 5% do total das exportações do país, em 2005 essa categoria de produção já representava 60% de todo comércio exterior do Brasil, que indica e evidência os avanços econômicos provocados pela modernização do setor industrial.

OS DESAFIOS DO CENÁRIO ATUAL

O Brasil enquanto organização destoa do resto do mundo, pois a exemplo as econômicas integrantes do G8, grupo das oito economias mais potentes do mundo, administram o comércio exterior através de um ministério exclusivo para os assuntos do mercado internacional. No Brasil, são vários órgãos e secretarias que atuam em sua administração, não havendo uma pasta ministerial exclusiva no país para lidar com os assuntos do comércio exterior.

Ainda assim, em 2020, o Brasil obteve US $209,921 bilhões em exportações e US $158,926 bilhões em importações, com superávit da balança comercial brasileira. Os resultados obtidos reafirmam a importância do setor de commodities no Comércio Exterior Brasileiro.

Um famoso exemplo são as BigTechs - empresas com serviços tecnológicos - e que, neste caso, possuem unidades em distintos países. Isso é um exemplo de que o comércio internacional demanda grande capacidade diplomática e gerenciamento econômico interno. 


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Qual a importância do comércio exterior para as empresas?

O Comércio Internacional dilui os riscos de atividades, permite a empresa seguir comercializando mesmo com uma crise econômica interna no país. A melhor forma de visualizarmos o desempenho do comércio internacional de um país é por meio de sua balança comercial.

Qual a importância do comércio exterior para a economia brasileira?

A importância do comércio exterior para o país Uma das principais vantagens do comércio exterior é a possibilidade de importar mercadorias não existentes no país. Esse investimento é muito benéfico, pois garante um diferencial competitivo para as empresas que comercializam esses produtos internacionais no Brasil.

Quais são os benefícios do comércio exterior para as empresas brasileiras?

Benefício 1: Aumento de vendas. ... .
Benefício 2: Crescimento da produtividade. ... .
Benefício 3: Incentivos fiscais. ... .
Benefício 4: Melhora da Qualidade do Produto. ... .
Benefício 5: Melhoria da Empresa. ... .
Benefício 6: Aumento do market share. ... .
Benefício 7: Diminuição da dependência do mercado interno. ... .
Benefício 8: Acesso a novas tecnologias..

Qual a importância do comércio para o Brasil?

O comércio faz parte do setor terciário da economia brasileira o qual é responsável por mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, gerando 75% dos empregos do Brasil. Também fazem parte do setor terciário os segmentos de serviços, telecomunicações e comunicações, computação e tecnologia.