Qual a importância dos estudos realizados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PNUD?

Os principais destaques da semana, com notícias e informações do nosso #ConhecimentoTransforma

Você sabe o que são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)? Em uma pesquisa exclusiva, nós descobrimos que 49% dos entrevistados não conhecem esse tema tão importante no debate sobre questões como pobreza, fome e educação.

O levantamento que nós da Rede Conhecimento Social realizamos em conjunto com o IBOPE Inteligência e a Conhecimento Social — Estratégia e Gestão, revelou ainda que 38% das pessoas já ouviram falar nos ODS, mas não têm conhecimento sobre o assunto.

Do total, 10% declararam ter algum conhecimento sobre o tema e apenas 1% disse saber bastante sobre o assunto. O dado nos preocupa, porque a agenda é muito complexa e aponta para uma mudança importante no cenário mundial, o que exige a participação de todos.

Percebemos que o conhecimento ainda é restrito a grupos socioeconômicos de escolaridade e renda mais altas. Por isso é tão importante planejar estratégias específicas para promover a mobilização de diferentes grupos para a inclusão e consolidação da agenda ODS no país.

Para transformar esse retrato, precisamos acolher, articular e conectar todas as pontas da sociedade. Quanto mais pessoas têm acesso ao conhecimento, mais gente terá disponibilidade para colaborar. O benefício é de todos, uma vez que múltiplos atores podem contribuir para assegurar os avanços necessários aos desenvolvimento sustentável.

Isso porque apesar da falta de informação a respeito da agenda, a pesquisa também nos mostrou que todos os segmentos populacionais têm uma afinidade com as causas e objetivos promovidos pelos ODS.

Com isso, acreditamos ser fundamental a visibilidade da agenda frente à opinião pública, para que ela se converta em um estímulo concreto a ações de articulação entre várias instâncias e à participação da sociedade como um todo.

Conheça, conecte e transforme!

O que são os ODS?

Lançada em setembro de 2015 durante a Cúpula de Desenvolvimento Sustentável, na Organização das Nações Unidas (ONU), a agenda 2030 é um plano de ações para as pessoas, para o planeta e para a prosperidade, buscando também fortalecer a paz universal com mais liberdade.

Países do mundo inteiro se comprometeram a tomar medidas urgentemente necessárias para direcionar o mundo para um caminho sustentável, cumprindo 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável — os ODS.

São 169 metas que visam estimular as ações dos países até 2030 em áreas de grande importância: pessoas, planeta, prosperidade, paz e parceria. Para saber mais sobre os ODS, acesse o site oficial da ONU neste link.

Metodologia

Para levantar a percepção dos brasileiros sobre os ODS, realizamos 2002 entrevistas em 143 municípios brasileiros, com pessoas de 16 anos ou mais, de 7 a 11 de abril de 2017. A margem de erro é de 2 pontos percentuais sobre o total da amostra.

Realização

Esses são os resultados de uma pesquisa que é o primeiro fruto da parceria entre a Rede Conhecimento Social, o IBOPE Inteligência e a Conhecimento Social — Estratégia e Gestão (consultoria especializada na produção de conhecimento no terceiro setor), que estão juntos para atuar na condução de projetos pesquisa que contribuam para o desenvolvimento do campo social. Esse primeiro estudo, realizado em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), tem o objetivo de levantar a percepção dos brasileiros sobre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), contratados em 2015 pelos países signatários das Nações Unidas, a chamada Agenda 2030.

Conheça mais sobre a Rede Conhecimento Social

Quando falamos em desenvolvimento de um país, o foco vai para fatores que interferem na qualidade de vida da população em termos de renda, saúde e educação. Para mensurar esses itens de forma objetiva, foi criado o Índice de Desenvolvimento Humano, mais conhecido como IDH. Já se perguntou qual é o IDH Brasil?

Neste texto, você vai entender melhor sobre como funciona esse cálculo, em que nível o nosso país se encontra e qual é a relação entre IDH e o acesso aos serviços de saneamento básico. Continue a leitura e saiba mais!

O IDH — Índice de Desenvolvimento Humano

A pesquisa do IDH é realizada pela ONU (Organização das Nações Unidas) e utiliza uma metodologia bastante complexa para dar uma nota que vai de 0 a 1 para avaliar o Índice de Desenvolvimento Humano dos países. Quanto mais próximo de 1, maior é o desenvolvimento do país.

O IDH leva em conta três aspectos principais para chegar a uma avaliação mais exata: educação, saúde e renda. Vale ressaltar que esse índice não é um indicador perfeito, mas é, sim, uma ferramenta padronizada importante para avaliar o bem-estar da população.

Os resultados são publicados anualmente no Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), documento integrante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Os dados do IDH são muito importantes para monitorar o padrão de desenvolvimento dos países e descobrir se o crescimento econômico que eles apresentam se reflete na qualidade de vida dos seus cidadãos. O histórico permite acompanhar o avanço, o recuo ou a estagnação de uma nação ao longo do tempo.

Além disso, o IDH também é utilizado para classificar os países em três grandes categorias:

  • países desenvolvidos;
  • países em desenvolvimento;
  • países subdesenvolvidos.

Mas como esse cálculo é feito? É o que você vai ver agora!

Os cálculos do IDH

Os dados são coletados pelo PNUD com base nos bancos de dados internacionais, fornecidos por órgãos como a OMS (Organização Mundial da Saúde) e a OIT (Organização Internacional do Trabalho). As três esferas de desenvolvimento que são avaliadas levam em consideração as seguintes questões:

  • educação: índices de analfabetismo, tempo esperado que o indivíduo estude para concluir a educação básica e tempo que de fato estudou;
  • saúde: expectativa de vida ao nascer e a expectativa de vida das pessoas, que é a idade média que as pessoas vivem naquele país. Além disso, outros fatores são avaliados, como políticas públicas de saúde, envolvendo campanhas de vacinação, divulgação educativa de conteúdos sobre saúde, fornecimento de medicações e sistema público de saúde;
  • renda nacional bruta (RNB): são cruzados dados sobre a renda bruta do país e o poder de compra dos cidadãos.

Com base nessas variáveis, o país ganha uma nota de 0,000 a 1,000 e pode ser encaixado em uma das seguintes categorias:

  • IDH abaixo de 0,550: baixo desenvolvimento humano;
  • IDH entre 0,551 e 0,699: médio desenvolvimento humano;
  • IDH entre 0,700 e 0,799: alto desenvolvimento humano;
  • IDH superior a 0,800: muito alto desenvolvimento humano.

O Relatório de Desenvolvimento Humano de 2018 registrou uma pontuação de 0,759 para o Brasil, sendo, portanto, classificado no grupo de alto desenvolvimento humano. No entanto, o país ainda tem muito a avançar para alcançar o “pelotão de frente” dos países com muito alto desenvolvimento humano.

Segundo o estudo, a média de tempo em que o brasileiro passa estudando é de 7,8 anos, e a expectativa de vida é de 75,7 anos. O PNUD avaliou 189 países, e ficamos na 79ª posição no ranking. Entre os latino-americanos, o Brasil ocupou o 5º lugar, atrás da Argentina (47ª), do Chile (44ª) e até da Venezuela (78ª).

Confira algumas das colocações:

  • 1º: Noruega (0,953);
  • 2º: Suíça (0,944);
  • 3º: Austrália (0,939);
  • 4º: Irlanda (0,938);
  • 13º: Estados Unidos da América (0,924);
  • 79º: Brasil (0,759);
  • 189º: Nigéria (0,354).

Os impactos do saneamento básico no IDH Brasil

Os problemas decorrentes da falta de saneamento básico afetam a economia, a saúde, o desempenho escolar das crianças e a produtividade dos brasileiros — fatores que estão diretamente ligados ao IDH Brasil. Essa foi uma constatação de um estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil.

Essa queda de eficiência dos trabalhadores e estudantes está relacionada a afastamentos e internações, muitas vezes causados por doenças contraídas pela falta de um saneamento adequado. Entre elas, infecções gastrointestinais provocadas pelo consumo de água contaminada.

Só para se ter uma ideia, segundo um estudo divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 10% de todas as mortes de crianças de até cinco anos são provocadas por diarreia. Outras 300 mil nessa mesma faixa etária morrem por causa da malária. Esses são problemas que o saneamento básico ajuda a reduzir.

Esse déficit de infraestrutura adequada nas cidades brasileiras acaba por, indiretamente, impactar nos indicadores de desenvolvimento, como os relacionados à expectativa de vida, mortalidade infantil, renda e tempo efetivo de estudo.

Por outro lado, o saneamento poderia contribuir para a geração de renda por fomentar a criação de vagas de emprego em obras de infraestrutura, tornar as cidades mais atraentes ao turismo e a melhora no desempenho escolar.

Um diagnóstico realizado pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento aponta para alguns dados alarmantes sobre o saneamento no Brasil:

  • 57% dos brasileiros não têm esgoto tratado;
  • 72% do esgoto coletado é tratado;
  • mesmo na zona urbana, apenas 50,6% da população é atendida com serviços de coleta de esgoto.

Quanto ao abastecimento de água potável, os dados são mais animadores, mas ainda é preciso avançar:

  • 83,5% da população é atendida com serviços de abastecimento – isso significa que cerca de 30 milhões de brasileiros ainda não são recebem água tratada em casa;
  • na zona urbana, o percentual já está na casa dos 94%, caminhando para uma universalização do serviço.

A falta dos serviços básicos é um dos grandes geradores da desigualdade social no mundo. No Brasil, sem dúvida, um dos serviços públicos essenciais com maior atraso é o saneamento básico. Essa falta de infraestrutura empurra o Brasil para trás de países próximos, como Venezuela, Peru e Bolívia.

Os serviços de saneamento são fundamentais para a saúde, a qualidade de vida e o desenvolvimento dos brasileiros. Investimentos nesse setor podem ajudar o IDH Brasil a sair da estagnação e ficar mais próximos dos índices atingidos pelos países desenvolvidos.

Quer saber mais sobre saneamento básico? Então, temos um artigo especial para você: acesse e leia agora mesmo o nosso guia completo!

Qual a importância dos estudos realizados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento?

Ela busca fortalecer a paz universal com mais liberdade, e reconhece que a erradicação da pobreza em todas as suas formas e dimensões, incluindo a pobreza extrema, é o maior desafio global ao desenvolvimento sustentável.

Qual a importância do PNUD?

O PNUD, atualmente em 170 países e territórios, tem a constante missão de alinhar seu trabalho às necessidades do país, colaborando no desenvolvimento de políticas, habilidades de liderança, capacidades institucionais, resiliência e, especialmente, erradicação da pobreza e redução de desigualdades e exclusão social.

Qual a importância do PNUD para o Brasil?

O PNUD atua ajudando os países na construção de uma governança democrática, ou seja, apoiando os países no desenvolvimento de instituições mais democráticas e que assegurem direitos humanos e liberdades ao seu povo.

Quais são os Objetivos do Programa das Nações Unidas?

A Organização das Nações Unidas (ONU) é uma organização internacional cujo objetivo é buscar a paz e o desenvolvimento mundial por meio da cooperação entre os países. A Organização das Nações Unidas representa os esforços mundiais na busca pela paz entre as nações.