Quando começa a vida do feto

O período embrionário define a fase do desenvolvimento que se prolonga desde a fecundação até à 8ª semana da gestação altura em que o embrião se passa a chamar “feto”. A partir deste momento, passará o tempo a crescer e a amadurecer os seus órgãos, rumo a uma vida independente fora do útero materno.

De embrião a feto: as primeiras semanas de vida

Quanto tempo demora para ocorrer a fecundação?

A fecundação do óvulo pelo espermatozoide depende do período fértil da mulher. Durante cerca de 6 dias, as hipóteses de engravidar estão no auge, quando se dá a ovulação, ou seja, um óvulo pronto a ser fertilizado é lançado nas trompas de Falópio onde aguarda a chegada dos espermatozoides.

Desenvolvimento do embrião

As primeiras semanas da gestação são o período mais sensível do desenvolvimento embrionário. A divisão e diferenciação celular implica uma precisão extraordinária para que o corpo e todas as funções do futuro bebé se desenvolvam como esperado.

O período embrionário define esta fase crucial do desenvolvimento e que abrange o momento da fecundação até à 8ª semana da gestação altura em que o seu bebé se passa a chamar “feto”. A partir deste momento, passará o tempo a crescer e a amadurecer os seus órgãos, rumo a uma vida independente fora do útero materno.

As primeiras duas semanas: divisão celular e implantação

Nas duas primeiras semanas de vida do embrião, dá-se a fertilização do óvulo pelo espermatozoide e a junção do material genético de ambos os progenitores numa célula única. Esta, rapidamente se começa a multiplicar ao mesmo tempo que desce pelas trompas de Falópio em direção ao útero onde se irá fixar e desenvolver.

Enquanto tudo isto acontece, desenvolvem-se as estruturas de vida do embrião para que possa ser nutrido e protegido dentro do seu útero.

  • Como se forma a placenta?
  • Líquido amniótico
  • Cordão umbilical

Desenvolvimento dos órgãos e tecidos do corpo

Às três semanas de desenvolvimento embrionário, os primeiros sinais dos órgãos e tecidos do embrião começam a aparecer. O tubo neural, a coluna vertebral e o cérebro estão em formação.

Os músculos, a pele e o tecido ósseo começam a aparecer bem como, o coração e os vasos sanguíneos.

No final do primeiro mês, um minúsculo coração primitivo já bombeia o sangue à volta do embrião. Durante o segundo mês, desenvolvem-se os sistemas nervoso central e periférico.

Os braços e as pernas começam a formar-se. Depois, surgem as mãos, os braços, os ombros e as pernas. A cabeça do embrião destaca-se proporcionalmente do corpo, representando cerca de metade do tamanho do embrião.

Os ossos, cartilagens, músculos e órgãos (fígado, rins, baço), o sistema digestivo, respiratório e excretor estão em formação.

Com 7 semanas, o esqueleto começa a transformar-se de cartilagem em osso e, por volta da 10ª semana, aparecem os olhos, nariz, ouvidos e queixo. No final do 2º mês, o embrião tem características nitidamente humanas.

Com 8 semanas, o embrião está completamente formado e passa a chamar-se “feto”. Durante as próximas 36 semanas, o crescimento será a principal ocupação do seu bebé.

  • Primeira semana do desenvolvimento embrionário
  • Segunda semana do desenvolvimento embrionário

Desenvolvimento do bebé na gravidez

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  • Thursday, 20-Oct-2022 16:52:00 -03

    Cientistas defendem 5 momentos para in�cio da vida humana

    GIULIANA MIRANDA
    DE S�O PAULO

    15/10/2010 09h24

    Os cientistas n�o t�m consenso sobre o momento exato em que come�a a vida humana, mas h� cinco hip�teses mais aceitas.

    Vote a enquete sobre o in�cio da vida humana
    Aborto natural � comum nos primeiros meses

    Cada uma delas, listadas pelo bi�logo americano Scott Gilbert no livro "Biologia do Desenvolvimento", parte de uma caracter�stica considerada essencial � exist�ncia dos seres humanos.

    Decis�o encerra luta jur�dica a favor de c�lula de embri�o no pa�s
    Anticoncepcionais reduzem abortos e gesta��es indesejadas pelo mundo

    A primeira � a abordagem gen�tica. Para ela, j� h� vida no momento da fecunda��o, porque a uni�o do espermatozoide ao �vulo d� origem a uma nova combina��o de genes -um DNA in�dito.

    "H� v�rios pontos, inclusive �ticos, a considerar, mas eu acredito que a fecunda��o marca o in�cio da vida", afirma o especialista em reprodu��o humana Arnaldo Cambiaghi. A maioria das religi�es apoia esse conceito.

    A geneticista da USP Lygia Pereira diz que a defini��o do novo genoma � "sem d�vida important�ssimo para o in�cio da defini��o de vida", mas afirma que isso n�o significa que seja o ponto definitivo no conceito de vida.

    "Existem muito mais fatores", diz ela, que prefere n�o apontar um momento �nico.

    Editoria de Arte/Folhapress
    Quando começa a vida do feto

    DEPOIS DA FECUNDA��O

    Outro fator, por exemplo, � o in�cio da gastrula��o -processo de divis�o que d� origem aos diferentes �rg�os.

    Disso surge uma posi��o diferente da Cambiaghi, que diz ser necess�rio esperar at� essa divis�o come�ar para determinar o in�cio da vida.

    A gastrula��o come�a quando o zigoto, que a partir desse ponto � chamado de embri�o, instala-se no �tero.

    Boa parte dos abortos espont�neos acontece ainda nesse est�gio e a mulher sequer percebe a gravidez.

    Um terceiro fator considerado � a atividade neuronal. Como a morte cerebral � interpretada como fim da vida humana, por simetria, o come�o da atividade cerebral marcaria o seu princ�pio. Essa � a opini�o da embriologista da USP Irene Yan.

    "Como indiv�duo, o ser humano come�a com o desenvolvimento da atividade cerebral", afirmou ela.

    Boa parte dos cientistas considera que isso ocorre ap�s o primeiro trimestre de gravidez, mas h� diverg�ncia sobre o momento exato.

    Para Yan, o crit�rio de vida precisa ser adaptado em cada esp�cie. "Ouri�os do mar, por exemplo, n�o t�m c�rebro. Precisamos, ent�o, encontrar outros crit�rios que determinem a forma��o de nova vida para essa esp�cie."

    Bem menos difundida, mas tamb�m presente, � a abordagem ecol�gica, uma quarta linha de pensamento. Para ela, a vida come�a quando o feto j� � capaz de sobreviver fora do �tero, o que aconteceria normalmente no s�timo m�s de gesta��o.

    Com o avan�o da medicina, no entanto, esse crit�rio fica mais difuso, pois h� casos de beb�s que sobrevivem nascendo bem antes.

    Um �ltimo ponto de vista defende que o feto s� existe como vida quando se torna biologicamente independente de sua m�e.

    No Brasil, esse � o conceito usado para determinar quando o indiv�duo passa a ter alguns dos seus direitos constitucionais b�sicos -o feto s� tem personalidade jur�dica depois do nascimento.