Quando um ônibus em movimento dá uma freada brusca o que acontece com os passageiros?

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por Descomplica

16/12/2022

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Quando falamos de um corpo parado ou em movimento, falamos de sua velocidade, aceleração, distância percorrida ou espaço que ocupa, mas não do que faz esse corpo entrar em movimento (ou cessar esse movimento). Assim, força é o que faz um corpo variar sua velocidade. Ou seja, é o que confere (des)aceleração a um objeto.

Vamos imaginar um livro sobre uma mesa. Ele está parado sobre a mesa. A menos que algo aconteça (alguém o tire de lá, algo se choque com ele ou algo do tipo), ele permanecerá do mesmo modo. Sobre esse livro, agem as forças peso, que atrai o livro para o chão, e a normal, que é uma reação ao contato entre o livro e a mesa. Essas forças têm a mesma intensidade, mesma direção e sentidos opostos. Por isso, se anulam e o livro permanece parado.

Outro exemplo. Você lança uma bola sobre um chão antiderrapante. Ela vai rolar até parar por conta do atrito (um tipo de força, então, modifica a velocidade de um corpo) entre ela e o solo. Imagine, agora, que a chão é liso, a bola vai rolar por mais tempo até parar pois o atrito é menor. Então, é possível concluir, então, que se não houvesse atrito, a bola rolaria infinitamente até que algo a parasse.

Ou seja, a partir dos dois exemplos podemos concluir que se um corpo estiver parado, ele permanecerá parado e se estiver em movimento, assim continuará até que algo modifique seu estado. A essa propriedade de invariabilidade damos o nome de inércia.

Eis, então, a Primeira Lei de Newton, ou Lei da Inércia.

“Todo corpo permanece parado ou em movimento retilíneo uniforme (MRU) a menos que uma força seja aplicada nele”

Para descrever um movimento (ou a ausência dele) é necessário especificar a referência da observação. Por exemplo, quando estamos dentro de um ônibus que anda com velocidade constante estamos parados ou em movimento? A resposta depende de quem vê a situação. Se a pessoa está dentro do ônibus, ela vai falar que os demais passageiros estão parados. Enquanto alguém que está na calçada e vê o ônibus passar, dirá que os passageiros estão em movimento.

Vamos então imaginar que estamos dentro deste ônibus e o mesmo freia bruscamente. Por inércia, somos jogados para frente, pois esta era a tendência do movimento até uma força (da freada) agir sobre o ônibus e modifica-lo.

Leia também:

  • Segunda Lei de Newton - princípio fundamental da dinâmica
  • Terceira Lei de Newton - princípio da ação e reação

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/fisica/primeira-lei-de-newton-lei-da-inercia/

Existem algumas raras situações que nos deparamos com algo completamente imprevisível e é necessário realizar uma redução brusca de velocidade, tais situações, em sua quase totalidade, são em decorrência de erros de alguém ou fenômenos da natureza (que também, em alguns casos, podem ser evitados). Assim a freada brusca pode ser causada por erro próprio, erro de outros e muito raramente por fenômenos da natureza.

No primeiro caso (erro próprio), por cultura, costumamos atribuí-los aos outros e não fazemos uma autoanálise. A frenagem brusca acontece principalmente pela falta de atenção, pela falta de previsão, falta de antecipação, excesso de confiança, avaliações erradas do condutor, negligência, imprudência e imperícia.

Os veículos comerciais de carga, devido ao “peso”, necessitam de mais espaço para desacelerar ou parar totalmente, por isso prever e antecipar as nossas ações é tão importante, assim como utilizar todas as técnicas desenvolvidas em nossos cursos de Direção Segura.

Ao realizar uma frenagem brusca, o risco de colisão ou de tombamento aumenta consideravelmente e se o veículo não tiver freios ABS, as rodas poderão travar ao entrar em atrito dinâmico, provocando a perda de controle da direção e consequentemente causar uma fatalidade.

Durante a frenagem brusca a carga e o veículo tendem a continuar o movimento em que estavam em linha reta (inércia), podendo sofrer avarias ou provocar graves consequências. Além disso, nessa situação, ocorre um aumento da temperatura e do desgaste de componentes do sistema de freios de serviço, fazendo com que gradativamente percam sua eficiência.

Os pneus também sofrem diretamente os esforços da frenagem brusca, causando desgaste irregular, deformação e superaquecimento, comprometendo sua segurança e durabilidade, pois são eles os responsáveis pela aderência do veículo ao solo.

Evite andar próximo dos demais veículos (à frente, ao lado e atrás), mantenha a velocidade compatível com a via, com o trânsito, com o tipo de operação, com a carga, com as condições do veículo e com as suas condições físicas e psicológicas.  Faça uso dos freios auxiliares (se não estiver em piso escorregadio ou molhado). Esteja sempre atento e tenha sempre em mente “E SE...” (...o veículo da frente colidir, ...tiver um veículo quebrado numa curva com restrição de visibilidade ou numa via com neblina..., um pedestre surgir de repente na sua frente...), se antecipe às ações dos outros.

Hoje os aparelhos de telemetria são capazes de mostrar essas frenagens bruscas através de cálculos de redução de velocidade. Normalmente são calibrados para emitir alertas quando ocorre uma redução de 14 km/h em 1 segundo. Alguns motoristas acabam recebendo notificações de frenagem brusca porque não sabem que, ao passar em buracos, lombadas, valetas, “costelas de vaca” e pisos de baixa aderência o aparelho irá registrar, mesmo que o veículo não tenha tido tal redução de velocidade, porque o aparelho está colhendo a velocidade do próprio sistema do caminhão e não de posicionamento por satélite, se as rodas travarem ele aponta uma frenagem brusca. Outra situação é a falta de sensibilidade com o pedal do freio e isso se agrava em subidas íngremes, com caminhão vazio e em baixa velocidade.

Lembre-se que adotar um estilo de condução preventivo e defensivo reduz o desgaste de peças, possibilita maior intervalo entre as paradas para manutenção e principalmente aumenta a sua segurança e a dos demais na via.

Professores:  Eric Nakamura e Manoel Carvalho Filho

Quando um ônibus em movimento dá uma freada brusca o que acontece com os passageiros que estão em pé?

Quando o ônibus é freado bruscamente, as pessoas, por inércia, tendem a continuar o movimento. Só que o ônibus parou, por isso as pessoas vão para frente.

O que ocorre aos passageiros quando um ônibus dá uma freada brusca Como você explica esse fato?

Quando o ônibus freia, sua velocidade diminui rapidamente, mas os passageiros tendem a permanecer na mesma velocidade antes da frenagem, causando com que a velocidade relativa entre o ônibus e os passageiros sejam diferentes.

Quando um ônibus e freado bruscamente todos os passageiros são lançados para a frente explique fisicamente esse fenômeno?

Devemos lembrar que, pelo princípio da Inércia, Primeira Lei de Newton, um corpo tende a manter seu estado de movimento se não houver nenhuma força resultante que atue neste corpo. Desta forma, o ônibus freia e o nosso corpo tende a manter seu estado de movimento, ou seja, o ônibus para e nós continuamos em movimento.

Por que quando o ônibus freia os passageiros vão para a frente?

Quando o veículo é brecado, os passageiros tendem a manter-se no seu estado de movimento. Por isso, as pessoas "vão para a frente" do ônibus quando este breca.