Quanto é o salário de quem se alista no exército

Quanto é o salário de quem se alista no exército

Exagerado, distorcido ou discutível

O soldo destinado a recrutas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica é mesmo de R$ 642. Isso não quer dizer que o pagamento esteja irregular, como insinuou o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ). O direito constitucional do trabalhador de receber pelo menos um salário mínimo não vale para os militares.

A questão foi analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2008, por meio do julgamento de um recurso de um recruta contra a União. Na época, a corte decidiu que o pagamento inferior ao salário mínimo era constitucional. “Praças que prestam serviço militar inicial obrigatório não tinham, como não têm, o direito a remuneração, pelo menos equivalente, ao salário mínimo em vigor, afigurando-se juridicamente inviável classificá-los, por extensão, como trabalhadores na acepção que o inciso IV do artigo 7º da Carta Magna empresta ao conceito”, justificou o relator, Ricardo Lewandowski, em seu voto.

Segundo o ministro do STF, os militares se enquadram em um regime jurídico próprio, diferente daquele dos servidores civis. Não podem, por exemplo, fazer greves ou serem filiados a partidos políticos. A única obrigação do governo federal, por isso, seria fornecer “as condições materiais para a adequada prestação do serviço militar obrigatório nas Forças Armadas”. A decisão transformou-se na Súmula Vinculante 6, mecanismo que obriga todos os juízes do país a seguirem o que o STF determinou.

Os recrutas, no entanto, recebem hoje um o valor muito mais próximo do salário mínimo. Segundo o Ministério da Defesa, também é paga uma gratificação por habilitação, que aumenta o soldo em 12%. A quantia equivale a R$ 77,04. O valor total chega, portanto, a R$ 719,04. Como o salário mínimo atualmente está em R$ 788, a diferença é de R$ 68,96. O valor do soldo também tem sido reajustado ano a ano. Em 2012, era de R$ 492. Passou a R$ 537 em 2013, para R$ 588 em 2014 e chegou a R$ 642 este ano. Os recrutas têm também direito a assistência médica das Forças Armadas.

Engana-se quem pensa que o exército é um local apenas para pessoas interessadas na carreira de soldado. Muito mais além, profissionais de diversas áreas podem trabalhar na instituição, contando com um bom salário.

O interessante das vagas do exército é que elas também são destinadas aos mais diferentes níveis de ensino — ou seja, há cargos para quem concluiu o ensino médio, técnico ou superior. Basta lembrar, no entanto, que é preciso realizar um concurso para ingresso, o que requer boa preparação do candidato.

Se você está pensando sobre as possibilidades de futuro ou avalia mudar de carreira, continue a leitura e saiba:

  • média salarial dos profissionais com ensino médio;
  • quanto ganham os profissionais com ensino técnico;
  • o salário dos graduados no exército;
  • se vale a pena atuar no exército brasileiro.

Vamos lá?

  • 1 Qual é a média salarial dos profissionais com ensino médio?
  • 2 Quanto ganham os profissionais com ensino técnico?
  • 3 Qual é a remuneração dos profissionais com ensino superior?
  • 4 Afinal, vale a pena atuar no exército brasileiro?

Qual é a média salarial dos profissionais com ensino médio?

Os profissionais com ensino médio podem realizar as provas para diversas carreiras, tais como:

  • Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx);
  • Instituto Militar de Engenharia (IME);
  • Escola de Sargento das Armas.

A Escola Preparatória de Cadetes do Exército é destinada para jovens do sexo masculino que estejam concluindo o ensino médio ou que já tenham essa formação. O objetivo da EsPCEx é preparar os alunos para o ingresso na Academia Militar das Agulhas Negras.

Já o IME separa vagas para pessoas que já tenham concluído o ensino médio ou que contem com o ensino superior em Engenharia. Enquanto isso, a Escola de Sargento das Armas oferece oportunidades gerais, nas mais variadas áreas — tais como cavalaria, artilharia e infantaria — e para músicos.

Em relação aos salários, as vagas no exército para nível médio podem girar em torno de R$ 1.044 e R$ 3.825. Vale lembrar, também, que os alunos podem contar com assistência médica, odontológica, alimentação e alojamento.

Quanto ganham os profissionais com ensino técnico?

O nível técnico é o meio termo entre o ensino médio e o ensino superior, podendo oferecer mais oportunidades aos estudantes que tenham esse título. O aluno formado em nível técnico que deseja se tornar um Militar de Carreira pode ingressar, por exemplo, na Escola de Sargentos de Logística.

Para tanto, o curso técnico em Enfermagem é uma das exigências. A prova é direcionada a ambos os sexos, mas restrições de idade podem ser solicitadas no edital — por isso, é preciso ler com atenção todas as informações presentes nesse documento.

Vagas temporárias também podem ser ofertadas, a partir de concurso superior para exército, específico para esse fim. As oportunidades para sargento técnico temporário e cabo especialista temporário, por exemplo, contam com um limite de permanência de 8 anos e requerem nível técnico ou profissionalizante.

Já em relação à média salarial, os valores mensais giram em torno de R$ 4.400. As áreas de atuação, além de Enfermagem, também podem ser Recursos Humanos, Engenharia Mecânica, Magistério, Logística, Tecnologia, Finanças, Gastronomia, Comunicação, Contabilidade e Administração.

Qual é a remuneração dos profissionais com ensino superior?

As carreiras no exército representam uma boa remuneração aos profissionais, principalmente para aqueles que contam com um diploma de graduação. Por isso, fazer uma faculdade é essencial para conseguir uma vaga com um bom salário mensal.

No exército, quem tem formação no ensino superior pode ingressar em diferentes carreiras, tais como:

  • Escola de Formação Complementar do Exército (EsFCEx);
  • Instituto Militar de Engenharia (IME);
  • Curso de Formação de Oficiais do Quadro de Engenheiros Militares;
  • Escola de Saúde do Exército (EsSEx).

A Escola de Formação Complementar do Exército tem endereço em Salvador (BA) e, entre os seus cursos superiores exigidos, podem ser citadas as graduações de Administração, Direito, Ciências Contábeis, Informática, Magistério, Economia, Estatística, Pedagogia, Veterinária, Comunicação Social e Enfermagem.

Já o IME e o Curso de Formação de Oficiais do Quadro de Engenheiros Militares são voltados à área de Ciências Exatas, exigindo a formação nos cursos de Engenharia. Por fim, a Escola de Saúde do Exército requer a graduação em Medicina, Farmácia ou Odontologia.

A média salarial ultrapassa os R$ 8.300 para profissionais graduados e, em comparação ao salário do brasileiro, é garantia de uma vida bastante confortável.

Ao escolher alguma das modalidades de ensino aqui da Pitágoras, suas chances de conquistar a vaga desejada no exército se ampliam. Afinal, sua formação será completa, com auxílio de professores qualificados, uma infraestrutura de excelência e acompanhamento contínuo.

Afinal, vale a pena atuar no exército brasileiro?

A atuação no exército brasileiro é o objetivo de muitas pessoas. Mas, afinal, vale a pena ingressar nesse tipo de carreira ou é preferível prestar um concurso para atuar com mais proximidade ao público, como a profissão de delegado civil? Continue a leitura e veja características desse caminho profissional.

Estabilidade salarial

A primeira vantagem da atuação no exército é a estabilidade salarial. Por ser um concurso público, os salários dos profissionais são definidos em edital prévio e a sua continuidade é garantida para quem é aprovado no exame.

Assim, os profissionais das mais variadas áreas podem contar com a estabilidade salarial e, claro, garantir uma vida muito mais confortável. Esse fator é bastante atrativo para quem deseja ter tranquilidade em relação às contas pagas.

Possibilidade de crescimento profissional

A carreira no exército também é interessante, porque proporciona crescimento profissional. Ou seja, é possível ingressar em uma determinada posição e, com o tempo de trabalho, crescer na carreira e conseguir ainda mais vantagens — como o aumento do salário ou a aquisição de uma ocupação hierarquicamente mais alta.

A possibilidade de crescimento evita que o profissional sinta-se frustrado e é uma boa vantagem para quem pensa em ingressar no exército.

Transferências constantes

Por outro lado, a carreira no exército também pode apresentar um ponto negativo: as transferências constantes. Por ser um concurso de nível nacional, podem ser requisitadas transferências ao profissional, para locais que não sejam de seu interesse.

Por isso, a carreira no exército talvez não funcione para quem deseja estabilidade em um lugar e uma rotina mais fixa. Confira todas as informações do edital, pesquise sobre as vagas de seu interesse e verifique a respeito da possibilidade de transferências.

Se você está em busca da melhor carreira ao seu perfil, o salário do exército é um atrativo e tanto. Com diferentes médias salariais para os profissionais de nível médio, técnico e superior, conte com um diploma e consiga uma remuneração excelente.

Gostou das informações sobre a carreira no exército? Bastante interessante, não? Veja, agora, 8 aplicativos de emprego para baixar em seu celular e confira outras possibilidades de trabalho.

Quanto ganha uma pessoa que se alista?

A média salarial nacional de Recruta na empresa Exército Brasileiro é de R$ 1.206 por mês. O salário mensal de Recruta na empresa Exército Brasileiro varia de R$ 964 a R$ 1.782.

Quanto ganha um Soldado que se alista?

No cargo de Soldado do Exército se inicia ganhando R$ 1.459,00 de salário e pode vir a ganhar até R$ 1.935,00. A média salarial para Soldado do Exército no Brasil é de R$ 1.543,00.

É bom servir o Exército?

Benefícios do exército Durante o serviço no exército, ele aprenderá diversas atividades que podem contribuir na carreira, de marcenaria e mecânica a administração. Além disso, só de ter passado por isso conta muitos pontos na hora de seleção de candidados nas empresas.

Quanto tempo uma pessoa fica no Exército?

O Serviço Militar inicial dos incorporados terá a duração normal de 12 (doze) meses, podendo ser reduzido ou dilatado, conforme previsto no art.6 da Lei do Serviço Militar (Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964).