Que fator determinante faz a diferença entre dengue zika e chikungunya?

1 Introdu��o

A Biogeografia � uma ci�ncia que busca compreender, entre outros aspectos, as localidades de ocorr�ncias onde os organismos est�o (L�WENBERG NETO, 2007), podendo ser fauna ou flora. No presente estudo elencou-se o vetor Aedes aegypti e as patologias que s�o transmiss�veis aos seres humanos.

Os casos do dengue, chikungunya e v�rus Zika est�o espalhados pelo Brasil e cotidianamente se disseminando para novas localidades dentro das unidades federativas por fatores clim�ticos que favorecem a reprodu��o, e pela falta de conscientiza��o da massa da popula��o, pois os cuidados contra o Aedes aegypti devem ocorrer durante todo o ano e principalmente nas esta��es de primavera e no ver�o.

Ante o exposto, este trabalho tem por objetivo demonstrar os casos do dengue, e chikungunya nos Estados do Paran�, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, nos anos de 2015 e 2016; e do v�rus Zika em 2016, assim como os casos graves de dengue e casos com sinais de alarme no per�odo de 2015 e 2016, na Regi�o Sul do pa�s.

2 Etiologia do Dengue

O dengue caracteriza-se como uma arbovirose de r�pida propaga��o em �reas tropicais e subtropicais (DEGENER et al., 2014). A transmiss�o ocorre aos seres humanos atrav�s da picada de mosquitos Aedes aegypti. De acordo com os estudos de Gubler (2004), entre as arboviroses existentes at� o momento, o dengue � a �nica completamente adaptada aos seres humanos, principalmente em �reas urbanas.

O agente da doen�a � o dengue v�rus (DENV), cujo g�nero � Flavivirus, fam�lia Flaviviridae. Eles possuem quatro sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3, DENV-4), que causam o Dengue Cl�ssico (DC) como tamb�m a Febre Hemorr�gica do Dengue (FHD) (GUBLER, 1997; OMS, 1999; TAUIL, 2001). Normile (2013) descreve a descoberta do sorotipo DENV-5, como uma forma grave de dengue que foi isolada resultante do soro de um paciente. Acredita-se que n�o h� transmiss�o entre humanos at� o momento e que este v�rus circula somente entre os primatas.

Quanto ao DENV-1, 2, 3 e 4, Gubler (1998) afirma que as infec��es por cada um desses sorotipos certificam imunidade permanente para aquele determinado v�rus e transit�ria para os outros, podendo uma pessoa ser infectada durante a vida por at� quatro vezes.

A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) estabelece crit�rios para a classifica��o dos casos de dengue, de acordo com a gravidade. No ano de 1997, foi proposta a seguinte classifica��o para os casos de Dengue: Dengue Cl�ssico (DC); Febre Hemorr�gica do Dengue (FHD), que � caracterizada por derrames plasm�ticos, manifesta��es hemorr�gicas, insufici�ncia circulat�ria e hepatomegalia; e S�ndrome do Choque da Dengue (SCD), caracterizada pela insufici�ncia circulat�ria. Em 2009, a OMS promoveu a modifica��o da classifica��o para: Dengue, Dengue com Sinais de Alarme (DSA) e Dengue Grave (DG), essa �ltima � caracterizada quando ocorre o extravasamento plasm�tico, grave disfun��o de �rg�os e sangramento importante (RANGA et al., 1997; WHO, 2009).

De acordo com os estudos de Osanai et al. (1983), o primeiro surto do dengue no s�culo XX no Brasil, teve como sorotipos DENV-1 e DENV-4, na cidade de Boa Vista-RO, no in�cio da d�cada de 80 do s�culo passado.

Em 1986 a doen�a eclode no Rio de Janeiro (SCHATZMAYR et al., 1986), continuando os n�meros de casos a crescer, concomitantes � evolu��o e adaptabilidade do dengue ao meio urbano. Fraiha (1968)1 apud Bassi et al. (2011) complementa afirmando que no estado do Rio de Janeiro o relato da doen�a ocorreu em 1923, e no estado de S�o Paulo, entre os anos de 1851 e 1853.

Com rela��o ao DENV-2 e DENV-3, em 1990, ocorreu o in�cio da circula��o do DENV-2, e no �ltimo m�s do ano 2000 o DENV-3 (NOGUEIRA et al., 2005; NOGUEIRA et al., 2008; RODRIGUEZ-BARRAQUER et al., 2011).

3 Chikungunya

O chikungunya (CHIKV ou CKG) RNA v�rus do g�nero Alphavirus, que em l�ngua makonde significa “aquele que � contorcido”, � caracterizado pela postura de seus pacientes causada pelas fortes dores articulares que apresentam” (TAUIL, 2014). Foi descrito pela primeira vez na regi�o que hoje corresponde � Tanz�nia, em 1953 (LUMSDEN, 1955). Um caso foi descoberto nas Am�ricas em 2013, seguido por uma ocorr�ncia no Brasil, onde at� outubro de 2014 j� se contavam 828 casos (DONALISIO; FREITAS, 2015). Entretanto Hon�rio et al. (2015) discordam de Donalisio e Freitas, afirmando que

Ao longo de 2014 foram confirmados 2.772 casos de CHIKV, distribu�dos em seis Unidades Federativas: Amap� (1.554 casos), Bahia (1.214), Distrito Federal (2), Mato Grosso do Sul (1), Roraima (1) e Goi�s (1). Em 2015, at� a 12� semana epidemiol�gica (4 de janeiro a 28 de mar�o de 2015), foram confirmados 1.513 casos aut�ctones: 735 no Amap�, onde foi identificado o gen�tipo asi�tico e 778 casos na Bahia (HON�RIO et al., 2015, p. 906).

Vasconcelos (2014, 2015) afirma que o prov�vel meio de distribui��o ocorreu por transporte a�reo de passageiros, a partir do Qu�nia. Donalisio e Freitas (2015, p. 284) fizeram uma importante contribui��o com rela��o �s caracter�sticas dos sintomas, manifesta��es neurol�gicas e compara��o entre dengue e Chikungunya:

A Chikungunya se caracteriza por quadros de febre associados � dor articular intensa e debilitante, cefaleia e mialgia. Embora possua sintomas semelhantes ao da dengue, chama a aten��o a poliartrite/artralgia sim�trica (principalmente punhos, tornozelos e cotovelos), que, em geral, melhora ap�s 10 dias, mas que pode durar meses ap�s o quadro febril. A propor��o de casos cr�nicos variou em diferentes epidemias na Fran�a, �frica Sul e ilhas do oceano �ndico, de 4 a 63%. O nome Chikungunya significa “aquele que se curva” na l�ngua Makonde, falada em v�rias regi�es da �frica Oriental, raz�o da posi��o ant�lgica que os pacientes adquiriam durante o per�odo de doen�a. Embora quadros severos n�o sejam comuns e n�o ocorram choque ou hemorragias importantes como na dengue, manifesta��es neurol�gicas (encefalite, meningoencefalite, mielite, s�ndrome Guillain Barr�), cut�neas bolhosas e miocardite podem trazer gravidade aos casos; principalmente, em beb�s e idosos. Ao se comparar com a dengue, a Chikungunya apresenta caracter�sticas que amplificam a dissemina��o da doen�a e aumentam a possibilidade de grandes e explosivas epidemias. Entre estas caracter�sticas est�o a maior propor��o de casos sintom�ticos (> 90%), menor tempo de incuba��o intr�nseca (de 2 a 7 dias), maior per�odo de viremia (2 antes e 10 depois da febre) e menor per�odo de incuba��o extr�nseca (no mosquito). A replica��o viral no mosquito Aedes albopictus al�m do A. aegypti aumenta a extens�o geogr�fica das regi�es com potencial de circula��o viral. Existe, ainda, o risco de estabelecimento de um ciclo enzo�tico da Chikungunya macaco mosquito no Brasil impossibilitando a erradica��o da doen�a no pa�s.

Assim, tanto o dengue (DENV) quanto o chikungunya (CHIKV) s�o transmitidos por mosquitos do g�nero Aedes, sendo os dois invasores e cosmopolitas. Hon�rio et al. (2015, p. 906) explanam os locais que ambos s�o encontrados com os respectivos n�veis de aglomera��o populacional e prefer�ncias alimentares:

A primeira, de comportamento antropof�lico, � encontrada com maior frequ�ncia em locais de aglomera��o humana, realizando o repasto sangu�neo e o repouso no interior de habita��es. J� a segunda, exibe comportamento alimentar diverso, com maior frequ�ncia em �reas de menor aglomera��o humana, alimentando-se e repousando preferencialmente no peridomic�lio.

Vasconcelos (2014, p. 9) complementa afirmando que a transmiss�o ocorre “pelo mesmo vetor do dengue, o Aedes aegypti, e, secundariamente, tamb�m pelo Aedes albopictus, que espalhou medo, doen�a, e surpreendentemente, algumas mortes em crian�as, idosos e em imunodeprimidos”.

A cautela tem que ser eminente, pois no que tange ao chikungunya a transmiss�o da m�e para filho � invulgar, entretanto todos os rec�m-natos infectados durante o momento do parto apresentaram doen�a sintom�tica com manifesta��es graves em 50%, inclusive a encefalopatia em 90% das ocorr�ncias (GERARDIN et al., 2008). A gravidade em rec�m-natos e o �nus da paralisia cerebral demandam medidas terap�uticas e preventivas, que devem ser antecedidas de confirma��o da viremia (per�odo de transmiss�o da doen�a aos vetores) materna (HON�RIO et al., 2015).

4 V�rus Zika

O v�rus Zika (ZIKV) � um flaviv�rus, que surpreendeu o Brasil em 2014, tendo ocorrido uma epidemia em 2015 no Nordeste do pa�s. Os primeiros casos de microcefalia registrados foram em crian�as nascidas em janeiro de 2015. Essa patologia possui elevado potencial e o v�rus � encontrado ativo na urina e saliva (FIOCRUZ, 2016). A transmiss�o ocorre pelo mosquito respons�vel pelo dengue (DENV), o Aedes aegypti.Valle, Pimenta e Aguiar (2016) delinearam tr�s peculiaridades:

[...] total de pessoas afetadas e velocidade de dissemina��o do v�rus; gravidade das manifesta��es possivelmente associadas ao v�rus, incluindo a microcefalia nos filhos de m�es acometidas durante a gravidez e o desenvolvimento de sequelas neurol�gicas em parte das pessoas que adoeceram; e epidemia de (des)informa��o, disseminada t�o - ou mais - rapidamente que a pr�pria situa��o de Sa�de P�blica.

Em pesquisas recentes (CARDOSO et al., 2015; DUFFY et al., 2009; MORO, 2010; NUNES et al., 2015; VALLE, PIMENTA; AGUIAR, 2016) foram encontradas muitas contradi��es com alus�o � dissemina��o do Zika em rela��o ao chikungunya, identificaram-se tr�s linhas de reflex�es para auxiliar na compreens�o delineadas por Valle, Pimenta e Aguiar (2016, p.420). A primeira inclui tamb�m o per�odo de incuba��o extr�nseco (PIE):

A primeira tentativa de compreens�o do fen�meno coloca em xeque as pr�prias informa��es enumeradas. Por exemplo: pode ser que o ZIKV tenha entrado no Brasil anteriormente, e permanecido “invis�vel” ao sistema de sa�de, seja porque seus sintomas, quando se manifestam, s�o brandos, seja porque tenha sido confundido com outras doen�as exantem�ticas, ou mesmo com a dengue, para a qual o pa�s � hiperend�mico. Quanto aos percentuais conhecidos de sintom�ticos - Zika, 20%; chikungunya, 80% -, vale destacar o pequeno tamanho amostral a sustentar essas taxas. Afinal, CKG at� 2005 e ZIKV at� 2007 eram v�rus pouco estudados, restritos � �frica e regi�es da �sia. Tamb�m � ainda pequeno o tamanho amostral usado para a determina��o do PIE em Aedes para ZIKV e CKG. Em rela��o aos vetores, vale mencionar que tanto o ZIKV quanto o CKG s�o v�rus originalmente encontrados em �reas silvestres ou rurais da �frica, respectivamente, na floresta de Zika (localidade de Uganda que deu nome ao v�rus) e na Tanz�nia. Nessas regi�es, a circula��o dava-se, principalmente, entre primatas n�o humanos e mosquitos silvestres. Eis um ponto de reflex�o importante: se n�o fosse a atividade humana, seja explorat�ria ou mesmo de vigil�ncia (caso do ZIKV, primeiramente encontrado em macacos rhesus, sentinela para febre amarela), qual seria a probabilidade de esses v�rus terem contato com A. aegypti? Hoje, diz-se que A. aegypti e o A. albopictus s�o os principais transmissores de CKG. No Senegal, entretanto, o mosquito Aedes taylori foi identificado como um elo na transmiss�o do v�rus CKG entre os ambientes silvestre e urbano. Em conson�ncia, � comum ouvir que o A. aegypti � o transmissor do ZIKV. N�o obstante, na floresta Zika, a transmiss�o do ZIKV por Aedes africanus foi confirmada; na epidemia de Yap, na Micron�sia, 2007, n�o havia A. aegypti e sim Aedes hensilli; e na Polin�sia Francesa, a transmiss�o do ZIKV, muito provavelmente, foi carreada por Aedes polynesiensis.

Os autores ainda complementam afirmando que a segunda e terceira linhas de reflex�es tamb�m s�o fundamentais visto que podemos observar que

A segunda linha de reflex�o relaciona-se a outro “surto”, este deflagrado em paralelo: a epidemia da informa��o - e da desinforma��o. Quantas pessoas, de fato, est�o infectadas pelo ZIKV? e pelo v�rus CKG? Lembre-se que s� recentemente o Minist�rio da Sa�de incluiu manifesta��es decorrentes do ZIKV na Lista Nacional de Notifica��o Compuls�ria. Al�m disso, h� significativa sobreposi��o dos sintomas causados pelo ZIKV com os de DENV, com outras doen�as exantem�ticas, e mesmo com CKG. Somem-se a isso limita��es de diagn�stico espec�fico para Zika. Em resumo, o que se alastrou extremamente r�pido? A epidemia do ZIKV ou a quantidade de pessoas que acreditam ter contra�do o ZIKV? A terceira argumenta��o, alvo de consider�vel pol�mica, encontra-se na possibilidade de a transmiss�o do ZIKV ocorrer por vias alternativas � transmiss�o vetorial. Trata-se de um fato incomum para o caso dos flaviv�rus, de forma geral. Por�m, h� relatos de suspeitas de transmiss�o sexual do ZIKV desde 2008. A hip�tese viu-se refor�ada em 2013, quando da detec��o de part�culas virais ativas no s�men de um homem no Tahiti. Mais recentemente, surgiram outras evid�ncias nesse sentido: detec��o de part�culas virais ativas, em quantidade elevada, na urina e na saliva de pacientes com sintomas de fase aguda de infec��o pelo ZIKV no Rio de Janeiro. Simultaneamente, novas not�cias de potencial transmiss�o sexual do v�rus come�am a surgir, como a suspeita de 14 casos entre norte-americanos e de um caso na Fran�a. (VALLE; PIMENTA; AGUIAR, 2016, p. 420).

5 Aspectos da Geografia da Sa�de

Ap�s 1982, ano que representou o marco para a Geografia da Sa�de, os ge�grafos que tinham interesse nesta linha de pesquisa da geografia, desenvolveram muitas pesquisas no �mbito da sa�de preventiva, visualizando a implanta��o do Sistema �nico de Sa�de – SUS, que permitiu a realiza��o de a��es da medicina preventiva (VAZ; REMOALDO, 2011). Esse sistema � resultante da universaliza��o dos atendimentos relacionados � sa�de prevista na Constitui��o de 1988, como tamb�m na Lei 8.080/90 (FERREIRA, 2015).

A Geografia da Sa�de possui duas �nfases de an�lises: a Nosogeografia e a an�lise dos servi�os de sa�de e infraestrutura. Para Peiter (2005) os estudos que tangem a Nosogeografia compreendem a Geografia da Sa�de, propondo a identifica��o dos padr�es espaciais das doen�as.

Mendon�a, Ara�jo e Foga�a (2014) complementam afirmando que os dois grandes campos de interesse da Geografia da Sa�de s�o: a) Nosogeografia, e b) a abordagem dos Servi�os de Sa�de. A Nosogeografia � considerada a abordagem mais tradicional, a que se prop�e � identifica��o e an�lise de padr�es de distribui��o espacial das quest�es de sa�de e doen�a como um todo nas rela��es t�mporo-espaciais, tratando diretamente dos determinantes e condicionantes do processo sa�de-doen�a de popula��es.

A Geografia da Sa�de desde seu marco em 1982 at� o presente momento (in�cio do s�culo XXI) trabalha os temas da sa�de de forma preventiva, ou seja, enfatizando os aspectos da sa�de, ao inv�s da cura. Assim, no �mbito da preven��o, a Geografia da Sa�de � utilizada por ge�grafos de modo que estes profissionais realizam an�lise dos fatores sociais e ambientais que podem agravar a sa�de, fazendo a correla��o dos fatores geogr�ficos com a ocorr�ncia das doen�as (SOBRAL, 1988 apud FERREIRA, op. cit.).

Os estudos de Geografia da Sa�de possuem papel fundamental no campo dos vetores, principalmente do A. aegypti, que possui rela��o direta com o espa�o geogr�fico, temperatura, precipita��o e a sociedade civil.

6 Procedimentos metodol�gicos

Os procedimentos foram iniciados por embasamento cient�fico por meio de livros, disserta��es, teses, e artigos nas plataformas virtuais:

  1. 1. Base de Peri�dicos – Scientific Electronic Library Online – SciELO
  2. 2. Base de publica��es Pubmed

As fontes dos dados foram embasadas no Minist�rio da Sa�de. Monitoramento dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo v�rus Zika at� a Semana Epidemiol�gica 52, 2016, da Regi�o Sul. Salienta-se ainda que, esse v�rus passou a ter notifica��o compuls�ria no m�s de fevereiro de 2016.

A nomenclatura “casos prov�veis” � utilizada para incluir o total absoluto dos casos notificados, com exce��o dos que j� foram descartados. Os casos aut�ctones s�o os casos confirmados que foram detectados no mesmo local onde ocorreu a transmiss�o. Os casos importados referem-se aos casos importados de outra localidade onde ocorreu a doen�a. Os casos notificados se referem � comunica��o oficial ao �rg�o de sa�de respons�vel. Os casos confirmados s�o aqueles suspeitos da doen�a confirmados em laborat�rio.

Definida por conven��o internacional, as semanas epidemiol�gicas s�o contadas de domingo a s�bado. A primeira semana do ano � a que cont�m o n�mero superior de dias de janeiro e a �ltima � a que cont�m o maior n�mero de dias do m�s de dezembro.

Para o c�lculo da verifica��o do coeficiente de incid�ncia foi utilizada a f�rmula (Equa��o 1). O coeficiente de incid�ncia foi calculado utilizando-se o n�mero de casos novos prov�veis dividido pela popula��o de determinada �rea geogr�fica, expresso por 100 mil habitantes, como indicado por Tronchin et al. (2006).

Que fator determinante faz a diferença entre dengue zika e chikungunya?
(Equa��o 1)

7 Resultados e discuss�o

Os casos prov�veis do dengue na Regi�o Sul (Paran�, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) apresentaram aumento de 2015 para 2016. Ao realizar o c�lculo da taxa de incid�ncia o resultado n�o foi diferente, havendo aumento para os tr�s estados (Figura 1).

Que fator determinante faz a diferença entre dengue zika e chikungunya?

Figura 1.
N�mero de casos prov�veis de dengue e taxa de incid�ncia no Paran�, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, 2015 e 2016
Fonte: Brasil (2017)

Comparando os dados dos anos de 2015 e 2016 dos casos prov�veis de dengue nos tr�s Estados da Regi�o Sul (Paran�, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), foi poss�vel constatar um aumento significativo de casos em cada estado, com destaque para o Estado do Paran� com 45.542 casos em 2015 (408 casos para cada 100 mil habitantes) e 64.305 casos em 2016 (579,7 casos para cada 100 mil habitantes), ou seja, um aumento de 18.763 casos. Santa Catarina teve registrados 4.441 casos em 2015 (65,1 casos para cada 100 mil habitantes) e 5.150 casos em 2016 (76,2 casos para cada 100 mil habitantes), com um acr�scimo de 709 casos no intervalo de um ano. J� no Rio Grande do Sul foram registrados 1.698 casos em 2015 (15,1 casos para cada 100 mil habitantes) e 3.195 casos em 2016 (29,2 casos para cada 100 mil habitantes), com um aumento de 1.497 casos no intervalo de um ano.

A grande maioria dos casos de dengue no Paran� em compara��o aos demais estados da Regi�o Sul foi devida � propaga��o do mosquito Aedes aegypti. A explica��o se fundamenta principalmente pelas diferen�as clim�ticas. Segundo Paula (2005), que tratou de decifrar a propaga��o da doen�a no Paran� relacionando-a �s condi��es clim�ticas, evidenciou-se a situa��o vulner�vel em que se encontrava no per�odo do estudo (e que ainda se encontra) a popula��o paranaense, tornando o estado um dos que teve o maior aumento proporcional dos casos da doen�a em todo o pa�s. Tornando mais clara a interfer�ncia clim�tica na incid�ncia do dengue, Paula (2005, p. 140) enfatiza essa quest�o por meio da classifica��o clim�tica de K�ppen, utilizando as classifica��es: clima temperado �mido (Cfa) com ver�es, e clima temperado h�mido (Cfb) com ver�es temperados quentes, deixando claro que

A distribui��o dos casos aut�ctones n�o se d� de forma homog�nea, nota-se uma concentra��o na por��o norte-noroeste-oeste do estado, fato este que pode ser atribu�do ao tipo clim�tico de dom�nio sobre esta regi�o: Cfa - quente e �mido. Assim, ao se observar a espacialidade da incid�ncia da dengue no Paran�, fica evidenciada sua estreita rela��o com as �reas de maior infesta��o dos mosquitos Aedes albopictus e Aedes aegypti, particularmente deste �ltimo. A rela��o entre a �rea de maior incid�ncia da doen�a e a por��o mais quente do estado, onde domina o tipo clim�tico Cfa, tamb�m apareceram de maneira bastante expl�cita na abordagem aqui desenvolvida. Os poucos casos aut�ctones de dengue confirmados em munic�pios cujo tipo clim�tico � Cfb, � necess�rio afirmar, ocorreram sob condi��es t�rmicas acima da normalidade.

Cat�o (2011) tamb�m afirma em seu trabalho a baixa incid�ncia do dengue na Regi�o Sul do Brasil com rela��o ao restante do pa�s, mas sempre destacando a diferen�a entre o n�mero de casos no Paran� comparado com os de Santa Catarina e Rio Grande do Sul somados. O autor explica um n�mero menor de casos na Regi�o Sul devido � temperatura m�dia anual mais baixa. A diferen�a do Estado do Paran� se explica pela zona de transi��o clim�tica em que o estado se situa, possuindo �reas com baixa notifica��o e �reas de maior ocorr�ncia da doen�a, citando as regi�es norte, oeste e noroeste. “As regi�es de maior intensidade nesse estado formam um arco entre Foz do Igua�u e Maring�, que continua por territ�rio paulista at� o litoral Sul de S�o Paulo” (CAT�O, 2011, p. 109).

Mendon�a (2006b) explica que nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a grande maioria dos casos do dengue � importada de outras regi�es do pa�s, casos estes tendo maior incid�ncia em determinadas �reas, sendo geralmente registrados na por��o noroeste dos dois estados, e tamb�m no nordeste de Santa Catarina. Todavia, o vetor do dengue � end�mico na regi�o Sul do Brasil, fato que coloca esta vasta �rea numa condi��o de elevado risco � incid�ncia de casos aut�ctones do pat�geno num cen�rio de intensifica��o do aquecimento clim�tico global-regional.

Segundo Consoli e Oliveira (1994), a esp�cie em estudo ocorre mais bem pr�ximo da isoterma de 20 �C. Com rela��o �s condi��es de temperatura para reprodu��o e evolu��o do mosquito, as condi��es impr�prias para sua sobreviv�ncia s�o as temperaturas acima dos 40 �C e abaixo dos 10 �C (AQUINO JUNIOR, 2014). Assim, os tr�s estados da Regi�o Sul, s�o favor�veis para haver o desenvolvimento da esp�cie. De acordo com Mendon�a (2003; 2004; 2006a; 2009), a precipita��o pluvial tem papel fundamental para reprodu��o e evolu��o da esp�cie, de modo que a �gua oriunda da precipita��o se acumula em diversos locais na �rea urbana (pneus, latas, vasos, piscinas abandonadas e entre outros), onde o A. aegypti deposita seus ovos, ocorrendo, assim, a reprodu��o da esp�cie.

Apesar da amplitude temporal entre o per�odo desta pesquisa e os referenciais citados, a correla��o entre a zona clim�tica em que se encontra o estado do Paran� e a maior incid�ncia do dengue em rela��o aos outros estados da Regi�o Sul tamb�m aplica-se � atualidade. De acordo com Aquino Junior (2014), em seu estudo realizado na tr�plice fronteira – Paraguai, Brasil e Argentina, um dos principais elementos que fomentam a difus�o da doen�a � o clima, que propicia a forma��o de criadouros e infesta��o do vetor. Salienta-se ainda que al�m dos fatores clim�ticos, os fatores sociais s�o os principais para a prolifera��o do A. aegypti.

Considerando os casos graves do dengue confirmados na Regi�o Sul, o Paran� segue com destaque negativo em rela��o aos outros estados, tendo um aumento de 107 casos no ano de 2015 para 121 casos em 2016. No estado paranaense, foram 593 casos de dengue com sinais de alarme em 2015 e 527 casos em 2016. J� os demais estados tiveram poucos casos graves confirmados nos dois anos, apesar do aumento. Em Santa Catarina houve um caso grave em 2015 e dois casos em 2016. Com rela��o aos casos com sinais de alarme foram 112 em 2015 e 62 casos da mesma categoria em 2016, enquanto o Rio Grande do Sul teve dois casos graves registrados em 2015 e sete casos em 2016, com nove casos com sinal de alarme em 2015 e 34 em 2016 (Figura 2).

Que fator determinante faz a diferença entre dengue zika e chikungunya?

Figura 2.
N�mero de casos confirmados de dengue grave e de dengue com sinais de alarme no Paran�, Santa Catarina e Rio Grande do Sul em 2015 e 2016
Fonte: Brasil (2017)

O aumento dos casos do dengue e das doen�as relacionadas ao vetor (Aedes aegypti) criou a necessidade de se desenvolver a��es mais rigorosas para se evitar a r�pida dissemina��o pelo territ�rio brasileiro. O Minist�rio da Sa�de definiu maior grau de dissemina��o do Levantamento R�pido do �ndice de Infesta��o (LIRA) para Aedes aegypti, ferramenta criada para identificar os locais com focos do mosquito nos munic�pios, que passou a ser obrigat�rio para todas as cidades com mais de dois mil im�veis. O objetivo � que, com a realiza��o do levantamento, os munic�pios tenham melhores condi��es de fazer o planejamento das a��es de combate e controle do mosquito Aedes aegypti. At� ent�o, o levantamento era realizado a partir da ades�o volunt�ria de munic�pios (BRASIL, 2016).

Outro fator enumerado, sendo ele o mais preocupante, foi o n�mero de �bitos causados pelo dengue nos anos de 2015 e 2016 na Regi�o Sul. O estado do Paran�, com maior n�mero, teve confirmados 23 mortes no ano de 2015, sendo que desses, 3,3% foram casos graves somados aos com ou sem sinais de alarme e 64 mortes em 2016, com 9,9% em propor��o de �bitos por casos graves somados aos com ou sem sinais de alarme. J� o estado de Santa Catarina n�o teve nenhum �bito por dengue registrado em 2015, o que n�o se repetiu em 2016 com duas mortes. Por fim, o Rio Grande do Sul teve 2 �bitos registrados no ano de 2015 e 1 no ano de 2016 (Figura 3).

Que fator determinante faz a diferença entre dengue zika e chikungunya?

Figura 3.
N�mero de �bitos confirmados por Dengue e Propor��o de �bitos em casos de dengue grave e de dengue com sinais de alarme no Paran�, Santa Catarina e Rio Grande do Sul nos anos de 2015 e 2016
Fonte: Brasil (2017)

Com rela��o aos prov�veis casos de febre chikungunya nos estados da Regi�o Sul, em 2015 o estado do Paran� teve registrados 28 casos (0,2 casos para cada 100 mil habitantes) e em 2016 o registro de 975 casos (8,7 casos para cada 100 mil habitantes). No estado de Santa Catarina foram constatados 17 casos prov�veis de chikungunya em 2015 (0,2 casos para cada 100 mil habitantes) e 570 casos no ano de 2016 (8,4 casos para cada 100 mil habitantes). O Rio Grande do Sul teve registrados 19 casos prov�veis de chikungunya em 2015 (0,2 casos para cada 100 mil habitantes) e 339 casos em 2016 (3 casos para cada grupo de 100 mil habitantes) (Figura 4).

Que fator determinante faz a diferença entre dengue zika e chikungunya?

Figura 4.
N�mero de casos prov�veis de febre chikungunya e taxa de incid�ncia no Paran�, Santa Catarina e Rio Grande do Sul em 2015 e 2016
Fonte: Brasil (2017)

O combate ao vetor Aedes aegypti persiste at� os dias atuais; uma luta n�o somente do governo, mas tamb�m da sociedade, visto que al�m de ser o transmissor do dengue tamb�m � respons�vel pela dissemina��o da chikungunya. Para obter o panorama da situa��o, Valle, Pimenta e Aguiar (2016, p. 419) salientam:

Foi a experi�ncia acumulada contra a dengue que permeou a prepara��o do servi�o p�blico brasileiro para a entrada no pa�s do v�rus chikungunya (CKG), um alphav�rus tamb�m transmitido pelo A. aegypti. A expans�o territorial de CKG desde 2004 suscitou o lan�amento de um alerta da Organiza��o Panamericana da Sa�de (OPAS), dirigido a todo o continente americano. O Brasil redobrou os esfor�os de vigil�ncia epidemiol�gica e chegou a enviar m�dicos para o Caribe com o objetivo de capacit�-los no reconhecimento dos sinais e sintomas de infec��o por CKG. A entrada desse v�rus no pa�s era quest�o de tempo: em setembro de 2014, foi confirmada a transmiss�o aut�ctone de CKG entre os brasileiros.

No que diz respeito ao v�rus Zika, no ano de 2016 foram registrados 714 prov�veis casos no Paran�, com uma propor��o de 6,4 casos para cada 100 mil habitantes. Em Santa Catarina foram constatados 92 prov�veis casos da doen�a e o Rio Grande do Sul com 187 casos, todos esses dados referentes ao ano de 2016 (Figura 5).

Que fator determinante faz a diferença entre dengue zika e chikungunya?

Figura 5.
N�mero de casos prov�veis e taxa de incid�ncia de febre pelo v�rus Zika, Paran�, Santa Catarina, Rio Grande do Sul em 2016
Fonte: Brasil, 2017

A indiscut�vel preocupa��o com a sa�de p�blica causada pela prolifera��o dos casos de Zika fez com que o Minist�rio da Sa�de tornasse essencialmente rigorosa a notifica��o dos casos da doen�a a partir de fevereiro de 2016 (BRASIL, 2016). Antes do maior risco evidente da recente endemia em territ�rio brasileiro, o monitoramento do Zika v�rus era realizado por meio de vigil�ncia sentinela. As orienta��es passadas pelo Minist�rio da Sa�de, no caso do Zika principalmente �s gestantes, s�o as de ado��o de medidas para reduzir a presen�a do mosquito Aedes aegypti, como a elimina��o de criadouros, e prote��o contra a exposi��o de mosquitos, mantendo portas e janelas fechadas ou teladas, uso de cal�a e camisa de manga comprida, al�m de repelentes recomendados para gr�vidas (BRASIL, 2016).

Acrescenta-se ainda que, al�m da import�ncia da conscientiza��o da popula��o para que se evitem os criadouros do Aedes aegypti, a fiscaliza��o deve ser cada vez mais rigorosa, com maior integra��o dos munic�pios, dos estados e da uni�o.

8 Conclus�o

A partir do presente estudo, foi poss�vel evidenciar as ocorr�ncias bem como o acompanhamento dos aumentos dos casos do dengue, chikungunya e v�rus Zika, nos Estado do Paran�, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O Estado do Paran� foi o que apresentou os maiores valores de dengue, chikungunya e v�rus Zika comparado com os outros estados. Os dados relativos correspondentes �s taxas sempre se aproximaram aos valores totais da Regi�o Sul. Desta forma, evidencia-se a necessidade por parte do poder p�blico em estabelecer medidas preventivas mais efetivas, que atendam as particularidades de cada regi�o ou Estado.

O governo realiza in�meras campanhas para evitar a eleva��o da reprodu��o do A. aegypti, entretanto essas campanhas normalmente ocorrem com vasta abrang�ncia e divulga��o nos meses quentes, somados a chuva, per�odo que � prop�cio aos aumentos dos n�meros de casos. Deve-se ent�o, partir para campanhas que se estendam ao longo do ano, assumindo um car�ter para o preventivo e n�o somente para o corretivo.

No entanto, a luta contra o A. aegypti n�o cabe somente ao governo, mas tamb�m � popula��o, evitando ac�mulo de �gua nos mais diversos locais das resid�ncias e �s margens das pavimenta��es. A popula��o deve estar atenta em rela��o aos res�duos que possam acumular �gua nas ruas, estradas, quintais, jardins tanto em �reas urbanas quanto nas �reas rurais, para mitigar a reprodu��o do A. aegypti.

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Notas

1 FRAIHA, H. Reinfesta��o do Brasil pelo Aedes aegypti. Considera��es sobre o risco de urbaniza��o do v�rus da febre amarela silvestre na regi�o reinfestada. Revista do Instituto de Medicina Tropical de S�o Paulo, v. 10, n. 5, 289-294, 1968.

Notas de autor

1 Graduado em Geografia (Bacharelado - 2015) e (Licenciatura - 2015) pela Universidade Estadual de Maring� (UEM). Mestrando em Geografia do Programa de P�s-gradua��o em Geografia (PGE-UEM) – Maring�/PR – Brasil. E-mail: .

2 Doutora em Geografia (Geografia F�sica) pela Universidade de S�o Paulo (1995). Professora Doutora Associada N�vel A na Universidade Estadual de Maring�, no Departamento de Geografia – Maring�/PR – Brasil. E-mail: .

3 Graduado em Geografia (Bacharelado e Licenciatura) pela Universidade Estadual de Maring� (2014). Mestrando em Geografia do Programa de P�s-gradua��o em Geografia (PGE-UEM) – Maring�/PR – Brasil. E-mail: .

4 Especialista em Pesquisa e Ensino na Ci�ncia Geogr�fica pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO). Graduado em Geografia (Licenciatura) pela Universidade Estadual de Maring� (UEM) – Maring�/PR – Brasil. E-mail: .

O que diferencia a dengue da chikungunya e zika?

A Dengue e Chikungunya têm sintomas e sinais parecidos, enquanto a Dengue se destaca pelas dores nos corpo, a Chikungunya se destaca por dores e inchaço nas articulações. A Zika se destaca por uma febre mais baixa (ou ausência de febre), muitas manchas na pele a coceira no corpo.

O que há de comum entre as doenças dengue chikungunya e zika?

Além de serem transmitidas pelo mesmo mosquito, a dengue, a chikungunya e a zika são doenças que apresentam alguns sintomas semelhantes, o que pode dificultar o diagnóstico. Entretanto, pequenas diferenças existem e podem ser usadas como critério para a diferenciação.

Quais os fatores determinantes para o agravamento da dengue?

Alguns autores apontam a sequência de infecção pelos diferentes sorotipos como o principal determinante da evolução clínica para formas graves, na qual a resposta imune exacerbada decorrente da reatividade cruzada seria a principal responsável.

Como diferenciar a dengue das outras doenças transmitidas pelo vetor Aedes aegypti?

2. A dengue: Essa doença transmitida pelo mesmo mosquito manifesta alguns sintomas muito similares aos do zika vírus. No início aparecem febre e dores musculares. No entanto, no caso da dengue a febre é muito alta e as dores nas articulações muito fortes, quase insuportáveis em alguns casos.