Quem é diabético pode fazer academia?

Quem é diabético pode fazer academia?
Os exercícios de força também ajudam a controlar a glicemia. Foto: Alex Silva/A2 Estúdio

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Uma pesquisa feita na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostrou que a prática de exercício físico de força, como a musculação, é capaz de reduzir a gordura acumulada no fígado e melhorar o controle da glicemia em indivíduos obesos e com diabetesem um curto período, mesmo antes que ocorra perda de peso significativa.

Por meio de experimentos com camundongos, cientistas do Laboratório de Biologia Molecular do Exercício (LaBMEx) da Unicamp observaram que 15 dias de treino moderado foram suficientes para modificar a expressão gênica no tecido hepático, favorecendo a “queima” dos lipídeos armazenados e contribuindo para o tratamento da doença hepática gordurosa não alcoólica. Como consequência, houve melhora na sinalização celular feita pela insulina no tecido e redução na síntese hepática de glicose.

Os resultados do estudo, apoiado pela Fapesp, foram publicados no Journal of Endocrinology. “Que a prática de atividade física ajuda a controlar doenças, todo mundo sabe. O que estamos investigando é por meio de quais mecanismos isso ocorre”, disse Leandro Pereira de Moura, professor da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp e coordenador da investigação.

Como explicou Moura, o excesso de gordura no fígado causa uma inflamação local que torna as células hepáticas menos sensíveis à ação da insulina. Esse quadro pode progredir para cirrose e falência do órgão.

“Reduzir a gordura hepática é fundamental para auxiliar o controle do diabetes. Quando a sinalização feita pela insulina fica comprometida no tecido, o fígado – que deveria produzir glicose apenas em situação de jejum – passa a liberar essa substância na corrente sanguínea mesmo após o consumo de carboidratos, quando os níveis de insulina estão altos. E isso aumenta os níveis de glicose no sangue”, disse Moura à Agência Fapesp.

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Musculação para camundongos

Para investigar o efeito do exercício físico de força no fígado, experimentos foram feitos com três grupos de camundongos. O grupo controle recebeu ração padrão (com 4% de gordura) e permaneceu magro e sedentário. O segundo grupo foi alimentado com dieta hiperlipídica (35% de gordura) durante 14 semanas – tempo suficiente para os animais ficarem obesos e diabéticos – e também permaneceu sedentário. Já os animais do terceiro grupo receberam a alimentação hiperlipídica e, quando já estavam obesos e diabéticos, foram submetidos a um protocolo de exercício de força moderado ao longo de 15 dias.

O treino consistia em subir uma escada com uma carga presa na cauda. Diariamente, os animais foram induzidos a fazer 20 séries, com intervalo de 90 segundos entre elas. Segundo Moura, o intuito foi mimetizar uma sessão de musculação para seres humanos.

“Antes de começar o experimento, realizamos testes para determinar a carga máxima que cada animal conseguia suportar. Depois fizemos cálculos para aplicar nas sessões de exercício apenas 70% da carga máxima. Isso porque nosso grupo já mostrou que excessos no treinamento podem contribuir de maneira significativa para a instalação da doença hepática gordurosa não alcoólica. Quando não controlado, o exercício exaustivo pode ser mais prejudicial do que benéfico”, ponderou Moura.

A opção pelo protocolo de curto prazo – somente 15 dias de treino – foi para comprovar que os benefícios observados estavam diretamente ligados ao exercício físico de força. Ou seja, não eram efeitos secundários à perda de peso corporal.

De fato, os pesquisadores observaram que os camundongos do grupo treinado ainda estavam obesos no final do protocolo. Porém, apresentavam valores normais de glicemia em jejum. Já os obesos sedentários permaneceram diabéticos até o término do experimento.

Este conteúdo foi publicado pela Agência Fapesp. Você pode acessá-lo por completo aqui.

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Que a musculação traz inúmeros benefícios para a saúde não é novidade para ninguém. Porém, além dos benefícios estéticos e funcionais que todos conhecem, a prática desta atividade física também ajuda na prevenção e combate de várias doenças. Uma dessas doenças que atinge milhares de pessoas e que vamos abordar neste post é a diabetes.

Quem é diabético pode fazer academia?

A prática da musculação facilita a entrada da glicose nas células, impedindo que ela se acumule na corrente sanguínea, que é o que acontece com os diabéticos. No nosso organismo existe um transportador de glicose que é ativado com a contração muscular, fazendo com que ele migre da parte interna para a superfície da célula. Ao chegar na superfície, esse transportador absorve a glicose do sangue de forma muito eficiente, proporcionando a sua queima e reduzindo os níveis de glicose no sangue. O organismo do diabético possui uma grande dificuldade de queimar a glicose e com a musculação essa queima é acelerada e potencializada, por isso esse processo é tão importante no combate à doença.

Outro fator importante que pode aumentar as chances de ter diabetes ou agravá-la é o sobrepeso. A musculação associada a exercícios aeróbicos é uma forte aliada para a perda de peso. Alguns estudos constataram que a cada quilo que a pessoa emagrece ela diminui em 15% a chance de adquirir diabetes.

Um alerta importante para os diabéticos que praticam musculação é que deve ser feito o controle da glicemia antes de se iniciar os exercícios. Se a glicemia estiver acima de 250 mg eles não devem praticar atividade física. E se estiver abaixo de 100 mg, é recomendado comer algum alimento à base de carboidrato para evitar a hipoglicemia.

Outras atividades físicas que ajudam a combater a diabetes

Além da musculação, existem também outras modalidades esportivas que auxiliam na prevenção e no controle da diabetes. São elas: corrida, natação, ciclismo. Vale lembrar que antes de iniciar qualquer tipo de atividade física, é necessária uma orientação médica e acompanhamento de um educador físico durante a execução dos exercícios.

Quem é diabético pode fazer academia?

Com os treinos regulares e uma alimentação balanceada, os diabéticos conseguem alcançar vários resultados positivos, sejam de curto, médio e longo prazo. Entre os benefícios de curto prazo é possível citar  a captação da glicose pelos músculos, e diminuição da glicose no sangue. E os benefícios de médio e longo prazo são: Aumento da ação da insulina, o aumento do colesterol bom (HDL) e redução do ruim (LDL), redução dos triglicérides e da gordura corporal, melhor controle da pressão arterial, redução dos riscos de problemas cardiovasculares e melhoria das funções cardiorrespiratórias.

Praticando atividades físicas e aderindo a um estilo de vida mais saudável, os diabéticos têm grandes chances de conseguir manter a sua glicose estável, reduzindo assim os riscos de problemas mais graves gerados pela doença.


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Qual o melhor exercício físico para quem tem diabetes?

Para as pessoas que têm o diabetes, o recomendado são exercícios de baixa e média intensidade¹. Nesse caso, as atividades que podem ser recomendadas são exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida, pedalada e natação com uma frequência de cinco a sete vezes por semana, trazendo diversas vantagens para os diabéticos.

Quais exercícios físicos não são indicados para pessoas com diabetes?

O diabético pode praticar qualquer tipo de exercício físico, desde que tenha a glicemia abaixo de 250 mg/dL e não tenha comprometimento ocular, como a retinopatia diabética, ou feridas nos pés. Nestes casos, não é recomendado fazer exercícios como as lutas ou que envolva saltos.

Quem tem diabete pode malhar na academia?

Segundo a SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), qualquer atividade física, recreativa, laborativa ou esportiva pode ser feita pelos diabéticos.

Como o diabético pode ganhar massa muscular?

Para ganhar massa é preciso consumir mais calorias do que se gasta, então é preciso que a dieta esteja programada para isso, como você é diabética é preciso uma atenção melhor para as escolhas alimentares, para isso é fundamental uma consulta com um nutricionista.