Publicado em 19/08/21 23:42 Atualizado em 20/08/21 00:21 Eliminações
só são doloridas porque havia a esperança de algo melhor. Acreditar é o que nos leva a sofrer decepções. No futebol, muitas vezes, a esperança está atrelada a crenças infundadas como as que levaram os torcedores do Fluminense a acreditar em uma classificação à semifinal da Libertadores — todos os indícios apontavam o contrário. Ainda assim, o empate em 1 a 1 com o Barcelona ontem, na equatoriana Guayaquil, tem gosto amargo. Mas, no fundo, todos sabiam que apesar do coração dizer uma coisa, a
razão mostraria outra. A eliminação do Fluminense nas quartas de final da Libertadores não é um choque de realidade, mas a constatação de fatos que sempre foram alertados, apontados e não consertados. Uma equipe sem identidade, sem intensidade e que não faz por merecer a classificação no “jogo do ano”. Mas não dá para falar que os torcedores estão surpresos com mais uma atuação ruim — afinal, esta tem sido a rotina há meses. Falta muita coisa ao Fluminense atual. Futebol, a principal
delas. O que mais incomoda, porém, é ver uma equipe que sequer tem uma cara. Basta ver as escolhas de Roger Machado. Titular em Guayaquil, André fez apenas o seu segundo jogo formando a trinca de volantes com Martinelli e Yago. Trouxe mais consistência defensiva, deu certo. Mas até mesmo um acerto causa incômodo. Afinal, por que o volante que quase foi emprestado no meio da temporada perdeu tantos minutos para Wellington, que pouco agregou desde que chegou? A entrada de Ganso também mostra falta
de convicção. Ganhou a titularidade no último fim de semana e repetiu a dose. Anteriormente na Libertadores, o camisa 10 esteve em campo por apenas nove minutos. E até a lesão sofrida após tentar uma bicicleta, dá para dizer que fez uma boa partida. Mas claramente faltava entrosamento com a equipe. Talvez se tivesse mais minutos no torneio continental, as coisas tivessem fluído melhor. A orientação de Roger Machado para a equipe foi para ter cautela. O Fluminense teve a bola — chegou a
bater 73% de posse —, mas levou pouco perigo. Dos 19 cruzamentos na área, apenas dois não foram cortados. Uma atuação pobre, pouco digna para quem queria estar na final. Do outro lado, o Barcelona fez o que deveria e converteu a chance que teve com Mastriani, batendo na saída de Marcos Felipe, para garantir a classificação para a próxima fase e desafiar o Flamengo. Fred, de pênalti, empatou no último minuto. Mas era tarde demais. A lição que fica é que avançou quem mereceu, quem fez
por onde e, principalmente, que deu esperanças para a sua torcida. Pior do que ser eliminado, é dar adeus tendo pouca fé de que as coisas seriam diferentes.
Últimas de FluminenseTudo igual! Em um jogo com segundo tempo movimentado, Fluminense e Barcelona de Guayaquil ficaram no empate em 2 a 2, na noite de hoje (12), no Maracanã, no primeiro jogo das quartas de final da Libertadores. Vale lembrar que, nesta fase da competição, o "gol fora" conta e, sendo assim, o Tricolor precisa vencer ou empatar em 3 a 3 ou mais para avançar na competição. Em caso de novo 2 a 2, terá decisão por pênaltis. O resultado foi construído com gols de Gabriel Teixeira e Fred, para o Flu, e Preciado e Cortez, para o Barcelona. As equipes voltam a medir forças na próxima quinta-feira (19), no Monumental de Barcelona, no Equador. O time que se classificar neste confronto vai enfrentar o que triunfar no duelo entre Flamengo e Olimpia, do Paraguai. Ontem (11), o time rubro-negro venceu por 4 a 1, fora de casa, e se aproximou da vaga. Mexidas não funcionam, e Roger 'estraga' atuaçãoO Fluminense fazia bom jogo até os 15 do segundo tempo, quando Roger Machado decidiu mexer no time. Gabriel Teixeira e Cazares pediram para deixar o campo, é verdade, mas as mudanças não funcionaram e bagunçaram a equipe. Desorganizado, com o meio de campo aberto e dois centroavantes que mal tocavam na bola, o Tricolor sofreu a virada mesmo com um a mais, em pênalti polêmico marcado pelo árbitro Alexis Herrera de Nino em Carlos Garcés. Nino volta das Olimpíadas e participa de gols sofridos pelo FluCampeão olímpico com a seleção, Nino voltou ao Fluminense e vinha até bem em campo, até sofrer com a desorganização do time e participar ativamente dos gols sofridos. Primeiro, marcou a bola e deixou Preciado com o baixo Martinelli na bola aérea. O atacante equatoriano abriu o placar. Depois, cometeu pênalti em Garcés, em lance que deu a virada ao Barcelona-EQU. Fred joga mal, mas decide e mantém Flu na brigaO Fluminense fazia bom jogo até ter apagão e sofrer a virada para o Barcelona. No fim, entretanto, contou com a estrela de Fred para se manter na briga. Aos 46, Abel Hernández sofreu pênalti de Castillo, e o camisa 9 deslocou Burrai em cobrança fria, perfeita, para empatar o jogo e dar números finais ao placar no Maracanã. Conmebol aumenta carga, mas Flu não utiliza convitesImagem: Caio Blois / UOL EsporteO Fluminense tinha a expectativa de levar público ao Maracanã para o jogo contra o Barcelona-EQU, mas a Prefeitura, em função do aumento dos casos de covid-19 no Rio de Janeiro, não liberou. A ideia era usar a partida de quartas de final da Libertadores como evento teste para o retorno da torcida ao estádio, e por isso, a Conmebol aumentou a carga de convites para o Tricolor. No jogo, entretanto, apenas estafe do clube e jogadores não relacionados estavam presentes. O Flu não utilizou as entradas para outros convidados. Cerca de 30 pessoas, de máscaras, se dividiam em dois camarotes. "Você que tem medo de chuva..."Imagem: MAURO PIMENTEL / POOL / AFPLogo no começo da partida, a chuva que caía no Rio de Janeiro se intensificou, "castigando" jogadores e comissões técnicas. Para se proteger, Fabián Bustos, treinador do Barcelona, não pensou duas vezes e abriu um guarda-chuva, ficando com a peça à beira do gramado, mesmo enquanto dava instruções ao time. OportunismoO duelo começou meio morno, com os dois times procurando o ataque, mas de forma cautelosa — também atrapalhados pela chuva. O Barcelona tinha mais a bola, mas o Flu se mostrava mais perigoso. A bola parada, porém, fez a diferença. Cazares, que foi titular na vaga de Nenê, barrado, cobrou falta para a área. O goleiro se chocou com Riveros e a bola sobrou para Gabriel Teixeira, que aproveitou a oportunidade e abriu o placar. ImpedidoO Barcelona assustou pouco depois, e também em lance de bola parada. Após falta, Piñatares ajeitou para Mastriani balançar a rede, mas a arbitragem assinalou posição irregular. Por muito poucoO Fluminense voltou para o segundo tempo com um volume muito melhor de jogo e aproveitou para fazer uma "blitz" em cima do time equatoriano. O Tricolor, por pouco, não ampliou a vantagem, quando Gabriel Teixeira tirou do goleiro, foi à linha de fundo e cruzou, mas Fred não alcançou. Lá e cáAos poucos, o Barcelona foi conseguindo se reencontrar na partida e deixas as ações mais divididas, com ambos os times achando espaços e chegando bem ao ataque. Roger fez mudanças forçadas, como a saída de Gabriel Teixeira e Cazares, que acusaram incômodo muscular, e tirou Luiz Henrique para a entrada de Lucca. As mudanças, além de alterar o sistema ofensivo, também tiveram reflexos na marcação. Os equatorianos, por outro lado, buscavam explorar as pontas. Alteração fez efeitoEm uma das poucas vezes que o Barcelona conseguiu chegar à linha de fundo, Martínez cruzou, pelo lado esquerdo, e Preciado, que havia entrado no começo da etapa final, completou de cabeça. Marcos Felipe ainda alcançou a bola, mas não conseguiu espalmar. Um a maisO Fluminense ficou com um jogador a mais na reta final da partida, depois que Emmanuel Martínez fez falta em Samuel Xavier e recebeu o segundo cartão amarelo. Nino falha e Barcelona viraImagem: Twitter Conmebol LibertadoresApesar da vantagem numérica, o Fluminense não conseguiu aproveitar e, pior, sofreu a virada. Já perto do apito final, após bola alçada na área, Nino derrubou Garcés e o pênalti foi marcado. Na cobrança, Cortez, que teve passagem pelo Botafogo, balançou a rede. Empate no fimImagem: Lucas Merçon / FluminenseNos acréscimos, o Fluminense foi para o tudo ou nada. Em uma jogada na área, Abel deu um toque e foi derrubado. Pênalti marcado. Fred cobrou e deixou tudo igual. FICHA TÉCNICA Competição: Copa Libertadores Fluminense: Marcos Felipe, Samuel Xavier, Nino, Luccas Claro e Egídio; Martinelli (André), Yago Felipe (Abel Hernandez) e Cazares (Nenê); Luiz Henrique (Lucca), Gabriel Teixeira (Kayky) e Fred. Técnico: Roger Machado Barcelona: Burrai, Castillo, León, Riveros e Pineida; Molina (Cárcelen), Piñatares, Emmanuel, Martínez, Damián Díaz (Cortez) (Leonel Quiñónez) e Perlaza (Adonis Preciado); Mastriani. Técnico: Fabián Bustos Qual é a situação do Fluminense na Libertadores que que ele precisa para classificar?Apesar de o confronto ser fora de casa, o Fluminense precisa vencer o Unión Santa Fe para chegar com boas chances de classificação na última rodada.
Quem se classifica na Libertadores Fluminense e Barcelona?O Fluminense recebeu o Barcelona, do Equador, no Maracanã, no primeiro jogo das quartas de final da Copa Libertadores da América 2021, na noite desta quinta-feira, 12, e ficou no empate por 2 a 2 . O Flu precisa de uma vitória no Equador ou de um empate por mais de três gols para se classificar.
Quem classifica para próxima fase Barcelona e Fluminense?Fluminense empata com o Barcelona-EQU fora de casa e é eliminado da Libertadores. Jogando no Estádio Monumental de Barcelona, em Guayaquil, o Barcelona segurou o Fluminense e se classificou para as semifinais da Copa Libertadores.
Quanto Fluminense precisa para se classificar?O problema é que, além de torcer para o empate entre Junior Barranquilla e Unión, o Fluminense obrigatoriamente precisa golear por 6 a 0 se quiser se classificar.
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