Salmo 21 para que serve

1 O rei se alegra em tua força, SENHOR; e na tua salvação grandemente se regozija.

2 Cumpriste-lhe o desejo do seu coração, e não negaste as súplicas dos seus lábios. (Selá.)

3 Pois vais ao seu encontro com as bênçãos de bondade; pões na sua cabeça uma coroa de ouro fino.

4 Vida te pediu, e lha deste, mesmo longura de dias para sempre e eternamente.

5 Grande é a sua glória pela tua salvação; glória e majestade puseste sobre ele.

6 Pois o abençoaste para sempre; tu o enches de gozo com a tua face.

7 Porque o rei confia no Senhor, e pela misericórdia do Altíssimo nunca vacilará.

8 A tua mão alcançará todos os teus inimigos, a tua mão direita alcançará aqueles que te odeiam.

9 Tu os farás como um forno de fogo no tempo da tua ira; o Senhor os devorará na sua indignação, e o fogo os consumirá.

10 Seu fruto destruirás da terra, e a sua semente dentre os filhos dos homens.

11 Porque intentaram o mal contra ti; maquinaram um ardil, mas não prevalecerão.

12 Assim que tu lhes farás voltar as costas; e com tuas flechas postas nas cordas lhes apontarás ao rosto.

13 Exalta-te, Senhor, na tua força; então cantaremos e louvaremos o teu poder.

O Salmo 21 pertence ao Livro I do Livro dos Salmos, composto por uma coleção de 150 textos poéticos organizados por 5 Livros. O Livro dos Salmos, pela sua sabedoria e princípios básicos da ação do Homem, é considerado o coração do Antigo Testamento. O Livro I engloba os Salmos 1 a 41. O Salmo 21 está dividido em 14 Versículos.

Os Salmos são poemas-orações dirigidos a Deus, sendo a forma privilegiada de nos dirigirmos e falarmos com Ele. Estas orações, representam as vivências humanas e a consciência religiosa. Retratam o homem comum, com as suas falhas, inseguranças, medos e esperanças e, ainda hoje, nos podemos identificar com o Salmista e inspirarmo-nos nestes textos rezar e suplicar a Deus quando nos sentimos perdidos e angustiados ou para expressar a nossa gratidão por alguma benção recebida. 

"Há inimigos ou amigos, há a vida ou a morte, a saúde ou a doença, a dor ou a alegria e, a maior parte das vezes, não há cambiantes ou gradações. As palavras são como pedras e as poesias como penedos esculpidos a cinzel"; "Os Salmos são um pouco como os carreiros da montanha, simples, especialmente quando se caminha sobre a neve, mas que conduzem aos cumes; são carreiros em direção aos cumes do encontro com o Senhor." - Carlo Maria Martini, cardeal de Milão

  • Salmo 21 - Ação de Graças pelo Rei
  • Significado e Interpretação
  • O Livro dos Salmos
  • A Alegria e Felicidade dos Justos em Comunhão com Deus
  • O Poder da Oração no Diálogo com o Divino

1 Ao diretor. Salmo de David.

2 Senhor, o rei alegra-se com o teu poder.
Como ele exulta com a tua salvação!

3 Satisfizeste os desejos do seu coração
e não recusaste os pedidos da sua boca.
Pausa

Saíste ao seu encontro com bênçãos de prosperidade;
puseste na sua cabeça uma coroa de ouro fino.

5 Pediu-te vida e Tu lha concedeste,
vida prolongada, por séculos sem fim.

6 Grande é a sua glória, graças à tua ajuda;
cumulaste-o de esplendor e majestade.

7 Dispuseste para ele bênçãos sem fim
e leva-lo a contemplar com alegria a tua face.

8 Sim, o rei confia no Senhor
e pela bondade do Altíssimo não vacilará.

9 Levantarás a tua mão contra todos os teus inimigos,
a tua direita atingirá os que te odeiam.

10 Hás de reduzi-los a uma fornalha ardente,
quando mostrares a tua face.

A ira do Senhor há de engoli-los
e serão devorados pelo fogo.

11 Farás desaparecer da terra a sua descendência
e a sua posteridade entre os humanos.

12 Se intentarem algum mal contra ti
e pensarem em traição, nada vão conseguir.

13 Porque tu os obrigarás a virar costas,
apontando contra eles o teu arco.

14 Levanta-te, Senhor, com a tua força,
e nós cantaremos e celebraremos o teu poder.

Significado e Interpretação

O Salmo 21 é uma oração da realeza e manifesta a esperança que a função do rei suscita em Israel e a confiança de que ele seja uma garantia da proteção de Deus. As manifestações entusiastas de alegria repetidas ao longo do Salmo podem sugerir a sua utilização em celebrações da realeza no santuário. Este Salmo faz combinação com o anterior (Sl 20), porque representa a ação de graças depois da vitória conseguida na guerra.

Neste Salmo, o rei parece estar presente na celebração e no centro de uma cerimónia de entronização. O pedido de vida prolongada condiz com o modo como se encarava a função da realeza. Pela sua natureza e pelo seu significado era caracterizada como realeza eterna. Esta metáfora de tempo eterno enquadra-se bem com as conotações de messianismo que sempre se relacionaram com as da realeza terrena.

Os Salmos de Louvor são hinos endereçados, sobretudo, a Deus. Nesse sentido, a Bíblia dá continuidade à literatura litúrgica das religiões vizinhas e anteriores, onde os hinos são a forma mais habitual dos povos se dirigirem à divindade, sobretudo em contextos de maior solenidade.

Estes Salmos tinham grande importância na vida dos heróis bíblicos. A pregação da palavra dos profetas ou o ensinamento da reflexão de sabedoria aparece estreitamente ligada à ação cultural do povo de Israel. Exprimem, de modo solene e simples, o reconhecimento do crente à presença eficaz do Deus que salva o seu povo, pois Ele é misericórdia que dura para sempre; é refúgio para os perigos da vida; é júbilo e alegria; é prosperidade que alimenta o seu povo; é luz nos momentos de trevas e salvação na Terra e na vida eterna.

Os textos do Livro dos Salmos oscilam ente grito e louvor, súplica e júbilo. Talvez os seus autores tenham compreendido que o Homem só pode exprimir perante Deus as suas súplicas, lamentos ou sede de vingança, se estiver embrenhado no espírito do louvor que canta a vida mais forte do que a morte. Talvez, para além do grito, do lamento ou da raiva, tenham percebido que o que move tais palavras nada mais é senão aquela força de vida que explode em louvor quando sai da violência ou quando atravessa a morte.

Estes hinos narram, assim, as grandezas ou benfeitorias e o agradecimento que daí decorre. Exemplos disso são os Sl 8; 19; 28; 33; 47; 65-66; 93; 96-100; 104-105; 111; 113; 117; 135; 146; 148-150. Os hinos também podem ser dirigidos ao rei, focando especialmente a cerimónia da entronização real, com toda a expectativa de intervenção divina para o bem-estar do povo e o ordenamento justo do mundo. Neste caso, os Salmos eram executados em festas da corte, na presença do rei, em comemorações por vitória sobre os inimigos, entre outros. Alguns exemplos são os Sl 2; 18; 20; 21; 27; 51; 60; 61.

Com o fim da monarquia, estes Salmos foram acentuando as conotações messiânicas, que já antes tinham implícitas. É o caso dos Sl 2; 18; 20-21; 45; 72; 89; 101; 110; 132; 144. São ainda considerados hinos os Salmos que celebram Jerusalém, que com o templo apresenta uma especial ligação a Deus. São os Sl 46; 48; 76; 84; 87; 122.

O Livro dos Salmos

  • Livro I - 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41
  • Livro II - 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72
  • Livro III - 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89
  • Livro IV - 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106
  • Livro V - 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150

A Alegria e Felicidade dos Justos em Comunhão com Deus

Os Salmos são poemas-orações dirigidos a Deus, sendo a forma privilegiada de nos dirigirmos e falarmos com Ele. Retratando o homem comum, com as suas falhas, inseguranças, medos e esperanças, ainda hoje nos podemos identificar com o Salmista e inspirarmo-nos nos Salmos para fazer orações e súplicas a Deus em tempos de angústia ou expressar a nossa gratidão por alguma benção recebida.

Os Salmos, apesar de escritos na Antiguidade ainda hoje comovem, sensibilizam, despertam sentimentos, inspiram e encantam. Neles, podemos identificar angústias e alegrias, sentimentos profundamente humanos, louvores, suplicas, ensinamentos da reflexão da sabedoria espiritual e palavras proféticas.

Escritos para situações distintas, alguns Salmos são intimistas, revelando a relação pessoal do autor com Deus; outros apresentam orientações e conselhos para a vida, outros são composições para eventos litúrgicos específicos, como rituais e peregrinações.

O Livro dos Salmos é composto por uma coleção de 150 textos poéticos e está dividido em cinco partes, denominadas Livros ou Livretes Sálmicos. Cada Livro é encerrado com breves hinos de louvor a Deus. A divisão em cinco partes era considerada como tendo correspondência com os cinco livros de Moisés e presume-se que cada passagem do Pentateuco (cinco primeiros livros da Bíblia, chamado Torá pelos Judeus), era lida em paralelo com o Salmo que lhe correspondia. As suas formas principais são lamentação, súplica, louvor e gratidão.

  • Livro I - Salmos 1 a 41
  • Livro II - Salmos 42 a 72
  • Livro III - Salmos 73 a 89
  • Livro IV - Salmos 90 a 106
  • Livro V - Salmos 107 a 150

O Poder da Oração no Diálogo com o Divino

Os Salmos elevam os nossos pensamentos até ao Divino e a oração é o poder da palavra. A oração é a linguagem da fé. Qualquer pensamento, palavra ou imagem dirigido a Deus chama-se oração. É através dela que entramos em contacto com o nosso Deus interior e, por isso, é tão poderosa na transformação da vida. A oração pode produzir milagres, transformar o sonho em realidade, dá-nos a esperança da mudança, da harmonia e da paz connosco e com o mundo.

Cada Salmo tem uma intenção que nos ajuda a meditar e a caminhar ao lado do nosso Deus. Para muitos teólogos, o Livro de Salmos tem um tom profético ou messiânico pois os seus versos referem-se à vinda de Cristo até ao mundo dos homens para os guiar através da incerteza e das dúvidas da existência Humana. 

A oração tem o poder de nos ligar ao Universo Espiritual de modo pleno, honesto, sincero, consciente, com o propósito de autoproteção espiritual, proteção da família e daqueles que nos são queridos, para ter paz mental, espiritual e física, para obter prosperidade e êxito, proteger a saúde e as relações, afastar as energias negativas e, sobretudo, para nos ligar a algo maior do que nós. Desta paz, resulta bem estar, esperança e bondade perante todos e todas as coisas. 

A pode mudar a nossa vida. Dá-nos tranquilidade e força espiritual para enfrentar os desafios. Ajuda-nos a meditar sobre a nossa missão de vida e a criar um ambiente equilibrado e saudável para nós e para aqueles que amamos. Quando orar, encha o seu coração de amor e determinação. Os Salmos irão guiá-lo por um caminho de paz e de comunhão com a energia superior.

Para que é indicado o Salmo 21?

O salmo 21 é indicado para estimular a força espiritual, promover a felicidade conjugal e também auxiliar no tratamento de doenças.

Qual é o salmo mais poderoso de todos?

Os 7 Salmos mais poderosos são os seguintes: Salmo 91 - Para receber proteção divina para você e sua família. Salmo 23 - Para prosperidade financeira. Salmo 7 - Para anular inveja e afastar inimigos.

Como rezar o Salmo 21?

SALMO 21 COMPLETO.
O rei se alegra em tua força, Senhor, e na tua salvação grandemente se regozija..
Cumpriste-lhe o desejo do seu coração, e não negaste as súplicas dos seus lábios. ... .
Pois vais ao seu encontro com as bênçãos de bondade, pões na sua cabeça uma coroa de ouro fino..

Qual o salmo para unir casal?

O Salmo 21 é muito poderoso para a paz conjugal, sendo um dos mais receitados para quem está passando por problemas e se afastar de traições. Os Salmos são uma maneira de nos conectar com Deus, e esse em especial é a conexão de Deus com os casais.