A gente se ama na mesma frequencia

As pessoas mudam com tanta freqüência,... Nayara Milhomens

As pessoas mudam com tanta freqüência, aquele que julgamos ser nosso amigo, não nos estende a mão quando caímos. Aqueles que julgamos ser nosso inimigo, pergunta se está tudo bem. Aqueles que julgamos nos amar, vira as costas pra nós sem se importar. Aqueles que julgamos poder contar sempre, ri da nossa situação. Aqueles que julgamos poder rir da vida em sua companhia, ri da nossa solidão. Aqueles que julgamos que vai nos ouvir, não tem tempo pra tal atenção. Aqueles que esperamos apenas um abraço, sem acusações, julga nossas atitudes. E entre tantas pessoas, a gente vai amadurecendo, crescendo. Chega um momento em que a gente descobre que nem todo mundo é como a gente gostaria que fosse. Nem todo mundo sente por nós o que a gente gostaria que sentisse. Nem todo mundo se importa com a gente da mesma forma como esperávamos. Mas, são nesses momentos que a gente passa a dar valor. Não em quem não merece. Passamos a dar valor em quem nos escuta. Tá sempre do nosso lado. Importa-se com uma lágrima derramada. Faz-nos rir de nós mesmos. Vem correndo ajudar quando pedimos ajuda. Essas pessoas sim são dignas do nosso amor. Amor de irmão. De filho. De amigo. São poucas essas pessoas. Mas felizmente, elas existem. Existem e fazem das nossas vidas mais felizes! Não tenha medo de amar. Medo de sorrir. Medo de demonstrar seus sentimentos. Pior não é demonstrar e mesmo assim perder a pessoa. Pior é não demonstrar e pra sempre conviver com a dúvida se tudo poderia ter sido diferente! Dê valor às pessoas que você ama. Mas aquelas que merecem seu amor. E nunca sinta medo de dizer um "eu te amo" verdadeiro!

Quando você se reconhece e se ama, presenteia-se, cuida da mente, do corpo, das emoções e do espírito de forma muito mais saudável.

Com frequência, ao serem questionadas sobre como têm se dedicado a se próprias, muitas pessoas rapidamente recorrem ao fator tempo para chegar a uma resposta. Esse raciocínio é automático e faz parte da nossa cultura. Mas, na verdade, o tempo é apenas um aspecto a ser considerado.

Dedicar-se a você está diretamente relacionado à maneira como tem alimentado todas as áreas da sua vida. Ou seja, da mesma forma que você utiliza alguns critérios para comer com qualidade e na quantidade necessária à sua sobrevivência, precisa também encontrar critérios para se preencher.

O que te alimenta emocionalmente? É importante que seja algo gostoso e saudável. O que te alimenta intelectualmente? O que faz sua cabeça ficar esperta, ou seja, obter prazer e estar motivada? Como alimenta seus relacionamentos? Tudo aquilo que você dá equivale à qualidade do relacionamento que terá.

Por hábito, muitas pessoas simplesmente esperam que os outros a amem, respeitem e considerem. Para atingir esse objetivo, algumas, inclusive, recorrem a diversos recursos: compram presentes, mandam mensagens, mostram preocupação. Em busca de reconhecimento, há ainda quem espalhe aos quatro cantos cada uma de suas conquistas. Alimentar-se significa fazer tudo isso, mas, antes, para si mesmo.

Se você deseja conquistar o reconhecimento dos outros, comece a se reconhecer. Se quer o amor dos outros, comece a se amar. Isso é sinômimo de cuidar e de dedicar-se a si mesmo. Trata-se de perceber: “o que desejo dos outros? O que é necessário para que eu seja feliz?”. Questione-se, então, o que precisaria acontecer para que você se sentisse realmente feliz e descubra: o que você está fazendo para que isso aconteça?

De dentro para fora
Tudo o que acontece, acontece, primeiramente, dentro de nós. Isso significa que, antes de tudo, eu preciso ser rica dentro de mim, amorosa dentro de mim, reconhecida dentro de mim e respeitosa dentro de mim. E tudo isso me servirá de alimento, ou seja, servirá para abastecer a usina geradora da minha própria felicidade. Consequentemente, o que eu gerar será proporcional ao que vou atrair e receber.

Se você tem amor por si, atrairá o amor. Aliás, como é mesmo que se desenvolve amor por si? Observe a forma como você desenvolve amor pelas pessoas. Não é prestando atenção a elas, vendo o que fazem e como aquelas atitudes lhe fazem bem? Não é admirando o comportamento delas, achando que são bacanas?

Pois é, mas tem muita gente que não se olha. E, se não se olha, como pode gostar de si? Só podemos gostar do que conhecemos. Em nosso organismo, o olho é voltado para fora. Não ficamos observando nosso interior mas, sim, olhando o tempo todo para o outro. Por isso, é mais fácil gostar dos outros do que de nós mesmos. Observar-se exige treino.

É por isso que defendo tanto a importância do autoconhecimento. É preciso, primeiro, se conhecer para depois gostar de você mesmo. Dedicar-se a si próprio não significa o quanto de tempo tem para um lazer, um hobby ou um estudo. Tudo isso é consequência desse olhar voltado para seu interior.

Quando você se reconhece e se ama, presenteia-se, cuida da mente, do corpo, das emoções e do espírito de forma saudável. Faz por e para você, primeiramente, para se voltar e dar ao outro o que existe de mais precioso em você.

Temas: Amor-Próprio, Autoconhecimento, Felicidade & Motivação, Inteligência Emocional

CEO do Centro Hoffman, é expert em Autoconhecimento e Inteligência Comportamental, considerada uma das maiores especialistas no método Hoffman no Brasil. Palestrante, Coach, Master Practitioner em PNL, Consteladora Sistêmica, autora de "O Mapa da Felicidade" e de "Perdão, A Revolução que Falta", além de coautora de mais sete livros sobre Gestão de Pessoas, Liderança e Coach.