Como saber se o amortecedor é novo ou remanufaturado?

Assim como pesquisamos e comparamos antes de fazer uma compra no nosso dia a dia, é normal que tomemos esse cuidado também quando o assunto é a manutenção do veículo. Na busca pelos melhores preços, muitas vezes nos deparamos com a oferta de produtos que despertam algumas dúvidas sobre sua qualidade, não é mesmo? E um caso muito comum é o do amortecedor recondicionado. 

Se você já viu esse tipo de produto anunciado por aí, sabe bem que, à primeira vista, o valor mais em conta chama a atenção. Mas será que essa opção realmente vale a pena?

Fizemos a análise e vamos responder a essa pergunta neste post. Acompanhe!

Qual é o papel dos amortecedores?

Componentes principais do sistema de suspensão, os amortecedores têm a função de absorver os impactos causados ao veículo pelas irregularidades das pistas. Isso os torna essenciais não apenas para o conforto dos ocupantes, mas também para a estabilidade do veículo e segurança ao dirigir.

Amortecedores em boas condições também ajudam a aumentar a vida útil de diversos componentes, como os pneus e peças do sistema de freios.

Entre os tipos mais comuns, podemos citar os amortecedores hidráulicos e a gás, também chamados de pressurizados. Para escolher o melhor para o seu veículo, o ideal é consultar o manual do proprietário e seguir as recomendações da montadora.

Quando deve ser feita a sua manutenção?

De forma geral, a recomendação é que uma revisão nos amortecedores seja realizada em intervalos de 10 mil km. A substituição do componente costuma ser necessária após os 50 mil km rodados, mas essa avaliação também deve levar em conta a forma de utilização do veículo, já que um uso intenso pode abreviar essa estimativa.

No entanto, é necessário estar sempre atento aos indícios de que é preciso dar atenção ao sistema de suspensão. E como os amortecedores influenciam de forma direta na performance do veículo, os sintomas de seu desgaste podem ser facilmente percebidos com poucos metros percorridos.

O principal deles — e que mais incomoda os motoristas — é a falta de pressão, que resulta em uma movimentação excessiva da carroceria ao passar por buracos e trechos acidentados. Também é comum ouvir ruídos vindos das rodas em determinadas situações, o que torna a necessidade de manutenção dos amortecedores ainda mais evidente.

Outro sintoma que indica que algo pode estar errado é o vazamento do óleo hidráulico, fluido que fica armazenado no interior dos componentes. Em alguns casos, pode ocorrer também o travamento da haste, impedindo que o amortecedor mova-se para cima ou para baixo.

Afinal, o que é amortecedor recondicionado?

Com a importância do amortecedor em mente, fica mais fácil entender por que a escolha por um produto de boa qualidade é tão importante. Então, será que um componente recondicionado também é capaz de garantir a mesma eficiência e segurança de uma peça nova?

A princípio, é preciso deixar claro que amortecedores recondicionados são componentes que já foram usados em outros veículos até o limite de sua vida útil. Posteriormente, essas peças são submetidas a um processo de reforma, recuperando algumas de suas propriedades essenciais para que possam ser utilizadas mais uma vez.

Peças como essas costumam ser muito procuradas por taxistas e motoristas de aplicativos, que rodam grandes distâncias em curtos períodos de tempo. Donos de veículos cujas peças de reposição são difíceis de serem encontradas no mercado também podem recorrer aos amortecedores recondicionados na hora da manutenção.

O principal chamariz dessa opção é o valor mais em conta quando comparado com um produto novo. Mas vamos analisar para descobrir se essa é uma economia que compensa.

Quais são os riscos de utilizar esses componentes?

Apesar de existirem empresas confiáveis e qualificadas que realizam esse tipo de procedimento, não são raros os casos de motoristas que acabam adquirindo amortecedores recondicionados de baixa qualidade. Quando isso acontece, o resultado não costuma ser nada bom, com consequências para a segurança do veículo e para o bolso do motorista.

A princípio, os amortecedores recondicionados podem apresentar vibrações e ruídos na suspensão, mesmo que tenham sido recém-instaladas. Em pistas com buracos e curvas, a estabilidade também é comprometida, uma vez que a aderência dos pneus ao solo é menor com esses componentes.

Também é provável que os ocupantes do veículo encarem oscilações excessivas, principalmente após arrancadas e freadas mais intensas. Isso tudo resulta em uma deterioração precoce dos pneus e de outros componentes da suspensão, como coxins, molas, pivôs e barra estabilizadora.

Aqueles que buscam os amortecedores recondicionados para promover modificações na estrutura do veículo, como o rebaixamento da suspensão, podem ter problemas ainda maiores. Práticas como essa são muito arriscadas, já que a alteração do projeto original pode danificar outros componentes em médio prazo, além de comprometer o controle do veículo em algumas situações.

Quais cuidados devem ser tomados antes de fazer essa opção?

Como vimos, os amortecedores recondicionados podem representar diversos riscos, o que torna necessária uma avaliação crítica e consciente para tomar essa decisão. Por isso, não podemos ser levados apenas pelo valor mais em conta ou pelas experiências que conhecidos tiveram com essas peças.

Se a escolha por amortecedores recondicionados for inevitável, a dica é se precaver escolhendo peças de empresas confiáveis. Certifique-se de que o processo de recondicionamento seguiu os requisitos para que o componente possa ser reutilizado com segurança, como o correto processo de retífica e a aplicação de óleo hidráulico. Também é recomendável que a haste seja revestida por uma camada de cromo, aumentando a sua durabilidade.

Tenha muito cuidado com peças de valor muito baixo, pois esse pode ser um grande indicativo de que o produto não atenderá às condições necessárias para uma direção segura e estável.

Vale a pena optar por amortecedores recondicionados?

Depois de considerar as características dos amortecedores recondicionados e os riscos de seu uso, fica claro que essa é uma opção que deve ser evitada na hora da manutenção. Além de terem durabilidade muito inferior à de produtos novos, eles podem causar uma verdadeira reação em cadeia, danificando muitos outros componentes do veículo.

Dê sempre preferência às peças de fabricantes de confiança, que podem garantir a qualidade e procedência de seus produtos. Assim, você rodará tranquilo, com a certeza de que os amortecedores cumprirão bem o seu papel e não o deixarão na mão.

E aí, ficou mais fácil decidir entre um amortecedor recondicionado e um novo? Então, para não perder as nossas próximas dicas sobre manutenção de veículos, siga as nossas páginas nas redes sociais! Estamos no Facebook, no Twitter, no YouTube e no LinkedIn.

Qual a diferença entre amortecedor remanufaturado é original?

Resumindo, podemos dizer que uma peça remanufaturada é como se fosse nova, enquanto a recondicionada trata-se de um produto restaurado. Além do recondicionado ter durabilidade inferior, ele pode causar uma reação em cadeia, danificando também outras partes do veículo.

Como saber se o amortecedor é novo?

A principal dica para identificar se houve recondicionamento na peça é ver se o logotipo do fabricante está raspado. Este sinal é um dos mais característicos. Outra forma de verificar é rodar com o veículo com o amortecedor quente, pois vai apresentar instabilidade em curvas e fazer ruído na suspensão.

Quanto tempo dura o amortecedor remanufaturado?

Em geral, um amortecedor recondicionado tem seu tempo de vida de até seis meses. Isso porque não é possível garantir que com a renovação do óleo do equipamento a pressão necessária para o bom desempenho do amortecedor seja a mesma de antes.

O que é melhor remanufaturado ou recondicionado?

Além disso, as peças remanufaturadas têm uma vida útil e confiabilidade maior em relação às recondicionadas, que por sua vez, apresentam um valor mais acessível — embora a qualidade seja inferior, o que interfere diretamente na durabilidade e resistência.