O alerta fica por conta das fortes rajadas de vento, entre 60km/h e 80km/h Show
(Foto: Cooxupé) Guto Moreira 29 de julho de 2022 Em diversas áreas do Sudeste predomina sol e calor nesta sexta-feira (29), mas uma frente fria que avança no Sul do Brasil pode causar grande aumento de nebulosidade, chuva, ventos fortes e brusca queda da temperatura no decorrer do dia no Sul de Minas e na Zona da Mata Mineira. De acordo com os meteorologistas, a frente fria rompe o bloqueio atmosférico e reduz a influência de uma grande massa de ar seco que predominou sobre o país durante todo o mês de julho. O alerta aos produtores rurais fica por conta das fortes rajadas de vento, entre 60km/h e 80km/h, nas duas regiões mineiras, que pode ocasionar prejuízos às lavouras. compartilhe Chuvas são a forma como a água retorna para a superfície terrestre na sua forma líquida, sendo portanto uma importante etapa do ciclo hidrológico. Trata-se de um tipo de precipitação. Elas são ocasionadas pela ascensão do ar quente na atmosfera, processo que dá origem a nuvens e precipitações. De acordo com a maneira como se formam, as chuvas são classificadas em convectiva, frontal ou orográfica. A medição do seu volume é realizada com o auxílio de um pluviômetro. Leia também: Neve — fenômeno meteorológico decorrente do congelamento de partículas d’água Tópicos deste artigo
Resumo sobre chuvas
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Causas das chuvasAs chuvas são um fenômeno meteorológico que consiste em uma das etapas do ciclo hidrológico, conhecido também como ciclo da água, e corresponde ao retorno desse recurso para a superfície terrestre. Elas são causadas pela ascensão de uma massa de ar quente e úmido na atmosfera, havendo assim a constituição das nuvens. No interior das nuvens, as partículas de água no seu estado gasoso (vapor) encontram núcleos de condensação, que podem ser gelo, componentes de fumaça ou poeira, e passam para o seu estado líquido, dando origem a gotículas de água. Essas gotículas se aglutinam, ganhando peso e tamanho em um processo chamado de coalescência. Quando o peso da gota formada é maior do que a capacidade de suspensão no ar, elas caem em alta velocidade das nuvens, o que dá origem à precipitação na forma de chuva. Em casos como o de grandes nuvens de tempestades, a chuva pode vir acompanhada de pedras de gelo (granizo). Leia também: Enchentes no Brasil — por que esse fenômeno ocorre com tanta frequência em nosso país? Tipos de chuvasAs chuvas são classificadas de acordo com o seu processo de formação, que pode sofrer variações de acordo com o período do dia ou época do ano, as características físicas de uma determinada localidade, mais precisamente do seu relevo, e também o tipo de partículas que se encontram em suspensão na atmosfera. Levando em conta os aspectos acima descritos, os principais tipos de chuva são:
→ Mapa mental sobre os tipos de chuva*Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui! Como se mede o volume de chuvas?O volume de chuvas é denominado pluviosidade, cuja medição é realizada com o auxílio de um instrumento que recebe o nome de pluviômetro. Os pluviômetros são recipientes que realizam a coleta da água da chuva em uma determinada localidade. Por meio da escala graduada em milímetros que ele apresenta, é possível, observando a altura da lâmina de água, auferir o quanto choveu naquela área. Cada milímetro de chuva coletada por esse instrumento é o equivalente a um litro de água em uma superfície de área de 1 m². Pluviômetro simples para a leitura manual do volume de chuvas. Essa medida pode ser observada pela altura da lâmina de água na escala milimétrica.Se, por exemplo, após uma forte chuva o pluviômetro indica um valor de 40 mm, isso significa que essa seria a altura da lâmina da água em um chão liso e homogêneo com superfície de 1 m². Além disso, o volume indicado pelo instrumento seria o equivalente a 40 litros de água despejados a cada unidade de área. Pluviômetros mais simples, cuja leitura é feita manualmente, são formados por um tubo cilíndrico transparente com a gradação milimétrica gravada nele. Existem outros tipos de pluviômetro, formados por um funil acoplado a um tubo na parte inferior, sendo alguns inseridos no interior de um recipiente cilíndrico maior. Os pluviômetros semiautomáticos apresentam um painel digital que mostra o volume de água coletado, enquanto há instrumentos automáticos que realizam a transmissão dos dados para uma central. Intensidade das chuvasA intensidade das chuvas é medida por meio da relação entre o volume e seu tempo de duração, expressa em milímetros por hora. Várias escalas e critérios são usados para a classificação da intensidade das chuvas. A Organização Meteorológica Mundial (OMM)|1| estabelece os seguintes intervalos:
No estado do Rio de Janeiro, por exemplo, as chuvas fracas são aquelas de intensidade menor de 5 mm/h, enquanto as chuvas fortes compreendem intensidades de 25,1 a 50 mm/h. Acima disso, a precipitação é considerada muito forte|2|. Já no estado de São Paulo, diversos boletins meteorológicos indicam que as chuvas muito fortes são aquelas acima de 40 mm/h, e as fracas ficam abaixo de 10 mm/h. Entre esses valores, a escala se divide de fraco-moderada até moderada-forte. Impactos causados pelas chuvasAs chuvas são primordiais para a manutenção da vida no planeta Terra, uma vez que são as responsáveis pelo reabastecimento de aquíferos e mananciais, além de fornecerem água para ecossistemas e atividades humanas essenciais, como as lavouras agrícolas e a geração de energia elétrica. Elas ajudam também a amenizar o tempo quente e abafado, trazendo maior sensação de alívio e conforto térmico. Esse fenômeno, entretanto, pode se transformar em uma série de transtornos e severos danos materiais para quem mora em centros urbanos, especialmente para aquelas pessoas que vivem em áreas de risco geológico, como encostas de morros ou serras. Dentre os impactos negativos causados pelas chuvas moderadas e intensas nas cidades, estão:
Confira no nosso podcast: As consequências socioambientais das enchentes no Brasil Exercícios resolvidos sobre chuvasQuestão 1 (Unicamp) O esquema abaixo representa a entrada de uma frente fria, uma condição atmosférica muito comum, especialmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Sobre essa condição, é correto afirmar que: a) É típica de inverno, quando massas frias atravessam essas regiões, provocando inicialmente uma precipitação e, na sequência, queda da temperatura e tempo mais seco. b) Trata-se da chegada de uma massa quente, que ocorre tanto no verão quanto no inverno, provocando intensas chuvas, sendo comuns a ocorrência de tempestades e o aumento significativo na temperatura. c) O contato entre as massas de ar indica fortes chuvas, de tipo orográficas, que permanecem estacionadas num mesmo ponto durante vários dias. d) As precipitações de tipo convectivas ocorrem especialmente nos meses de verão, sendo comum a ocorrência de chuvas de granizo no final da tarde. Resolução: Alternativa A As frentes frias são fenômenos típicos da estação mais fria do ano, o inverno, caracterizado pela atuação das massas polares. Elas são responsáveis pela formação de frentes frias e pela ocorrência de chuvas frontais. Quando a massa polar se instala, ela deixa o tempo mais seco e frio. Questão 2 (Udesc) Sobre os mecanismos das chuvas e o que as caracterizam, assinale a alternativa incorreta. a) A chuva do tipo frontal é caracterizada pela colisão de duas massas de ar: a quente sobe, devido à sua menor densidade, e a fria desce, devido à sua maior densidade. b) As chuvas de relevo ou orográficas ocorrem quando uma elevação do relevo impede a passagem da massa de ar. Essas chuvas são características da região litoral. c) As chuvas convectivas são características das regiões equatoriais, locais de ventos fracos, e os movimentos de ar são essencialmente verticais, também ocorrendo em regiões temperadas por ocasião do verão com tempestades violentas. d) As chuvas do tipo convectivas são as famosas “chuvas de verão”, decorrentes de altas temperaturas, principalmente na estação do verão nos finais de tarde. O principal tipo de nuvem associado a esta chuva é a cirrus. e) As nuvens chamadas de cumulonimbus, associadas a eventos meteorológicos extremos, provocam a ocorrência de tempestades com muitos raios e chuvas volumosas. Resolução: Alternativa D A afirmativa D está incorreta porque as chuvas convectivas são decorrentes da formação de nuvens do tipo cumulonimbus, e não cirrus. Notas |1| WMO. Guide to Instruments and Methods of Observation: Volume I – Measurement of Meteorological Variables. Genebra, Suíça: Organização Meteorológica Mundial, no. 8, 7 ed. 2018. 618p. Disponível aqui. |2| O GLOBO. Saiba como é feita a medição da intensidade de chuva no Rio. Jornal O Globo, 30 jan. 2018. Disponível aqui. Por Paloma Guitarrara O que uma frente fria pode provocar em determinado local?Uma frente fria comumente traz uma faixa estreita de precipitação que segue ao longo da borda da frente fria. Essas faixas de precipitação são frequentemente muito fortes e podem causar tempestades severas com raios, granizo, rajadas de vento, neve e/ou tornados.
Em que região do Brasil as frentes frias provocam mais chuvas?Sendo as frentes frias um dos principais sistemas causadores de chuva na Região Sul do Brasil (Catto et al., 2012. Relating global precipitation to atmospheric fronts.
Quais são os fatores que interferem na quantidade de chuva?Existem vários fatores que interferem na ocorrência das chuvas no Brasil, tais como a umidade da Amazônia, as massas de ar e as anomalias cíclicas climáticas.
Como ocorre as frentes frias e as frentes quentes?A frente quente forma-se quando o ar quente avança sobre a região que era ocupada pelo ar frio, formando áreas que são posteriormente aquecidas. Quando uma frente fria se aproxima, esta empurra o ar quente para a frente e para cima, formando nuvens densas que originam chuvas e temporariamente trovoadas.
|