Por quê quando gozar dentro de mim arde

"Quando transo sem camisinha, meu marido reclama de um certo ardor e, às vezes, surgem pequenos cortes no pênis dele", afirma a internauta. Tentando desvendar a causa do problema, ela e seu parceiro cogitaram que o incômodo pode ser causado pela acidez do muco vaginal e questionam se a hipótese realmente faz sentido.

De acordo com Jairo Bouer, especialistas em sexualidade, antes de tudo é importante usar a camisinha. Ela pode proteger o pênis do ardor, além de evitar o número de cortes, fissuras e machucados.

Outro ponto apontado por Bouer é que a acidez do muco vaginal pode, sim, mudar durante o ciclo hormonal da mulher. Neste caso, o casal pode "testar em que fase do ciclo o sexo sem camisinha não é impactado pela ardência" e ter um controle deste 'calendário'.

Também é importante que ambos marquem médicos para garantir se não têm alguma infecção, como bactérias ou fungos, que podem dificultar a transa. 

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Nesta semana, a leitora diz que o marido sente o pênis arder sempre que eles transam, mesmo com camisinha. Ela faz a seguinte pergunta ao Dr. Jairo Bouer: "Será que meu parceiro tem alguma alergia ou algo está o machucando durante o sexo?".

O especialista em sexualidade Jairo Bouer explica que a ardência no pênis pode ter várias causas, e só dá para saber realmente o que está acontecendo em uma consulta com um urologista. Mas o médico levanta algumas suspeitas: "Uma das hipóteses é que o parceiro tenha alergia ao látex (borracha) da camisinha, problema que afeta somente 1% da população e gera irritação, vermelhidão e dor quando a pessoa usa o preservativo", diz Jairo.

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Infecções no pênis, na vesícula seminal ou na próstata também podem se manifestar de uma maneira mais clara no momento da ereção, fazendo com que o homem sinta um desconforto no momento da relação sexual.

"Uma última hipótese é que, às vezes, a mulher apresenta dificuldade de dilatação e de lubrificação da vagina , o que gera um atrito maior durante a penetração e pode provocar a ardência no pênis", aponta Jairo.

Como o especialista em sexualidade já explicou, é fundamental procurar um médico para identificar a causa do problema e buscar uma solução adequada. Tem alguma dúvida? Mande um email para .

Sentir dor na hora da ejaculação não é normal. A ejaculação dolorosa pode ser um sintoma de inflamação ou infecção da próstata, vesícula seminal ou na uretra.

Os sintomas principais são queimação / ardência no momento da ejaculação que pode se dar no abdome inferior, região perineal ou pênis. Também poder estar associado desconforto testicular. A intensidade da dor varia de um paciente para o outro e pode persistir após a ejaculação. Caso seja um quadro persistente, procure um especialista !

A alergia ao esperma, também conhecida como alergia ao sêmen ou hipersensibilidade ao plasma seminal, é uma reação alérgica rara que surge como resposta do sistema imune às proteínas presentes no sêmen do homem, resultando em sintomas como dor, ardor, vermelhidão, coceira ou inchaço, na região da pele que esteve em contato com o fluído, e geralmente se iniciam 10 a 30 minutos após o contato com o sêmen.

Este tipo de alergia é mais comum em mulheres, mas também pode acontecer em homens, sendo conhecida como síndrome da doença pós-orgásmica, e embora não cause sintomas no órgão genital masculino, pode causar fraqueza, espirros, sensação de nariz escorrendo ou entupido, ou dificuldade para raciocinar, que se iniciam segundos após a ejaculação e pode durar até uma semana.

Embora a alergia ao sêmen masculino não provoque infertilidade, pode dificultar o processo de engravidar, especialmente devido ao desconforto causado pelo problema. Dessa forma, quando existe suspeita de alergia, é aconselhado consultar um médico para iniciar o tratamento, com o objetivo de aliviar os sintomas.

Sintomas de alergia ao esperma

Os principais sintomas de alergia ao sêmen na mulher são:

  • Dor na região que teve contato com o sêmen;
  • Sensação de ardor ou queimação no local;
  • Vermelhidão na pele ou mucosa;
  • Sensação intensa de coceira ;
  • Inchaço da região.

Os sintomas surgem no local que esteve em contato direto com o sêmen, e geralmente iniciam-se entre 10 a 30 minutos após o contato com o esperma, e geralmente duram cerca de 24 horas, mas também podem durar vários dias.

Em algumas mulheres, podem ainda surgir sintomas de reação alérgica grave, como manchas vermelhas na pele, sensação de bola na garganta, tosse, coriza, aumento dos batimentos cardíacos, hipotensão, náuseas, vômitos, tontura, dificuldade para respirar, ou mesmo perda da consciência. Nesses casos, deve-se procurar o atendimento médico imediatamente.

Embora seja mais raro, este tipo de alergia também pode acontecer no homem, que pode ter alergia ao próprio sêmen. Nestes casos, é possível que surjam sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, espirros, coriza e cansaço, além de dificuldade para raciocinar, perda de memória ou dor muscular, que se iniciam poucos segundos após a ejaculação e pode durar até uma semana.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da alergia ao sêmen é feito pelo ginecologista, no caso da mulher, ou um urologista, no caso do homem, através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde, de alergias, ingestão de alimentos ou uso de remédios pelo parceiro, e início dos sintomas.

No caso de mulheres, o médico também deve fazer o exame ginecológico, para avaliar a região genital, podendo também ser solicitado teste de alergia, uma vez que existem outras condições que provocam o mesmo tipo de sintomas, como candidíase ou vaginite, por exemplo.

Uma forma de ajudar a identificar se o sêmen é a causa dos sintomas, é avaliar se continuam surgindo mesmo quando se utiliza preservativo durante o contato íntimo, pois, se não existir contato direto com o sêmen, podem ser sinal de outro problema.

Possíveis causas

Embora não se saiba a causa específica que leva ao surgimento da alergia ao esperma, é possível que o risco seja maior em pessoas que já têm algum tipo de alergia, como rinite alérgica ou asma, por exemplo.

Além disso, outros fatores que parecem aumentar esse risco incluem:

  • Ficar muito tempo sem ter relações;
  • Estar na menopausa;
  • Usar o DIU de cobre ou hormonal;
  • Ter retirado o útero;
  • Histórico de alergias, como dermatite atópica ou asma.

Além disso, o sêmen de homens que retiraram parte ou toda a próstata também parece causar o maior número de reações alérgicas.

As reações alérgicas ao sêmen, também podem surgir na mulher que possui alergia a certos tipos de medicamentos, como penicilinas ou vimblastina, ou alimentos, como nozes, por exemplo, que podem estar presentes no líquido do sêmen, se ingeridos ou utilizados pelo homem, pouco antes do contato íntimo.

Como é feito o tratamento

A primeira forma de tratamento recomendada para aliviar os sintomas de alergia ao sêmen consiste em utilizar preservativo durante as relações, de forma a tentar evitar entrar em contato direto com o sêmen, prevenindo assim o desenvolvimento da alergia. Veja como colocar a camisinha corretamente.

No entanto, esta forma de tratamento pode não funcionar para quem está tentando engravidar ou para homens que têm alergia ao próprio sêmen e, por isso, o médico pode indicar o uso de antialérgicos.

Nos casos mais graves, em que a alergia pode causar dificuldade para respirar, o médico pode até prescrever uma injeção de epinefrina, para ser utilizada em casos de emergência.

Outra forma de tratamento é diminuir a sensibilidade ao sêmen ao longo do tempo, chamada dessensibilização. Para isso, o médico recolhe uma amostra do sêmen do parceiro e dilui, para inserir pequenas amostras dentro da vagina da mulher, a cada 20 minutos, até atingir a concentração do esperma.

Nestes casos, é esperado que o sistema imune deixe de responder de forma tão exagerada. Durante o tratamento de dessensibilização, o médico também pode aconselhar ter relações a cada 48 horas.