Porque a água era tão importante na formação de novas civilizações?

   

A depend�ncia da �gua das diferentes civiliza��es

Porque a água era tão importante na formação de novas civilizações?

        As secas e as tempestades, os maremotos e as cheias s�o sinais e s�mbolos dos sentimentos contradit�rios que o Homem desenvolve em rela��o � �gua. Por um lado, � um s�mbolo da fertilidade e da produtividade biol�gica. Mas, por outro, � s�mbolo de destrui��o, face � qual o Homem se sente impotente. � uma dicotomia de amor e �dio, que explica a import�ncia da �gua em todas as religi�es e nos mitos mais profundos da humanidade. As primeiras comunidades humanas instalaram-se de forma natural e espont�nea em locais onde a �gua e outros recursos naturais eram abundantes e facilmente explor�veis.

Porque a água era tão importante na formação de novas civilizações?

       As mais antigas civiliza��es do mundo, fossem elas as do Egipto, da Sum�ria ou de Harapa, por exemplo, desenvolveram-se em terras �ridas, fertilizadas por grandes rios, cujas cheias peri�dicas traziam, aos solos sedentos e empobrecidos pela sua explora��o progressivamente mais intensiva, a �gua que os dessedentava e o limo que lhes restitu�a a mat�ria org�nica e os nutrientes que as colheitas lhes retiravam. Nestas, como em muitas outras regi�es nas quais o Homem p�de utilizar �guas superficiais naturalmente abundantes, ou �guas subterr�neas que aprendeu a captar, foi poss�vel produzir mais alimentos do que os necess�rios, intensificando-se o com�rcio e as trocas de outros bens. Assim se desenvolveram cidades cada vez maiores e se assistiu a uma concentra��o de riqueza e poder, nas m�os de alguns homens ou de algumas classes, cujo dom�nio se espalhava e consolidava.

      O uso da �gua por essas civiliza��es teve por objectivo a intensifica��o da agricultura, de modo a, recorrendo � m�o-de-obra dispon�vel, melhorar a fertilidade do solo e optimizar as produ��es agr�cola e pecu�ria associadas. Ao dispor de mais bens alimentares, tornava-se poss�vel satisfazer as necessidades de mais habitantes, concentrados em cidades progressivamente maiores, e aumentar, assim, o poder e a riqueza desses povos (ou em especial, dos seus chefes pol�ticos, militares ou religiosos).

       E foram constru�das obras hidr�ulicas cada vez maiores e mais complexas, para gerir os recursos dispon�veis ou armazenados (em especial reservat�rios ou canais de irriga��o), ou para assegurar protec��es contra excessos de �gua eventuais, tais como diques ou levadas, por exemplo. No mesmo sentido se procuraram aproveitar com maior efici�ncia  terrenos alagados ou pantanosos, abrindo canais de drenagem, ou construindo jardins artificiais. Estes, nas margens do Mediterr�neo, por exemplo, multiplicaram-se para atenuar excessos clim�ticos e melhorar as paisagens, por vezes aridificadas.

 

Civilização Hidráulica

Mestrado em História (UFJF, 2013)
Graduação em História (UFJF, 2010)

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Civilização Hidráulica é um termo que faz referência às civilizações que viveram na Mesopotâmia e no Antigo Egito.

O conceito de modo de produção asiático está inserido na teoria marxista, nele estaria a explicação para sociedades que viviam suas organizações sociais e econômicas baseadas nos benefícios que as margens de grandes rios oferecia. Desta forma, haveria uma grande dependência desses povos em relação à condição dos rios margeados.

O Egito e a Mesopotâmia constituíram-se em duas civilizações que se desenvolveram com relações íntimas com os rios de seus respectivos territórios. Cada qual em sua região, a vida de suas comunidades foi toda planejada e dependente das variações de seus rios. No caso do Egito, o rio que marcou o nascimento e a vida do Império Antigo foi o Nilo, um dos maiores rios do mundo. Já a Mesopotâmia representa através de seu próprio nome, que significa entre rios, a importâncias desses fluxos de água para sua comunidade. Os mesopotâmios residiam e se aproveitavam dos benefícios oferecidos entre os rios Tigre e Eufrates.

As variações dos rios que caracterizavam tais sociedades determinavam o ritmo da economia e de suas produções. Para administrar as cheias sazonais, os habitantes que viviam nas margens desses rios desenvolveram várias técnicas para aprimorar os benefícios. Eram necessários trabalhos de irrigação que permitiam utilizar as terras com mais qualidade para agricultura.

De acordo com a teoria marxista, o domínio dessas técnicas e a importância das cheias dos rios para a economia das comunidades determinavam a estrutura política das mesmas. A complexidade de tal sistema resultaria em um estado de servidão que era baseado em um forte governo centralizado, responsável por administrar todo o povo e distribuir os excedentes da agricultura.

O conceito de Civilização Hidráulica foi expandido e, hoje, não está mais restrito às civilizações do Egito e da Mesopotâmia. Essa mesma noção de grande dependência dos rios e sua notória influência na vida da comunidade é utilizada também para explicar duas outras grandes sociedades que se organizaram em torno de rios: a China e a Índia. No primeiro caso, os chineses organizaram a vida social e econômica em torno dos rios Amarelo e Yang-Tsé. Já a Índia se estruturou com base nos rios Indo e Ganges.

Atualmente, a teoria marxista que explica o modo de produção asiático vem sendo questionada. Novas descobertas arqueológicas colocam em questão a organização de tais sociedades e suas relações com os rios. A maneira rígida apresentada pelos marxistas de grande dependência dos benefícios dos fluxos de água e a implicância que possuíam na organização social parece que não estava tão correta como se imaginava. É certo que tais sociedades possuíam íntima relação com os rios e deles dependiam para grande parte de sua produção, mas acredita-se que a organização política e social possuía características mais complexas e uma realidade mais dinâmica.

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Civilizações_Hidráulicas

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/antiguidade/civilizacao-hidraulica/

Arquivado em: Antiguidade

Qual a importância da água para os humanos e o desenvolvimento das civilizações?

É um recurso natural essencial, seja como componente bioquímico de seres vivos, como meio de vida de várias espécies vegetais e animais, como elemento representativo de valores sociais e culturais e até como fator de produção de vários bens de consumo final e intermediário.

Qual foi a importância das águas para as duas civilizações?

A importância dos rios para civilizações como a mesopotâmica e egípcia é de que eles proporcionaram o seu surgimento, visto que somente com o uso da água dos rios é que foi possível a prática da agricultura e formação das cidades.

Qual a importância dos rios para o desenvolvimento das civilizações?

Os rios são muito importantes para a irrigação de terras em atividades agrícolas e para que a sustentabilidade da vegetação natural. Um exemplo na história é o rio Nilo. Localizado em uma região desértica do continente africano, foi graças a ele que se pôde irrigar as terras para a agricultura no Egito Antigo.

Qual a importância dos rios para o surgimento das civilizações do Crescente Fértil?

O crescente fértil foi uma região conhecida por ter uma terra fértil, irrigada pelos rios. Foram eles que possibilitaram a agricultura, a sedentarização e mesmo as trocas comerciais que se davam por meio da navegação dos rios. Havia muitos núcleos urbanos já ao longo do Tigre e do Eufrates.