Porque o desenvolvimento capitalista afeta o meio ambiente?

O capitalismo é um sistema político-econômico que teve início no final do século XVIII início do XIX, impulsionado pela Revolução Industrial ocorrida primeiramente na Inglaterra, França e Alemanha e posteriormente para diversos países do mundo. O capitalismo está vinculado ao comércio e ao consumo que produz o objetivo maior desse sistema, o lucro.

O sistema capitalista tem uma grande capacidade de geração de riquezas, embora seja de forma desigual, pois apenas uma restrita parcela da população mundial detém a maioria das mesmas.

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Apesar das várias contribuições econômicas, tecnológicas, de conforto que o capitalismo proporcionou, esse também produz diversos aspectos negativos nas sociedades, desse modo os principais problemas provocados pelo sistema em questão são:

• Divergência entre capital e trabalho: processo derivado da luta pelos interesses da classe proletária que constantemente busca melhorias em diversos aspectos como aumento salarial, diminuição da jornada de trabalho, melhores condições de trabalho entre outras reivindicações trabalhistas, do outro lado estão os detentores dos capitais e dos meios de produção que exploram a mão-de-obra com objetivo de adquirir uma lucratividade maior e assim acumular mais capitais.

• Degradação ambiental: o sistema capitalista está ligado à produção em massa e o consumo na mesma proporção, com isso produz o lucro, para a obtenção de matéria-prima é preciso retirar da natureza diversos recursos. A exploração constante e desenfreada tem deixado um saldo de devastação profunda no meio-ambiente. Durante o último século o mundo passou por profundas evoluções e a natureza sempre foi usada nesse processo, porém sem planejamento a mesma já demonstra saturação e incapacidade de regenerar. Ultimamente a humanidade tem comprovado os reflexos, tais como aquecimento global, elevação dos oceanos, mudanças climáticas, escassez de água entre muitos outros.

• Intensificação das desigualdades sociais: a busca incessante por lucros faz com que haja uma grande exploração do trabalho por parte dos donos dos meios de produção, isso ocorre com mais intensidade por causa da falta de emprego, como existe uma grande oferta de trabalhadores os salários conseqüentemente são baixos, além da modernização da produção que retira um número muito elevado de postos de trabalho. A exploração da força de trabalho aumenta cada vez mais a disparidade econômica existente, pois concentra as riquezas nas mãos de poucas pessoas.

• A extinção dos valores humanos: o ponto máximo, o objetivo maior do capitalismo é o consumo e para isso uma série de artifícios é usada para que as pessoas aumentem gradativamente o seu consumo, muitas vezes sem necessidade, isso é fruto dos anúncios publicitários que influenciam as pessoas e essas até de forma inconsciente ingressam nesse processo articulado pelo sistema. É justamente nessa busca por adquirir bens materiais que os valores humanos são perdidos ou deixados de lado, pois o que as pessoas possuem torna-se mais importante do que o que elas realmente são, além disso, as relações humanas como amizade, solidariedade, companheirismo são ignoradas.

Uma das principais vertentes do movimento ambientalista surgiu como uma variante do socialismo. Ambos elegeram o capitalismo como inimigo a ser vencido. Os ecologistas que seguem essa linha dizem que o modo de produção capitalista é a causa dos males do meio ambiente. A lógica do sistema é a busca do lucro e, para produzi-lo, os recursos naturais são apropriados para gerar riqueza. Mas, como a natureza é finita, obviamente o sucesso do capitalismo um dia produziria uma crise ambiental.

Esse argumento não está errado. Mas é incompleto. Antes mesmo de o capitalismo existir já havia devastação da natureza. Em menor escala, é verdade. O fato, porém, é que o uso de recursos naturais é inerente à economia humana – seja ela capitalista, comunista, feudalista ou tribal.

Um dos problemas do ambientalismo de inspiração socialista é justamente nadar contra a corrente da economia. É acreditar que a solução da crise ambiental estaria na conscientização da humanidade a respeito dos efeitos nefastos de nosso padrão de consumo sobre o meio ambiente.

Nesse raciocínio, a tomada de consciência seria fundamental para mudarmos nosso estilo de vida – e, em uma linha mais radical, para superarmos o capitalismo e voltarmos a viver em uma espécie de utopia comunitarista, em harmonia com a natureza, tal como fazem os indígenas. É um ideal romântico. Pode surtir efeitos pontuais. Mas não é realista. Afinal, continuamos a viver em plena vigência do capitalismo.

A abordagem atual da maioria dos governos tampouco tem sido frutífera, justamente porque tenta brigar com a lógica da economia. A lei é dura para quem, por exemplo, faz desmatamentos ilegais. Mas, entre o lucro quase certo de cometer um crime ambiental e diante de um risco pequeno de eventualmente ser flagrado infringindo a lei (em virtude da imensidão de áreas a serem fiscalizadas pelo Estado), muitos têm optado pelo dinheiro no bolso. Uma lógica tipicamente capitalista: correr riscos para obter lucro.

A solução para a crise ambiental passa, portanto, pela discussão de como usar o capitalismo como aliado e não inimigo do meio ambiente. Em outras palavras: é preciso criar formas de remunerar a preservação.

Uma mata em pé, por exemplo, presta os chamados "serviços ambientais" à coletividade: capta gás carbônico da atmosfera (ajudando no combate ao aquecimento global), regulariza o microclima local, ajuda a evitar a erosão do solo e o assoreamento dos rios, preserva a fauna. Mas ninguém hoje paga por esses serviços a quem mantém a floresta intacta.

A discussão de como remunerar a preservação ainda é pequena. Mas começa a ganhar força. Reportagem de ontem desta Gazeta do Povo mostrou que o Instituto Ambiental do Paraná já estuda mudanças legais para permitir o pagamento aos proprietários rurais que preservam. Em Brasília, a Comissão de Agricultura do Senado aprovou nesta terça-feira um projeto de lei que também prevê a compensação financeira aos donos de terras preservadas vizinhas de unidades de conservação. Começamos, enfim, a nadar a favor da corrente.

Fernando Martins é jornalista

Porque o capitalismo prejudica o meio ambiente?

Degradação ambiental: o sistema capitalista está ligado à produção em massa e o consumo na mesma proporção, com isso produz o lucro, para a obtenção de matéria-prima é preciso retirar da natureza diversos recursos. A exploração constante e desenfreada tem deixado um saldo de devastação profunda no meio-ambiente.

Como o capitalismo compromete o meio ambiente?

A economia capitalista baseada no acúmulo de riquezas e extração de recursos naturais de forma predatória, moldou e transformou a relação homem-natureza, rompendo com a harmonia que outrora existia nesta relação.

Como o capitalismo afeta o desenvolvimento sustentável?

A própria noção de desenvolvimento sustentável passou a ser adotada pelo sistema capitalista como forma de se autorreproduzir e de não impedir o desenvolvimento econômico, de modo que os problemas ambientais, além de não incorporar a variável social, foram “solucionados” a partir de tipos de compensação de degradação ...

Por que o desenvolvimento econômico afeta o meio ambiente?

Para isso, é necessária a exploração dos recursos naturais. Sendo assim, com o crescimento econômico também há aumento na demanda por bens e serviços e, consequentemente, a exploração desses recursos é intensificada. Com isso, é possível perceber que o crescimento econômico causa cada vez mais impacto ao meio ambiente.